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Projeto da terraplenagem Aula 11 Terreno como encontrado na natureza é É irregular, não permitindo velocidade aceitável Inclinação longitudinal excessiva afeta desempenho e segurança Curvado, tornando a visibilidade insuficiente Insuficiente para permitir escoamento de águas Pouco resistente para suportar o tráfego Introdução 2 Introdução 3 Introdução 4 Os itens que mais pesam no custo da terraplenagem são Escavação medida em m3 Transporte medido em m3·km Compactação medida em m3 aterro pronto Introdução 5 • É conveniente a execução da terraplenagem no sentido de , o máximo possível, o sem prejuízo das condições técnicas – Deve-se procurar, sempre que possível, para a construção dos • Evitar a duplicidade de escavação entre os cortes e os aterros de forma a conseguir o Introdução 6 Determinar área da seção transversal Cálculo do volume do movimento de terra Terraplenagem Introdução 7 • Primeiramente é necessário definir – Traçado da estrada – Perfil Longitudinal do terreno • Seção transversal – Polígono (Plataforma+Taludes+Terreno) Seções transversais 8 h5 h4 h3 h2 Estacas Estacas Seção transversal Plataforma Terreno Talude Talude h1=0 hn=0 L2 L1 L3 L4 L5 Seção transversais 9 • Os volumes de movimentos de terra podem ser calculados usando as áreas das seções transversais – A distância entre as seções transversais depende da precisão exigida para o cálculo do volume • A terra entre duas seções transversais forma aproximadamente um prismóide – Uma figura sólida que tem as duas faces extremas planas e paralelas e os lados são superfícies planas Cálculo do volume de movimentos de terra L A2 A1 • O cálculo das áreas das seções é o primeiro passo para a obtenção dos volumes • Existem basicamente 3 métodos: – Fórmula de Gauss – Planímetro – Divisão da área em figuras geométricas (Trapézios) • Existem programas prontos no mercado que fazem o cálculo completo do projeto • Para áreas apenas em corte ou apenas em aterro – Área = Área do Polígono • Seções Mistas – Calcular em separado a área de corte e a de aterro, sendo a área a soma das áreas Cálculo das áreas 11 • Divisão da área em figuras geométricas (Trapézios) – Divide-se a seção em vários trapézios, calcula-se a área de cada um e soma-se – É mais prática para separar as áreas de corte e de aterro em seções mistas – Os lados paralelos do trapézio são as diferenças de cotas entre o terreno e a plataforma, e a distância entre eles é o espaçamento entre os pontos conhecidos Cálculo das áreas 12 1( ) 2 i i ih h LA h5 h4 h3 h2 h1=0 hn=0 L2 L1 L3 L4 L5 • Fórmula de Gauss – (xi, yi) são as coordenadas dos pontos que definem a seção – Tomadas em seqüência sempre em um mesmo sentido ao longo do perímetro Cálculo das áreas 13 1 2 2 3 3 4 1 1 2 2 3 3 4 1 1 ( ) 2 ( ) n n A X Y X Y X Y X Y Y X Y X Y X Y X (0, 0) (X2,y2) (X3,y3) (X4,y4) (Xn,yn) (X1,y1) (Xn-1,yn-1) X Y • Inicialmente, calcula-se o volume de cada segmento compreendido entre duas seções consecutivas • Se ambas seções forem de corte, o volume será de corte, caso sejam de aterro, o volume será de aterro • No caso de seções mistas, os volumes de corte e aterro são calculados em separado Cálculo de volumes 14 A2 A1 • Método da área média (ou do prisma ou das áreas extremas) – O volume entre as seções A e B é obtido pelo produto da média aritmética das áreas das seções pela distância entre elas – Comumente usado devido a simplicidade – Não é um método teórico exato, a menos que as duas extremidades sejam iguais, mas os erros não significativos – No caso de uma seção transversal que está mudando de corte para aterro, o erro será bastante significativo Cálculo do volume 1 2 2 A A V L L A2 A1 • Método do tronco de pirâmide – Aproxima-se mais do valor real Cálculo do volume de movimentos de terra 1 2 1 2 3 L V A A A A L A2 A1 • Para simplificar os cálculos é feita a seguinte Hipótese – Variação linear do terreno entre seções consecutivas • Aceitável quando estaca = 20 m • Desta forma, o volume é dado pela média das áreas das seções, multiplicado pela distância entre seções • PP ponto de passagem: transição entre cortes e aterros • Os volumes de corte e dos aterros são obtidos pela somatória dos volumes dos segmentos entre as seções Cálculo de volumes 17 1 2 i i i A A V L • Sempre que possível, o material escavado nos cortes deve ser aproveitado nos aterros para evitar nova escavação – Aumento desnecessário do custo da construção • Ao aproveitamento do material dos cortes para construção dos aterros dá-se o nome de Compensação de volumes • “Bota-fora” – Casos em que o material do corte não serve para a construção de aterros (por ex.: rocha ou solo mole) – Volume de corte é maior que o volume de terra necessário para a construção dos aterros • “Empréstimo” – Volume de corte é insuficiente para a construção dos aterros, transporte- se material de jazidas Cálculo de volumes 18 • Lembrar sempre: – Todas as vezes em que for possível o • Se a Compensação ocorre no mesmo segmento é chamada de Compensação Transversal ou lateral • Compensação longitudinal é quando material vem de fora do segmento • Casos em que há material disponível no corte, mas o aterro localiza-se a uma distância em que o é que o , deve-se, por motivos econômicos, e empréstimo em vez de compensação longitudinal • Se o volume de corte for maior que o volume necessário para aterro no mesmo segmento, o aterro deve ser feito com material do local, sendo utilizado na compensação longitudinal apenas o volume excedente, ou realizado bota-fora deste volume • Volume de corte insuficiente para a construção do aterro naquele segmento, deve permanecer todo ele no local e fazer a compensação longitudinal ou empréstimo do que falta (volume excedente negativo) Cálculo de volumes 19 • O solo, após cortado, aumenta seu volume, e depois para que seja utilizado em aterro deve ser compactado • A diferença relativa entre o volume natural (Vn) e o volume compactado (Vr) é chamada de Redução (R) • Coeficiente ou fator de redução (fr) indica o quanto deve-se multiplicar o volume geométrico do aterro de forma a ter o volume necessário para construí-lo – Depende do tipo e da densidade natural do material do corte e do grau de compactação exigido para o aterro (valor entre 1,05 e 1,30) Cálculo de volumes 20 1 1 fr R Vn Vr R Vn 1 1 Vn Vr R Estaca Área Volume Corte Aterro Corte Aterro A te rr o C o rr ig id o Compensação Acumulado Transversal Longitudinal Corte Aterro + - x(fr) + - Compensação de volumes 21 • Volumes acumulados • Planilha para cálculo de compensação de volumes (+) Vc, corte (-) Va, aterro fr = 1,05 a 1,30 Compensação Transversal = menor entre Va e Vc Compensação Longitudinal= (Vc – Va) ou (Va – Vc) Compensação de volumes 22 Est. Cotas (m) Offsets (m) Área (m2) Volume (m3) Volume Aterro Corrigido Volume Excedente Volume Acumulado Diagrama de Massas Greide Terreno Verm. Dist. E Cota Dist. D Cota Corte Aterro Corte Aterro Corte Aterro Corrigido 0 640,15 640,15 0,00 -7 640,15 7 640,15 0 0 0 0 0 0 0,00 0 0,00 1 640,70 641,30 -0,60 -8,21 641,91 7,18 640,88 9,482 0 94,82 0 0 94,82 94,82 0 94,82 2 641,15 642,29 -1,14 -8,83 642,98 7,32 641,47 16,730 0 262,12 0 0 262,12 356,94 0 356,94 3 641,50 645,06 -3,56 -12 646,5 9,5 644 64,520 0 812,5 0 0 812,5 1169,44 0 1169,44 4 641,75 647,36 -5,61 -12,85 647,6 12,33 647,08 109,7600 1742,8 0 0 1742,8 2912,24 0 2912,24 5 641,90 647,12 -5,22 -11,82 646,72 12,3 647,2 98,373 0 2081,33 0 0 2081,33 4993,57 0 4993,57 6 641,95 645,85 -3,90 -9,97 644,92 11,39 646,34 67,412 0 1657,85 0 0 1657,85 6651,42 0 6651,42 7 641,90 643,90 -2,00 -7,46 642,36 10,25 645,15 30,695 0 981,07 0 0 981,07 7632,49 0 7632,49 8 641,75 641,28 0,47 -10,64 638,11 9,97 644,72 6,846 -17,089 375,41 -170,89 -205,068 170,342 8007,90 -205,068 7802,83 9 641,55 637,33 4,22 -12,28 636,27 10,15 638,4 0,000 -76,832 68,46 -939,21 -1127,05 -1058,59 8076,36 -1332,12 6744,24 10 641,45 632,00 9,45 -16,45 632 16,45 632 0,000 -221,603 0 -2984,35 -3581,22 -3581,22 8076,36 -4913,34 3163,02 11 641,55 637,95 3,60 -13,09 635,46 10,31 638,24 0,000 -75,020 0 -2966,23 -3559,48 -3559,48 8076,36 -8472,82 -396,46 12 641,85 642,42 -0,57 -7,85 641 9,27 644,12 11,531 -1,632 115,31 -766,52 -919,824 -804,514 8191,67 -9392,64 -1200,97 13 642,25 645,61 -3,36 -9,81 645,06 11,08 646,33 59,210 0 707,41 -16,32 -19,584 687,826 8899,08 -9412,22 -513,14 14 642,65 646,52 -3,87 -10,93 646,58 10,85 646,5 69,374 0 1285,84 0 0 1285,84 10184,92 -9412,22 772,70 15 643,05 644,70 -1,65 -8,65 644,7 8,65 644,7 25,823 0 951,97 0 0 951,97 11136,89 -9412,22 1724,67 16 643,45 643,45 0,00 -7 643,45 7 643,45 0 0 258,23 0 0 258,23 11395,12 -9412,22 1982,90 Compensação de volumes 23 -2000,00 -1000,00 0,00 1000,00 2000,00 3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 7000,00 8000,00 9000,00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 630 632 634 636 638 640 642 644 646 648 650 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 • As áreas e os volumes têm sinal positivo quando correspondem a cortes e negativos quando correspondem a aterros • A coluna volume de corte contém o volume geométrico de cada segmento de corte • A coluna volume de aterro contém o volume geométrico de cada segmento de aterro • A coluna volume corrigido contém o volume de material necessário para construir cada segmento de aterro – É a coluna anterior multiplicada pelo fator de redução (fr) • Na última coluna temos os volumes acumulados a partir da estaca inicial – Acumula-se apenas o volume excedente (compensação longitudinal) com o respectivo sinal – Indica quanto está sobrando (se positivo) ou faltando ( se negativo) desde a estaca inicial até a estaca local Compensação de volumes 24 • Assim, se para movimentar a terra escavada dos cortes para os aterros as distâncias a serem vencidas não ultrapassarem a distância econômica de transporte, o volume acumulado da última estaca indica quanta terra sobra ou falta em todo o trecho Compensação de volumes 25 • Representação gráfica dos volumes acumulados • Estudo da compensação cortes-aterros • Programação de bota-foras e empréstimos • Programação dos equipamentos • A linha obtida é chamada de linha de Bruckner • Com o desenho da linha de Bruckner na mesma folha do perfil e na mesma escala horizontal, de maneira que as estacas correspondentes fiquem na mesma vertical, temos o Diagrama de Massas – Instrumento muito eficiente para o planejamento do movimento de terra Diagrama de massas 26 • As operações que mais pesam na terraplenagem – Escavação – Transporte – Compactação • Definido o perfil – Volume dos cortes e aterros são definidos – O transporte pode variar muito, dependendo da distribuição da terra dos cortes Diagrama de massas 27 • O custo da terraplenagem dependerá da solução adotada para a distribuição • Como cada solução tem um custo diferente, se não adotarmos a de menor custo estaremos desperdiçando recursos • O diagrama de massas é o instrumento disponível para otimizar a distribuição do solo • Permite medir o momento de transporte – Produto do volume escavado pela distância de transporte • O diagrama de massas é, portanto, um instrumento indispensável na programação do movimento de terra Diagrama de massas 28 • Escala Horizontal Perfil do terreno • Escala Vertical Volumes • A linha de Bruckner, é construída com: – Valores da coluna de VOLUME ACUMULADOS, da tabela de compensação de volumes Método de bruckner 29 V Aterro Corte V A B Greide Corte Diagrama de Massas C D Volumes Acumulados ponto de máximo ponto de mínimoCotas Volumes Compensados PP PP Perfil do Terreno Linha de Bruckner Vc = Va PROPRIEDADES DO DIAGRAMA: . trecho ascendente: corte . trecho descendente: aterro . grande inclinação: grandes volumes . pontos de máximo e de mínimo: PP . diferença de ordenadas: volume de . qualquer horizontal (AB, por terra entre dois pontos exemplo): determina trechos de volumes compensados (Vc) . diagrama acima da linha de compensação: movimento no sentido do estaqueamento (e vice-versa). Estacas Diagrama de massas (linha de bruckner) 30 Linha de distribuição 31 • É o conjunto das linhas de compensação que demarca todos os volumes compensados, bota-fora e empréstimo Diagrama de Massas A B C D E F G H Diagrama de Massas Linha de compensação • Linha horizontal Contínua ou Não • Tem que cortar pelo menos uma onda • Toda onda deve ser cortada ou tangenciada por apenas uma linha de compensação A B C D E F G H V1 V V4 V2 V3 • L1 – Linha de terra (eixo x) – Bota-fora no final do trecho • L2 – Bota-fora no início do trecho • L3 – faz parte do bota-fora no início e parte no fim Escolha da linha econômica 33 A linha mais econômica é aquela que possui o menor momento, isto é, a menor soma das áreas compreendidas entre a linha de Bruckner e a linha de distribuição Diagrama de massas Greide de projeto • MT é a área compreendida entre a linha de Bruckner e a linha de distribuição – Muito trabalhoso – Comum o cálculo de maneira não muito rigorosa, porém bem mais simples – Minimizar o MT significa minimizar a área Momento de Transporte 34 iMT M dV d V dm Escolha da linha econômica 35 • Linha de distribuição econômica – Minimizar o Momento de transporte – Segmentos aproximadamente iguais (AB = BC) Escolha da linha econômica 36 • Linha de distribuição econômica – É aquela para qual a soma dos segmentos que ficam abaixo da linha de Bruckner é igual (ou que mais se aproxima) à soma dos segmentos que ficam acima da linha Bruckner – A afirmação é válida quando há linhas que cortam todos os trechos ascendentes e descendentes da linha de Bruckner e quando as distâncias de transporte não são maiores que a distância econômica A B C D E F G H AB CD EF GH BC DE FG • Método mais utilizado para estimava do Momento de Transporte – O volume transportado é dado pela diferença de ordenada entre a linha de Bruckner no ponto extremo e a linha de distribuição – Toma-se metade da altura da onda, ou seja, metade do volume transportado, e traça-se uma horizontal nesta altura – A distância média de transporte é a distância entre os pontos de interseção desta reta com o diagrama • Esses pontos de interseção são uma boa aproximação do centro de gravidade Cálculo simplificado do momento de transporte 37