Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: Nayara Vitória da Silva Souza Matrícula: 18216080041 Polo: Rio Bonito Disciplina: Alfabetização 1 Coordenação: Carla Sass Sampaio Mediadoras pedagógicas: Maria Cristina Corais e Tânia Mara Barreto Alves APX1 – 2020.1 Avaliação Escrita Presencial Valor: 10,0 Caro estudante, esta é a sua primeira avaliação “presencial”, que precisará fazer on-line. É composta por apenas 4 questões. As 4 questões discursivas solicitam a produção de respostas dissertativas não muito longas, mas sim objetivas, coerentes, bem fundamentadas e, claro, escritas de modo legível em linguagem formal e acadêmica, respeitando o limite de linhas. Lembre-se de que um texto acadêmico, como os solicitados nessas questões, deve articular os saberes construídos por você e os textos lidos ao longo do curso. A equipe de Alfabetização 1 lhe deseja um excelente trabalho! QUESTÃO 1 (Valor: 2,0) “Para a professora, a primeira turma de alfabetização é uma responsabilidade que preocupa e assusta. Colegas de trabalho e famílias dos alunos estão atentos aos resultados. Quem tem êxito constrói uma reputação valiosa. Quem fracassa, recebe no ano seguinte uma turma mais fraca, de crianças mais pobres, repetentes, que não têm quem olhe por elas”. CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. No trecho destacado do livro “Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática”, a autora Marlene Carvalho discute sobre o tempo de ensinar a ler e as fragilidades de muitos professores alfabetizadores recém-formados no início de suas vidas profissionais. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A mesma autora traz uma indagação “Por que muitas professoras consideram difícil ensinar a ler?”. Será sua vez de refletir sobre a temática. Construa um texto com suas reflexões e levantamento de hipóteses para responder a esta pergunta, fazendo relação com o trecho destacado do livro . Resposta: Há uma forte tendência em se atribuir o fracasso escolar ao professor e à sua má formação profissional. Não se pode negar, que a ação pedagógica do professor contribui, em grande parte, para que o processo ensino-aprendizagem realmente aconteça ou deixe de acontecer. E, no que se refere a essa ação, há um aspecto que não pode ser esquecido: a formação do professor. Esta formação não se concretiza apenas no curso específico, ao nível de ensino médio ou superior, ela se dá também através do trabalho que o professor realiza no dia-a-dia em sala de aula, é em contato com os alunos que a sua prática adquire sentido e se efetiva, uma vez que incorpora a realidade. Esse processo pedagógico, por sua própria natureza, é geralmente construído e reconstruído, avança e recua, dá saltos, tem contradições e, muitas vezes, traz conflitos. Associar leitura e escrita, métodos e ambientes alfabetizadores aliados a professores com formação,sempre atualizados e uma escuta sensível para a fala das crianças que estão nas escolas e ao mesmo tempo já enfrentam a luta pela sobrevivência pode contribuir para construir um outro olhar para essa realidade e trazê-la, agora mais bem compreendida. Porém, tais conflitos vão sendo superados à medida que o professor busca meios de melhorar sua prática através de estudos, trocas de experiências, participação em cursos e outras formas de formação. QUESTÃO 2 (Valor: 2,0) A professora Ana, de uma turma de alfabetização, leva todos os dias para a sala de aula um livro de literatura infantil e o lê para os alunos. Ao terminar, pergunta qual foi a parte da história que eles mais gostaram, estimula-os a manifestarem opiniões e comentários sobre a história. Ainda costuma, ao término da contagem da história, fazer o registro na lousa ou numa folha de papel grande, do título da história e uma pequena síntese do texto lido com a participação das crianças, mesmo que estas não estejam com sua base alfabética pronta. Finaliza lendo em voz alta o que escreveu, acompanhando com o dedo cada palavra do texto. Nessa escola onde Ana trabalha, a biblioteca é pequena e com poucos livros, por esse motivo, ela pediu a contribuição das crianças para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu um bilhete de Maria, mãe de um aluno, questionando-a sobre o motivo do pedido, já que a maioria das crianças daquela turma ainda não sabia ler. Escreva uma resposta para o questionamento da mãe, explicando os motivos e apresentando duas justificativas pedagógicas que deverão fundamentar a resposta da Professora Ana à mãe do aluno. Resposta: Ao incentivar uma rotina de leitura para o seu filho, você estimula o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional dele. Isso porque através da leitura fica mais fácil desenvolver habilidades de comunicação, sociabilidade e outras competências essenciais para a manutenção das relações pessoais e profissionais. Antes de passar pela alfabetização propriamente certa a criança apresenta hipótese sobre a leitura, observa, pensa e adquire concepções individuais a cerca dos símbolos linguísticos. Essas concepções a respeito da leitura são adquiridos a medida que as crianças interagem com o meio em que vivem e tem experiencias de leitura e escrita. Elas criam hipóteses sobre a escrita e seus usos porque participam de situações nos quais os textos e as leituras tem função social. QUESTÃO 3 (Valor: 3,0) Numa perspectiva histórica, podemos supor que, na ausência de livros para alfabetizar, os métodos utilizados pelos professores não tinham ligação explícita com o próprio material didático. Quando essa vinculação começa a ser feita cria-se uma cultura pedagógica que dá visibilidade ao método, através do livro didático. Assim, se em algum momento histórico, método e livro de alfabetização passam a ter uma vinculação estreita, pode-se compreender porque muitos professores esperam encontrar nos livros de alfabetização de hoje a permanência de procedimentos sistemáticos e explícitos para ensinar a ler. FRADE, Isabel Cristina da Silva. Alfabetização hoje: Onde estão os métodos? Revista Presença Pedagógica, v. 9, n.50, Minas Gerais: mar/abr. 2003, p.16 a 29. Elabore um texto no qual você indique dois argumentos para o não uso das cartilhas ou de livros didáticos para as crianças na atualidade. Ainda nesse texto, indique uma possiblidade de ação para romper com materiais padronizados na alfabetização. Resposta: Aprender a ler e escrever é, antes de tudo, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, localizar-se no espaço social mais amplo, a partir da linguagem. Os professores devem trabalhar com os entendimentos preexistentes, prestar atenção no conhecimento, habilidades e atitudes que os alunos trazem para a sala de aula, porque torna o aprendizado de novos conhecimentos mais fácil. Segundo Emília Ferreiro que levanta uma espécie de bandeira na alfabetização em favor da recusa ao uso das cartilhas, diz “As cartilhas oferecem um universo artificial e desinteressante”. É preciso criar ambiente alfabetizador na compreensão da função social da escrita estimulando com o uso de textos de atividades, livros, histórias, jornais, revistas. Interagir a criança com a língua escrita nos mais variados contextos, permitindo, assim, junto com a alfabetização, um processo letramento, ou seja, de familiaridade com a própria escrita. O professor pode sugerir que as crianças realizem atividades como; jogos, leitura em texto diversificados. QUESTÃO 4 (Valor: 3,0) “Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um que fazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabea nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos”. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2011, p.126 Segundo FREIRE, a educação, baseada na consciência e na libertação do educando faz com que ocorram transformações no mundo. Com base no trecho acima, nos textos lidos ao longo do curso e em suas reflexões acerca do tema, construa um parágrafo crítico sobre o compromisso do professor em formar alunos conscientes do seu papel social. Resposta: A escola enquanto instituição detentora do saber precisa compreender sua importância da formação de um sujeito que atua na sociedade e deve contribuir positivamente para que esse saber seja trabalhado de forma democrática, independentemente de qual grupo social ele pertença. O professor , por sua vez, deve considerar no exercício de sua função o aluno como sujeito de múltiplas relações, que por estar em processo de formação, deve ser considerado em sua totalidade. Assim, deve assegurar ao educando uma formação critica, capaz de levá-lo ao refletir sobre temáticas cotidianas e interferir positivamente em seu meio e , sobretudo, e, sua vida para transformá-la. O conhecimento é quem assegura, ao indivíduo, o respeito a sua maneira de pensar e agir, haja vista ser, mo momento o que consideramos de maior importância na elevação social, no atual momento de grandes e significativas mudanças globais. É preciso repensar o papel da escola e do professor na construção do saber critico do aluno. Somente através de uma educação que valorize o saber critico é que teremos mais cidadãos preparados para a vida, para enfrentar os desafios que são impostos cotidianamente por uma sociedade globalizada e excludente, Escolas e professores não devem “ fechar os olhos” para a exclusão social que tanto tem contribuído para as mazelas sociais. O papel de ambos, escola e professor, pode contribuir significativamente para que tenhamos uma sociedade mais justa, um mundo mais humano e uma vida mais feliz.
Compartilhar