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Resumo do Conceito de Comunicação pública

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Conceito de Comunicação pública.
A Expressão comunicação pública possui diversos significados, frequentemente conflitantes, dependendo do país, do autor e do contexto inserido. Torna-se possível identificar a comunicação pública em cinco áreas diferentes do conhecimento e atividade profissional.
· 1ª Comunicação pública (CP) com conhecimentos e técnicas da área de Comunicação Organizacional.
· 2ª CP identificada como comunicação cientifica.
· 3ª CP identificada com comunicação do Estado e/ou Governamental.
· 4ª CP identificada com comunicação política
· 5ª CP identificada com estratégias de comunicação da sociedade civil organizada.
1ª Comunicação pública (CP) com conhecimentos e técnicas da área de Comunicação Organizacional
Em muitos países o entendimento da CP esta identificado com a comunicação organizacional, área que analisa a comunicação no interior das organizações e entre ela e seus públicos, busca estratégias e soluções. Possui como característica a comunicação de forma estratégica e planejada, visa criar relacionamentos com diversos públicos e construir certa identidade e imagem dessas instituições, sejam elas públicas e/ou privadas.
A utilização do termo CP significando um processo de informação voltando para a esfera pública parece ser comum nas Américas do Sul e Central como nos EUA, a exemplo temos a Universidade de Porto Rico que possui uma biblioteca especializada na área e tem como objetivo servir como centro de estudo e investigação dos meios de comunicação social, visando contribuir na missão fundamental que consiste em preparar profissionais para trabalhar nas organizações de comunicação social, companhias de relações públicas, agencias de publicidade e outras empresas. A biblioteca em si possui como característica a formação em comunicação social das universidades hispano-americanas que nos anos 70, adotaram um modelo comunicador polivalente, indo a contramão da tendência de formação de comunicadores especializados do Brasil e espacialização nas industrias do ramo.
Nos EUA e Austrália as universidades começaram a apresentar cursos de graduação e pós na área de CP. Com essa acepção a CP, utilizando-se de todo arsenal de instrumentos e tecnologias de massa, grupo interpessoal, complementado com técnicas de pesquisas diversas, tem como objetivo o mercado, visando atingir diversos públicos das corporações com o intuito de vender – seja uma imagem, produto, ideia, fé e obter o lucro financeiro, pessoal, em status e poder.
2ª CP identificada como comunicação cientifica
Conceito de comunicação cientifica trata-se de um processo de comunicação construído e mantido pelo Estado, tendo em vista o desenvolvimento do pais e sua população. Ele engloba uma variada gama de atividades e estudos cujo objetivo maior é criar canais de integração da ciência com a vida cotidiana das pessoas, despertar o interesse da opinião publica em geral pelos assuntos da ciência.
Comunicação cientifica se expande a partir de uma área tradicional da ciência da informação somada com conhecimentos e experiências acumuladas no campo da difusão de informação, no Brasil, especialmente na agricultura e saúde. No setor de agricultura transformou-se numa área especifica de estudo e trabalho. A Comunicação rural desenvolveu metodologia e estratégias apropriadas de comunicação para homem do campo e família. Na saúde publica buscava-se a melhoria de vida através das estratégias de aproximação e informação para núcleos de populações necessitadas.
Há em segundo lugar a produção e a difusão do conhecimento cientifico que incorporam preocupações sociais, politicas, econômicas e corporativas que ultrapassam os limites da ciência e obrigam as instituições de pesquisa a estender a divulgação cientifica além do circulo de seus pares. Há também a preocupação com papel social da ciência na sociedade, o aumento da competitividade entre equipe e instituições de pesquisa; os vultosos investimentos em dinheiro, tempo e capacitação dos pesquisadores, além da premissa que o acesso as informações de ciência e tecnóloga são fundamentais para o exercício pleno da cidadania. Contudo é crucial que campo cientifico e midiático sejam cada vez mais próximos.
3ª CP identificada com comunicação do Estado e/ou Governamental
É a CP como responsabilidade do Estado e do Governo em estabelecer um fluxo informativo e comunicativo com seus cidadãos. Papel da CP como processo comunicativo das instancias da sociedade que trabalham com informação voltada para a cidadania. Há a presença do terceiro setor além de órgãos governamentais, instancias do Estado etc.
A comunicação governamental pode ser entendida como comunicação publica na medida que provoca o debate publico. Tratando-se de uma forma legitima de um governo prestar contas e levar ao conhecimento da opinião publica projetos, ações, atividades e politicas que realiza e que são de interesse publico. Essa comunicação pode ter a preocupação de despertar o sentimento cívico, informar e prestar contas sobre realizações, motivar e/ou educar chamando a população para participar de momentos específicos da vida do país, proteger e promover a cidadania, ou convocar os cidadãos para cumprimento dos seus deveres. Aqui há a presença dos instrumentos chamados de “grande mídia” usados para alcançar a população. Porem além desses meios há novas praticas de participação politica. É o caso das ouvidorias, dos 0800, dos call centers, dos concelhos, das audiências públicas e consistem em uma promessa de participação mais ativa e consciente dos cidadãos.
4ª CP identificada com comunicação política.
A comunicação e politica tornam-se relação raiz desde quando a imprensa, técnicas de comunicação e as pesquisas de opinião começaram a influenciar a vida politica das nações.
A comunicação politica pode ser compreendida sob dois ângulos, o primeiro: utilização de instrumentos e técnicas da comunicação para a expressão publica de ideias, crenças e posicionamento politico, tanto dos governos quanto dos partidos, o segundo: disputas entre proprietários de veículos e detentores das tecnologias de comunicações e o direito da sociedade de interferir e poder terminar conteúdos e o acesso a esses veículos e tecnologias em seu beneficio. É responsabilidade do Estado gerir complexas questões sobre politicas publicas de comunicação e telecomunicação.
5ª CP identificada com estratégias de comunicação da sociedade civil organizada.
A comunidade da sociedade civil organizada é conhecida como comunicação comunitária e/ou alternativa. Trata-se de praticas e formas de comunicação desenvolvidas pelas comunidades e pelos membros do terceiro setor e movimentos sociais ou populares. Aqui a pratica da comunicação não são de exclusividade dos governos mas sim de toda sociedade.
Dentro desses movimentos sociais existem diversas reivindicações, as mais recentes e polemicas se encontram o direito ao acesso e ao uso d tecnologias de comunicação para a criação de novos meios. Significa que elas querem se apropriar dessas tecnologias para estabelecer sua própria maneira de informar que leve em conta propriedades, a estética e linguagem dessas populações. Essas mídias alternativas permitem formas inusitadas de relacionamento com segmentos públicos e com opinião publica em geral. O reposicionamento de posturas e propostas leva a comunicação publica a assumir reivindicações e posições politicas bastantes diversas daquelas defendidas historicamente.
Dotado do sentido de pratica coletiva e libertadora que estudiosos, pesquisadores, instituições diversas e organizações não governamentais junto com o terceiro setor descobriram no seu processo de constituição, segundo Peruzzo, “a necessidade de apropriação publica de técnicas e de tecnologias de comunicação para poderem se fortalecer e realizar os objetivos propostos”. No centro da dinâmica desses movimentos e como instrumento de mobilização das comunidades.
Comunicação publica no Brasil: o surgimento do conceito.
Conceito surge, sobretudo por força da área acadêmica que direciona seu pensamento para um processocomunicativo que se instaura entre o Estado, governo e a sociedade. Tem como objetivo informar parar construção da cidadania.
Parte do mercado, empresas, o empresariado como um todo descobriu que o respeito à cidadania, a responsabilidade, atitudes consideradas politicamente corretas vendem mais do que apenas propaganda.
Apesar da forte tendência de identificar comunicação pública com apenas comunicação feitas pelos órgãos governamentais, houve substituições de terminologias como marketing politico, propaganda politica, que davam ideia de “manipulação das massas” por comunicação publica devido à necessidade de legitimação de um processo comunicativo de responsabilidade do Estado e/ou Governo que não queria ser confundido com o que foi feita em outros momentos históricos. 
Atualmente a comunicação é um ator politico proeminente e é parte constituinte da formçao de um novo espaço publico.
Comunicação governamental.
Comunicação governamental no brasil foi de natureza publicitária de divulgação de suas ações e utilizou preferencialmente a propaganda com veiculação na grande mídia. Secundariamente foi de cunho educativo sobretudo nas áreas da saúde e agropecuária ou situações com apelo cívico como na época dos governos militares.
Diante de novo cenário politico houve também transformações e buscou-se a adoção do sentido de comunicação publica, com objetivo de informar o cidadão. Esta acepção foi percebida no governo de Fernando Henrique Cardoso quando afirmava que a comunicação publica era um tema indissociável do funcionamento da democracia. No entanto foi no governo Lula que conceito de comunicação publica com sentido de informação para cidadania começou a ser citado com frequência e acabou ganhando status. O objetivo era indicar grandes conceitos que deveria nortear a comunicação, entre eles tinha diversos objetivos como o primeiro, de contribuir para a elevação do Brasil à condição de um país poderoso, justo e solidário. Segundo objetivo era difundir ou criar um sentimento de patriotismo sadio. O terceiro era motivar o povo para ações uteis e solidarias. O quarto era difundir comportamentos positivos e saudáveis. O quinto era difundir uma imagem do Brasil para o exterior e também internamente. Sexto que era mostrar o caráter do governo em equipe e por fim o sétimo que era mostrar a conduta dos nossos governantes como expressão de conduta ética exemplar de habilitação moral para com o exercício da coisa publica.
Por fim deve-se reconhecer que pela primeira vez depois da era militar tratou-se da comunicação governamental com uma preocupação que pretendia ir além da propaganda e do marketing politico e resgatou-se a noção do civismo desgastada no tempo da ditadura militar, marca de um governo formado nos quadros de um partido politico de base popular.
Comunicação publica na área acadêmica
Na área acadêmica a compreensão de comunicação publica como informação esta ligada ao autor francês, Pierre Zémor. Zemor apresenta conceitos do que seria uma comunicação publica afirmando que sua legitimidade se determina pela “legitimidade do interesse geral” razão pela qual acontece no espaço publico sob o olhar do cidadão. Para ele as finalidades da comunicação pública não podem estar dissociadas das finalidades das instituições publicas que são as de informar, ouvir demandas, expectativas, interrogações e debate publico, de contribuir para assegurar relação social, de acompanhar mudanças tanto comportamentais quanto as da organização social.

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