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Familia Crystal

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METODOLOGIA ÁGIL: Família 
Crystal de Cockburn 
Vanessa Finoto 
Faculdade de Tecnologia de Jales 
Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza 
Jales - SP, Brasil 
vanessa.finoto@fatec.sp.gov.br 
 
 
Luiz Roberto Reinoso 
Faculdade de Tecnologia de Jales 
Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza 
Jales - SP, Brasil 
luiz.reinoso@fatec.sp.gov.br 
 
RESUMO 
 
Metodologias Ágeis são conjuntos de ferramentas de gestão que vem sendo cada 
vez mais utilizadas no desenvolvimento de sistemas. Uma dessas metodologias é a 
família Crystal, desenvolvida no final da década de 90 por Alistair Cockburn. Ele 
percebeu através de suas pesquisas a necessidade de uma metodologia para o 
desenvolvimento de softwares de forma otimizada explorando de forma frequente as 
características especificas de cada membro que estão inseridos na equipe. O 
objetivo principal desse artigo é conhecer um pouco sobre como funciona a família 
Crystal. Ao decorrer do trabalho conheceremos a história, as características 
marcantes e a importância das cores, da criticidade e o valor das pessoas nessa 
metodologia. 
 
Palavras chaves: Crystal. Família. Metodologia 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A computação surgiu nos anos 40, e os maiores investimentos naquela 
época eram voltados a hardware (MARQUES, 2012). No início dos anos 50, passou-
se a ter o domínio da tecnologia de hardware e então os investimentos se voltaram 
ao desenvolvimento dos sistemas operacionais possibilitando o surgimento das 
primeiras linguagens de programação (LEITÂO, 2010). 
Com o desenvolvimento dessas duas importantes tecnologias foi necessário 
criar sistemas mais complexos e maiores, então se iniciou a “crise do software” 
(MARQUES, 2012). Em 1968 foi realizada uma conferência pelo Comitê de Ciência 
da NATO (North Atlantic Treaty Organization) com o nome “Engenharia de Software” 
(EING, 2003). Nessa conferência foi discutido sobre a existência de uma real crise, 
mailto:vanessa.finoto@fatec.sp.gov.br
mailto:luiz.reinoso@fatec.sp.gov.br
onde constatou-se problemas em relação aos projetos e aos programas (COSTA, 
2012). 
E foi a partir deste cenário que passou a se desenvolver os processos e 
metodologias de desenvolvimento de software (DIAS, 2005). Um dos primeiros 
processos surgiu em 1970 que ficou conhecido como processo em cascata que 
possuía sete fases e uma só poderia ser iniciada após o término da anterior, porém 
esse modelo trazia alguns transtornos em relação à mudança nas etapas anteriores 
(EING, 2003). Dez anos depois esse modelo foi substituído pelo espiral (COSTA, 
2012). 
Os conceitos relacionados a metodologias ágeis de software surgiram na 
década de 90, antes os métodos eram considerados pesados com documentação e 
regulamentações burocráticas, portanto apenas grandes empresas utilizavam 
(SBROCO; MACEDO, 2012). 
Considerando os avanços da tecnologia pequenas e medias empresas 
automatizaram os seus processos. Novos sistemas surgiram com alto grau de 
complexidade causando problemas relacionados ao uso das metodologias 
tradicionais principalmente em relação ao tamanho do projeto e a quantidade de 
pessoas envolvidas (SBROCO; MACEDO, 2012). 
Então Alistair Cockburn criou uma família de metodologias ágeis conhecida 
como Crystal em 1998 (NASCIMENTO, 2008). Advinda de uma necessidade 
observada por ele quando trabalhava na IBM. Durante sua passagem dedicou-se a 
pesquisar várias equipes que compunham a empresa e observou que as 
metodologias usadas eram robustas e sempre fracassavam ao termino do projeto 
(SOUZA; RIBEIRO; SOUZA, 2013). 
A família Crystal se baseia na gestão de pessoas com o foco na interação, 
habilidades, talentos e comunicação (FILHO, 2011). De acordo com Cockburn 
(2004) as pessoas que fazem parte de uma equipe possuem diferentes talentos e 
habilidades, sendo um diferencial durante o desenvolvimento de um projeto, 
principalmente se considerarmos que uma empresa de software pode trabalhar com 
projetos nas mais diferentes áreas de atuação (SBROCO; MACEDO, 2012). 
Para uma melhor compreensão a família foi dividida em cores. A Crystal 
sugere que seja escolhida uma cor apropriada para cada projeto, de acordo com o 
nível de criticidade e o tamanho da equipe (JUNIOR, 2008). De acordo com Santos 
(2007), a criticidade é dividida em quatro níveis: Conforto (C), Baixo Custo (D), Alto 
Custo (E) e Risco de Vida (L). 
De acordo com Sbroco e Macedo (2012), quanto mais escura a cor mais 
crítico é o sistema. Projetos menores com cores claras como Clear e Yellow 
envolvem poucos desenvolvedores e, no caso de problemas, o prejuízo tende a ser 
menor. Já os projetos maiores ou de segurança crítica como Orange e Red 
normalmente possuem mais profissionais, contudo a perda é maior, podendo colocar 
a vida de pessoas em risco (JUNIOR, 2008) como podemos observar na Figura 1. 
 
Figura 1 – Métodos Crystal e suas dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABRAHAMSSON et al., 2002. 
 
Apesar de existir diversas metodologias diferentes na mesma família, todas 
possuem algumas características em comum, como, por exemplo, a abordagem 
iterativa, a ênfase na comunicação e na cooperação entre a equipe (COCKBURN, 
2004). As metodologias desenvolvidas e utilizadas até hoje são a Crystal Clear e a 
Crystal Orange (SANTOS, 2007) que serão discutidas no processo tópico. O 
presente trabalho possui como objetivo estudar detalhadamente os conceitos e as 
características básicas da família de metodologias Crystal. 
 
2. CARACTERÍSTICAS 
 
A família Crystal é considerada uma metodologia leve com um código 
genético comum, que foi criada para atender vários tipos de projetos e equipes que 
necessitam de táticas para resolver diversos problemas (MARQUES, 2012). È 
importante ressaltar que não há “uma“ metodologia Crystal. Existem diferentes tipos 
de metodologias Crystal para diferentes tipos de projeto (SINÉSIO; CORREIA; 
SILVA, 2012). 
 Para Cockburn (2004) a metodologia não é tão importante, pois a ideia 
central é que cada empresa consiga definir as tarefas que lhes forem mais 
suscetíveis ao projeto em desenvolvimento. Para isso Cockburn (2004) desenvolveu 
alguns princípios característicos que pode ser compartilhado entres os membros da 
família que são: 
 Trabalho face a face: É o envolvimento do cliente em todas as 
decisões do desenvolvimento do projeto, tornando mais produtivo e passando 
confiabilidade para o consumidor. É também a comunicação que surge naturalmente 
entre os desenvolvedores, que conseguem captar as partes relevantes de todo o 
processo, como se estivessem pegando a informação por osmose. 
 Peso significa custo: O projeto deve evitar coisas complexas que 
provavelmente o usuário final não vai utilizar, pois quanto mais complicado o 
software maior será o custo e o tempo de entrega. 
 Metodologia Diferenciada: Nem todos os projetos são iguais, cada 
um tem o seu diferencial, seja pela sua complexidade, pela quantidade de pessoas 
envolvidas ou área de atuação, por isso é necessária uma metodologia correta de 
acordo com o projeto que será desenvolvido. 
 Mais cerimônia mais criticidade: Pode não ser possível eliminar 
todos os produtos intermediários relacionados ao trabalho, porém, eles podem ser 
reduzidos na medida em que a equipe possui vias de comunicação próximas e 
informais, sendo que, quanto maior a troca de experiências entre a equipe, menor 
será a necessidade de documentação. 
 Comunicação eficiente: Melhor existir uma comunicação eficiente 
entre cliente e o desenvolvedor do que entregar um produto que não funciona. 
 Habilidade: Capacidade de trabalhar e lidar com pessoas de diferentes 
personalidades no mesmo projeto. 
 Entrega frequente: A propriedade mais importante de qualquer projeto 
é o de garantir entrega funcional e código testado a cada poucos meses. 
 Segurança Pessoal: A Segurança Pessoal se refere a possibilidade 
de dizer quando algo estáincomodando, sem medo de represálias. Exemplos disso 
seria dizer ao gerente que o cronograma não está bem feito. 
 Foco: Essa propriedade destaca que a equipe precisa de tranquilidade 
para trabalhar na tarefa que lhes foi passada. E essa tranquilidade vem de um 
ambiente onde as pessoas não são tiradas de sua tarefa para atuar em outras 
coisas incompatíveis. 
 Eficiência: A metodologia destaca que os gargalos devem ser 
encontrados e que não adianta a equipe tentar otimizar o que não é um gargalo, 
pois, isso não vai melhorar o projeto como um todo. 
A Crystal possui como característica diferencial o ciclo de vida, que é 
baseado em integrações, onde tudo deve funcionar como um relógio (SBROCO; 
MACEDO, 2012). Sendo que cada projeto deve liberar as versões do software de 
um a quatro meses. Após cada iteração são feitas reflexões sobre possíveis 
melhorias. 
Uma equipe que segue fielmente a filosofia e os princípios pode obter 
resultados incríveis. Na Figura 2 podemos observar um modelo do ciclo de vida que 
considera o desenvolvimento de um software de alta qualidade. 
 
Figura 2 – Ciclo de vida da família de metodologias Crystal. 
 
Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002). 
 
De acordo com Cockburn (2004) o ciclo de vida desta família de metodologias é 
baseado nas seguintes práticas: 
 
 Encenação: Plano do próximo incremento do sistema. Os desenvolvedores 
selecionam os requisitos que serão criados e o prazo para sua entrega; 
 Edição e revisão: Construção, demonstração e revisão dos objetivos do 
incremento; 
 Monitoramento do Processo: O método é monitorado com relação ao 
avanço e estabilidade da equipe. É medido em marcos e em estágios de 
permanência; 
 Paralelismo e fluxo: No Crystal laranja, as diferentes equipes podem operar 
com máximo paralelismo. Isso é permitido através do monitoramento da 
estabilidade e da sincronização entre as equipes; 
 Inspeções de usuários: são sugeridas duas a três inspeções feitas por 
usuários a cada incremento; 
 Workshops refletivos: são reuniões que ocorrem antes e depois de cada 
iteração com objetivo de analisar o progresso do projeto. 
 Produtos de Trabalho: sequência de lançamento, modelos de objetos 
comuns, manual do usuário, casos de teste e migração de código. 
 Padrões: padrões de notação, convenções de produto, formatação e 
qualidade usadas no projeto. 
 Ferramentas: ferramentas mínimas utilizadas. 
 
Além do ciclo vida Cockburn (2004) descreve no seu livro Crystal Clear 
sobre a importância do modelo de jogo econômico-cooperativo, que é o 
desenvolvimento de software em uma série de "jogos" cujos movimentos consistem 
basicamente em invenção e comunicação. 
Cada jogo tem dois objetivos conflitantes: entrega de software funcional e 
preparação para a próxima etapa do jogo (MARQUES, 2012). O jogo nunca se 
repete, de modo que cada projeto exige estratégias ligeiramente diferentes de todos 
os jogos anteriores (SINÉSIO; CORREIA; SILVA, 2012). 
O modelo de jogo econômico-cooperativo leva as pessoas a pensarem 
sobre seu trabalho em um projeto de uma forma muito específica, focada e eficaz 
(COCKBURN, 2004). 
 
2.1 OS PAPÉIS E RESPONSABILIDADE DA CRYSTAL CLEAR E ORANGE 
 
Como foi descrito na introdução a família Crystal é dividida em cores. Sendo 
que cada cor representa uma metodologia. Atualmente somente dois membros da 
família são utilizados a Crystal Clear, Crystal Orange (SINÉSIO; CORREIA; SILVA, 
2012). 
O método Crystal Clear é destinado a projetos pequenos incluindo até seis 
desenvolvedores, porém, com extensão que pode chegar á doze pessoa 
trabalhando no mesmo grupo (SANTOS, 2007). Uma equipe usando essa 
metodologia pode ser localizada em um ambiente de trabalho compartilhado, devido 
às limitações em sua estrutura de comunicação (COCKBURN, 2004). O seu risco de 
criticidade é classificado com D (baixo custo). As especificações e o projeto são 
feitos informalmente, através de esboços e anotações (MARQUES, 2012). O Crystal 
Clear possui quatro papeis principais que estão descritos no Quadro 1. 
 
 Quadro 1 — Papéis e Responsabilidade do método Crystal Clear 
 Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002). 
 
O método Crystal Orange abrange projetos de médio porte, com até 40 
colaboradores. Os trabalhos são divididos em times multifuncionais diversos que são 
organizadas de acordo com as responsabilidades adotadas (LEITÂO, 2010). 
 Uma das características presentes na metodologia é considerar o tempo de 
mercado, ou seja, estar sempre pronta para adaptações, de forma a dar suporte às 
equipes em uma mudança de mercado, sem perder a funcionalidade do projeto. 
Cada incremento gerado tem duração de dois a quatro meses e o ciclo de total do 
projeto dura de um a dois anos (MARQUES, 2012). 
Em uma metodologia baseada em pessoas, invés de processos, os papéis, 
e suas respectivas responsabilidades são aspectos muito importantes no Orange 
(SINÉSIO; CORREIA; SILVA, 2012). Tanto a Crystal Clear quanto a Crystal Orange 
possuem diversos papéis em comum (COCKBURN, 2004). É claro que, sendo uma 
metodologia mais pesada, é natural que a Crystal Orange possua mais papéis como 
observado no Quadro 2. 
 
Quadro 2 — Papéis e Responsabilidade do método Crystal Clear 
 Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002). 
 
3. EXEMPLOS PRÁTICOS 
 
Projeto Fictício para a empresa WebCell – Comercialização de 
Celulares 
 
A empresa deseja criar um sistema para Internet para comercializar seus 
celulares, assim como proporcionar aos usuários satisfação em seus propósitos de 
negócios com site. Para captar os requisitos, a metodologia sugere uma entrevista e 
um questionário em forma de briefing com perguntas-chave sobre o projeto a ser 
desenvolvido. O quadro a seguir apresenta um modelo de como isso pode ser 
registrado: 
 
Briefing entrevista/questionário 
 
Quadro 3 – Questionário realizado na empresa WebCell 
 
Briefing para projeto web 
Projeto: Comércio de celulares na Web – WebCell. 
Analista/gerente 
responsável: 
 Maria Luísa e Flávio Macedo. 
Data - Fevereiro 2016 
O que o site pretende vender? Relacionar os serviços oferecidos. 
A princípio comercializar celulares, permitir que os internautas cadastrem sua conta para comprar 
no site. Além de fazer a divulgação dos produtos através de imagens e vídeos para tornar o processo 
de venda mais intuitivo. 
Vantagens/Desvantagens sobre os concorrentes. 
A principal vantagem é a possibilidade de adquirir celulares com preços de fábrica, pois comprando 
pelo site, podemos oferecer uma entrega mais direta. Uma outra vantagem é filmar os celulares em 
funcionamento dando detalhes para quem está interessado. 
Parceiros ou referências de sites (outras empresas do grupo). 
O site deverá conter uma lista de todos os fabricantes de celulares Nacionais e importados com que 
trabalham e seus links de acesso. 
Objetivos a serem alcançados. 
Apresentar um web site completo e com ele ampliar as vendas que hoje se restringem ao estado de 
São Paulo. 
Público-alvo. 
Todos os públicos, principalmente os interessados em comprar celulares. 
Conteúdo do site (relação inicial das páginas). 
Home, contato, Área do Usuário, ofertas, Suporte, celulares, acessórios, mais produtos e 
comunidade. 
Ferramentas de marketing utilizadas atualmente (relacionar outdoor, comerciais etc.). 
Outdoor em cidades, panfletagem, anúncios nos jornais e revistas da capital. 
Tempo para desenvolvimento sugerido pela empresa (urgência). 
Um ano (negociável). 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
 
 
 
 
Documento de Requisitos 
 
Depois de receber o briefing devidamente respondido, é possível dar início a 
documentação que relaciona os requisitos do sistema e suas funcionalidades 
(MARQUES, 2012). Para garantir o correto regimento do documento serão 
necessárias outras reuniões. A metodologia Crystal possibilita isso para definir 
claramente o que se pretende (SBROCO; MACEDO, 2012).Visões do usuário 
 
A cada fase e cada documento, o usuário principal está envolvido e deve 
valida-los, dando um feedback sobre o assunto. O usuário deve solicitar 
modificações e alterações de possíveis equívocos se for necessário (MARQUES, 
2012). O gerente de projeto pode solicitar, por meio de documento assinaturas do 
usuário e do patrocinador do projeto, concordando com os requisitos solicitados. 
 
Modelagem 
 
Com o documento de requisitos em mãos, é então realizada a sua 
modelagem, utilizando, no mínimo, os seguintes diagramas da UML: diagrama de 
casos de uso, diagrama de atividades ou sequência e diagrama de classes. Esses 
diagramas devem ser explicados ao usuário e validados por ele (SBROCO; 
MACEDO, 2012). 
 
Design de projeto 
 
Um conjunto de interfaces deve ser criado com base nos questionamentos 
do briefing, bem como a solicitação de cores, fontes e estilos feitas pelos 
stakeholders. 
 
Sequências de Releases 
 
Após a modelagem dos requisitos e a escolha de telas, o coordenador de 
projeto cria um modelo de prioridades junto com usuário e decide as 
funcionalidades, recursos e data previstas para a entrega entre os desenvolvedores 
(NASCIMENTO, 2008). Os programadores então passam a saber as datas previstas 
para a entrega das funcionalidades e começam a codificação. Em cada iteração os 
resultados são coletados e analisados para fases subsequentes, sempre levando em 
conta que a Crystal Clear exige o mínimo de duas entregas de funcionalidades ao 
cliente por mês (SBROCO; MACEDO, 2012). Isso pode ser observado no exemplo 
do quadro a seguir. 
 
Quadro 4 – Sequência de Desenvolvimento empresa WebCell 
 
Sequência de desenvolvimento 
Projeto: Comércio de Celulares Web - WebCell 
ID Descrição Data Início Data Fim 
RF001 Cadastro de celulares novos 01/fev/16 15/fev/16 
RF002 Cadastro de usuários para login administrativo 01/fev/16 15/fev/16 
... ... 
... ... (listar os requisitos por ordem de prioridade) 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
Casos de testes 
 
Os testes de acordo com a Crystal Clear são realizados com o sistema 
finalizado, ou seja, tem o objetivo de testar suas funcionalidades no ambiente de 
trabalho (SBROCO; MACEDO, 2012). 
 
Manual do usuário 
 
O redator técnico vai incluindo no manual do usuário as funcionalidades que 
já foram devidamente testadas. Além da descrição, é recomendável que inclua 
outras formas de ajudar o usuário. 
 
 
 
 
 
4. EMPRESAS QUE UTILIZAM 
 
A metodologia Crystal foi desenvolvida e utilizada na IBM no início da 
década de 2000, porém com o tempo foi substituída pela RUP (SOUZA; RIBEIRO; 
SOUZA, 2013). 
Apesar de não existir mais laços entre a Crystal e a IBM, o escritor Cockburn 
continua investindo em sua metodologia (COCKBURN, 2004). 
 Através de pesquisas realizadas nesse artigo nos deparamos com a falta de 
documentos e informações sobre empresas que utilizam a família Crystal. Mas de 
acordo com Sbrocco e Macedo (2012), a metodologia pode ser utilizada em vários 
tipos de empresas não importando o seu tamanho e nem sua área. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
O escritor Alistair Cockburn vem destacando na área acadêmica de 
metodologias os processos de desenvolvimento, e aplicou todo o seu conhecimento 
para criar a família Crystal, que surgiu para melhorar as metodologias tradicionais. 
Cockburn propôs o uso de determinada metodologia para cada tipo de 
projeto sendo que essa estratégia pode ser aplicada ao projeto através de reuniões 
e revisões. Essa utilização da um enorme dinamismo, e um retorno a mudanças. 
Porém, exige dos desenvolvedores certa experiência no uso de processos e 
técnicas para entender com clareza o funcionamento da me todologia nos projetos. 
Além da família Crystal estar em recente desenvolvimento, o que provoca falta de 
documentos e pesquisas, se comparada com outras metodologias como XP e 
Scrum. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
ABRAHAMSSON, P.; SALO, O ;RONKAINEN, J ; WARSTA, J. Agile software 
development methods: review and analysis, VTT Technical report, 2002. 
 
COCKBURN, Alistair. Crystal Clear: A Human-Powered Method Small Teams. New 
Jersey: Addison Wesley, 2004. 
 
COSTA, P. L. P. GESTproSOFT: Analise Comparativa sobre os métodos de Gestão 
de Projetos de Software de Mercado. 2012. 138f. Dissertação (Mestrado em 
Sistemas e Tecnologias de Informação para Organização) – Instituto Politécnica de 
Viseu, Portugal, 2012. 
 
DIAS, M. V. B. Um Novo Enfoque para o Gerenciamento de Projetos de 
Desenvolvimento de Software. 2005. 211f. Dissertação (Mestrado em 
Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. 
 
EING, O. P. Adaptações na Metodologia Ágil de Desenvolvimento de Software 
XP. 2003. 105f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade 
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. 
 
FILHO, H. F. B. P. Um estudo analítico entre as abordagens de Engenharia de 
Requisitos nas Metodologias Ágeis XP, SCRUM e Crystal. 2011. 36f. Monografia 
(Pós-Graduação Em Ciência Da Computação) - Universidade Federal De 
Pernambuco, Pernambuco, 2011. 
 
JUNIOR, L. C. AQUA – Atividades De Qualidade No Contexto Àgil. 2008. 178f. 
Dissertação (Mestrado Ciência da Computação) – Universidade Federal de São 
Carlos, São Paulo, 2008. 
 
LEITÃO, M. V. Aplicação de Scrum em Ambiente de Desenvolvimento de 
Software Educativo. 2010. 71f. Monografia (Bacharel em Engenharia da 
Computação) - Escola Politécnica de Pernambuco, Pernambuco, 2010. 
 
MARQUES, A. N. Metodologias ágeis de desenvolvimento: Processos e 
Comparações. 2012. 65f. Monografia (Tecnólogo em Processamento de Dados) - 
Faculdade De Tecnologia De São Paulo, São Paulo, 2012. 
 
NASCIMENTO, G.V. Um modelo de referencia para o desenvolvimento ágil de 
software. 2008. 125f. Dissertação (Mestrado em Ciências de Computação e 
Matemática Computacional) – Instituto de Ciências Matemática e de Computação, 
São Paulo, 2008. 
 
SANTOS, M. A. AGILE UBPM FOR SCRUM: Modelo de Aprimoramento do 
Gerenciamento e Desenvolvimento Ágil Baseado na Percepção de Valor do Usuário. 
2011. 158f. Monografia (Graduação de Ciência da Computação) - Universidade 
Federal de Lavras, Minas Gerais, 2011. 
 
SBOCCO, J. H. T. C; MACEDO, P.C. Metodologias Ágeis: engenharia de software 
sob medida. 1. Ed. São Paulo: Érica, 2012. 
 
SINÉSIO, T; CORREIA, C. A; SILVA, D. A. Crystal Clear Methodologies. 2012. 
Disponível em:< https://pt.scribd.com/doc/240552399/Metodologia-Agil-de-
Desenvolvimento-Crystal-pdf>. Acesso em: 06 abr. 2016. 
 
SOUSA, D. F; RIBEIRO, J; SOUSA, N. P. Metodologia Ágil de Desenvolvimento 
de Softwares Crystal. 2013. Disponível em:< 
https://pt.scribd.com/doc/240552399/Metodologia-Agil-de-Desenvolvimento-Crystal-
pdf>. Acesso em: 30 mar. 2016.

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