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/ Fonte: adaptada de Verli e Barreiro (2005, p. 96). Nesta webaula, conheceremos a a�nidade e a seletividade dos fármacos, bem como o tipo de ação que estes podem causar nos receptores aos quais estão ligados e os seus efeitos �nais na modi�cação celular. Seletividade e a�nidade dos fármacos A ação de um fármaco é projetada para que ocupe um local na estrutura celular em que possa realizar o efeito desejado; os medicamentos, por meio de algum tipo de a�nidade com o receptor, ligam-se quimicamente a essa estrutura, criando um complexo “fármaco-receptor”. A ligação físico-química que o fármaco estabelece com os receptores é a seletividade ou especi�cidade, demonstrando o grau de ação que o fármaco irá possuir na sua preferência por determinado receptor sobre outro local de ação. Fonte: Farinde (2019, [s.p.]). Outro conceito que explica a ligação do fármaco ao seu receptor é a a�nidade. A partir da ligação com o receptor, o ligante (fármaco) irá provocar as modi�cações celulares (transdução de sinal e atividade intrínseca) e quanto mais forte for a ligação entre o ligante e o receptor, maior será sua a�nidade, havendo, assim, maior intensidade nas modi�cações celulares desencadeadas. Agonismo e antagonismo dos fármacos A atividade dos fármacos pode ser observada a partir dos efeitos produzidos sobre os seus receptores. Quando um fármaco se liga ao seu receptor e cria um complexo fármaco-receptor de forma ativa, promovendo atividade celular, este fármaco pode ser classi�cado como agonista. Um fármaco que, mesmo possuindo a�nidade pelo receptor não permite que o agonista provoque alterações celulares, é denominado antagonista. Para ilustrar esse efeito podemos usar o modelo chave-fechadura devido ao “encaixe” que o fármaco possui com as estruturas receptoras. Farmacologia Conceitos farmacológicos sobre as ações dos fármacos Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! / Fonte: Franciss (2015). E�cácia e potência dos fármacos Um dos fatores que tem in�uência direta no efeito produzido pelo fármaco é o estudo da sua curva de dose- resposta, que estabelece a relação da concentração do fármaco no seu local de ação e que depende da dose inicial administrada, sendo demonstrado na forma de concentração linear ou logarítimica. Um fármaco pode ser mais potente do que outro, isso passa a ser observado quando um novo fármaco que possui a mesma �nalidade de outro fármaco consegue atingir o seu efeito máximo com doses cada vez menores. / Observe o grá�co a seguir e diga qual é a relação de potência e e�cácia que existe entre as substâncias X, Y e Z. Fonte: Farinde (2016). Perceba que esse grá�co está mostrando a concentração das doses em escala logarítmica, �cando, de certa forma, mais fácil a visualização e comparação entre as substâncias. As substâncias X e Z alcançam 100% do efeito, demonstrando que possuem a mesma e�cácia; mas, para a substância Z chegar na totalidade do seu efeito, foi necessária uma dose maior e, por isso, ela é menos potente que os fármacos X e Y. A substância X produziu a totalidade do seu efeito usando uma dose menor e, por isso, ela é o fármaco mais e�caz e mais potente comparado aos outros. A substância Y não alcançou a totalidade do efeito produzido pelas outras substâncias e por isso podemos dizer que ele é menos e�caz que os outros, mas você percebeu que ele é mais potente do que Z? / Fonte: https://bit.ly/2SeDN39. Acesso em: 02 abr. 2020. Tolerância e resistência dos fármacos A tolerância é a forma pela qual o organismo reage a uma droga ou fármaco cujo uso esteja sendo contínuo, provocando uma redução na resposta do efeito da substância. Isso faz com que o paciente tenha necessidade de elevar a dose do medicamento para conseguir os mesmos resultados. Um esquema para isso poder ser: Já o processo de resistência aos medicamentos pode acontecer de várias maneiras, sendo uma delas o desenvolvimento da capacidade de resistir aos efeitos anteriormente destrutivos de um fármaco por microrganismos ou células tumorais. A resistência que mais preocupa é a que ocorre com os antibióticos, pois geram superbactérias resistentes que levam ao limite de não haver mais opções terapêuticas para combatê-las. Os fármacos antagonistas podem se ligar de forma reversível, competindo pelo receptor juntamente com as substâncias que farão o efeito agonista, as quais podem ser substâncias endógenas (produzidas pelo organismo) ou exógenas (não produzidas pelo organismo, como um medicamento). Outra forma de antagonismo é a irreversível ou não competitiva, na qual o fármaco liga-se de forma mais estável com o receptor, não permitindo que as substâncias agonistas se liguem. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Resistencia_mecA.svg / Para �nalizarmos os nossos estudos, pesquise um pouco mais sobre os processos de resistência bacteriana, acessando o site da Anvisa. Nele você poderá conhecer alguns mecanismos de resistência bacteriana aos antimicrobianos, utilizando um material excelente sobre uso racional dessa classe de medicamentos, como o artigo Resistência bacteriana: mecanismos e impacto clínico. 1x
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