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13 - Apostila - Ética profissional e Legislação Educacional - Unidade I


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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFA. ROSNELLI MARIA ALVES MOREIRA SILVA 
Campus Machado 
Outubro/2020 
 
CURSO ASSISTENTE DE 
SECRETARIA ESCOLAR 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL E 
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 
UNIDADE I 
 
2 
Caros cursistas, 
 
Chegamos ao final do curso. Muitas alegrias, conquistas, desafios e 
aprendizados. 
Cada pessoa que passa em nossa vida é única, mesmo que seja virtual. 
Neste período de aprendizado, posso dizer que levamos sempre um pouco do 
outro e deixamos um pouco de nós. Espero ter deixado em você, um pouquinho 
de mim! 
É hora de valorizar os conhecimentos adquiridos, conquistar novos 
horizontes. Muitas serão as oportunidades que aparecerão, seja otimista, 
acredite em você e seja um profissional de sucesso. 
 Quero aproveitar para dizer a você, meu aluno, minha aluna, a quem 
ensinei, mas com quem muito aprendi, o meu obrigado e a minha saudade. 
Recebam meu afetuoso abraço! 
 Nesta nossa etapa final, falaremos sobre alguns aspectos legais e 
essenciais para o seu trabalho na secretaria escolar. A ética é o que difere um 
bom profissional de um profissional qualquer. Para ser um profissional de 
sucesso é necessário caráter, vocação, ética, talento, esforço e disciplina. 
Vimos ao longo deste curso, tópicos sobre a ética profissional, a 
importância de ser um profissional de excelência, prudente, amigável, cordial. 
Nesta unidade, discorreremos sobre aspectos legais da LDB, o código de ética do 
assistente de secretaria escolar e aspectos gerais sobre as principais leis, 
pareceres, resoluções e portarias que tratam sobre o funcionamento da escola. 
Essas são apenas algumas das questões sobre as quais iremos discutir 
nesta unidade. São assuntos diversificados, mas que giram em torna da 
secretaria escolar. Para responder e compreender a essas questões, você deverá 
ler atentamente o material didático, assistir às videoaulas e explorarem os meios 
virtuais. Veremos: 
 O exercício da profissão e o código de ética; 
 Aspectos gerais da LDB; 
 Principais leis, pareceres, resoluções e portarias relacionadas ao 
funcionamento da escola. 
 
Qualquer dúvida, estarei à disposição! 
 
3 
1. O exercício da profissão e o código de ética 
 
 
 
Estamos vivendo em uma época em que a ética e seus preceitos morais 
estão cada vez mais extinto da sociedade, em meio as nossas crianças, o agir 
com respeito aos pais, aos alunos, aos funcionários da escola e até mesmo com 
os seus próprios colegas já não se faz mais importante. O conjunto de princípios 
que antes era estabelecido entre as famílias, na profissão, hoje já não se vê tanto 
assim. A formação ética é vista pelos pais dos alunos como função da escola, 
contudo a escola não é a única instituição capaz de educar moralmente essa 
nova geração, ela é incapaz de garantir total sucesso nesse trabalho de 
formação, pois seu poder é limitado nesse sentido. (BASTOS, 2017) 
A instituição escolar deve agir com mais didática e rigor na educação da 
moral e da ética de seus alunos, já que a família e a sociedade estão deixando de 
lado esse quesito importantíssimo da vida do ser humano. 
A ética está associada aos valores morais que orientam o comportamento 
humano em sociedade. Já a moral são as convenções estabelecidas pela 
sociedade (como os costumes, regras e tabus), orientando o indivíduo sobre o 
certo ou errado. 
Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas como sinônimos: 
conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar 
Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as 
normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-
se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu 
exercício profissional (por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos 
advogados, dos psicólogos, etc.). (BASTOS, 2017) 
Em outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios 
que dão rumo ao pensar sem, de antemão, prescrever formas precisas de 
conduta (ética) e regras precisas e fechadas (moral). Finalmente, deve-se 
chamar a atenção para o fato de a palavra “moral” ter, para muitos, adquirido 
sentido pejorativo, associado a “moralismo”. Assim, muitos preferem associar à 
palavra ética os valores e regras que prezam, querendo assim marcar diferenças 
com os “moralistas”. (BASTOS, 2017) 
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, 
 
4 
cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os 
outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser 
respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética. (BASTOS, 2017) 
 Aprender a ser cidadão e a ser cidadã é, entre outras coisas, é aprender a 
agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência, 
aprender a usar o diálogo, nas mais diferentes situações e comprometer-se com 
o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país. 
 Nas unidades inicias do nosso curso, vimos sobre a importância da ética 
para o trabalho dentro da secretaria escolar. A partir de então, abordaremos o 
Código de Ética do Profissional de Secretariado. 
 
 O Código de Ética é um dos instrumentos básicos para o 
direcionamento correto da atuação como profissionais de 
secretaria escolar, tendo como objetivo fixar normas de 
procedimentos na execução do serviço. 
 No artigo 3º do Código de Ética do Profissional de Secretaria traz sobre a 
importância de zelar pelo prestígio e responsabilidade da profissão: 
 
Art.3º. - Cabe ao profissional zelar pelo prestígio e responsabilidade 
de sua profissão, tratando-a sempre como um dos bens mais nobres, 
contribuindo, através do exemplo de seus atos, para elevar a categoria, 
obedecendo aos preceitos morais e legais. (Código de Ética, 1989) 
 
 Os direitos dos assistentes de secretaria estão elencados no artigo 4º que 
trata sobre as atribuições, a defesa da integridade moral e social da profissão, 
entre outros: 
 
Art.4º. - Constituem-se direitos dos Secretários e Secretárias: 
1. Garantir e defender as atribuições estabelecidas na Lei de 
Regulamentação; 
2. Participar de entidades representativas da categoria; 
3. Participar de atividades públicas ou não, que visem defender os 
direitos da categoria; 
4. Defender a integridade moral e social da profissão, 
denunciando às entidades da categoria qualquer tipo de alusão 
desmoralizadora; 
5. Receber remuneração equiparada à dos profissionais de seu 
nível de escolaridade; 
6. Ter acesso a cursos de treinamento e a outros Eventos/Cursos 
cuja finalidade seja o aprimoramento profissional; 
Jornada de trabalho compatível com a legislação trabalhista em vigor. 
(Código de Ética, 1989) 
 
 
5 
 
Já no artigo 5º do Código de Ética de Secretariado considera como dever 
do assistente de secretaria e secretários um comportamento que siga os 
preceitos morais e éticos, ser positivo, saber dialogar com o próximo, respeitar 
sua profissão: 
 
 
Art.5º. - Constituem-se deveres fundamentais das Secretárias e 
Secretários: 
1. Considerar a profissão como um fim para a realização 
profissional; 
2. Direcionar seu comportamento profissional, sempre a bem da 
verdade, da moral e da ética; 
3. Respeitar sua profissão e exercer suas atividades, sempre 
procurando aperfeiçoamento; 
4. Operacionalizar e canalizar adequadamente o processo de 
comunicação com o público; 
5. Ser positivo em seus pronunciamentos e tomadas de decisões, 
sabendo colocar e expressar suas atividades; 
6. Procurar informar-se de todos os assuntos a respeito de sua 
profissão e dos avanços tecnológicos, que poderão facilitar o 
desempenho de suas atividades; 
7. Lutar pelo progresso da profissão; 
8. Combater o exercício ilegal da profissão; 
9. Colaborar com as instituições que ministram cursos específicos, 
oferecendo-lhes subsídios e orientações. (Código de Ética, 1989) 
 
O (a) assistente de secretaria escolar deve guardarsigilo sobre assuntos e 
documentos que lhe são confiados, ser solidário (a), cortês no ambiente de 
trabalho, respeitar a capacidade e limitações individuais conforme trata o artigo 
8º do Código de Ética de Secretariado: 
 
Art.8º. - Compete às Secretárias e Secretários: 
1. Manter entre si a solidariedade e o intercâmbio, como forma de 
fortalecimento da categoria; 
2. Estabelecer e manter um clima profissional cortês, no ambiente 
de trabalho, não alimentando discórdia e desentendimento 
profissionais; 
3. Respeitar a capacidade e as limitações individuais, sem 
preconceito de cor, religião, cunho político ou posição social; 
4. Estabelecer um clima de respeito à hierarquia com liderança e 
competência. (Código de Ética, 1989) 
 
A (o) assistente de secretaria escolar é vedado usar de amizades, influência 
para conseguir algum tipo de favoritismo, prejudicar a reputação de seus 
colegas de trabalho. 
Um dos quesitos que fere a ética do profissional de secretaria escolar é ser 
 
6 
conivente com o erro do outro. Não seja conivente aos que fazem mal, aos que 
praticam erros. Pergunte-se: É errado o que fazem? Se a resposta é sim, então 
você não pode ser cúmplice com o erro do outro. Caso contrário, estaria errando 
igual a eles. Fazer o que eles querem é concordar com o que eles estão 
cometendo, isto pode custar o seu emprego. 
 
 
 
 
 Você como futuro assistente de secretaria escolar deve estar 
atento as normas do Código de Ética de Secretaria Escolar disponível em: 
http://secretariandonatela.blogspot.com/2010/10/codigo-de-etica-do-
profissional-de.html 
 
 
2. Aspectos gerais da LDB 
 
 
Em 1996, foi instaurada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), 
que trata de um vasto conteúdo e abrangente, que amplia e especifica o acesso à 
educação. A LDB é a legislação que define e regulamenta todo o sistema 
educacional brasileiro, seja público ou privado, traçando parâmetros e 
requisitos para seu regular e satisfatório funcionamento. 
A LDB começa com uma definição bastante abrangente de educação 
conforme artigo 1º, restringindo o âmbito de aplicação da lei e observa a 
finalidade prática do processo educativo: 
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se 
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no 
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos 
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações 
culturais. 
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições 
próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho 
e à prática social. (LDB, 1996) 
 
http://secretariandonatela.blogspot.com/2010/10/codigo-de-etica-do-profissional-de.html
http://secretariandonatela.blogspot.com/2010/10/codigo-de-etica-do-profissional-de.html
 
7 
 A LDB regula as diretrizes e bases da educação nacional nas 
instituições de ensino com a finalidade prática de inserir os alunos no 
mercado de trabalho e na prática social, conforme artigo 2º, que trata de 
uma educação para a liberdade e solidariedade humana, visando o pleno 
desenvolvimento do educando. 
 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade 
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. (LDB, 1996) 
 
Já no artigo 3º da LDB, os princípios básicos do ensino são 
destacados: 
 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais; 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial; 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida (LDB, 1996). 
 
 A escola deve ensinar liberdade e tolerância (IV) não para formar, 
ao final da vida escolar, alguém com estas qualidades, mas sim para que o 
aluno possa converter imediatamente os ensinamentos recebidos em 
atitudes práticas de respeito e cidadania. Aí entra a valorização da 
experiência extra-escolar (X), pois sem ela não haverá como o educando 
enxergar na escola um espaço de aprendizado que diz respeito à sua 
realidade imediata. Disto decorre a vinculação entre a educação escolar 
com o trabalho e as práticas sociais (XI). Seja o que for ensinado dentro dos 
 
8 
muros da escola, este aprendizado deve ter significado para o aluno fora 
destes limites. O fim da educação escolar é a formação de membros de uma 
comunidade muito mais ampla do que aquela da sala de aula, o que deve 
ser desenvolvido ao longo de toda vida escolar com reflexos no cotidiano 
dos alunos. 
As diretrizes gerais competem à União com finalidade de nortear, 
guiar, orientar, a elaboração dos currículos mínimos. Os estados e 
municípios possuem um papel importante no estabelecimento destas 
diretrizes, dada a expressão “em colaboração” presente no caput do artigo. 
Isto significa que os estados e municípios podem estabelecer de forma 
subsidiária as diretrizes para nortear seus sistemas de ensinos, através de 
suas respectivas secretarias de educação. 
 
Figura 1 LDB Organização. Disponível em: 
https://slideplayer.com.br/slide/1745022/ Acesso: 29/09/2020 
 
No artigo 22 da LDB, traz sobre a finalidade da educação básica o 
desenvolvimento do aluno, assegurando a capacidade de exercer a sua cidadania 
e ter instrumentos para seguir progredindo no trabalho e nos estudos. Ora, o 
que pode ser mais importante para ambos senão a capacidade de aprender com 
autonomia, buscando o conhecimento onde quer que este se encontre e sempre 
que necessário? 
O artigo 32 traz o ensino fundamental obrigatório, gratuito tendo como 
 
9 
objetivo a formação básica do aluno mediante a capacidade de aprender e de 
aprendizagem. A primeira se refere às condições básicas para aprender 
quaisquer conteúdos específicos; a segunda refere-se à habilidade de relacionar-
se com o conhecimento de uma maneira ativa, flexível, que permita a adaptação 
ao novo. 
O artigo 70 considera como objetivos básicos essenciais o 
aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação. Neste 
caso, o aperfeiçoamento do auxiliar de secretaria estaria embutido neste artigo? 
Segundo as orientações da aplicação dos recursos do Fundeb, as ações 
consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino são: 
 
Remuneração e aperfeiçoamento de demais profissionais da 
Educação, sendo alcançados nesta classificação os profissionais da 
educação básica que atuam no âmbito do respectivo sistema de ensino 
(estadual ou municipal), seja nas escolas ou nos demais órgãos 
integrantes do sistema de ensino, e que desenvolvem atividades de 
natureza técnico-administrativa (com ou sem cargo de direção ou 
chefia), como, por exemplo, o auxiliar de serviços gerais, secretárias de 
escolas, bibliotecários, serventes, merendeiras, nutricionista, vigilante, 
lotados e em exercício nas escolas ou órgão/unidade administrativa da 
educação básica. (FNDE, 2020 – grifo nosso) 
 
Portanto, o assistente de secretaria está entre os profissionais da 
Educação básica que podem realizar aperfeiçoamentos com o valor 
recebido do Fundeb. 
A educação básicanacional possui uma base nacional comum e uma 
parte diversificada. A primeira, objeto desta primeira seção, fixa certos 
temas e conteúdos como componentes obrigatórios da formação escolar. 
Isto certamente não significa que o currículo das escolas deve ser idêntico 
ou mesmo semelhante: não há esta obrigatoriedade. É recomendável e 
incentivado que atendam às diferenças regionais e locais, bem como às 
necessidades específicas da comunidade atendida. Aliás, é justamente neste 
sentido que se enquadra a parte diversificada do currículo. 
Vejamos o artigo 24, inciso I, que especifica a carga horária mínima. 
 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, 
 
10 
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, 
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo 
trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames 
finais, quando houver; 
 
 Além da fixação relativa ao total de horas, a LDB/96 fixa certos 
componentes curriculares obrigatórios, aqueles que compõem a base 
nacional comum. Lemos no artigo 26: 
 
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem 
ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada 
sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte 
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da 
sociedade, da cultura, da economia e da clientela. 
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, 
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da 
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da 
realidade social e política, especialmente do Brasil. 
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões 
regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos 
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o 
desenvolvimento cultural dos alunos. 
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da 
escola, é componente curricular obrigatório da educação 
básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: 
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as 
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação 
do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, 
africana e européia. 
... 
§ 6º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não 
exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2º deste 
artigo. (LDB, 1996) 
 
 
Os conhecimentos obrigatórios a serem abordados na educação básica 
são Língua Portuguesa, Matemática, conhecimentos do mundo físico e natural, 
assim como da realidade política e Artes (incluindo a Música). 
As escolas gozam de elevado grau de autonomia para decidir sobre o 
currículo. Apesar de ser necessária a observância das exigências legais quanto à 
carga horária e saberes conhecimentos ou estudos obrigatórios, há espaço para 
as instituições decidirem, certamente em conjunto com a comunidade, como 
serão compostas as disciplinas, com que carga horária, abordando que 
conteúdos e em quais séries. Não é necessário a estas instituições aguardar a 
fixação destes elementos por meio de leis ou diretrizes dos conselhos das 
 
11 
diferentes esferas públicas: a iniciativa cabe às escolas. 
Tal iniciativa não é somente possível, mas estimulada pela lei, na medida 
em que encontramos referência constante – insistente – ao respeito à 
autonomia didático-pedagógica, ao estímulo à inovação e à constante 
transformação das instituições de ensino nos textos legais. O artigo 12 da LDB 
prevê que a elaboração e a execução do projeto pedagógico cabem aos 
“estabelecimentos de ensino”. A Resolução CNE 04/2010 nos brinda com 
reiteradas menções a tal autonomia referentes ao currículo. Vejamos algumas 
delas, com especial atenção aos trechos sublinhados: 
 
Art. 13... 
... 
§ 3º A organização do percurso formativo, aberto e 
contextualizado, deve ser construída... incluindo não só os 
componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na 
legislação e nas normas educacionais, mas outros, também, de 
modo flexível e variável, conforme cada projeto escolar, e 
assegurando: 
... 
II - ampliação e diversificação dos tempos e espaços 
curriculares que pressuponham profissionais da educação 
dispostos a inventar e construir a escola de qualidade social, 
com responsabilidade compartilhada com as demais 
autoridades que respondem pela gestão dos órgãos do poder 
público, na busca de parcerias possíveis e necessárias, até 
porque educar é responsabilidade da família, do Estado e da 
sociedade; 
III - escolha da abordagem didático-pedagógica 
disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar 
pela escola, que oriente o projeto político-pedagógico e resulte 
de pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos 
escolares e comunidade, subsidiando a organização da matriz 
curricular, a definição de eixos temáticos e a constituição de 
redes de aprendizagem; 
IV - compreensão da matriz curricular entendida como 
propulsora de movimento, dinamismo curricular e educacional, 
de tal modo que os diferentes campos do conhecimento possam 
se coadunar com o conjunto de atividades educativas; [sublinha 
adicionada] (LDB, 1996) 
 
Conclui-se pelo estímulo ao dinamismo e iniciativa dos membros da 
comunidade escolar com vistas à permanente elaboração de um currículo 
adequado à satisfação do objetivo máximo da educação básica: a formação plena 
do cidadão e trabalhador. 
Já o artigo 43 da LDB, reforça a autonomia escolar como caminho para 
atingir a educação de qualidade e significativa para o aluno. 
 
12 
 
Art. 43. O projeto político-pedagógico, interdependentemente 
da autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira 
da instituição educacional, representa mais do que um 
documento, sendo um dos meios de viabilizar a escola 
democrática para todos e de qualidade social. 
§ 1º A autonomia da instituição educacional baseia-se na busca 
de sua identidade, que se expressa na construção de seu projeto 
pedagógico e do seu regimento escolar, enquanto manifestação 
de seu ideal de educação e que permite uma nova e democrática 
ordenação pedagógica das relações escolares. 
II § 2º Cabe à escola, considerada a sua identidade e a de 
seus sujeitos, articular a formulação do projeto político-
pedagógico com os planos de educação – nacional, estadual, 
municipal –, o contexto em que a escola se situa e as 
necessidades locais e de seus estudantes. [sublinha adicionada] 
(LDB, 1996) 
 
Diante de tanto espaço para inovação, do estímulo ao dinamismo, da 
prescrição legal de autonomia das escolas na elaboração de seus currículos, 
seria de se esperar que as propostas pedagógicas e os currículos dos colégios 
fossem amplamente diferentes. Contudo, o que encontramos é o contrário: as 
disciplinas, conteúdos e cargas horárias são todas semelhantes. 
 
 Para saber mais sobre a LDB, clique: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 
3. Principais leis, pareceres, resoluções e portarias 
relacionadas ao funcionamento da escola. 
São diversas as Leis que regem o sistema educacional no Brasil, a 
começar pela Constituição Federal de 1988, a Carta Magna do país, que 
destina à educação todo um capítulo, sendo este composto por 10 artigos 
repletos de princípios. Mas é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 
que regulamenta o sistema educacional brasileiro, tanto público quanto 
privado. Hoje, nossa LDB é a Lei nº. 9394, sancionado em dezembro de 1996 e 
já vimos os aspectos mais relevantes no tópico anterior. 
Outras leis importantes para a Educação brasileira que podemos citar 
são: Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/90; Lei nº 10.098/94 
que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
 
13 
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida, e dá outras providências; Lei nº 10.436 de 2002 que dispõe sobre a 
Língua Brasileira de Sinais, Lei nº 7.853 de 1989 sobre apoio às pessoas 
portadoras de deficiência, Lei 10.172 de 2001, conhecida como Plano Nacional 
de Educação, consoante art. 9º inciso I da LDB e Lei 9131 de 1995 que criou o 
Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão responsável por auxiliar o 
Ministério da Educação na formulação e avaliação da política nacional de 
educação; entre outras. 
 
 
3.1 Constituição Federal de 1988 
 
A Constituição Federal de 1988 conhecida também como Constituição 
Cidadã, desempenhou papel importantíssimo na seara dos direitos 
fundamentais do ser humano, ao reconhecer que a dignidade é inerente a todo 
indivíduo desde o momento de seu nascimento até a sua morte. 
 A proteção aos direitos humanos encontra-se expresso no artigo 1º da 
Constituição Federal de 1988 sendo: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
A Constituição Federal de 1988 nos artigos 6º, 205, 206 e 208 institui a 
educação como direito social de todos e dever do Estado, sem excluir a 
responsabilidade da família. 
A educação escolar assume a mesma importância de natureza vital assim 
como à vida em sociedade e à preservação da saúde mental. E a distribuição das 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/99492/lei-de-l%C3%ADbras-lei-10436-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109358/lei-7853-89
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101486/lei-10172-01
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11695616/artigo-9-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11695589/inciso-i-do-artigo-9-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108165/lei-9131-95
 
14 
obrigações educacionais entre o Estado e a família implica parceria de ambos no 
processo educativo. 
A educação obrigatória, com direito à gratuidade nas escolas públicas, 
continuou dos sete aos catorze anos de idade. Somente a Emenda Constitucional 
nº 59, de 2009, ampliou-a para crianças e adolescentes de quatro a dezessete 
anos. Com as Emendas nº 14, de 1996, e 53, de 2006, os preceitos 
constitucionais relativos à educação assim se apresentam: 
 
Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I - Da 
Educação 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I 
- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade 
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - 
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em 
estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, 
na forma da lei, plano de carreira para o magistério público, com piso salarial 
profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, 
assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela 
União; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia 
de padrão de qualidade. 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio 
de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a 
garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que 
a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da 
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional 
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular 
de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis 
 
15 
anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino 
noturno regular, adequado às condições do educando; VII - atendimento ao 
educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de 
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O 
acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-
oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, 
importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder 
público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e 
zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes 
condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - 
autorização e avaliação de qualidade pelo poder público. 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, 
de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais 
e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula 
facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de 
ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em 
língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização 
de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União 
organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e 
prestará assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento 
prioritário à escolaridade obrigatória. § 2º Os Municípios atuarão 
prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar. 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, 
da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A parcela da 
arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é 
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que 
 
16 
a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caputdeste artigo, 
serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os 
recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos 
públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino 
obrigatório, nos termos do plano nacional de educação. § 4º Os programas 
suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, 
serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros 
recursos orçamentários. § 5º O ensino fundamental público terá como fonte 
adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida, 
na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada 
no ensino fundamental de seus empregados e dependentes. 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, 
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, 
definidas em lei, que: I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus 
excedentes financeiros em educação; II - assegurem a destinação de seu 
patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao poder 
público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º Os recursos de que 
trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino 
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência 
de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na 
localidade da residência do educando, ficando o poder público obrigado a 
investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As 
atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio 
financeiro do poder público. 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração 
plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus 
diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à: I - 
erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - 
melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção 
humanística, científica e tecnológica do País. 
 
Fonte: 
http://www.senado.leg.br/atividade/const/constituicao-federal.asp#/con1988/CON1988_ 
05.10.1988/ CON1988.pdf Acesso: 30/09/2020 
 
17 
 
Diante do acima exposto, os estabelecimentos de ensino básica deve 
garantir o exercício de um direito ao cidadão, já assegurado no artigo 6º da 
Constituição Federal de 1988 remete o servidor público (chamado de 
profissional de educação básica), a função de intermediário entre os cidadãos e 
o Estado. 
O artigo 227 da Constituição Federal de 1988 esclarece que é dever da 
família, sociedade e do Estado garantir e zelar pelos direitos da criança e do 
adolescente. 
A família é o alicerce para a vida da criança, portanto, devem oferecer 
meios de sobrevivência, dando apoio, segurança, respeito mútuo, 
assim “(…) se vão gerando na criança atitudes, comportamentos, 
capacidades, normas, valores (…)”. 
A Constituição Federal de 1988, reitera o papel da família como ente 
educador, estendendo-o à educação escolar, sugere o estabelecimento de 
parcerias. Um vínculo que aponta para a ampliação destas relações pela troca e 
ajuda mútua, e inclui a sociedade civil como coautora do processo educacional. 
Pela afirmação da gestão democrática como princípio educativo, a organização 
da educação escolar aponta para a construção de uma “comunidade educadora”, 
descaracterizando a escola enquanto “ilha de saber” e “propriedade dos 
catedráticos”. A gestão e o ato pedagógico têm que envolver a todos, não apenas 
os profissionais da educação e os estudantes, atores tradicionais no processo 
educativo. 
O artigo 229 da Constituição Federal de 1988 deixa clara a 
responsabilidade dos pais na obrigação de criar, educar os filhos menores: 
Art. 229 Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos 
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais 
na velhice, carência ou enfermidade. 
 
 
A criança e adolescente são seres em desenvolvimento por isso não 
possuem uma personalidade definida, mas possuem direitos fundamentais e 
proteção especial dos direitos sendo necessária uma implementação de políticas 
públicas que assegurem a efetivação destes direitos. 
 
18 
Os filhos menores – crianças e adolescentes – gozam, no seio da família, 
por determinação constitucional (artigo 227, Constituição Federal), plena 
proteção e prioridade absoluta em seu tratamento. 
Isso equivale a dizer que, em respeito à própria função social da família, 
qualquer membro do núcleo familiar, em especial pais e mães, devem propiciar 
acesso aos meios de adequação, moral, material e espiritual dos adolescentes 
com os quais convivem. 
Educação, saúde, lazer, alimentação, vestuário, enfim, todas as diretrizes 
constantes na Política Nacional da Infância e Juventude devem ser observadas 
rigorosamente. 
 
 
Figura 2 Direito a escola. Disponível em: 
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/798/07_disciplinas_ft_se_caderno_12_l
egislacao_escolar.pdf?sequence=1 Acesso: 30/09/2020 
 
 
A matrícula gratuita nas escolas públicas de educação básica é direito de 
todo cidadão (art. 206, IV; art. 208, I). Portanto, não pode ocorrer qualquer 
distinção entre os indivíduos, tampouco obstrução à sua oferta. 
A educação obrigatória, inclusive dos que não tiveram acesso a ela na 
idade própria, passa a ser entendida como direito subjetivo, aquele próprio da 
cidadania. Entendimento que implica na garantia de matrícula e permanência 
do aluno na escola. Desafios que o Estado tem de enfrentar via implementação 
de programas sociais efetivos. 
 
19 
 
3.2 Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente reconheceu as crianças e 
adolescentes como pessoas de direitos, com prioridades e em desenvolvimento 
por isto a necessidade do amparo do Estado, sociedade e da família. 
Em 13 de julho de 1990 entrou em vigor o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), revogando o Código de Menores de 1979 (Lei nº 6.697/79). 
O Código Penal e a Constituição Federal de 1988 mais precisamente 
artigos 228 e 27 trata sobre a Legislação Especial que é a partir de então o 
Estatuto da Criança e do Adolescente que visa proteger dar cumprimento aos 
direitos fundamentais dos menores. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma lei especial que dispõe 
sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, conforme artigo 1º da 
mesma, além de prever medidas socioeducativas para o menor infrator. (VADE 
MECUM, 2011). 
O Estatuto estabelece todos os direitos que uma criança merece e 
necessita para crescer de forma saudável e integrar a sociedade como um 
indivíduo de bem, e também aborda questões de políticas de atendimento, 
medidas protetivas ou medidas socioeducativas, entre outras providências. Em 
resumo, abrange todos os direitos diretamente relacionados à Constituição da 
República de 1988. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente é considerada 
criança pessoa até doze anos e adolescente aquele com mais de doze e menos de 
dezoito anos, de acordo com o artigo 2º. 
O artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê: 
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facilitar o desenvolvimento 
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e 
dignidade. 
 
 
 
20 
3.3 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) 
 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) existe desde 
1968, como autarquia do Ministério da Educação, e tem por finalidade prover 
recursos e executar ações para o desenvolvimento da educação, procurando 
garantir um ensino de qualidade atodos. São os seguintes os principais 
programas do FNDE, derivados dos art. 208 e 212 da Constituição: 
 
* PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) 
Transfere recursos financeiros para os estados e municípios para compra 
de gêneros alimentícios, garantindo, assim, a alimentação escolar dos alunos de 
educação infantil e do ensino fundamental, inclusive os das escolas indígenas. 
O valor per capita repassado por cada dia é de 0,22 por aluno de creches 
públicas e filantrópicas, por estudante do ensino fundamental e da pré-escola e 
de 0,44 para os alunos das escolas indígenas que estão localizadas em 
comunidade quilombolas. 
* Programa Brasil Alfabetizado 
 
Promove apoio a alfabetização de jovens com quinze anos ou mais, adultos e 
idosos. Os recursos são destinados aos estados, municípios, universidades, 
empresas privadas, organizações não-governamentais e da sociedade civil de 
interesse público. 
 
* PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) 
 
Visa oferecer material didático de qualidade gratuitamente. Abrange todo 
ensino fundamental público, inclusive a alfabetização. 
 
* PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) 
 
 
21 
Seus recursos são destinados a: aquisição de material permanente, de 
manutenção e de consumo necessários para manter o funcionamento da escola; 
capacitar e aperfeiçoar os profissionais da educação; avaliar a aprendizagem; 
implementar o projeto pedagógico; e desenvolver atividades educacionais. O 
valor que cada escola recebe está baseado no número de alunos matriculados no 
ensino fundamental ou na educação especial apontados pelo Censo Escolar no 
ano anterior. 
 
* PEJA (Apoio ao Atendimento à Educação de Jovens e Adultos) 
 
É um meio de assistência suplementar utilizado para aquisição de livro 
didático, contratação temporária de professores, formação continuada de 
docentes e aquisição de gêneros alimentícios. 
 
* PNATE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) 
 
Transfere recursos financeiros de caráter suplementar aos Estados e 
Municípios para serem gastos com o transporte escolar de alunos da educação 
básica pública da zona rural. 
* PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola) 
 
Procura incentivar a leitura e o acesso a cultura a alunos, professores e a 
comunidade em geral. Através desse programa são distribuídos livros de 
literatura brasileira e estrangeira, infanto-juvenil, clássica, de pesquisa, de 
referência e outros materiais de apoio. 
 
* PNSE (Programa Nacional de Saúde do Escolar) 
 
Concede apoio financeiro aos municípios para a aquisição e distribuição 
de óculos aos alunos matriculados na 1ª série do ensino fundamental das 
escolas públicas municipais e estaduais que estão com problemas de visão. 
Como se pode ver, a qualidade de que trata esta lei não se limita apenas 
 
22 
às atividades da escola, que são as relativas ao ensino e à educação. Prevê a 
valorização de todos profissionais da educação e a organização de uma escola 
democrática e plural. 
 
3.4 PNE – Plano Nacional de Educação 
 
Plano Nacional de Educação – PNE – tem como objetivo a organização 
racional, consequente e eficaz do universo de ações educativas que devem ser 
executadas num determinado país, sendo gerido pela Constituição Federal. 
Conforme artigo 214 da Constituição Federal de 1988, o PNE deveria 
abranger todos os aspectos relativos à organização da educação nacional para 
unir os diversos níveis do ensino com o propósito de integrar as ações 
governamentais intentando solucionar as deficiências históricas na área 
educacional. Dessa forma, este plano deveria estabelecer como metas a 
erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar, a 
melhoria da qualidade do ensino, a formação para o trabalho, a promoção 
humanística, científica e tecnológica do país. 
O PNE, por outro lado, também está subordinado a uma legislação que é 
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB. Esta é a lei maior da educação e 
estabelece as diretrizes para a sua organização nacional. Assim, todas as ações 
educativas implementadas nos âmbitos federal, estadual e municipal, mesmo as 
regulamentadas por legislações específicas no estado e município, têm como 
referência a LDB. 
Foi instaurada a Lei nº 13.005/2014 que aprova o Plano Nacional de 
Educação com vigência por dez anos com vistas ao cumprimento do artigo 214 
da Constituição Federal de 1988. 
As principais diretrizes do PNE 2014-2024 são: 
 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na 
promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de 
discriminação; 
IV - melhoria da qualidade da educação; 
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos 
valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; 
 
23 
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação 
pública; 
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que 
assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de 
qualidade e equidade; 
IX - valorização dos (as) profissionais da educação; 
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à 
diversidade e à sustentabilidade socioambiental 
A Meta 7 trata da melhoria da qualidade da educação básica em todas as 
etapas e modalidades, entendida como melhoria do fluxo escolar e de 
aprendizagem, fixando médias nacionais para o Ideb, por isso, talvez, faça várias 
menções à formação, como necessidade para a melhoria do ensino. Na 
estratégia 7.4 aponta a autoavaliação das escolas, e a necessidade de um 
instrumento para esta avaliação a fim de orientar dimensões, tais como o 
planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade, a formação 
continuada dos(as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão 
democrática. A estratégia 7.5 indica a necessidade de planos de ações 
articuladas, voltadas à formação de professores e professoras e profissionais de 
serviços e apoio escolares, dentre outros aspectos pedagógicos e físico-materiais 
para a expansão da rede escolar. As estratégias 7.26 e 7.33 fazem, 
respectivamente, referência à formação específica para a educação no campo, de 
indígenas e comunidades quilombolas, e à capacitação de professores e 
professoras para atuarem na formação de leitores, de acordo com o Plano 
Nacional do Livro e da Leitura. A estratégia 7.34 fala de um “programa nacional 
de formação de professores e professoras”, sem deixar muito evidente o tipo de 
programa, somente refere-se a uma política de preservação da memória 
nacional. (MEC, 2014) 
A valorização profissional está relacionada com vários temas propostos 
pelo PNE, explícita ou implicitamente, e pode ser identificada ou relacionada 
com outros aspectos, em especial com a formação. A estratégia 5.1, por exemplo, 
relaciona a qualificação e valorização de alfabetizadores como necessidade para 
alcançar uma plena alfabetização das crianças. Mas a Meta 17 e 18 é que estão 
mais diretamente relacionadas com este tema. A Meta 17 é voltada para a 
valorização do profissional do magistério e busca equiparar o rendimento médio 
dos docentes da educação básica pública ao rendimento dos demais 
 
24 
profissionais de outras áreas com escolaridade equivalente. A diferença entre o 
rendimento médio do magistério comparado com outras categorias 
profissionais é de 57%, conforme apontado por documento do MEC sobre o 
PNE. (MEC, 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
4. Referências Bibliográficas 
 
BRASIL. Ministério Educação. Secretaria de Educação Básica. Legislação 
Escolar. Elaboradores: Aquiles Santos Cerqueira e Ricardo Gonçalves Pacheco. 
Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educaçãoa Distância, 2005. 
CURY, Carlos Roberto Jamil. Legislação educacional brasileira. 2. ed. Rio de 
Janeiro: DP&A Editora, 2002. 14 
SAVIANI, Dermerval. Da nova LDB ao novo plano nacional de educação: por 
uma outra política educacional. 5. ed. São Paulo: Autores Associados, 2004. 
BRASIL, Portal da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação - FNDE Diretoria Financeira – DIFIN Coordenação-Geral de 
Operacionalização do Fundeb e de Acompanhamento e Distribuição da 
Arrecadação do Salário-Educação – CGFSE Coordenação de Operacionalização 
do Fundeb – COPEF. Disponível em: www.fnde.gov.br Acesso: 20/09/2020 
 
BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm Acesso: 15/09/2020 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. 05 de outubro 
de 1998. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso 
em: 20/09/2020 
 
BRASIL. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos escolares. 
In: Conselho Escolar e o financiamento da educação no Brasil. Brasília-DF. 
2006. 
 
BRASIL, Lei 8078 de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. 
Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm Acesso: 
20/09/2020 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 24 de 
dezembro de 1996. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm

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