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O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE HISTÓRIA DO SUS: ⇨ Final século XIX/Início do século XX = tratamento por pagamento ou caridade não tinha um hospital, o médico atendia no domicílio ⇨ República velha (1900-1923) = campanhas sanitárias/alto prevalência de DIPs ● Saúde baseava-se em “apagar o fogo” = tinha uma doença com muitos casos combatia essa doença ⇨ Lei Eloy Chaves (1923-1933) = criação das CAPs (caixas de aposentadorias e pensões) ● Berço da previdência social = trabalhadores reuniram-se e criaram um fundo financeiro para quando precisassem ● Cada classe trabalhadora tinha várias CAPs ⇨ Era Vargas (1933-1966) = transformou as CAPs IAPs ● Tinha 1 IAP para cada classe de trabalhadores = Estado conseguia controlar muito melhor ● Criação de importantes hospitais = para onde os trabalhadores iam quando precisavam de atendimentos ⇨ Ditadura militar (1964-1984) = IAPs INPS INAMPS ● INPS = previdência social para todos que pagavam por ela ● Época do “milagre econômico” = hospitais eram chiques, bem equipados só podia usar quem pagasse pela saúde ● INAMPS = semelhante ao INPS ⇨ REFORMA SANITÁRIA: ● Movimento CIVIL que surgiu no final dos anos 70 = encabeçado por classes que não tinham acesso à saúde e profissionais da saúde ● Amplo apoio político ● Já trazia algumas ideias que fariam parte do SUS = universalidade, integralidade, participação social ● VII Conferência Nacional de Saúde – 1986: “Saúde: direito de todos, dever do Estado” ▪ 1ª conferência com participação popular ⇨ CRIAÇÃO DO SUS: ● Ocorreu na Constituição de 1988 ● “Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado...” saúde está atrelada à cidadania = só por você existir você já tem direito à saúde ● SUS é um modelo de Seguridade Social ⇨ MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: Seguridade social Seguro social Assistência social Nasceu na Grã-Bretanha Existe também em outros países = Canadá, Brasil Acontece na Alemanha Acontece nos EUA Modelo Beveridgiano: ● Cobertura UNIVERSAL de assistência à saúde Modelo Bismarckiano: Modelo de proteção residual: ● Estado não assume a saúde = é privada ● Ex.: SUS ● Financiamento = todas as pessoas por meio dos IMPOSTOS ● Estado é o responsável por ofertar saúde ● Financiamento = empregados + empregadores ● Ex.: Era Vargas IAPs ● Estado só ajuda alguns grupos específicos ● Medicaid = + pobres ● Medicare = + idosos LEIS ORGÂNICAS DE SAÚDE: ⇨ LEI 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 – PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS: ● Princípios do SUS – éticos/doutrinários: 1. Universalidade = acesso em todos os níveis de assistência 2. Integralidade = atendimento em todas as necessidades prevenção, cura, reabilitação 3. Equidade = atenção desigual para casos desiguais uniformidade do atendimento Quem precisa mais tem prioridade Na lei original, vem falando de “IGUALDADE”, mas depois foi mudado para equidade Igualdade = atendimento igual para todos, sem nenhum tipo de privilégio ● Princípios do SUS – organizacionais/operativos: 1. Descentralização = coordenação e cooperação, mas com direção única em cada esfera de governo e ênfase no município O município está mais perto dos cidadãos = ele que deve ofertar mais a saúde 2. Complementaridade do setor privado = mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos Gastos de saúde no Brasil = 40% SUS // 60% particular Usuários de saúde no Brasil = 70% dependem do SUS 3. Regionalização e hierarquização = ações e serviços de saúde organizados em níveis de complexidade crescente Paciente entra pela atenção primária e vai sendo referenciado para os demais níveis conforme necessidade Nível secundário = ambulatório de especialidades Nível terciário = hospital 4. Participação social = Lei 8.142 Conselhos e Conferências A lei 8.080 não especifica como deve ser essa participação social ● Princípios do SUS – menos conhecidos: 1. Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde 2. Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico 3. Resolubilidade = capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência 4. Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras ● Atuação do SUS: 1. Vigilância sanitária 2. Vigilância epidemiológica 3. Saúde do trabalhador 4. Assistência farmacêutica 5. Saneamento básico 6. Ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde: Um gestor de uma UBS que quer colocar uma residência de MFC na sua UBS Faculdade particular que quer colocar seus alunos em hospitais públicos 7. Vigilância nutricional e orientação alimentar 8. Proteção do meio ambiente e do trabalho 9. Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos 10. Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano 11. Participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos 12. Incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico 13. Formulação e execução da política de sangue e seus derivados ⇨ LEI 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 – COMPLEMENTAR: ● Determinou a participação da comunidade + transferência intergovernamental de recursos financeiros ● Conselho de saúde – mensal: ▪ São municipal, estadual e nacional ▪ Caráter permanente e deliberativo ▪ Paritário = 50% usuário + 50% o resto (25% profissionais da saúde // 12,5% representantes do governo // 12,5% prestadores de serviço) ▪ Objetivo = formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde~, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros ▪ O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde ● Conferência de Saúde – a cada 4 anos: ▪ Caráter consultivo ▪ Paritário = 50% usuário + 50% o resto ▪ Objetivo = avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para formulação da política de saúde ▪ Convocada pelo Poder Executivo ou pelo Conselho de Saúde NORMAS OPERACIONAIS: ⇨ NOB 91: ● Ainda centraliza a gestão do SUS no nível federal = percebeu que os municípios ainda não estavam preparados para exercerem essa responsabilidade ● Já inicia a ideia de municipalização ● Cria a AIH = Autorização de Internação Hospitalar abastece o SIH (sistema de informação hospitalar) ● Cria a SIA-SUS = Sistema de Informações Ambulatoriais ⇨ NOB 93: ● Criação da transferência automática e regular ● Fortalece a ideia da descentralização com MUNICIPALIZAÇÃO ● Cria as Comissões Intergestores Bipartite (âmbito estadual) e Tripartite (nacional) ⇨ NOB 96: ● Avanço na descentralização ● Cria a PAB (Piso de Atenção Básica) fixa e variável = estabelece como seria o financiamento da Atenção Básica ● Cria a PPI (Programa Pactuado e Integrado) ● Atenção Básica e Saúde da Família ganharam força!!!! ⇨ NOOAS 2001 E 2002: ● Ampliar a integralidade com regionalização ● Institui o PDR (Plano Diretor de Regionalização) e o PDI (Plano Diretor de Investimentos) ● PAB ampliado PORTARIA Nº 399 – PACTO PELA SAÚDE 2006 ⇨ PACTO EM DEFESA DO SUS – DEFENDE: ● Reforça o SUS como política de estado ⇨ PACTO DE GESTÃO DO SUS – ORGANIZA: ● Estabelece as responsabilidades clarasde cada ente federado ● Criou a Região de Saúde ⇨ PACTO PELA VIDA – ESTABELECE PRIORIDADES: ● Saúde do idoso = Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa ● Câncer de colo uterino e mama = ↓ dos óbitos ● Mortalidade infantil e materna = ↓ dos óbitos ▪ Infantil = ↓ mortalidade por doenças diarreicas e PNM ● Doenças emergentes e endêmicas = Hanseníase, Dengue, Malária, Influenza e BK (TB) “HanDeMIKA” ● Promoção da saúde = Política Nacional de Promoção da Saúde ● Atenção básica à saúde = Consolidar e qualificar a ESF DECRETO Nº 7.508 – 28 DE JUNHO DE 2011: ⇨ OBJETIVOS: ● Regulamenta a lei 8.080 + organiza o SUS com uma nova dinâmica na organização e gestão compartilhada do sistema ⇨ ASPECTOS IMPORTANTES: 1. Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – COAP: ● Acordo entre os 3 entes federativos (ministro da saúde + secretário estadual de saúde + municipal) ● ↑ integralidade da assistência = através das regiões de saúde 2. Região de Saúde: ● grupo de municípios limítrofes (do mesmo estado ou não) com alguma tipo de semelhança (cultural, econômica) que tem NO MÍNIMO: ▪ Atenção primária ▪ Urgência e emergência ▪ Atenção psicossocial ▪ Atenção ambulatorial especializada e hospitalar ▪ Vigilância em saúde 3. Portas de Entrada: ● Atenção primária ● Atenção de urgência e emergência ● Atenção psicossocial = CAPS ● Serviços especiais de acesso aberto 4. Comissões Intergestores 5. Mapa da Saúde 6. Rede de Atenção à Saúde 7. Serviços Especiais de Acesso Aberto 8. Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica FINANCIAMENTO DO SUS: ⇨ TRIPARTITE: ● Lei nº 141: ▪ Municípios = 15% ▪ Estados = 12% ▪ União = ano anterior + PIB ● Emenda Constitucional (EC) nº 86: ▪ União = 15% ● EC nº 95 – PEC do Teto de Gastos: ▪ Congelamento de gastos ▪ União = 15% do PIB ajustado pelo IPCA (inflação) ▪ Quem calcula o IPCA é o IBGE ATENÇÃO BÁSICA ⇒ ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ● Essenciais ou nucleares: 1. Primeiro contato (acessibilidade ou porta de entrada) = porta de entrada PRINCIPAL do SUS 2. Longitudinalidade = fonte continuada de atenção ao longo do tempo → VÍNCULO entre os usuários e os profissionais da saúde 3. Integralidade = visão integral, incluindo TODAS as necessidades do usuário, inclusive assistência domiciliar 4. Coordenação do cuidado = coordena o cuidado do usuário → referência e contrarreferência ◾ A atenção primária encaminha o paciente para atenção especializada para realizar um procedimento, por exemplo, e depois o paciente retorna à atenção primária inclusive com orientações pela atenção especializada ● Derivados: 1. Centralidade na família = informações sobre outros familiares, visão integral da família, genograma (é um tipo de eredograma), ecomapa 2. Orientação comunitária = avaliar problemas de saúde da comunidade → modificar e monitorar programas para aquela comunidade em especial de acordo com o que é mais prevalente 3. Competência cultural = valorizar a cultura local ⇒ PRINCÍPIOS DA MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: 1. O médico de família e comunidade é um CLÍNICO qualificado = é um especialista 2. A atuação do MFC é influenciada pela comunidade = abandono de tratamento, drogadição, comunidade com muitos idosos, em área de risco ◾ O MFC tem que ir atrás pra resolver o problema, não deixar pra lá 3. A MFC é um recurso de uma população definida = territorialização → é específico para uma população determinada 4. A relação médico-paciente é fundamental para o desempenho do MFC = facilita a adesão, melhora o entendimento, ↑ RESOLUBILIDADE ⇒ POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA - PORTARIA Nº 2436 DE 21/09/2017: ● A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica ● 8 pontos principais: 1. Atributos Essenciais = porta de entrada/integralidade/longitudinalidade/coordenação 2. Composição mínima = médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e ACS (2011) → na portaria de 2017 fala que o médico e enfermeiro devem ser, preferencialmente, especialistas em Saúde da Família e Comunidade ◾ Profissionais adicionais (não obrigatórios) = agente comunitário de combate à endemia, dentista e técnico em saúde bucal 3. NASF-AB (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica) = equipe multiprofissional que dá apoio às ESF ◾ Pode ter psiquiatra, pediatra, psicólogo, nutricionista, profissional de educação física, veterinário ◾ NÃO é porta de entrada!!!! ◾ NASF acabou em 2020 = novos pedidos de criação de NASF não foram mais aceitos desde janeiro/2020 ◾ Destinos dos NASFs existentes → o gestor municipal da saúde que decide: ➢ Fazer parte da equipe de saúde da família ou de atenção básica, ampliando a composição mínima dessa equipe ➢ Continuar como NASF-AB cadastrado no SCNES ➢ Cadastrar na UBS sem vinculação a nenhuma equipe 4. Adscrição/Territorialização: ◾ Cada UBS pode ter até 4 equipes de saúde de família ◾ Tem que separar a área geográfica que a ESF vai atuar = TERRITÓRIO ◾ Depois de estabelecer o território, vai cadastrar a clientela = ADSCRIÇÃO ◾ Número máximo de pessoas cadastradas por equipe = 2000-3500 ◾ Número máximo de pessoas cadastradas por ACS = 750 ◾ Microárea = área dentro do território atendido pela ESF em que cada ACS vai atuar → deve ser de preferência alguém que more naquela região 5. Funcionamento: ◾ 40h para TODOS / 5 dias na semana / 12 meses ao ano ◾ Programa Saúde na Hora = ↑ atendimento → governo repassa mais 6. Atribuições: ◾ Comuns: ➢ Participar da territorialização ➢ Cadastrar e manter atualizado o cadastro ➢ Realizar o cuidado integral ➢ Realizar ações de atenção à saúde ➢ Acompanhar as famílias por meio de visitas ◾ Médico: ➢ Indicar internação ➢ Realizar consulta clínica ➢ Realizar pequenos procedimentos 7. Alta COMPLEXIDADE e baixa DENSIDADE tecnológica: ◾ Complexidade = exige muito conhecimento ◾ Densidade = poucos recursos tecnológicos → resolve a maioria dos problemas sem aparelhos com muita tecnologia 8. Princípios da atenção básica: ◾ Equidade ◾ Universalidade ◾ Integralidade 9. Diretrizes da atenção básica: ◾ Regionalização + hierarquização ◾ Territorialização + adstrição ◾ População adscrita ◾ Cuidado centrado na pessoa ≠ cuidado centrado na doença ◾ Resolutividade ◾ Longitudinalidade ◾ Coordenar o cuidado ◾ Ordenar as redes e participação da comunidade ● Falando no que acabou - PAB: ◾ Fim do PAB com a Portaria nº 2979, de 12 de novembro de 2019 com o Programa Previne Brasil ◾ Pilares para financiamento da atenção básico: 1. Captação Ponderada = população cadastrada define o repasse financeiro considerando a vulnerabilidade, perfil demográfico e classificação geográfica segundo o IBGE 2. Pagamento por Desempenho = é feito baseado em resultado ➢ Proporção de gestantes com ≥ 6 consultas de pré-natal ➢ Exame de Sìfilis e HIV em gestantes ➢ Atendimento odontológico em gestantes ➢ Quantidade de preventivo realizado ➢ % de cobertura de vacina para Poliomielite inativada e de Pentavalente ➢ % de HAS com pressão aferida a cada semestre ➢ % de DM com solicitação de Hb1Ac 3. Incentivo para ações estratégicas = se tiver alguns programas, receberá mais dinheiro ➢ Saúde na Hora ➢ Equipe de Saúde Bucal ➢ Unidade odontológica móvel ➢ Laboratório regional de prótese dentária ➢ Equipe de consultória na rua ➢ Programa de saúde na escola ➢ Programa academia da saúde ⇒ PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA ATENÇÃO BÁSICA: ⇒ MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: 1. Genograma: ● Feito para aumentar resolubilidadede algum problema = entender o paciente no seu ambiente familiar ● Foco no indivíduo “doente” = caso-índice → paciente que está sendo avaliado ● Pelo menos 3 gerações = pode ter mais ● Representação: ➢ Homem → ⬜ ➢ Mulher → ⚪ ● Avaliação = UNIDADE FAMILIAR ● Relações = principalmente com o caso-índice ● Idade = dentro do símbolo ● Comorbidades = ao lado do símbolo ● Nome = abaixo ● Legendas: 2. Ecomapa: ● Foco na UNIDADE FAMILIAR ● Pode ter qualquer número de pessoas ● Avaliação no ambiente = relações no ambiente em que vive, troca de energia 3. APGAR familiar: ● Instrumento de avaliação destinado a refletir a satisfação de cada membro da família ● Avalia a partir de questionário pré-determinado (5 questões com 0-2 pontos em cada): ❖ Adaptation = adaptação ❖ Partnership = participação ❖ Growth = crescimento ❖ Affection = afeição ❖ Resolve = resolução ● As famílias são classificadas com = funcionais e moderadamente/gravemento disfuncionais 4. FIRO: ● Fundamental Interpersonal Relations Orientation ● Avalia apenas as relações interpessoais, como: ❖ Inclusão = interação/associação ❖ Controle = poder ❖ Intimidade = amor, afeta 5. PRACTICE: ● Funciona como uma diretriz (ou roteiro) para avaliação do funcionamento das famílias ● Instrumento é focado em um PROBLEMA apresentado = faz uma reunião naquela família e vai pontuando alguns aspectos para tentar resolver o problema: ❖ Presenting problem = problema apresentado ❖ Roles and structure = papéis e estrutura ❖ Affect = afeto ❖ Communication = comunicação ❖ Time of life cycle = fase do ciclo da vida ❖ Illness in family = doença na família ❖ Coping with stress = enfrentamento do estresse ❖ Ecology = meio ambiente, rede de apoio ⇒ MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA: 1. Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença = sentimentos, ideias, efeitos sobre a funcionalidade e expectativas da pessoas em relação à doença e ao tratamento ❖ SENTIMENTOS = O que a senhora acha que tem? O senhor acha que é isso mesmo? ❖ IDEIAS = avaliar as ideias do paciente em relação à doença ❖ FUNCIONAMENTO = Quais são os efeitos da doença sobre o seu funcionamento? ❖ EXPECTATIVAS = Como acredita que posso lhe ajudar? Qual a sua expectativa sobre o tratamento? 2. Entendendo a pessoa como um todo = sua história de vida, aspectos pessoas fora da QP, família, comunidade, emprego 3. Elaborando um projeto comum de manejo terapêutico entre o médico e o paciente = avaliar os problemas e prioridades, objetivos do tratamento, papéis da pessoa e do médico 4. Incorporando a prevenção e a promoção de saúde = melhorias da saúde, evitando e/ou reduzindo riscos, reduzindo complicações 5. Fortalecendo a relação médico-pessoa = exercendo a compaixão 6. Sendo realista = usando adequadamente os recursos disponíveis, o tempo ● OBS.: alguns autores NÃO consideram os itens 4 e 6!!!!!!!!!!!!! ⇒ MÉTODO S.O.A.P: ● Registro clínico orientado por problemas ou prontuário orientado por problemas = refere-se à forma como o médico vai anotar o prontuário ● S → Subjetivo: ❖ Motivo do atendimento/queixa/anamnese ❖ Reclamações ❖ Preocupações ● O → Objetivo: ❖ Dados objetivos ❖ Exame físico = o que eu encontrei de importante ❖ Exame complementar ● A → Avaliação: ❖ Hipóteses diagnósticas ❖ Se não conseguir chegar a nenhum hipótese diagnóstica = REPETE OS DADOS SUBJETIVOS ● P → Plano: ❖ Proposta terapêutica ⇒ ESCALA DE COELHO SAVASSI: ● Analisa o nível de VULNERABILIDADE das famílias através de SENTINELAS DE RISCO Dados da ficha (sentinelas de risco) Escore de risco Acamado 3 Deficiência física 3 Deficiência mental 3 Baixas condições de saneamento 3 Desnutrição grave 3 Drogadição 2 Desemprego 2 Analfabetismo 1 Indivíduo < 6 meses 1 Indivíduo > 70 anos 1 HAS 1 Diabetes melito 1 Relação morador/cômodo > 1 3 Relação morador/cômodo = 1 2 Relação morador/cômodo < 1 0 Escore total Risco familiar 0-4 Sem risco 5-6 R1 - risco menor 7-8 R2 - risco médio ≥ 9 R3 - risco máximo ⇒ SAÚDE E O MUNDO: ● Declaração de alma-ata (ex-URSS) - 1978: saúde para todos no ano 2000 → Conferência Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários ● Carta de Ottawa (Canadá) - 1986: promoção da saúde nos países industrializados → 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ● Declaração de Adelaide (Austrália) - 1988: promoção da saúde e políticas públicas saudáveis→ 2ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ● Declaração de Sundsvall (Suécia) - 1991: promoção da saúde e ambientes favoráveis à saúde→ 3ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ● Carta de Lubliana - 1996: propõe que os sistemas de atenção à saúde devem ser dirigidos por valores de dignidade humana, equidade, solidariedade e ética profissional, além de estarem fincados na qualidade, incluindo custo-efetividade ● Declaração de Jacarta (Indonésia) - 1997: promoção da saúde no século XXI → 4ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ● Relatório Flexner (EUA e Canadá) - 1910: responsável pela mais importante reforma das escolas médicas de todos os tempos nos EUA, com profundas implicações para a formação médica e medicina mundial ● Declaração de Astana (Cazaquistão) - 2018: enfatiza a cobertura universal em saúde (universal health coverage) ⇒ PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: ● Conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar ● O projeto pode ser feito para grupos ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade como elemento central de articulação ● É dedicados a situações mais complexas = discussão de caso clínico onde toda a equipe deve conhecer o paciente e envolve, além de diagnóstico, definição de metas claras para o paciente e divisão de tarefas entre os entes da equipe e rede de apoio do paciente ● 4 momentos: 1. Diagnóstico 2. Definição de metas 3. Divisão de responsabilidade 4. Reavaliação ⇒ ATENÇÃO DOMICILIAR: ● Forma de atenção à saúde oferecida na moradia do paciente e caracterizada por: conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à rede de atenção à saúde ● É comum que o atendimento seja feito ao longo do tempo ● Paciente mais estável requerendo visitas menos frequentes = cuidado pode ser realizado por equipe de saúde da família/atenção básica de sua referência ● Casos mais complexos requerendo visitas mais frequentes = são acompanhados pelas equipes multiprofissionais de atenção domiciliar (EMAD) e de apoio (EMAP) do serviço de atenção domiciliar (SAD)
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