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Educação Ambiental como estratégia de mudança de comportamento fase ao problema de acumulo de lixo.

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Educação Ambiental como estratégia de mudança de comportamento fase ao problema de acumulo de lixo 
Segundo Thomas et all (p24. 2017), entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
De acordo com Medeiros et all (p2. 2011), a educação ambiental é um processo pelo qual o educando começa a obter conhecimentos acerca das questões ambientais, onde ele passa a ter uma nova visão sobre o meio ambiente, sendo um agente transformador em relação à conservação ambiental.
A Educação ambiental (E.A) é um ramo da educação cujo objectivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos (UFU.p1, 2008). 
A Educação Ambiental é ampla e sua amplitude decorre da própria essência do objecto que se propõe a explicar, dos indivíduos que pretende instruir e da finalidade almejada, o que por sua vez dificulta, demasiadamente, a apresentação de conceito estanque.
As questões ambientais estão cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade, contudo, a educação ambiental é essencial em todos os níveis dos processos educativos e em especial nos anos iniciais da escolarização, já que é mais fácil conscientizar as crianças sobre as questões ambientais do que os adultos.
Princípios gerais da Educação Ambiental
· Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistémico;
· Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
· Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
· Competência: capacidade de avaliar e agir efectivamente no sistema;
· Cidadania: participar activamente, promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.
A Educação Ambiental deve percorrer um caminho que leve a comunidade ao conhecimento, competência e motivação; trabalho colectivo e individual. Os objectivos da educação Ambiental possuem como base a informação e sensibilização, levar as pessoas a pensar o Meio Ambiente Global e agir sobre os problemas e questões locais, possibilitar que cada um seja capaz de saber a sua responsabilidade, promovendo mudança de comportamento, de forma a promover mudança de comportamento, despertar interesse e contribuição pelo meio ambiente (UFU.p2, 2008).
Objectivos da educação ambiental como estratégia de mudança de comportamental fase ao problema de acumulo de lixo 
De acordo com Souza (p.1. 2011), a crise ambiental é um reflexo da sociedade moderna. Nesse contexto, a Educação Ambiental surge como uma ferramenta para contribuir com a construção de um novo modelo de sociedade. Conforme proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, o meio ambiente é um tema transversal e, consequentemente, a Educação Ambiental deve estar presente em todos os espaços educativos.
Os objectivos da E.A constitui em despertar atitude e criatividade, competência, solução de problemas, capacidade de avaliação, promover participação, responsabilidade, interferência, decisões.
Segundo (UFU.p2, 2008), para que o presente estado dos problemas ambientais possa ser modificado é preciso começar o processo de desconstrução e reconstrução do pensamento.
 A forma de pensar e agir das sociedades actuais deve ser rompida, modificada, caso se queira inverter o quadro de degradação ambiental.
 Leite (2001, p25), diz que para atingir o desenvolvimento sustentável é necessário adoptar outros padrões de comportamento, atitudes, posturas e hábitos que estejam em equilíbrio entre a sociedade e a natureza.
A verdadeira Educação Ambiental deve estar inteiramente baseada na total e integrada participação popular, sem a qual nenhum processo terá como resultado seu sucesso e consequente manutenção ambiental, ou seja, os programas ambientais só terão êxito quando a sociedade deixar de ver a natureza como algo distante, separado de sua realidade, como um meio de obter lucro e não como fonte de vida.
Estratégia de mudança de comportamento fase ao problema de acumulo de lixo 
De acordo com Medeiros et all (p2. 2011), A cada dia que passa a questão ambiental tem sido considerada como um fato que precisa ser trabalhada com toda sociedade e principalmente nas escolas, pois as crianças bem informadas sobre os problemas ambientais vão ser adultas mais preocupadas com o meio ambiente, além do que elas vão ser transmissoras dos conhecimentos que obtiveram na escola sobre as questões ambientais em sua casa, família e vizinhos.
De acordo com Zago (p2. 2014), diz que o homem é capaz de causar problemas ambientais graves, através do uso inadequado dos recursos naturais e manejo incorrecto dos resíduos sólidos. Com o aumento da população, houve um crescimento no consumo de produtos e descarte dos mesmos, havendo a necessidade de repensar os hábitos de consumo, com vistas na redução, reutilização e reciclagem dos materiais.
Toneladas de lixo são produzidas todos os dias e o destino correto do mesmo e o seu reaproveitamento é a grande preocupação do presente. Além dos danos causados ao meio ambiente, as consequentes doenças associadas à falta de saúde ambiental constituem tema de estudo do mundo actual.
Diante dos desastres que vêm ocorrendo nos últimos anos no país, mesmo com elevados e contínuos investimentos em intervenções estruturais, vem sendo discutida a necessidade, urgente, de se proceder ao diálogo entre a comunidade científica e a sociedade que, com seus inúmeros saberes, não pode ser marginalizada. Tal troca visa a proatividade nas populações vulnerabilizadas.
Neste contexto, a Educação Ambiental (EA) pode ser apreendida como contribuição visando estimular a participação destas populações em processos decisórios (ROSA et all, p5, 2012).
Ensinar os princípios do conhecimento pertinente, isto é, promover o conhecimento capaz de apreender problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos locais em sua complexidade, em seu conjunto sem fragmentação. Ensinar métodos que permitam estabelecer relações mútuas e as influências recíprocas entre as partes e o todo;
Ensinar a condição humana considerando que a natureza humana é ao mesmo tempo física, biológica, psíquica, cultural, social e histórica. É impossível, pois, conseguir fazer isso por meio de disciplinas separadas. (Morin, 2001, 35-47).
Construção de aterros sanitários como estratégia de mudança de comportamento fase ao problema de acumulo de lixo 
Segundo Alves (p.12, 2010), em quase todas as cidades, o lixo é depositado em vazadouros, a céu aberto, muitas vezes queimado, criando condições insalubres e gerando um ambiente propício para proliferação de vectores (moscas, baratas, mosquitos, roedores); poluindo os solos, cursos de água e o ar; alterando a qualidade dos elementos que integram a biosfera (litosfera e atmosfera). Essa problemática da disposição final dos resíduos sólidos vem sendo motivos de grande preocupação no mundo inteiro.
 
Fonte: (Alves p.12, 2010). 
Neste contexto, a deposição dos resíduos domiciliares em aterros sanitários vem comparecendo como uma alternativa económica e ambientalmente viável, ao passo que se minimiza os impactos ambientais decorrentes da poluição do ar, do solo e das águas provocadas pela má disposição dos resíduos sólidos (Alves, p.12, 2010). 
Estrutura de um aterro sanitário. 
Fonte: (Alves, p.31, 2010).
O aterro sanitário é a opcao correcta sob vários aspectos (ambiental, sanitário, social, entre outros) para a destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Contudo, antes de encaminhar os resíduos sólidos ao aterro sanitário, devemos nos perguntar se seria possível recicla-los, trata-los, retiliza-los, ou minimizar sua geração, visando prologar a vida útil dos aterros e torna-los empreendimentos sustentáveis ao longo dos anos (Alves, p.32, 2010). 
Reutilização de resíduos sólidos como estratégiade mudança de comportamento fase ao problema de acumulo de lixo 
De acordo com Alves (p.31, 2010), diz que a natureza trabalha em ciclo – nada se perde, tudo se transforma. Animais, excrementos, folhas e todo tipo de material orgânico morto se decompõem com a acção de milhões de microorganismos degradadores, como bactérias, fungos, vermes e outros, dando origem aos nutrientes que vao alimentar novas espécies de vida. 
Na natureza não existe lixo. Até o início do século passado, os seres humanos viviam em harmonia com a natureza. Todo o lixo que geravam – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – se reintegrava aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema. 
Dai surge a necessidade de se reaproveitar o material orgânico para que se reduza o impacto negativo causado pelo acumulo de lixo arredores das cidades. 
Segundo Moitinho et all (p1-2, 2017), a inserção da educação ambiental tem grande relevância nas mobilizações efectivas para o desenvolvimento sustentável.
A relação entre sociedade, educação e meio ambiente é muito complexa. Esta envolve diversos indivíduos do mundo educativo em diferentes níveis, promovendo a troca de muito conhecimento. 
O trabalho com reciclagem e reuso de materiais, por exemplo, é uma actividade que vem, cada vez mais, sendo explorada por empresas de diversos países desenvolvidos, devido a sua importância social, económica e ambiental.
A reciclagem é um conjunto de técnicas que o homem desenvolveu com o objectivo de aproveitar os restos acumulados pela humanidade. O reaproveitamento tem um papel essencial no meio ambiente, pois além de diminuir os acúmulos de lixo nas áreas urbanas e aterros sanitários ainda poupam os recursos naturais e gera uma grande economia aos fabricantes, um menor consumo de energia, um menor volume e número de lixeiras e incineradoras e consequentemente uma redução da poluição.
A Educação Ambiental enfrenta muitos obstáculos na configuração curricular pela hegemonia de disciplinas tradicionais que dificulta a implementação de práticas interdisciplinares por professores, mas sua crescente presença nas propostas curriculares é muito importante para que a temática esteja cada vez mais presente na sociedade.
Diante disso, a educação ambiental mostra-se como uma das muitas ferramentas existentes na actualidade, que tem como objectivo construir novas formas da sociedade se correlacionar com o meio ecológico (Moitinho et all, p.2, 2017). 
Bibliografia 
Alves, Flaviano de Souza. Educação Ambiental e Tecnologia: Aplicação de um SIG na Identificação de áreas para Aterro Sanitário. 2010. 
Leite, A. L. T. “Educação Ambiental: Curso Básico a Distância”: Questões ambientais: conceitos, história, problemas e alternativas., 2 ed. ampliada. 5v. 2001.
Medeiros, Aurélia Barbosa de. Maria Mendonça, José da Silva Lemes. Sousa, Gláucia Lourenço de. Oliveira, Itamar Pereira de. A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. Edit. Revista Faculdade Montes Belos, v. 4.2011.
Moitinho, Elicarla Barbosa. Campos, Gabriella M. Machado, Igor Bruno. Figueredo ,Dayane Mayara. Mendes, Icaro Matheus França. Sales, Ricélia Maria Marinho. A educação ambiental como instrumento de sensibilização para reutilização de resíduos sólidos. Edit. Revista Verdem. vol. 12. Edição Especial. 2017.
MORIN, E. Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3ª ed. - São Paulo - Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2001.
Souza, Vanessa Marcondes de. A Educação Ambiental: conceitos e abordagens. Edit. Revista Uniara, v.14, n.1, 2011.

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