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Doenças da orelha interna Todo comprometimento coclear em geral não tem tratamento, diferente das lesões de orelha externa e média que podem ser usados medicamentos/cirurgia. Para algumas doenças o uso de medicamentos pode melhorar na causa, mas não vai fazer crescer novas células ciliadas, já que elas não se regeneram. Doença de Meniere: perda auditiva flutuante (hora escuta bem, hora escuta mal). A endolinfa vem com aumento de concentração, aumenta a pressão dentro do ducto coclear e as células ciliadas externas começam a ter dificuldade de se movimentar. Além da perda auditiva, há o zumbido e a tontura. Esses sintomas pioram quando o paciente está em crise. Perda maior em frequências graves (no ápice da cóclea) e uma perda menor nas frequências agudas (base da cóclea). O paciente pode apresentar plenitude auricular (sensação de ouvido tampado). PAIR/PAINPSE: Perda auditiva induzida por ruído/Perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevado. É a segunda doença mais frequente causando danos irreversíveis à audição. Jovens e adolescentes começam a ter esse quadro e mesmo que não tenham esses sintomas na juventude, podem ter depois dos 30 anos uma perda auditiva de caráter irreversível. É uma doença progressiva. Trauma Acústico: É um evento isolado/súbito: o paciente passa por um som forte e que provoca a morte das células ciliadas. Presbiacusia: Perda auditiva do envelhecimento. É uma doença multifatorial - genética, alimentação, hábitos que prejudicam a saúde cardiovascular etc. A perda auditiva começa na base da cóclea (sons agudos), seguindo para o ápice (sons graves) As queixas mais comuns são: “Escuto, mas não entendo” "Ouço bem num local silencioso, mas não consigo ouvir quando há ruído" Quando a gente grita com o idoso, só amplifica o som das vogais. Perda condutiva (tem uma voz fraca) ou sensorioneural (grita/fala alto Perda Auditiva Vascular: pode ser causada por doenças hematológicas, problemas cervicais, hipertensão, problemas cardíacos, insuficiência renal etc. O rim funciona como filtro, se o rim não funciona bem temos concentração de alguns ÍONS (cálcio etc.) que podem danificar a cóclea. • As perdas podem ser súbitas x progressivas • Reversíveis (quando faz o tratamento no início) x irreversível (depende de quando descobre, se é muito tarde etc.) • A configuração da audiometria pode ser: plana, ascendente, descendente etc. Recrutamento: o desconforto com som intenso e dificuldade de ouvir som de fraca intensidade (perdeu primeiro as células ciliadas externas) Perda auditiva metabólica: pode ser causada por disfunções hormonais ovarianas, insuficiência adrenocortical, obesidade, diabetes, alterações vasculares etc. Características audiológicas gerais: • DASN - deficiência auditiva sensorioneural (perda auditiva localizada na cóclea ou no nervo auditivo) • Podendo acometer as 2 cócleas (uni ou bilateral) • Grau variável (leve a profundo) • Simétrica ou assimétrica (igual nas duas orelhas ou mais acentuada em uma orelha do que na outra) • Curva audiométrica em "U" invertido ou ascendente (escuta pior os sons mais graves e sons mais agudos e escuta melhor sons de frequência média) Perda auditiva genética: já nasce com alteração em algum cromossomo e essa manifestação leva a perda auditiva. • pode ser progressiva (vai perdendo a audição com o tempo) ou congênita (já nasce com ela) Fístula perilinfática: ocorre um rompimento da janela redonda, a membrana se rompe e a perilinfa caí dentro da orelha média. • A perda auditiva é profunda • Quadro cirúrgico • Tontura intensa Parotidite (caxumba): Causa perda auditiva, a glândula parótida inchada pode levar prejuízo a cóclea. Em adultos não apresenta muitos sintomas, as crianças são mais sensíveis. Se dissemina pela estria vascular (vasos sanguíneos - arteriais e venosos - da cóclea) e células basais do utrículo e sáculo (labirinto post. do sist. vestibular) compromete a perilinfa, promove uma fibrose no labirinto e o órgão de Corti começa a morrer. Perda auditiva pós meningite: A meningite mais perigosa para a audição é a bacteriana. O ducto endolinfático faz conexão direta com o líquido cefalorraquidiano, e quando está inflamado o líquido cefalorraquidiano vai até a cóclea. A endolinfa contaminada leva uma fibrose da cóclea, o labirinto membranoso ossifica e o paciente evolui para uma perda auditiva (é progressiva). É mais frequente em crianças Ototoxicidade: medicamentos e outros produtos que atingem a cóclea ou o nervo auditivo. Alguns remédios renais causam danos a cóclea, quimioterápicos também etc. • A incidência é variável, quando há dois indivíduos expostos a mesma substância um pode ter perda auditiva e outro não. • Os sintomas são zumbido, perda auditiva (maior para sons agudos) e a tontura • A diferença para a doença de Meniere é que ela não tem relação com a medicação. • Provoca perda maior nas frequências agudas (base da cóclea para depois chegar no ápice) Surdez súbita: Caso de pronto socorro. Faz otoscopia e vê que está normal, faz exames e já começa a tratar com medicação. Podendo ser de origem viral, alteração vasculares, idiopáticas (desconhecida). • A perda é unilateral (98-99% dos casos) • Zumbido (70% casos) • Tontura (40% dos casos) • Muitos pacientes referem IVAS (infecção das vias aéreas superiores) como uma gripe ou herpes. Quanto mais profunda a perda auditiva, menos chances de recuperação. • 45 a 60% dos pacientes se recuperam. • 25% recuperação total • 50% recuperação parcial • 25% nenhuma recuperação Perdas auditivas retrococleares *perda auditiva no nervo Perdas auditivas relacionadas ao Nervo Vestibulococlear (VII par craniano) Ele possui células do tipo 1 – aferentes e tipo 2 – eferentes O nervo auditivo saindo da cóclea tem a capacidade de enviar informações, mas se ele perde a bainha de mielina pode ter uma perda auditiva neural Tumores na célula de schwann: chamados de schwannoma vestibular ou schwannoma do acústico é um tumor nas paredes que revestem as fibras do nervo auditivo. • É mais comum em mulheres (55 a 65 anos) • Perda auditiva unilateral • 80% dos casos tem zumbido e 65% tontura • Não é um tumor maligno, conforme vai crescendo pode comprimir o nervo facial, trigêmeo, tronco encefálico etc. • O tratamento é feito com cirurgia OU em casos raros com radioterapia. Espectro da neuropatia auditiva (DENA OU FENA): Alteração na condução do estímulo auditivo (uns vão mais rápido e outros mais devagar) decorrente de um acometimento das células ciliadas internas. Quando o paciente tem neuropatia a fala fica mais difícil de ser compreendida por que cada fonema tem diferenças de intensidade, frequência e duração. • Tonotopia coclear = cada região da cóclea é responsável por um tipo de estímulo e frequência • Tonotopia neural = cada região do n. auditivo é responsável pela transdução neural de um tipo de som. • É mais comum em crianças que nasceram de parto prematuro, ficaram hospitalizadas etc. • A maior dificuldade é de compreensão da fala • Flutuação da audição • Perda auditiva irreversível.
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