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Unidade 4 - Especies de Contrato - Troca ou Permuta, Doação e Constituição de Renda

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Prévia do material em texto

Explorando a temática I
 Explorando a Temática II
 Explorando a Temática III
 Explorando a Temática IV
 Explorando a Temática V
 Conclusão da Unidade
Unidade 4 - Espécies de Contrato- Troca ou Permuta,
Doação e Constituição de Renda
#116118788
#116118789
#116118790
#116118791
#116118792
#116118793
Explorando a temática I
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=yGNcYUvpQCqB%20Gj4w66OTg==
Nesta unidade, vamos conhecer e estudar as demais espécies de contratos que são agrupados pela doutrina jurídica prosseguimos com o estudo dos contratos de aquisição de
bens. Nesta unidade abordaremos os seguintes tópicos: Noções introdutórias, Troca ou permuta, Doação e Constituição de renda. Em nossa primeira videoaula iniciaremos com
a introdução dos temas que serão abordados durante esse curso. Vamos lá?
 
Videoaula: Noções Introdutórias e Apresentação da Unidade
 
 
Como já adiantado na videoaula de conteúdo, a partir de agora, iniciamos o estudo do contrato de Troca ou Permuta, Doação e Constituição de Renda.
Iniciaremos com o contrato de troca e permuta: 
 
4. Troca ou Permuta 
4.1. Noções históricas 
A troca ou permuta surgiu primitivamente, pela necessidade de suprir as necessidades do homem, assim eram trocadas as coisas que sobravam, por aquilo
que não possuíam, como trigo por feijão etc. Com o surgimento da moeda, surgiu a troca de coisas pelo dinheiro, conforme estudamos na unidade anterior,
ao tratar do contrato de compra e venda. O que sem dúvida ocasionou o desuso da troca.
Atenção 
Por tal motivo, a troca ou permuta, muito se assemelha a compra e venda, desse modo nosso ordenamento aplica a disciplina da compra e venda a troca,
nos termos do "Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações", tais peculiaridades, serão
abordadas mais adiante. 
Antes, vamos aprofundar mais na conceituação do contrato de troca ou permuta, a fim de compreender melhor o instituto.
 
4.1.1 Conceito 
A troca ou permuta é o contrato pelo qual as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro. Trata-se de negócio jurídico bilateral,
consensual, comutativo e oneroso.
Na troca há transferência reciproca da propriedade das partes, coisa por coisa. Assim, pode ser objeto de troca bens: móveis, imóveis, corpóreos e
incorpóreos. 
Como nota-se, a troca difere-se da compra e venda pelo fato desta ter por objeto a troca de coisa por dinheiro. Tudo o que pode ser vendido pode ser
trocado. A todo tempo, nos deparamos com placas em veículos, imóveis, vende-se ou troca.
4.1.2.Disciplina legal
 
 
A festa da permuta nas redes sociais e publicidade nos dias atuais
from EAD ANIMA
06:09
#%23NOTIFICATIONITEMPAGEURL%23%23
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563183
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563183
A legislação acerca da troca ou permuta é escassa, apenas um artigo disciplina a matéria no CC/02. 
Assim, o artigo 533 CC/02 determina que se aplicam a toca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações, vejamos: 
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; 
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. 
A primeira modificação diz respeito às despesas com a tradição dos bens trocados, sendo que estas serão rateadas igualmente entre os contratantes, salvo
disposição em contrario, ou seja, no silencio cada parte arcará com a metade das despesas com o instrumento da troca.
Atenção. 
Lembrando na compra e venda, conforme estudado, as despesas com escritura e registro, em regra são do comprador e as da tradição do vendedor.
A segunda diferenciação diz respeito à troca realizada de ascendente a descendente, se os valores forem desiguais e não houver o consentimento dos
outros descendentes e do cônjuge do alienante, é passível de anulação. 
Lembrete 
Na compra e venda sempre necessita da anuência dos demais descendentes e do cônjuge do alienante, sob pena de anulação. 
 
4.1.3 Divergência dos valores das coisas trocadas. 
Como é de se esperar, nem sempre as coisas trocadas possuem o mesmo valor, assim quem receber a de maior valor deve compensar a diferença para
equilibrar as prestações. 
Neste caso, há duas correntes doutrinarias que visam resolver as consequências praticas dessa divergência. 
A primeira objetiva, depende do valor da volta, se superior ou não ao bem trocado para considerar se é troca ou compra e venda. Já para a corrente subjetiva
é necessário para além dos valores, buscar a intenção das partes. O que certamente é tarefa árdua, motivo pelo qual à maioria dos doutrinadores optam pelo
posicionamento objetivo. 
Para fixar o conteudo estudado responda a atividade de fixação a seguir.
Explorando a Temática II
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=oWSJ7aL3Ro2Oim7kXdux4A==
Finalizado o estudo do contrato de troca, passaremos à análise do contrato de doação.
4.2. Doação 
4.2.1 Conceituação e aspectos essenciais a compreensão da doação. 
Inicialmente, precisamos entender que o contrato de doação diverge da troca e compra e venda porque se trata de uma liberalidade, isto é, na doação apenas
uma das partes tem vantagens patrimoniais, enquanto a outra, o doador, só possui ônus, trata-se, portanto, de contrato gratuito. 
A partir dessas considerações, podemos definir o contrato de doação como sendo o contrato pelo qual o doador dispõe a título gratuito, por isso ato de
liberalidade, de bem ou vantagem para outrem. 
É o que dispõe o Art. 538 do CC/02: "considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens
para o de outra".
Dica 
Objeto: entenda bens ou vantagens, como sendo: coisa corpórea ou incorpórea, móvel ou imóvel.
Lembrete 
São requisitos elementares à validade da doação: todos os indispensáveis aos negócios jurídicos, previstos no artigo 104 do CC/02, quais sejam: agente
capaz, objeto: licito, possível e determinável, forma prescrita ou não defesa em lei. 
Pelas noções apresentadas, podemos identificar que a Doação é contrato unilateral, pois, somente o doador contraia obrigações, consensual, vez que para
aperfeiçoar-se, basta só à oferta, não requer a entrega do bem doado, gratuito, só há vantagem patrimonial para uma das partes, solene doação de imóveis
requer instrumento público. 
A doação possui natureza contratual, cuja liberalidade (animus donadi), e gratuidade são elementos essenciais, sem falar claro na transferência de vantagens
e solenidade, como regra forma escrita.
4.2.2 Formas de Solenidade da doação 
Instrumento Público: nas doações que tiverem por objeto imóvel superior a 30 vezes o salario mínimo, nos termos do artigo 108 do CC/02 
Instrumento Particular: nos termos do artigo 541 do CC/02 a doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. 
Verbal: quando tiver por objeto bem móvel de pequeno valor seguida de imediada tradição do bem, neste caso, tem natureza real, nos termos do paragrafo
único do artigo 541 do CC/02, A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. 
São partes da doação: o doador, autor da liberalidade e Donatário, aquele que será beneficiado, receberá o bem. 
Para dispor por ato de liberalidade é essencial para além da capacidade dos contratos em geral, ser titular do bem doado, ser capaz civilmente, observa-se
algumas peculiaridades: 
• Podem os pais doarem aos filhos, como regra será considerado adiantamento de legitima. 
• Aos cônjuges é facultado realizarem doações reciprocas. 
• Doação feita ao nascituro , valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. É o que dispõe o artigo 542 do CC/02. 
• Doação em favor de absolutamente incapaz, se pura, dispensa aceitação, isso porque, o incapaz apenas irá auferir vantagem, não há ônus, nostermos do
artigo 543 do CC/02. 
Aceitação: como a doação é um contrato, isto é, negócio jurídico bilateral em relação ao numero de partes (vontade), o ato de liberalidade precisa ser aceito
pelo beneficiário, para alcançar o consenso, a convergência de vontade.
Dica 
 
A classificação da doação como sendo um negócio jurídico unilateral, diz respeito as obrigações assumidas pelas partes, isto é, na doação, na doação
somente o doador tem ônus, contrai obrigações. 
A aceitação do donatário, (veiculo de manifestação da vontade) pode se dar de forma expressa, tácita, presumida ou ficta. 
Expressa: declarada pelo donatário expressamente, por qualquer meio de manifestação de vontade, na lavratura do ato ou depois dela, que aceita o objeto da
liberalidade. 
Tácita: é aceitação dada pelo comportamento do donatário. Exemplo: doação em contemplação de casamento, a celebração do casamento é aceitação
tácita, decorre, pois, do comportamento do donatário. 
Presumida: A aceitação será presumida quando o doador fixar prazo ao donatário para manifestar se aceita ou não a liberalidade, este ciente do prazo, não
manifeste, entende-se que aceitou, desde que seja a doação pura, a sujeita a encargo não admite aceitação presumida, (artigo 539 do CC/02) 
Ficta: é o consentimento para doação do incapaz, nos termos do artigo 543, se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que
se trate de doação pura. 
Antes de realizar a atividade de fixação assita a videoaula sobre Restrições Legais a Doação.
 
Videoaula: Restrições Legais a Doação
 
 
 
 
Restrições legais à doação
from EAD ANIMA
04:57
#%23NOTIFICATIONITEMPAGEURL%23%23
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563232
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563232
Explorando a Temática III
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=8dMINJ8%202Vs4Q2gG/lSs7w==
4.2.3 Espécies de doação 
 
Vamos agora conhecer as espécies de doação
Doação Pura: é a doação simples, constitui plena liberalidade, sem exigências ou encargos.
Doação Condicional: é a liberalidade condicionada à evento futuro e incerto, exemplo doarei uma casa a você se concluir a faculdade.
Doação a prazo ou a termo: subordinada a evento futuro e certo, exemplo doarei uma automóvel ao meu filho, quando completar 18 anos.
Doação Modal/encargo: é considerada onerosa porque existe obrigação por parte do donatário, no entanto, deve ser uma pequena prestação, sob pena de
descaracterizar a doação, pois, se o encargo for significativo não existirá doação e sim outro contrato bilateral. Exemplo, doar-lhe-ei um automóvel se levar
minha mãe à igreja todos os domingos. Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou
do interesse geral. Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se
este não tiver feito. Se o donatário não executa o encargo perde a doação, está poderá ser revogada, conforme estudaremos nas hipóteses de revogação
das doações.
Doação Remuneratória: Realizada por gratidão, exemplo: cliente satisfeito com o resultado da ação, doa-lhe um carro. A doação remuneratória não pode ser
revogada por ingratidão, nem está sujeita a colação. Art. 564, I. Do mesmo modo se for de bem móvel, dispensa a outorga uxória, nos termos do artigo
1647,IV e I.
Doação com clausula de reversão: é a doação que consta clausula que em caso de falecimento do donatário antes do doador, retorna para este o bem
doado. Assim a propriedade do donatário é resolúvel, pode ser resolvida no caso de sua morte previa ao doador, se ao contrario o doador falecer primeiro
donatário adquire propriedade plena. Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário. Parágrafo
único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a
vida do donatário, artigo 545 do CC/02.
Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a
gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto.
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles,
a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se
realizar.
Doação em comum: regra a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída entre elas por igual. Salvo disposição em contrario. (artigo 551
do CC/02)
As demais espécies, doação universal, em fraude contra credores, inoficiosa, foram estudadas em nossa segunda videoaula referente às restrições a
doação.
A atividade de fixação a seguir trata de doação, realize antes de prosseguir para as próximas aulas.
Explorando a Temática IV
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=eG726Bi7MILe5LY8x23KMA==
4.2.4 Revogação da doação
A doação é revogável. Revoga-se por motivos comuns, por ingratidão do donatário, por inexecução do encargo, quando onerosa.
Cumpre destacar que a revogação por ingratidão do donatário não se pode renunciar antecipadamente.
É o que determinam os artigos 555 e 556 do CC/02
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário.
Nos termos do artigo 557 do CC/02, Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
As mesmas hipóteses de revogação acima elencadas, aplicam-se se o ofendido for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do
doador, nos termos do artigo 558.
4.2.4.1 Prazo para revogação por ingratidão
O artigo 559, estabelece que a revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento
do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor.
Sendo que o direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação
iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. (artigo 560 CC/02)
No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado (artigo 561 CC/02)
Cumpre ainda destacar que a revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos
percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá-la pelo meio
termo do seu valor. (artigo 563 do CC/02)
Não se revogam por ingratidão: (artigo 564 CC/02)
I - as doações puramente remuneratórias;
II - as oneradas com encargo já cumprido;
III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;
IV - as feitas para determinado casamento.
4.2.4.2 Revogação da doação onerosa
A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá
notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida. (artigo 562 CC/02)
4.2.4.3 Juros, evicção e vícios redibitórios
O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito as consequências da evicção ou vicio redibitório, exceto na hipótese de doaçãopara
casamento com determinada pessoa. É O que dispõe o Art. 552 do CC/02, "o doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às
consequências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo
convenção em contrário".
Explorando a Temática V
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=PY6ME/3fnnhEcs0pK5q/6g==
Agora, finalizado o estudo da doação, passaremos a análise do contrato de constituição de renda.
4.3 Contrato de Constituição de renda 
 
4.3.1 Conceituação 
 
É espécie de contrato no qual o instituidor ou credor cessa certo capital, em bens imóveis ou dinheiro à outra, denominada censuário ou rendeiro, que se
obriga a uma renda ou prestação periódica em favor do instituidor ou terceiro. 
Assim são partes do contrato de constituição de renda: 
• O estipulante (que entrega o bem constitutivo do capital); 
• O rendeiro ou censuário (que se obriga a satisfazer a prestação); 
• O beneficiário (que pode ser o próprio estipulante ou terceiro); 
Compreendida a definição e partes do contrato de constituição de renda, passaremos a analisar as características dessa espécie contratual de aquisição de
bens. 
A constituição de renda é contrato bilateral, pois gera obrigações reciprocas, isto é, o instituidor ou credor se obriga a transferir o capital para o rendeiro, que
por sua vez, estará obrigado temporária ou vitaliciamente ao pagamento de uma renda ao instituidor ou credor, ou mesmo a um beneficiário, ou seja, um
terceiro que receberá as prestações. 
É contrato temporário, pois não é permitida a constituição de renda perpetua, assim, pode ser por prazo certo (determinado) ou vitalício (durante a vida do
censuário ou do beneficiário da renda), nos termos do artigo 806 do CC/02, que dispõe "o contrato de constituição de renda será feito a prazo certo, ou por
vida, podendo ultrapassar a vida do devedor mas não a do credor, seja ele o contratante, seja terceiro". 
Pode ser instituído a título gratuito ou oneroso, nos termos dos artigos 803 e 804 do CC/02: 
Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra a uma prestação periódica, a título gratuito.
Art. 804. O contrato pode ser também a título oneroso, entregando-se bens móveis ou imóveis à pessoa que se obriga a satisfazer as prestações a favor do
credor ou de terceiros. 
Se gratuita pode a renda constituída por ato do instituidor, ficar isenta de todas as execuções pendentes e futuras. Tal isenção prevalece de pleno direito em
favor dos montepios e pensões alimentícias. (artigo 813 do CC/02). 
Se onerosa, pode o credor, ao contratar, exigir que o rendeiro lhe preste garantia real, ou fidejussória. 
É contrato solene, exige escritura pública: nos termos do artigo 807d do CC/02. 
Trata-se de contrato de natureza real, porque se exige a entrega ou tradição efetiva e transferência do bem compensatório da renda.
 
4.3.2 Beneficiários 
4.3.2.1 Pessoa Viva 
Na constituição de renda. o beneficiário só pode ser pessoa viva, isto porque, nos termos do Art. 808 do CC/02, é nula a constituição de renda em favor de
pessoa já falecida, ou que, nos trinta dias seguintes, vier a falecer de moléstia que já sofria, quando foi celebrado o contrato. 
Como nota-se, pelo dispositivo em comento: será nula a constituição de renda: 
• Se instituída em favor de pessoa já falecida; 
• Se instituída em favor de pessoa doente que falecer em decorrência dessa enfermidade nos trinta dias seguintes a instituição da renda.
 
4.3.2.2 Renda em beneficio de duas ou mais pessoas 
Estipula o artigo 812 do CC/02 que, quando a renda for constituída em benefício de duas ou mais pessoas, sem determinação da parte de cada uma,
entende-se que os seus direitos são iguais; e, salvo estipulação diversa, não adquirirão os sobrevivos direito à parte dos que morrerem.
4.3.2.3 Transferência do domínio dos bens dados em compensação 
Os bens dados em compensação pelo estipulante, desde a tradição caem no domínio do censuário, aquele que se obrigou. 
Assim o rendeiro ou censuário adquire a propriedade do imóvel ou do dinheiro dado pelo estipulante. 
É o que dispõe o artigo 809 do CC/02, os bens dados em compensação da renda caem, desde a tradição, no domínio da pessoa que por aquela se obrigou. 
A aquisição da propriedade se dará a depender do objeto da constituição de renda, se for o dinheiro a aquisição ocorre com a tradição, se imóvel, pela
transcrição no registro imobiliário.
4.3.2.4 Obrigação do Censuário ou herdeiro e efeitos do seu inadimplemento 
 
O censuário se obriga a satisfazer o pagamento da renda, nos moldes estabelecidos no contrato, pontualmente. 
Cumpre destacar que o credor adquire o direito à renda dia a dia, se a prestação não houver de ser paga adiantada, no começo de cada um dos períodos
prefixos. (artigo 811 do CC/02) 
O inadimplemento do censuário, isto é se o rendeiro, deixar de cumprir a obrigação estipulada, traz como efeito, a possibilidade do credor a acioná-lo, tanto
para que lhe pague as prestações atrasadas como para que lhe dê garantias das futuras, sob pena de rescisão do contrato.
 
4.3.2.5 Impenhorabilidade de renda 
O artigo 813 do CC/02, estabelece que a renda constituída por título gratuito pode, por ato do instituidor, ficar isenta de todas as execuções pendentes e
futuras, isto é a renda poderá ser impenhorável, se em favor dos montepios e pensões alimentícias, a impenhorabilidade prevalece de pleno direito. 
O contrato de constituição de renda extingue-se, por ser temporário, pelo vencimento do prazo, pois é por tempo determinado; em regra, pela morte do
instituidor; pelo antecipamento das prestações; pela rescisão do contrato e pelo desaparecimento, perecimento do bem vinculado.
 
4.4 Considerações finais 
 
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Agora, estamos aptos a identificar, compreender e interprestar os contratos de aquisição de bens, compra e venda
(estudado na unidade anterior), doação, troca ou permuta e constituição de renda. Espero que tenham compreendido, nas próximas unidades continuaremos
ao estudo dos contratos em espécie, até lá. Assista a videoaula e responda a questão de fixação.
 
 
 
Conclusão da Unidade
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=2YROdYWMvm4SAZASzEniyQ==
Videoaula: Vídeo resumo da unidade
 
 
Espécies de contratos: troca ou permuta, doação e constituição de renda
from EAD ANIMA
12:53
#%23NOTIFICATIONITEMPAGEURL%23%23
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563219
https://vimeo.com/animaead
https://vimeo.com/204563219

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