Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo Gera insuficiência respiratória no paciente Geralmente o paciente está criticamente enfermo e precisa de um tratamento de UTI em pedi. Raio x mostra a fase inicial da SDRA que já necessita identificar possibilidade e iniciar mediadas de tratamento possíveis. Verificamos comprometimento bilateral de parênquima pulmonar com imagem opaca, silhueta cardíaca visível em lado esquerdo mas no lado direito não se vê. Normalmente o paciente tem história de patologia para chegar no atendimento e esse problema de base evolui para SDRA (pnm...) Definição: o Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores de PaO2 e/ou PaCO2 dentro da normalidade. o Classificação: Em decorrência da velocidade de instalação: agudam(24h-48h) e crônica (semanas) Hipoxêmica – tipo I Hipercápnica – tipo II Transmite informação sobre o estado do paciente Na imagem 1: Paciente sem doença cardíaca (área cardíaca normal), mas tem retificação do gradil costal, margem densa em hilo esquerdo e campo pulmonar direito comprometido. Na imagem 2: Aumento de área cardíaca e aeração de pequenos segmentos apicais de pulmões – restante com opacificação bilateral. Esforço respiratório – tiragem, aumento da frequência respiratório e retificação do gradil. A direita: campo pulmonar com mais parênquima e leve alteração posterior. Campo pulmonar esquerdo com condensação e opacificação sugestiva de quadro infeccioso – pneumonia extensa Isabela Terra Raupp - Profª: Tatiana Capo pulmonar direito ok Área cardíaca normal Lado esquerdo com ausência de visualização de cúpula, sulco e área cárdica por condensação – derrame pleural decorrente de trauma, pnm extensa, hemotorax TC: imagem escura tem ar e área de liquido com pulmão pequeno (pneumonia), mas volumoso derrame pleural a e Qualquer faixa etária, independente de sexo 1,5 a 3,5 casos por 100.000 Sepse e choque são as causas mais frequentes, seguidas por afogamento e trauma Lesão pulmonar inflamatória difusa aguda associada a fator de risco predisponente PNM, sepse, trauma maior, queimaduras grave, choque não cardiogênico, overdose por drogas, afogamento, contusão pulmonar... É componente da SDMO (Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos) Caracteriza-se por: IRAG com alteração da permeabilidade alvéolo-capilar, extravasamento de plasma para o interior dos alvéolos e edema Pulmão pelo edema e extravasamento de plasma do interior para dentro dos alvéolos se torna duro/rígido Edema pulmonar Força de pressão positiva necessária para expandir pulmão pelo enrijecimento = alteração da permeabilidade, edema pulmonar e extravasamento de plasma em alvéolos Raio – x pulmão branco em paciente intubado (precisa de suporte respiratório por tempo longo) Pulmão de choque – Fase aguda: Praticamente não há ar nos alvéolos - Ar que entra é proveniente de VM. Pulmões ficam volumosos, de cor vinhosa e escura e pesados. Congestão, extravasamento de plasma dentro dos alvéolos Imagem 1 – comprometimento bilateral e campos pulmonares aerados, mas progride para pulmão branco 1. Desconforto respiratório de instalação insidiosa e progressiva que se desenvolve após a ocorrência de evento predisponente. 2. Infiltrado pulmonar difuso na radiografia de tórax, podendo, excepcionalmente, predominar em um dos campos pumonares 3. Ausência de edema pulmonar de origem cardiogênica – portanto, deve ser exclida a possibilidade de insuficiência cardíaca esquerda ou sobrecarga volumétrica pulmonar. No caso de dispor de pressão de capilar de artéria pulmonar, que deve estar < 18 mmHg. Dispor na uti de pressão capilar de artéria pulmonar 4. Hipoxemia progressiva, grave ou refratária a administração suplementar de xigenio caracterizado da ventilação-perfusão, manifesto por redução do índice paO2/FiO2 < 200 (independente de Pressão expiratória final - PEEP). Pulmão permanece expandido tentando aumentar superfície de troca. Normalmente a SDRA ocorre 24-48h após a lesão inicial Apresenta: 1) Dispneia 2) Respiração artificial e rápida 3) Pele cianótica perioral e ungueal 4) Complacência respiratória baixa 5) Espaço morto alto 6) Baixos indicies de PaO2/FiO2 7) Ausculta pulmonar: crepitantes ou sibilos 8) Aumento do trabalho respiratório – tiragem... : Minimizar o dano pulmonar secundário (SARA), até a cura do processo natural da doença original. Fase exsudativa •Degeneração de pnemocitos tipo I e células endoteliais Fase subaguda ou proliferativa (uma a 3 semanas) •proliferação pneumocitos tipo II, déficit de surfactante – exsudato inflamatório Fase fibrótica ou crônica (>3 semanas): •fibrose intersticial e alveolar reduzindo a superfície de troca gasosa •Recrutamento alveolar 1. Manutenção de vias aéreas 2. Oxigenioterapia 3. Suporte ventilatório 4. Corrigir distúrbio de base : Obrigatória! Sugere intubação eletiva por identificar: Distúrbios ácido base Identifica hipercapnia Identifica alteração de paO2 Confirma a presença de Insuficiência respiratória Deve ser feita a diariamente : Cuidar com toxicidade do oxigênio suplementar Seleção de PEEP e FiO3, mantendo saturação de hemoglobina entre 85-92% Mostra: volume, inspiração, fluxo, respiração por minuto, PEEP... Recrutamento Ventilar com segurança o paciente, vai promover o recrutamento, evitando a hiperdistensão das áreas não comprometidas previamente Recrutamento: abertura dos alvéolos na fase inspiratória Desrecrutamento: colapso na fase expiratória Manobras de recrutamento alveolar: SDRA/SARA: hipoxemia refrataria = perda de área de troca de pulmões FiO2 altas decorrente de grandes áreas colapsadas Pressão expiratória final (PEEP) selecionada conforme FiO2, sat Hb entre 85-92%, patologia, idade, condições hemodinâmicas do paciente Medida que visa aumentar áreas de trocas pulmonares: Posição prona em decúbito ventral Deve ocorrer a melhora da oxigenação observada em 2h. Então, mantendo-se por 8-16h em supina Cuidados especiais no paciente com SDRA/SARA: 1. Sedação: hidrato de cloral, BZD, opioides 2. Fluidoterapia e suporte hemodinâmico: manter um estado hiperdinâmco = bom debito cardíaco, pressão de perfusão alta, obtendo melhora da perfusão renal 3. Dopa, dobuta ou adrenalina 4. Balanço hídrico pouco negativo = evita hipervolemia (menor congestão pumonar) ou desidratação 5. Nutrição: enteral precoce, promovendo o trofismo da mucosa intestinal, dificultando a translocação bacteriana. Se necessário, parenteral total (NPT) com uidados de sobrecarga de lipídeos e carboidratos. 6. Monitorização: continua de PVC, PAM, ECG, oxímetria, capnografia, BH, SV, peso, sensório, perfusão (até 3s é normal) e pulsos Modalidades terapêuticas excepcionais: Corticoides, surfactante, VM alta frequência, oxigenação por membrana extracorpórea e óxido nítrico (mais usado) 2) Toxicidade pulmonar induzida pelo oxigênio: liberação de radicais livres – lesão de tecido pulmonar 3) Barotrauma: Pressão Inspiratória Pulmonar alta (expandir o pulmão) = edema alveolar e intersticial (pneumotórax, pneumomediatino e enfisema subcutâneo) Pulmão rígido + VM + sedativo (midazolam) + opioide (quetamina ou fentamil) Reduzir a pressão inspiratória conforme melhora da doença Boa sedação para não fazer paciente respirar junto com respirador 4) Volutrauma: hiperdistensão por volume corrente exagerado Respirador ciclado a volume – muito volume corrente de oxigênio (fração expiratório de 1) Menos frequente PEEP: movimento expiratório e quanto meu pulmão fica ainda com expansão ao final da inspiração – promove superfície de troca maior para que no final da expiração possa ter maior superfície de troca. 5) Atelectasia:inativação do surfactante pulmonar 6) Biotrauma: Por aumento das citocinas locais e sistêmicas – VM agressiva (PIP alto E PEEP BAIXO) = Mais retenção de CO2 e menor superfície de troca 7) Outros fatores: uso prolongado de curare e hipersedação, hipotensão e hipocapnia. Curare é por tempo curto porque fica difícil de tirar esses sedativos potentes. Hipotensão precisa ser detectada e tratada Hipocapnia – hiperventilação sem conseguir manter CO2 normal Hipoventilação – causa menos trauma decorrente a VM, menor acúmulo de CO2 local e ação protetora alveolar Hipoventilação é recomendada e protetiva REF: - medicina intensiva em pediatria (2006, cap 23 – p. 449)
Compartilhar