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Cariologia (Meus resumos)


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CARIOLOGIA
DIAGNÓSTICO DE CÁRIE
- Mancha branca: área desmineralizada com 1 semana, percebida com 14 dias.
- Exame tátil-visual
- Descalcificação só ocorre em áreas onde a placa pode ser acumulada regularmente
- Opacidade, coloração da área e rugosidade do esmalte
- Cárie pode ser ativa ou inativa
- Maior tempo de secagem: Menor perda mineral e pouco aumento de porosidade / Menor tempo de secagem está associado a uma perda mineral e aumento de porosidade.
- Exame tátil-visual: Única indicação da sonda é remover placa ou restos alimentares para facilitar inspeção visual. Não deve exercer pressão.
- Lesões iniciais: Incipientes
- Sonda explorada é DESNECESSÁRIA (não é necessária em todos os casos).
- Dentina infectada: Com consistência amolecida, grande quantidade de bactérias, aspecto úmido com as fibras colágenas degradadas, não sendo possível a remineralização. Deve ser removida. 
- Dentina afetada: Pode apresentar consistência de lascas, com um número reduzido de bactérias, aspecto seco, matriz orgânica intacta, passível de remineralizar e deve ser mantida.
- Técnica de ART: Indicada para pacientes com alto risco de cárie, que possuam cavidades de profundidade média ou rasa, com envolvimento de dentina, que não possuam fístula, abcesso ou dor espontânea. Pode ser empregado em pessoas idosas, debilitadas, internadas em hospitais, etc. Coloca-se CIV.
- Aspectos histológicos da cárie: Em estágios iniciais não dá pra ver a olho nu a perda de minerais. Em duas semanas, com secagem de superfície já se vê mancha branca, rugosa e opaca (refração da luz).
 1- Zona superficial: Fica na superfície. Por ter contato com o meio bucal pode ser mantida por mais tempo. Semelhante ao esmalte hígido, pois sofreu menos dissolução dos cristais e menor porosidade.
 2- Corpo da lesão: Logo abaixo, sendo a região com menor perda mineral, e dependendo da extensão, pode levar ao colapso do esmalte superficial e formar cavidade.
 3- Zona escura: Observada na maior parte das lesões. Região de grande perda e ganho de mineral. Lesões cariosas de progressão lenta ou inativas costumam exibir essa zona aumentada. Pode adquirir coloração escurecida. Se a zona escura estiver presente, encontra-se entre as zonas translúcida e o corpo da lesão.
 4- Zona translúcida: Representa a frente de avanço das lesoes, mas em alguns casos pode não ser observada.
- Exame radiográfico: Método auxiliar de diagnóstico. Incapaz de detectar lesões em estágio inicial de esmalte. Ocorre somente quando ocorre o comprometimento de 0,5mm de dentina.
- Atualmente o diagnóstico de cárie deve levar em conta a experiência anterior da cárie, o status da atividade de cárie (quando existem lesões) e o risco do paciente de desenvolver no futuro. 
- Mancha branca ativa: Aparência clínica opaca e rugosa à sondagem, geralmmente localizada em locais de acúmulo de biofilme>
- Mancha branca inativa: Coloração escura e consistência endurecida. Não apresenta halo de mancha branca nos bordos da lesão.
- Lesão cavitada ativa: Bordos com mancha branca ativa, tecido amolecido e coloração clara, associada a placa pegajosa e espessa.
- Lesão cavitada inativa: Coloração escura e consistência endurecida, não há halo de mancha branca nos bordos da lesão, pode não ter placa (ou ter uma placa calcificada).
- Cárie primária: Lesão em superficie intacto e natural.
- Cárie secundária (recidivante ou recorrente): Lesão em superfícies ao redor das margens de restauração.
- Cárie oculta: Ocorrência em dentina não detectada através do exame visual. No entanto, as lesões possuem como característica a grande dimensão e podem ser vistas no exame radiográfico pelo alto grau de desmineralização.
- Cárie não é autolimitante (que chega até certo ponto e para. Ela vai até o final).
- Cárie rampante: Evolução rápida (uma alteração ecológica no meio bucal que acaba gerando uma quebra da homeostasia, criando um meio adequado para a evolução da doença)
- Indíces: O mais utilizado para lesões de cárie é o CPOD/S que contabiliza o número de dentes cariados, perdidos e obturados. Cabendo destacar que cariado pelo índice CPO-D é quando "uma lesão de fóssula ou fissura ou de superfície lisa tem uma cavidade evidente, esmalte socavado, ou um amolecimento detectável do assoalho ou paredes". Com base no CPO-D é possível inferir a prevalência e severidade da cárie em uma população.
CARIOLOGIA
- Cárie é: Multifatorial (Dente, Saliva {hospedeiro}, Dieta, Bactéria e tempo - Fatores primários, existem fatores secundários, por ex: Econômicos)
 Crônica (não é autolimitante, evolui até o final se não tratado)
 Infecciosa (Grupo de bactérias, biofilme)
 Ph Dependente (depende da queda do pH para chegar no pH crítico. Em esmalte é 5,5. Com flúor, passa a ser 4,5.
- Fatores primários: Saliva, dente, dieta e microorganismo.
- Fatores secundários: Educação, economia, comportamento e hábitos.
- Transmissividade: Microorganismo passa de uma pessoa pra outra, ou seja, é vertical e exógena (Ex: Mãe pro filho) - 19 meses até 31/33 meses (janela de transmissão). Guedes Pinto fala de duas janelas de infecctividade: Na erupção dos molares e depois na erupção dos permanentes.
EFEITOS PRIMÁRIOS DA CÁRIE
- Dente - Morfologia dentária / Maturação pós-eruptiva / Posicionamento na arcada dentária / Regiões de maior susceptibilidade
- Saliva - Secretada por 3 glândulas (90% dela) - Parótida (Ducto de Stensen)
 Submandibular (Ducto de Wharton) É a principal, 2/3
 Sublingual (Ducto de Bartholin)
 
Capacidade tampão: Ions bicarbonato e fosfato
Digestão de alimentos (Enzimas digestivas)
Função anti-fungica, anti-viral, anti-bacteriana (Lizosima, Lactoferrina, Peroxidase, IgA)
Deficiência salivar: Temporária ou permanente.
Paciente com deficiência salivar = maior risco de cárie.
Causas da redução salivar: Caxumba, medicamentos, displasia ectodérmica hipoidrótica, radiação de cabeça e pescoço, síndrome de Sjogren (afeta a lubrificação do corpo)
Sinais e sintomas de redução salivar: Cárie rampante, ressecamento e rachadura dos lábios, fissura nas comissuras labiais, queimão e ferimento na mucosa, crostas sobre língua e palato, parestesia de língua e membrana
Cárie Rampante: Não é cárie de mamadeira. Aparecimento repentino, acomete vários dentes, rapidamente cavitada, resultando em um envolvimento precoce da polpa, afentando dentes que comumente são considerados imunes ao processo carioso. Intenso desequilíbrio. Exemplos de cárie rampante: Distúrbios emocionais, adolescência, consumo mais frequente de alimentos cariogênicos, deficiência salivar, medicamentos (tranquilizantes e sedativos. Ex: antidepressivos), radiação de cabeça e pescoço.
Cárie Precoce: Cárie precoce grave da infância ou cárie de mamadeira. Presença de um ou mais dentes cariados (cavitados ou não), perdidos (como resultado da cárie), ou restaurados na dentição decídua de uma criança com até 71 mses de idade ou qualquer sinal de cárie em superfície lisa em crianças menores de 3 anos. Uso excessivo ou prologado de mamadeira ou aleitamento materno tem sido associado à cárie precoce.
Acomete decíduos anteriores superiores e primeiros molares inferiores, e algumas vezes, caninos inferiores. Dentes anteriores inferiores (protegidos pela língua) por último.
Determinação do fluxo salivar não estimulado (FSNE): Para determinar se o paciente possui xerostomia. Deve ficar 90 minutos sem comer/beber/escovar os dentes/mascar. Inclinar a cabeça pra frente e deixar saliva fluir por 5 minutos. Dividir o volume coletado por 5. Valor normal: 0,3 ml por minuto. Taxa de FSNE < 0,1mL/min - Hiposalivação (xerostomia)
Determinação do fluxo salivar estimulado (FSE): Mascar parafina sem sabor 45 vezes ou por 1 minuto. Coletar toda a saliva produzida. Taxa normal: de 1 a 2 mL. Taxa anormal < 0,5mL
- Microorganismos: S. Mutans, S. Sobrinus e Lactobacilos
Mutans: Transmissão vertical(A redução da quantidade nas mães = atraso na colonização)
Janela de infectividade: 19-33 meses (quanto mais cedo a colonização, maior a prevalência e o risco de cárie).
Os sorotipos mais comumente encontrados são C, E e F.
Mutans tem a capacidade colonizar dentes e formar o biofilme. Tem a capacidade de produzir ácido (acidogenicidade). Tem a capacidade de viver em meio ácido (aciduicidade) e realiza a formação e utilização de polissacarídeos intra e extracelulares.
Sobrinus: É o segundo mais prevalente. É o microorganismo associado ao desenvolvido das lesões de cárie nas sup. lisas e casos de cárie rampante. Os sorotipos mais frequentes encontrados são o D e o G.
S. Salivarius: Colonização da cavidade logo no nascimento e pequeno potencial cariogênico
Actinomyces spp: A naeslundii e A. odontolyticus são colonizadores iniciais do biofilme. Menos cariogênicos, não estando envolvidos nas lesões de cárie em esmalte, mas encontrados em cáries de cemento.
Lactobacilus (L. acidophius e L. casei): São bacilos gram + e possuem baixa capacidade de aderência (encontram-se em áreas de fóssulas e fissuras). Não são microorganismos iniciadores da cárie, estão associados a progressão. Também estão associados com a a alta ingestão de carboidratos. O aumento de lactobacillus precede de 3 a 6 semanas o aparecimento da cárie.
- Dieta: consistência do açúcar, horário consumido, frequência do consumo.
Sacarose é um dissacarídeo (frutose + glicose) oriundo da cana do açúcar e da beterraba, sendo o açúcar mais consumido pelo homem. Tem sua cariogenicidade relacionada a dois fatores principais: Metabolizada pelas bactérias para a produção de polimeros extracelulares que auxiliam na adesão bacteriana, e ser estocada na forma de polisscarídeos intracelulares como reserva energética. Além disso difunde-se rapidamente pelo biofilme sendo fermentada até ácido lático, reduzindo o pH abaixo do nível crítico, ocasionando desmineralização dentária.
Xilitol: De baixa caloria que não é metabolizada pelas bactérias cariogênicas, considerado anticariogênico por inibir o crescimento do E. Mutans e reduzir a atividade da cárie.
Sorbitol: Não cariogênico (não é anticariogênico).
Manitol, lactitol e maltitol: Efeito anticariogênico.
Aspartame: Não cariogênico.