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A Importância da Cultura Lúdica

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Pergunta 10,5 pts
Leia um excerto do conto Restos do Carnaval, de Clarice Lispector.
Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano.
E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
O carnaval, como sabemos, é uma festa popular. Podemos dizer que as tradições e as atividades dos folguedos são práticas lúdicas porque:
Grupo de escolhas da pergunta
Instauram uma ruptura na vida cotidiana, possuem um componente de representação e estão imersas num universo simbólico e cultural específicos.
Há muitas brincadeiras infantis nos folguedos e os adultos se comportam como se fossem crianças: correndo, pulando, cantando alto e fantasiando-se.
As pessoas não trabalham quando festejam e as práticas lúdicas servem apenas para isso: para o relaxamento do corpo e para o lazer, os quais permitirão a recomposição física e psicológica dos sujeitos para o trabalho.
Festejar é algo da natureza humana, ou seja, trata-se de um impulso biológico de cada ser humano.
O lúdico é tudo aquilo que deixa as pessoas felizes e lhes dá prazer imediato. Portanto, não há uma definição fechada sobre quais são as práticas lúdicas, isso depende da sensação de prazer de cada um.
Resposta certa:
 Instauram uma ruptura na vida cotidiana, possuem um componente de representação e estão imersas num universo simbólico e cultural específicos.
Justificativa: As atividades dos folguedos são livres e instalam um intervalo na vida “comum”, nas necessidades, desejos e afazeres do dia-a-dia. Além disso, como práticas culturais, transmitidas de geração a geração, as festas populares circunscrevem um universo simbólico particular, em que as danças, ritos e brincadeiras possuem significados específicos.
 
Fonte: http://i274.photobucket.com/albums/jj266/casadosnoopy1/Snoopy1952312.gif
Considerando a cena entre Susie e Charlie Brown retratada na tirinha, é possível dizer que a cultura lúdica:
I – permite que aprendamos o conteúdo de jogos e brincadeiras, mas também possibilita que compreendamos o que é um jogo e o que é uma brincadeira.V
II – é um conjunto de significações e regras inerentes aos jogos e brincadeiras, as quais os sujeitos passam a dominar assim que são inseridos no contexto lúdico.V
III – é a cultura das crianças e que, portanto, está apartada totalmente da cultura geral dos grupos sociais.
IV – trata-se do conjunto de procedimentos que tornam o jogo possível e que possibilitam que o interpretemos como tal.V
Das afirmações acima, NÃO está(ão) correta(s):
Grupo de escolhas da pergunta
IV
II e III
I
III
II
A partir das imagens, podemos dizer que os brinquedos:
I – São registros de nossa cultura e que, portanto, também possuem história.V
II – Sempre foram objetos infantis, desde sua invenção.F
III – Não dão testemunho apenas de uma vida autônoma, eles constituem um diálogo entre a infância e a cultura a qual ela está inserida.V
IV – É também uma espécie de legado e exprime o modo pelo qual os adultos representam a infância e apresentam o mundo para as crianças.V
omplete as lacunas com os termos adequados:
Jogos, brinquedos e brincadeiras, dentre outras manifestações lúdicas, são produto da_historia (I) e da cultura dos grupos sociais e, na relação que se dá entre as práticas e os sujeitos ao longo do tempo, também produzem cultura(II); uma vez que estão inseridos num conjunto de simbolos (III) e representações que se transformam e se ressignificam no processo histórico.
Grupo de escolhas da pergunta
I – história, II – símbolos, III – ideias
I – sociedade, II – significados, III – história
I – ideia, II – história, III – indivíduos
I – vida coletiva, II – fatos, III – história
I – história, II – cultura, III – símbolos
Leia um trecho da biografia de dona Izália, que compõe o grande acervo de histórias do Museu da Pessoa:
Uma menina nasceu em 22 de novembro de 1934. Agora ela está com [80] anos e conta a sua história de vida. Dona Izália nasceu em casa por uma parteira chamada Rosa, no município de Paranaguá, especificamente, na Ilha do Mel (um lugar muito lindo, com belezas naturais, visitado por muitos turistas hoje em dia). […]
Hoje temos P2, computadores, bolas e carrinhos automáticos, mas naquela época as brincadeiras eram outras, como por exemplo: pular corda, amarelinha, bonecas que eram feitas de vidro de óleo rinse (feitas pelas próprias crianças), o vidro era o corpinho, a cabeça e os sapatinhos eram feitos de panos e tinha a brincadeira preferida de dona Izália, que era o bombaqueiro. Brincar de bombaqueiro é assim, as crianças fazem um túnel com as mãos e enquanto cada criança vai passando pelo túnel, elas cantam: Bombaqueiro, bombaqueiro, Me deixa passar Tem um filho pequenino Para acabar de criar Passarão, passarão Algum dia há de ficar Se não for o da frente Pode ser o de trás E quando terminava a música a última criança ficava presa no túnel.
Eles brincavam também de casinha. Dona Izália e suas amiguinhas pediam um pouco de açúcar, arroz, feijão para fazerem as comidinhas de verdade, que eram feitas em panelinhas de latinhas, não podiam pegar nada escondido de casa, porém, certa vez, Crespim, um de seus irmãos, pegou um peixe que seu pai acabara de pescar, levou-o escondido para a casinha, dizendo que ganhara de sua mãe. […]
Fonte: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/aventuras-da-infancia-47681
Embora a infância de dona Izália se diferencie em vários aspectos da infância de hoje, podemos identificar em sua história algumas brincadeiras comuns, que persistem ao tempo e à ida e vinda de gerações. A respeito disso, é correto afirmar que:
I – As práticas lúdicas são um legado cultural, transmitido de geração a geração e, por essa razão, permanecem como jogos e brincadeiras no contexto de uma comunidade. V
II – O repertório de brincadeiras e jogos das crianças brasileiras é muito restrito, por isso há pouca mudança ao longo dos anos. Em países nos quais as crianças são mais escolarizadas, há um trabalho voltado para o desenvolvimento da criatividade e as práticas lúdicas são mais diversificadas.F
III – As crianças, desde cedo, são introduzidas no universo simbólico de determinadas práticas que são concebidas como lúdicas, o que faz com que elas entendam tais atividades como jogos e brincadeiras, os quais permanecem ao longo do tempo.V
complete as lacunas com os termos adequados:
Com os processos de assimilação ao longo do período pré-operatório,os esquemas cognitivos da criança vão atingindo acomodações mais próximas da realidade, o que a leva a outro estágio do desenvolvimento: o período das operações concretas (I). Então, a criança adquire um pensamento menos egocêntrico (II) e mais socializado e é neste estágio que surgem os jogos com regras (III).
Joaquim tem um urso que o acompanha desde muito pequeninho. O menino não dorme sem o bicho de pelúcia. Em certa ocasião, os pais se esqueceram de levar o objeto numa viagem e o garoto ficou profundamente inquieto, teve dificuldades para dormir, ficou ansioso e, nos primeiros dias, chorou e acordou várias vezes durante a noite.
De acordo com os escritos de Winnicott, a relação da criança com o urso denota que:
Grupo de escolhas da pergunta
O menino não conseguiu estabelecer um vínculo afetivo com os pais e, por isso, recorre ao brinquedo para se sentir protegido.
A criança tem um complexo de Édipo mal resolvido.
A criança não diferencia a realidade externa da realidade interna e, em função disso, vive apegada ao seu universo imaginativo.
O urso constitui um objeto transicional para a criança.
O urso é um objeto de apego, típico de crianças que não têm segurança emocional suficiente.
Na situação acima, Calvin e Susie conversam sobre a brincadeira de papai e mamãe. Segundo os estudos piagetianos, é possível afirmar que brincadeiras dessa natureza:
I – tratam de jogos simbólicos, os quais surgem entre o final do período sensório-motor e o início do período pré-operatório, no momento em que a criança começa a desenvolver a representação e passa a se relacionar simbolicamente com os objetos e o meio.V
II – tratam de jogos de imitação, nos quais as crianças dedicam-se apenas a reproduzir os comportamentos e atitudes dos adultos como meio de resolver conflitos e desenvolver unicamente a afetividade.F
III –tratam de jogos de encenação, nos quais as crianças costumam imaginar situações hipotéticas e dedicam-se a exercitar sua capacidade de socialização, brincando criativamente com os papéis sociais apenas com o intuito de desenvolver a linguagem.F
Grupo de escolhas da pergunta
A partir das falas da menina durante a brincadeira e com base nos estudos de Piaget sobre o jogo simbólico, é possível afirmar que:
I – Ana está apenas imitando sua mãe enquanto brinca, ou seja, sua encenação ao longo do brincar é mera imitação do comportamento dos adultos, algo característico dos jogos simbólicos. F
II – Como um jogo que envolve a representação de comportamentos e papéis sociais, Ana, ao brincar com sua boneca, estabelece aquilo que Piaget chamou de assimilação deformante.V
III – Ana é uma criança carente emocionalmente e busca reconhecimento e legitimação de suas atitudes na brincadeira. F
IV – Ana, quando brinca, reproduz comportamentos, falas e atitudes dos adultos, mas também imagina situações e fantasia sobre a realidade.V
A partir das imagens e do excerto, pode-se concluir, com base na psicologia histórico-cultural, que:
Grupo de escolhas da pergunta
O signo é um elemento mediador exclusivamente humano e trata-se de qualquer objeto, fenômeno ou forma que funciona como a representação de algo diferente de si mesmo.
Os signos são construções sociais e em nada se relacionam com as funções psicológicas superiores.
A criança desenvolve a significação dos signos a partir de sua maturação biológica e evolução cognitiva, de modo que toda e qualquer criança, na mesma idade e fase do desenvolvimento dispõe de um mesmo conjunto de signos para operar seus esquemas mentais.
O signo é produto da imaginação humana e diz respeito à criatividade individual de cada pessoa para atribuir um significado subjetivo para os objetos e o mundo.
Os signos não possuem significado estável, pois, como são construções sociais e históricas, eles mudam constantemente de acordo com o povo, a sociedade, a geração e o sujeito. Nesse sentido, não há concordância em relação ao seu significado.
Leia o excerto abaixo no qual o autor relata um exemplo de dilema moral:
“É o caso do clássico dilema de Heinz, elaborado por Kohlberg (1981) para suas pesquisas sobre o desenvolvimento moral. Contemos, em poucas palavras, este dilema. Trata-se de um homem, Heinz, cuja mulher está gravemente doente, e que resolve roubar o único remédio capaz de salvá-la. Ele decide roubar o remédio porque seu inventor e proprietário, um farmacêutico da região, exige dele um preço acima das possibilidades financeiras do infortunado marido, e não aceita facilitar as condições de pagamento. O dilema pode ser colocado da seguinte forma: ao roubar o remédio, Heinz agiu moralmente certo, ou moralmente errado? […] Duas dimensões morais aparecem com clareza: o tema da propriedade privada e o tema da vida. Mas, hierarquizá-los sem análises equivaleria a empobrecer a questão. É preciso avaliar as implicações morais em jogo” (LA TAILLE, Yves de. Construção da consciência moral. In: Caderno de Formação: formação de professores de educação infantil – princípios e fundamentos. São Paulo: Universidade Estadual Paulista; Universidade Virtual do Estado de São Paulo; Cultura Acadêmica, 2010. p. 44).
De acordo com as habilidades intelectuais requeridas pelo saber fazer moral, podemos dizer que este dilema requer que o sujeito:
Grupo de escolhas da pergunta
Se apóie nas regras, princípios e valores morais que compõem o seu saber moral para que, a partir disso, ele fundamente sua escolha.
Acione a sua capacidade de imaginação para que possa buscar uma solução criativa para o problema.
Apele para a necessidade mais imediata, pois, é sabido que os valores morais devem sempre ser utilitários, ou seja, devem estar conectados com a vida prática das pessoas e não com formulações gerais e abstratas.
Valha-se de sua habilidade de equacionamento moral, identificando as variáveis morais envolvidas na situação, ponderando-as e estabelecendo uma hierarquização entre elas. A partir desta reflexão, o sujeito terá então que exercer seu juízo moral, ou seja, sua capacidade de julgamento e escolha em direção à ação moral.
Busque estabelecer uma relação de cooperação e reciprocidade para com os envolvidos na situação, de modo que ambos tenham uma atitude moralmente autônoma.
Observe a tirinha:
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-oXSSKDVg0ZI/UCL3bdROa8I/AAAAAAAACFQ/If5UGEvGjAY/s1600/1.mafalda+moral.jpeg
Com base na situação ilustrada acima, é possível afirmar que:
I – Mafalda demonstra uma consciência e juízo moral heterônomos, pois ela teve que se reportar à sua mãe para validar sua ação.V
II – Mafalda mostra uma conduta moral que possui elementos de autonomia, pois, sua decisão foi produto de uma reflexão sobre o certo e o errado independente da possibilidade ou não de punição.V
III – A garota decide sobre o modo de agir moralmente reportando-se a um espaço de pensamento, no qual ela se reconhece autora e protagonista de seus atos.F
IV – A situação revela que Mafalda se vale mais da dimensão afetiva do que da dimensão cognitiva da moral, afinal, ele se sente culpada em não agir de maneira moralmente correta.F
Estão corretas as afirmações:
Resposta
Podemos dizer que se trata de uma conduta moral não-heterônomo e, portanto, que caminha em direção à autonomia, pois Mafalda não a exerce a partir do medo da punição e nem por imposição externa. Além disso, é possível afirmar que, em sua decisão moral, Mafalda coloca-se no espaço do pensamento em que se reconhece como autora do ato e da reflexão que faz sobre ele.
A respeito das capacidades morais que envolvem a dimensão cognitiva e a dimensão afetiva da moralidade, NÃO é correto afirmar que:
I – O saber fazer pode ser entendido como a capacidade de escolher, como o saber decidir entre diferentes possibilidades de ação. V
II – O saber fazer moral prescinde, ou seja, requer um conteúdo a partir do qual se operam as escolhas entre o certo e o errado. Este conteúdo da moralidade são as regras, os princípios e os valores.F
III – O querer fazer diz respeito à motivação, ao campo dos interesses, àquilo que impulsiona a ação, isto é, o que motivao sujeito a assumir uma escolha moral e que, por sua vez, possui também uma natureza moral.V
IV – O querer fazer é como uma vontade externa que age sobre o sujeito. Ou seja, são os saberes e preceitos sociais que conformam as pessoas à moralidade e a fazem agir moralmente. Portanto, o querer fazer é como um desejo coletivo, a vontade da sociedade em geral. F
V – Em questões morais, não basta realizar aquilo que é moralmente correto. Para que se tenha uma ação de fato moral é imprescindível que a intenção do agente seja moral da mesma forma. Nesse sentido, uma ação por interesse em reconhecimento, por exemplo, não pode ser entendida como moral, ainda que seja correta.V
Leia as asserções abaixo e identifique a resposta correta:
I – A primeira experiência de autoria do sujeito é o brincar.
PORQUE
II – O brincar surge na zona intermediária, entre a realidade externa e a realidade interna, e, no decorrer dessa atividade a criança cria e atribui significado a ambas as realidades; tal como no pensamento.
Grupo de escolhas da pergunta
As asserções são corretas, assim como a relação entre elas.
Ambas as asserções são corretas, mas a relação entre elas é falsa.
Ambas as asserções são falsas.
A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa.
A asserção I é falsa e a asserção II é verdadeira.
O brincar – uma ação que se faz de maneira despretensiosa, sem que haja uma demanda alheia ou a exigência de necessidade ou utilidade – é a primeira experiência de autoria do sujeito, afinal, ele surge na zona intermediária e transicional, entre a realidade interna e a realidade externa e, no seu decurso, cria e significa ambos os espaços – interior e exterior. Desde a mais tenra idade, o ser humano utiliza da voz para criar sons, para balbuciar ruídos, ensaiar enunciados a princípio incompreensíveis. Ele explora seu corpo, usa pés e mãos para fazer um movimento sobre o berço, no chão... Ou seja, o indivíduo faz experiências de autoria, inaugurando sua capacidade de pensar, num sentido geral.
Leia as asserções abaixo e identifique a resposta correta:
I – Os jogos com regras são ferramentas interessantes para a intervenção psicopedagógica.
PORQUE
II – Eles desenvolvem a compreensão, a tomada de consciência dos procedimentos, a construção de estratégias, o aperfeiçoamento da capacidade verbal por meio da significação e explicação das jogadas empregadas.
Grupo de escolhas da pergunta
A asserção I é falsa e a asserção II é verdadeira.
Ambas as asserções são falsas.
Ambas as asserções são corretas, mas a relação entre elas é falsa.
As asserções são corretas, assim como a relação entre elas.
A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa.
Alicia Fernández diz que:
“Entre quem ensina e quem aprende se abre um campo de produção de diferenças, pois cada um de nós tem uma modalidade de aprendizagem, um idioma próprio para tomar o do outro e fazê-lo seu, e para entregar/mostrar-lhe algo de nossa vida. A modalidade de aprendizagem é como um idioma que cada um utiliza para entender os outros e fazer-se entender pelos outros” (FERNÁNDEZ, Alicia.
Psicopedagogia em psicodrama: morando no brincar. Petrópolis: Vozes, 2010, p. 70). Ao afirmar que a modalidade de aprendizagem é como um idioma próprio, a autora quer salientar que:
Grupo de escolhas da pergunta
O ensino é uma tarefa impossível. O que nos cabe é a transmissão de saberes que poderão ou não ser apreendidos pelos alunos.
Cada sujeito possui uma modalidade singular de aprendizagem, que, assim como um idioma, pode distinguir-se entre os demais.
Há a necessidade de ensinar-se, portanto, um “idioma” padrão, isto é, há que se formarem os alunos para que todos assumam uma única modalidade de aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem são decorrentes do fato de que não há comunicabilidade possível entre quem ensina e quem aprende, afinal, ambos falam “idiomas” diferentes.
As dificuldades de aprendizagem jamais serão totalmente sanadas, pois, é impossível que o psicopedagogo adentre o universo do idioma de cada um.
O ensino e a aprendizagem são ações fundamentalmente diferentes e, entre aquele que ensina e aquele que aprende se estabelece um campo de criação e instauração de diferenças, afinal, cada pessoa tem um modo próprio de aprendizado e uma maneira singular de apreender o outro e captar o conhecimento que ele lhe oferece, devolvendo-lhe assim uma amostra de sua vida e de seu saber.
O calvinbol não pode ser considerado um jogo com regras, pois;
I – O jogo com regras consiste num sistema de complementaridades em que cada elemento é imprescindível e insubstituível. Desse modo, não há como trocar-se ou inventar-se regras ao longo do jogo.F
II – O jogo com regras prescinde de um acordo entre os jogadores e, espera-se com isso que haja cooperação e reciprocidade entre eles no cumprimento das regras previamente estabelecidas. V
III – O calvinbol é um jogo simbólico, no qual o seu mentor brinca com papéis sociais e com a fantasia, imaginando-se como um grande jogador em situações específicas.V
IV – Este jogo não foi validado pela cultura, ou seja, é uma invenção nova que precisa ser compartilhada e jogada por muitas pessoas, propiciando assimilações e acomodações, para que, enfim, seja classificado como um jogo com regras.V
O jogo de regras se caracteriza como um sistema de complementaridades – objetivo e regras, tabuleiro e peças, jogador e jogador, perda e ganho, vez de um vez de outro jogar, jogada atual e próxima jogada – em que cada elemento é insubstituível e compõe o todo. Além disso, suas regras viabilizam o próprio jogo e são produto de um acordo entre os jogadores.
Numa sessão psicopedagógica com um grupo de cinco crianças que apresentavam dificuldades de aprendizagem, o profissional iniciou os trabalhos solicitando que as crianças brincassem entre elas na limitação de certo espaço. Tratavam-se de crianças com idades entre 9 e 10 anos e o local de realização da sessão era uma sala com um grande carpete no chão e algumas almofadas de diferentes tamanhos. As crianças deveriam brincar no espaço do carpete. Não havia brinquedos e os instrumentos oferecidos eram apenas as almofadas coloridas com diversos tamanhos.
Inicialmente, as crianças ficaram tímidas e não manifestaram muita reação. Em poucos minutos, de maneira espontânea, iniciaram uma brincadeira de escritório. Para isso, moveram algumas cadeiras da sala para o centro do carpete e delimitaram as paredes com as almofadas. A partir daí, o psicopedagogo tratou de conversar com elas a respeito dos papeis que cada um estava a representar no jogo dramático.
A partir do relato desta cena, podemos afirmar a importância do psicodrama como uma prática de intervenção psicopedagógica no âmbito do atendimento clínico. Para justificar esta relevância, NÃO é correto dizer que:
Grupo de escolhas da pergunta
O jogar-brincar situa-se na zona transicional, entre a realidade interna e a realidade externa, tal como o pensamento.V
Por localizar-se no espaço transicional, entre o objetivo e o subjetivo, o jogar abre espaço para o pensar, ou seja, para a criação de um lugar de autoria em que o sujeito pode reconhecer-se na sua produção.V
Os jogos dramáticos são mais do que representação, eles também são atividades de criação. V
O psicodrama permite a formulação de sequências, desenvolvidas no desenrolar espacial e temporal do jogo dramático.V
A encenação permite que a criança com dificuldade de aprendizagem desenvolva suas emoções, aumentando sua autoestima e a tornando confiante para lidar com os problemas que sempre lhe acompanharão ao longo da vida escolar, uma vez que ela tem bloqueio para aprender.

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