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Resumo de Gineco - 3P

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Natalia Bueno - TXXI 
 
 
Ginecologia tem importância na prevenção de patologias e orientação de saúde 
❖ Revisão dos sistemas: 
➢ Hábito intestinal: é muito importante! 
• Nº de evacuação/dia 
• Características das fezes 
• Síndrome do intestino irritável (IR) – 6 % das mulheres são encaminhadas ao ginecologista 
• Constipação intestinal: é a principal causa de dor pélvica 
• Colite 
• Diverticulite: é uma inflamação na parede interna do intestino. Ela é caracterizada, 
principalmente, pela formação de bolsas e quistos pequenos e salientes, os divertículos que, 
ao inflamarem, causam a doença. 
• Doença de Crohn: doença intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato 
digestivo. 
➢ Ciclo menstrual 
 
• Frequência de fluxo: 21 – 35 dias 
o Oligomenorréia > 35 dias (comum na SOP) 
o Polimenorréia < 21 dias (comum na miomatose uterina) 
o Metrorragia: sangramento em intervalo irregular 
o Menometrorragia: sangramento prolongado em intervalos regulares 
o Spotting: sangramento de pequeno volume em ciclo regular (sangramento de 
escape) – nem sempre é sintoma de alguma patologia 
Natalia Bueno - TXXI 
• Dias de fluxo: 2 – 7 dias 
• Quantidade de fluxo: 25 – 70 mL (como que tá o seu sangramento? Quanto você usa de 
absorvente?) 
o Menorragia > 7 dias – em meninas que iniciaram a menacme (pensar associação a 
trombofilia), para mulher madura de 35 a 40 anos (pensar em pólipos, mioma – 
crescimento do miométrio a mais do que deveria e espessamento endometrial → 
associado a câncer, principalmente, em mulheres pós-menopausa, obesa, hipertensa 
e diabética) 
 
• TPM 
o Síndrome disfólica → sinal patológico – passa a se pensar quando afeta a qualidade 
de vida da paciente 
o Dismenorréia 
o Edema 
o Labilidade emocional 
o Mastalgia 
o Cefaléia 
 
Natalia Bueno - TXXI 
➢ Contracepção 
• Adaptação da paciente 
• Necessidade e condições socioeconômicas 
• Critérios de elegibilidade 
• HPP (Histórico Patológico Pregresso) 
• HSOC (Histórico social) 
OBS. 1: 
1) Cólica uterina fora do período menstrual, geralmente não ocorre. 
2) Endometriose é parte do endométrio fora da cavidade endometrial. A dor acontece no período 
menstrual e é progressiva ao longo dos meses (tira a qualidade de vida da paciente) / endometrioma – 
é a endometriose no ovário. 
3) Dor pélvica crônica, geralmente é associada ao intestino. 
4) Principal causa de dor crônica ginecológica (exclusivamente no trato genital femino) é a endometriose. 
5) 2 primeiros anos da menacme, a mulher vai ter ciclo menstrual irregular e vai sentir muita cólica (evitar 
uso de anticoncepcional para que o SNC mature sozinho). 
6) Atraso menstrual – besta-hCG, prolactina, TSH, T3/T4 
➢ Fluxos genitais (pH ácido – em torno de 4,5) 
• Leucorréia (fisiológica e patológica – Tem cheiro ruim? Coça?) 
• Cor 
• Odor 
o Secreção de odor fétido em crianças – corpo estranho, higiene (limpar de frente para 
trás e tomar cuidado pra não ficar papel), parasitose (oxiúros), abuso sexual 
o Secreção de odor fétido em menopausadas – Streptococcus do grupo B 
• Prurido 
o Infância → (uso de fralda), dermatite 
o Menacme → candidíase (evitar calça, quando em casa ficar sem calcinha, usar 
calcinha de algodão, usar mais vestidos e saia, evitar excesso de açúcar e lactose) 
o Menopausa → falta de hormônios (hipoestrogenia – atrofia genital), líquen e CA de 
vulva 
OBS. 2: 
1) Candidíase (fungo) – NÃO É IST: prurido vulvar e/ou vaginal, disúria, leucorréia esbranquiçada 
(queijo coalhado) – diminuição da imunidade 
2) Tricomoníase (protozoário): sensação que a vagina tá inchaçada, prurido vulvar, leucorréia 
esverdeada, fétida, secreção bolhosa. 
3) Gardnerella (bactéria) – É TRANSMISSÍVEL (só trata quando é sintomática: leucorréia 
esbranquiçada/amarelada, fétida a peixe podre (putrecina, cadaverina), fede após o coito. 
Tricomoníase e Gardnerella são tratados com o mesmo antibiótico. 
➢ Vida sexual 
• Libido 
• Orgasmo 
• Dispaurenia 
o Classificar em superficial (quando dói no início da penetração): vagina ressecada, 
lesão no introito ou em profunda (quando dói na penetração total): intestino preso, 
DIP – Clamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. 
o Posição 
Natalia Bueno - TXXI 
o Vaginismo 
• Sinusorragia: sangramento pós-coito não doloroso (geralmente esse sangramento vem do 
colo do útero e não dói porque ele não possui inervação) – pólipo, varizes no colo do útero, 
infecção. 
➢ Sintomas climatéricos 
• Fogachos (caudal-cranial, ascendente – tronco para cima), diminui a qualidade de vida dela, 
rubor, suor, suor intenso, várias vezes ao dia 
• Atrofia genital (arde, coça, diminui a qualidade da relação sexual) 
• Insônia 
• Mudanças de humor (irritabilidade) 
• Memória 
• Queda de cabelo 
• Riscos cardiovasculares 
• Enrrugamento da pele → diminuição do colágeno 
• Osteoporose 
• Infecções urinárias 
• Incontinência urinária 
OBS.3: Menopausa – mulher sem apresentação de fluxo menstrual a mais de 12 meses. 
 
➢ Queixas mamárias 
• Nódulos – fibroadenoma (benignidade) 
• Mastalgia – 47% das mulheres 
o Cíclica – associada ao ciclo menstrual 2/3 
o Cistos ou acíclica 1/3 – recomendação de dieta e atividade física 
Natalia Bueno - TXXI 
o Mama grande ou extramamária – dor óssea, dor muscular) 
• Derrame papilar: mama que sai secreção (cor, se é bilateral ou unilateral, multiductal ou 
uniductal) 
o Espontâneo ou a expressão 
o Sanguinolento, esverdeado, água-de-rocha 
OBS. 4: 
1) Secreção esbranquiçada, bilateral e multiductal – hiperprolactemia. 
2) Secreção purulenta, amarelada, esverdeada – não é sinal de CA (pré-menopausada) 
3) Secreção espontânea unilateral, uniductal, sanguinolenta ou àgua-de-rocha – CA 
• Mastite 
o Puerperal: obstrução dos ductos, pedir para amamentar, dar antibiótico se tiver 
Streptococcus e se tiver com abscesso tem que drenar ele 
o Não puerperal – tabagista (ductos sofrem metaplasia) 
AUTO EXAME DA MAMA: estimular a paciente a se conhecer e perceber alguma alteração para poder 
procurar atendimento quando algo não está normal. Não serve para a mulher se dar o diagnóstico de CA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natalia Bueno - TXXI 
 
 
 
É necessário aprender a colher a história, entender aquele sinal e sintoma, conseguir contemplar e agregar 
dado a história para que haja o levantamento da hipótese diagnóstica, em conjunto com o exame físico para 
tomar a conduta mais adequada/coerente. 
❖ INTRODUÇÃO 
➢ Capítulo especial na semiologia 
• Sexualidade 
• Intimidade 
➢ Postura diferenciada 
• O alicerce de uma boa comunicação baseia-se em: empatia, escuta atenciosa, 
conhecimento especializado e bom relacionamento médico-paciente 
• Cuidadosa, sem pré-julgamentos 
• Á vontade 
• Expor dúvidas e receios 
O ginecologista é o “clínico da mulher” – é a única especialidade que a mulher vai o ano todo em busca de 
fazer exames de rotina – “check-up”, assim faz-se o rastreio de outras patologias que vai além da visão de 
ginecologista 
➢ Referência de médico 
➢ Avaliar globalmente – visão holística – medicina preventiva 
• Alterações em outros sistemas 
• Comorbidades: quais doenças e medicamentos estão associadas/relacionadas com o 
sintoma que a paciente leva para a consulta. 
➢ Ginecologia não lida com doenças 
➢ Prevenção de patologias (prevenção de câncer de mama, câncer de colo de útero) – é mais fácil 
e menos oneroso investir na prevenção do que no tratamento. 
➢ Orientação de saúde 
➢ Priorizar: consulta de rotina 
 ANAMNESE 
• Relacionamento médico-paciente é extremamente importante! 
• Naturalidade 
• Respeito a intimidade 
• Cordialidade 
• Confiança é fundamental 
OBS.: O acadêmico deve evitar demonstrar insegurança, medo. Você tem que passar segurança, mostrar que 
sabe o que está fazendo, que sabe a maneira de coordenar a entrevista, assim tanto a paciente como o 
acadêmico vão se sentir mais a vontade durantea consulta. 
• “Olhar clínico” – algumas coisas são importantes e precisam ser tiradas daquela história 
com a paciente 
Natalia Bueno - TXXI 
▪ História patológica pregressa (quais são as doenças que essa mulher já tem? 
Quais cirurgias ela já fez? Por quê? Toma alguma medicação todos os dias? Pra 
quê que ela usa aquela medicação? Qual é a dose? Ela tem alergia há algum 
remédio? e histórico familiar (tem história de CA de mama? CA de ovário? CA 
de intestino? Problemas cardiovasculares?) → exames mais úteis (cuidado ao 
pedir todo tipo de exame que muitas vezes você não vai saber interpretar o 
resultado e nem explicar para a sua paciente) 
LEMBRETE: Uma boa anamnese e um bom exame físico, o médico consegue muitas vezes fechar a hipótese 
diagnóstica, os exames de imagem/laboratoriais eles vão vim para colaborar, agregar, para pensar em um 
diagnóstico diferencial ou para definir um tratamento, não necessariamente para fechar a hipótese diagnóstica. 
Um exemplo clássico é a SOP (Síndrome dos ovários policísticos) é fechada com 2 dos 3 critérios: sinais 
clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo, presença de cistos nos ovários de 9 a 12 mm, oligomenorréia 
e/ou amenorréia. 
▪ Assistência médica menos onerosa (pedir exames necessários que contemplem 
aquele momento da paciente) 
• Processo clássico de entrevista de saúde 
• Paciente vista como um todo 
• Não é portadora de doença, ela é uma pessoa que a gente vai cuidar, precisamos 
promover saúde de bem-estar físico, psíquico, emocional 
 ESTRUTURA DA ANAMNESE 
✓ Identificação 
✓ Queixa principal 
✓ História da doença atual (texto escrito e coerente) 
✓ Revisão de sistemas – RS 
✓ Histórico patológico pregressa – HPP 
✓ Histórico gineco-obstétrico – HGO 
✓ Histórico familiar – HFAM 
✓ Histórico social – HSOC 
I. IDENTIFICAÇÃO (geralmente, já vem pronta) 
• Nome: identidade da paciente 
• Idade: é importante, pois tem algumas doenças que estão associadas de acordo com a idade. 
Ex.: Paciente jovem, 14 anos, teve a menarca há 6 meses. Chega ao consultório junto com a mãe referindo 
que a menstruação está atrasada há 60 dias. Qual é a hipótese diagnóstica? 
R: principal hipótese diagnóstica → Anovulação crônica devido a imaturidade do eixo HHO, comum nas 
meninas nos 2 primeiros anos da menacme. 
Mulher adulta, 30 anos, na menacme, solteira com vida sexual ativa, não utiliza nenhum método contraceptivo, 
nem preservativo nas relações sexuais, refere atraso menstrual de 25 dias. Qual é a hipótese diagnóstica? 
R: principal hipótese diagnóstica → Gestação. 
Mulher, 51 anos, veio ao consultório com atraso menstrual de 55 dias e refere que a vagina está um pouco 
ressecada. Qual é a hipótese diagnóstica? 
R: principal hipótese diagnóstica → Está no período de pré-menopausa (entrando em falência ovariana). 
Natalia Bueno - TXXI 
• Estado civil: mulher solteira com vida sexual ativa é mais propensa a ter IST caso ela não 
utilize preservativo. 
• Nome da mãe: identidade da paciente 
• Escolaridade: você saber o nível social e econômico da sua paciente faz com que até a maneira 
que você fale com ela/ as palavras que usa, explique as coisas e a forma de escrever a prescrição 
sejam diferentes para o bom entendimento da paciente. 
• Naturalidade: existem patologias que estão associadas a localização. 
• Procedência: existem patologias que estão associadas a localização. 
• Profissão: profissão pode estar associada ao sinal/sintoma que a paciente apresente. 
• Endereço 
II. QUEIXA PRINCIPAL 
• É aquilo que a paciente diz! 
• Vai escrever no prontuário da forma que a paciente fala. 
Ex.: calores da menopausa; quero um anticoncepcional; tô com corrimento fedido; vim fazer a rotina. 
III. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
• Precisa ter uma coerência (começo, meio e fim) 
• É preciso extrair informações necessárias da vida da paciente 
• Durante a fase de entrevista, estabeleça a relação temporal da queixa principal com a duração 
total da doença. Perguntas como "Então, até o momento desta doença, você se sentia 
perfeitamente bem?" podem desvendar outros sintomas capazes de anteceder a queixa principal 
em dias, meses ou anos. 
• Encoraje-a a falar livre e espontaneamente sobre a doença a partir da data de início estabelecida. 
Não interrompa o relato da paciente, exceto por sugestões menores, tais como "Quando 
começou?" e "Como começou?", que ajudarão no desenvolvimento de uma ordem cronológica 
na anamnese. 
Ex.: Paciente refere leucorréia de odor fétido, amarelado com início a 10 dias. Apresenta associado dispareunia 
profunda, nega sinusorragia ... 
IV. REVISÃO DOS SISTEMAS 
• Enxaqueca: anticoncepcionais com estrogênio costumam agravar a enxaqueca com aura. 
• Apetite: é importante quando o médico suspeita de CA. 
• Sono: se tá dormindo bem, se tem um sono reparador ou se tem insônia. 
• Alterações urinárias: pesquisar sobre perda da urina, saber se a incontinência urinária é de 
esforço ou de urgência, existe diferença de causa e tratamento (geralmente já vem na queixa 
principal) 
• Hábito intestinal: procurar saber se a paciente evacua todo dia, características das fezes. 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL → DOR PÉLVICA CRÔNICA 
V. HPP 
• Doenças da infância: rubéola, caxumba, catapora, sarampo 
• Diabetes mellitus, tireoideopatias, trombose, hipertensão arterial crônica, alguma doença da 
parte da nefrologia, reumatológica, cardiológica → é importante saber o que a paciente tem, o 
que ela usa (posologia, dose, quantas vezes ao dia) 
• Obesidade: é uma patologia e é preciso entendê-la como um todo, está associada a outras 
doenças. 
Natalia Bueno - TXXI 
• Cirurgias prévias: já fez alguma cirurgia? Tirou vesícula? Tirou um siso? Fez cirurgia de 
adenoide? De amigdalas? – procurar saber se foi tudo bem no procedimento cirúrgico e nos 
pós-operatório → para o médico se preparar no pré-operatório para possíveis complicações. 
• Medicações em uso – vitaminas, medicações de patologias que a paciente já tem, incluir 
anticoncepcional hormonal. 
VI. HGOBST 
• GPA (G → GESTAÇÃO, P → PARTO (n → normal/vaginal, c → cesárea), A → ABORTO – 
definido como a gravidez que foi interrompida até 22 semanas ou feto até 500g ou até 28 cm 
(quando gravidez ectópica, tem que colocar), em caso de dúvida em relação ao aborto, 
perguntar para a paciente se quando ela expeliu o feto se teve que enterrar ou ficou no hospital, 
se precisar enterrar era um feto com mais de 22 semanas. 
Ex.: Mulher, 35 anos, está gestante e trouxe ultrassom. Ela é G4P1n1c1A1. 
Mulher, 53 anos. Ela é G7P5nA2. Teve gêmeos em uma das gestações (anota em baixo do parto “gemelar”) 
• MENARCA: idade da primeira menstruação da mulher, ela não vai saber o dia exato a não ser 
que seja uma data comemorativa. 
• SEXARCA: idade da primeira relação sexual. Pode-se perguntar o nº de parceiros, investigar 
IST. 
Lembrando que a primeira consulta é fundamental para criar uma cordialidade, confiança e empatia para 
depois perguntar certos tipos de coisas, a não ser que ela esteja vindo por suspeita de IST. 
• DUM: data da última menstruação (quando for adolescente, ensina a baixar o aplicativo para 
acompanhar a menstruação). 
• MENOPAUSA: idade que entrou na menopausa. 
• MAC (método contracepção) – NOME: se for comprido ou injeção para saber qual é o princípio 
hormonal que ela tá usando. 
• CCO – colpo citologia oncótica (se a paciente trouxe o exame, informar a data – se não trouxe, 
coloca o ano da última CCO) 
• MMG – mamografia (se a paciente trouxe o exame, informar a data – se não trouxe, coloca o 
ano da última MMG) 
• CICLO MENSTRUAL: se o ciclo é regular, quantos dias tem, dura quantos dias o fluxo, qual 
é a quantidade de absorvente que usa. 
Lembrando que normal depende da individualidade da mulher, a particularidade de cada uma. 
VII. HFAM 
• Câncer 
✓ Mama, ovário, cólon (associação genética): é bom começar a investigar com 10 anos 
de antecedência o CA na paciente, se casona família. 
✓ Idade de aparecimento do CA, como que foi a evolução, se fez quimio, rádio, se teve 
uma boa resposta, se evoluiu para óbito. 
• HAC, DM, AVE, Trombose, histórico de demência (parentes de 1º grau). 
• Cardiopatia se é adquirida ou congênita, importante investigar caso seja congênita. 
VIII. HSOC 
• Tabagismo: tipo de cigarro (narguilé, paiero, cigarro industrial), quantas vezes fuma, outros 
tipos de drogas 
• Etilismo: o que consome, quantas vezes consome 
Natalia Bueno - TXXI 
• Atividade física 
• Habitação, higiene, alimentação 
 EXAME FÍSICO 
• Mamas: simétricas, ausência de abaulamentos, retrações, nódulos palpáveis e 
linfonodomegalia. Descarga papilar negativa. 
• Vulvoscopia: implantação ginecóide dos pelos, ausência de lesão macroscópica, ausência de 
distopia genital. 
• Especular: colo trófico, OE puntiforme, vagina com rugosidades tróficas e úmida. 
• TV: útero em AVF, de tamanho, mobilidade e consistência normais. Ausência de dor a 
mobilização do colo do útero e anexos palpáveis. 
 EXAMES COMPLEMENTARES 
 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA – HD 
 CONDUTA – CD 
 Deixar a paciente expor dúvidas: alguma dúvida? Alguma coisa importante que não 
perguntei? Quer perguntar algo? 
• Linguagem acessível 
• Orientação: exames, medicações 
• Programação do seguimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natalia Bueno - TXXI 
 
 
 
 
Um exame físico ginecológico minucioso é realizado no momento da visita inicial, em um intervalo anual e 
sempre que necessário ao longo do curso do tratamento. 
❖ Exame físico geral: ectoscopia, avaliação da distribuição de pelos, avaliação da pele, avaliar a ausculta 
cardíaca, pulmonar, aferir pressão arterial compulsiva. 
❖ Exame ginecológico 
• Alguns aspectos do exame - tais como avaliação dos sinais vitais e medição da altura, peso, 
pressão sanguínea e cálculo do índice de massa corporal - devem ser realizados de modo 
rotineiro durante a maioria das consultas ambulatoriais. Tipicamente, o exame das mamas e 
abdome e um exame completo da pelve são considerados partes essenciais do exame 
ginecológico. 
• Deve ser realizado de maneira criteriosa e respeitosa 
• Ambiente adequado (ambiente seguro, evitar que seja um ambiente que passe pessoas, durante 
a anamnese gerar uma confiança na paciente) 
• Parcialmente desnuda (não deve descobrir a paciente como um todo para fazer esse exame, vai 
fazer o exame das mamas, só deve deixar descoberto a região das mamas. 
➢ Exame físico do abdome: muitas das questões ginecológicas são diagnosticadas e avaliadas 
pelo exame físico abdominal. 
▪ Com a paciente na posição supina, deve ser feita uma tentativa para relaxá-la o 
máximo possível. É importante que a cabeça da paciente seja recostada e 
apoiada gentilmente por um travesseiro para e1a não tencionar seus músculos 
abdominais. Flexão dos joelhos pode facilitar o re1axamento. 
▪ O abdome deve ser inspecionado à procura de massa intra-abdominal, 
visceromegalias ou distensão que possam, por exemplo, sugerir ascite ou 
obstrução intestinal. 
▪ Ausculta dos ruídos intestinais, se considerado necessária para assegurar sua 
natureza, deve preceder a palpação. A frequência dos ruídos intestinais e sua 
qualidade devem ser notadas. Em paciente com obstrução intestinal, peristalse 
de luta e um ruído "metálico" podem ser ouvidos. 
▪ O abdome é palpado para avaliar o tamanho e a configuração do figado, baço e 
de outros órgãos abdominais. Evidência de preenchimento ou efeito de massa 
deve ser notada. Isso é particularmente importante na avaliação de pacientes que 
possam ter uma massa pélvica e na determinação da extensão do envolvimento 
do omento, com o câncer ovariano metastático, por exemplo. Um 
preenchimento no andar superior do abdome pode corresponder a um 
conglomerado de omento. 
Natalia Bueno - TXXI 
 
➢ Exame físico da genitália 
• Posição ginecológica/litotomia: os pés da paciente devem repousar de maneira 
confortável em estribos e com a borda dos glúteos na extremidade inferior da mesa. 
• Antes de cada passo do exame, é essencial que a paciente seja informada sobre o que 
ela sentirá “Primeiro, você sentirá eu tocar a parte interna das coxas; depois, tocarei a 
área ao redor da entrada da vagina” 
 
1. Inspeção (de cima para baixo) 
• Vulva: pelos, fenda vulvar, secreções, úlceras, distrofias, neoplasias e malformações. 
o Se existe uma história de edema dos lábios, palpe à procura de glândulas de 
Bartholin com o polegar na parte posterior dos grandes lábios e o indicador no 
orifício vaginal. Além disso, cistos sebáceos, se presentes, podem ser sentidos 
nos pequenos lábios. 
• Períneo: integridade ou ruptura (I, II ou III grau), cicatrizes. 
• Ânus: hemorroidas, plicomas, fissuras, prolapso e malformações. 
• Clitóris, óstio uretral, hímen, introito vaginal. 
• Manobra de Valsalva: avaliar distopias. 
Natalia Bueno - TXXI 
 
 
 
 
Natalia Bueno - TXXI 
 
 Sinéquia de pequenos lábios | Hematoma volumoso nos pequenos lábios | Prolapso uterino 
 
 
Aumento do lábio à direita e foi feita a cirurgia de linfoplastia 
 
 
É importante a observação de verrugas, vesículas, bolhas, pois são importantes para a construção do diagnóstico 
2. Especular (colpocitologia) 
Materiais necessários 
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• Espéculo 
• Espátula de Ayres: colhe material da ectocérvice (parte chanfrada) e material do fundo vaginal 
(parte arredondada) 
• Escova cervical: colhe material da endocérvice 
• Lâmina 
• Tubete 
• Fixador citológico 
• Luvas de procedimentos 
• Lubrificante 
 
 
 
Técnica 
• Deixar os materiais ao seu alcance para facilitar a coleta; 
• Introduzir o espéculo e posição vertical e ligeiramente inclinado, fazendo rotação de 90º, 
deixando-o em posição transversa, com a fenda de abertura na posição horizontal; 
• Abrir delicadamente e lentamente para evitar desconforto; 
• Inspecionar as paredes vaginais; 
• Se houver grande quantidade de muco ou secreção, retire o excesso com uma gaze montada 
em uma pinça Cheron, sem esfregar; 
 
Natalia Bueno - TXXI 
• Em caso de dificuldade para visualizar o colo, solicite que a paciente tussa e tente manobras 
delicadas com o espéculo; 
• Inicie a coleta do material sob visualização direta do OE do colo uterino. 
 
• Iniciar a coleta pela ectocérvice e posteriormente a endocérvice; 
• Introduzir a ponta mais longa da espátula de Ayres no orifício externo do colo, apoiando-a 
firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 
360º, em torno de todo o orifício; 
• Introduzir a escova cervical para coleta endocervical, fazendo um giro de 360º; 
 
• Colocar o material coletado na lâmina (já identificada); 
• Material ectocervical dispondo-o no sentido horizontal, ocupado ½ da parte transparente da 
lâmina, em movimentos de sentido único, da direita para a esquerda, esfregando a espátula 
com suave pressão, garantindo uma amostra uniforme; 
• Ocupando a ½ restante da parte transparente da lâmina, estenda o material endocervical, 
rolando a escova de cima para baixo, preferencialmente. 
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• Fixar imediatamente o aterial na lâmina com álcool à 95% ou spray de propinilglicol ou 
solução de polietilenoglicol (15 a 30 cm de distância) – quantidade razoável para fixar o 
material; 
• Armazená-la no tubete (também identificado); 
• Fechar o espéculo e retirá-lo. 
 
 
3. Toque vaginal (unidigital/bidigital/combinado) 
• Volume do útero 
• Alterações na topografia do útero 
• Abaulamentos 
• Avaliação (posição, arquitetura, tamanho, forma, simetria, tumor, consistência, 
sensibilidade, mobilidade) todo o introito vaginal, colo uterino e útero 
• No toque bidigital consegue avaliar os ovários e anexos (uma tuba normal não é palpável) 
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4. Toque retal (não é feito em toda consulta ginecológica, só quando bem indicado) 
• Avaliaçãodos paramétrios (Cor da região - note que a pele perianal é mais pigmentada que 
a pele circunvizinha aos glúteos e, com frequência, apresenta pregas radiadas; lesões) 
 
Natalia Bueno - TXXI 
➢ Exame físico das mamas 
• Limites da mama 
o Linha média; 
o Linha axilar anterior; 
o 3º costela; 
o Sulco inframamário; 
o Peitoral maior (limite posterior). 
 
 
1. Inspeção 
• Estática (observar com os braços caídos/relaxados, posição sentada e o examinador se 
posiciona a frente) 
o Pele (alteração da pele, coloração); 
o Aréola/Pigmentação da aréola (formato da aréola); 
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o Volume/Contorno/Simetria; 
o Aspecto da papila; 
 
o Abaulamentos/retrações (comparar uma mama com a outra); 
o Poros anormalmente dilatados; 
o Circulação venosa; 
o Sinais flogísticos (dor, calor, edema, rubor ou perda de função). 
 
OBS.: Nos quadros de politelia, o mamilo e a aréola se apresentam ao longo da linha mamária embriológica, 
que se estende da axila à virilha. 
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Polimastia é um termo usado para descrever a presença de duas ou mais mamas. É sinônimo de tecido mamário 
acessório ou supranumerário. 
 
• Dinâmica 
o 2 manobras: levantamento dos braços com aumento da tensão dos lig. Coper 
(observar com os braços levantados, mãos atrás da cabeça) e contração dos peitorais 
(observar com as mãos na cintura). 
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o Retrações (para dentro)/Abaulamentos (para fora); 
o Assimetrias; 
o Comprometimento muscular/mobilidade. 
2. Palpação 
• Palpação das axilas 
 
o Posição: de preferência sentada de frente, mão D examina lado E e vice-versa (sem 
tensionar o músculo peitoral e sem tensionar a região do braço, o examinador deve 
apoiar o braço); 
o Serve para observar se existe algum linfonodo de aspecto aumentado; 
o Localização: axila, fossa supraclavicular; 
o Número de linfonodos; 
o Maior diâmetro transverso do linfonodo; 
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o Consistência do linfonodo; 
o Fusão ou fixação às estruturas vizinhas do linfonodo. 
• Palpação das mamas 
 
o Posição: decúbito dorsal com as mãos atrás da cabeça e os braços bem abertos; 
o Palpar desde região subareolar, estendendo-se até as regiões paraesternais 
infraclaviculares e axilares (prolongamento axilar da mama). 
 
EXEMPLO: 
 
 
Nódulo na região superior medial da mama direita (posição de 
2 horas). 
Analisa-se em ambos os lados: localização, tamanho ou 
volume, coalescência, consistência, mobilidade, sensibilidade e 
alteração da pele. 
É interessante fazer um desenho das mamas no prontuário 
indicando a localização. 
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o Descarga mamilar ou descarga papilar (descreve-se o aspecto do líquido) 
▪ Espontânea (quando não há provocação da descarga com palpação ou 
apreensão da região do complexo aréola-papilar); 
▪ Provocada (expressão da região do complexo aréola-papilar).

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