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pedido de relaxamento-de-prisao-em-flagrante

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Faculdade Anhanguera de Anápolis
Aluna: Lanna Thaissa de Souza Amorim
Matéria ministrada pelo professor Eliezer Aguiar 
Direito Processual Penal
7º Período Matutino
AO JUIZO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANÁPOLIS
JOSÉ ALVES, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador do RG XXXX, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob o número XXXX, residente e domiciliado no endereço XXXXXX, vem por meio de sua advogada, conforme procuração em anexo (documento 01), requerer à Vossa Excelência o pedido de RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, visando declaração de nulidade do auto de prisão em flagrante com a correspondente expedição de alvará de soltura com o fundamento no art. 5º LXV, da Constituição Federal, artigo 306 e artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal, pelas seguintes razões fáticas e jurídicas:
DOS FATOS:
O requerente foi preso no dia 10 de março de 2011, sendo-lhe imputado o suposto fato jurídico tipificado no artigo 306, do Código de Trânsito Brasileiro. 
Ocorre que, no dia supracitado, José Alves foi abordado por policiais na estrada que tangencia sua propriedade. Ato continuo, a autoridade policial o solicitou que fizesse o teste de alcoolemia, o que foi prontamente atendido, momento em que se constatou concentração de álcool no por litro de ar expelido pelos pulmões.
O acusado foi conduzido até a delegacia, na qual foi lavrado o auto de prisão em flagrante, junto com a nota de culpa, sendo-lhe negado o direito de comunicar aos seus advogados, bem como, aos seus familiares, além de não haver a comunicação da prisão ao juízo competente, nem ao Órgão Ministerial.
Ressalte-se que até o presente momento o auto de prisão em flagrante não foi encaminhado ao Juiz competente.
DO DIREITO:
Dispõe art. 5º, LXV, da Constituição Federal:
“A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”.
Vejamos que o caso em tela trata-se notoriamente de uma prisão ilegal, haja vista, que o acusado foi encarcerado e teve seus direitos fundamentais exauridos. O artigo 5º, inciso LXIII, da Carta da República Federativa do Brasil, é clara, e dita que, ao preso será informado seus direitos, sendo-lhe assegurado a assistência de uma advogado e de seus familiares. 
É necessário salientar que, embora a prisão tenha sido acometida nos moldes do artigo 302 do Código de Processo Penal, vejamos que a ilegalidade do fato está tipificado no artigo 306 deste mesmo Códex. 
Demais disso, não se olvida, por óbvio, que a prisão em flagrante, neste caso, não observou as formalidades essenciais elencadas no artigo 306,§ 1  do Código de Processo Penal, ou seja, não foi remetida a lavratura e remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 horas.
No decorrer do processo criminal, se houver, será provada a inocência de José Alves.
Pede-se, contudo, o imediato relaxamento da prisão, nos termos do art.310, I, do Código de Processo Penal, uma vez.que consta caracterizado a ilegalidade desta.
DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, uma vez provada a ilegalidade do flagrante delito, determinar o relaxamento da prisão, colocando o requerente em liberdade.
Por fim, que seja ouvido o representante do Ministério Público, expedindo-se o competente alvará de soltura e, caso haja necessidade, que seja designada Audiência de Custódia.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Anápolis, 22 de setembro de 2020.
Lanna Amorim
OAB/GO XXXX

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