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tipos de prisão e flagrante

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Sumário: 1.0 Introdução 2.0 Espécies de Prisão 2.1 Prisão 
Pena 2.2 Prisão para fins de extradição 2.3 Prisão civil 2.4 Prisão 
Temporária 2.5 Prisão em Preventiva 2.6 Prisão em Flagrante 3.0 
Espécies de flagrantes 3.1 Flagrante obrigatório 3.2 Flagrante 
facultativo 3.3 Flagrante próprio 3.4 Flagrante impróprio 3.5 Flagrante 
presumido 3.6 Flagrante preparado 3.7 Flagrante forjado 3.8 
Flagrante prorrogado 
 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
 No Brasil o sistema carcerário é conhecido por suas várias 
deficiências tais como: a superlotação; rebeliões; 
precariedade; insalubridade; falta de higiene e outros males que 
atingem a população carcerária e tanto preocupa a sociedade, 
quanto as autoridades. Todavia a criação de tais estabelecimentos 
para o cumprimento de pena, tem como objetivo retirar da sociedade 
aqueles que cometeram delitos passiveis da pena privativa de 
liberdade, ao tempo que os recupera para serem reinseridos de volta 
à sociedade. 
 
A pena tem caráter retributivo, punir o agente delituoso do mal 
efetuado, como preventivo, ameaça punir todos que venham a 
cometer delitos, evitando que o indivíduo que praticou crime volte 
novamente a delinquir, além do papel de ressocializador. 
 
 Pena, é a resposta do Estado a uma conduta criminosa 
cometida por uma agente que age em desacordo às normas jurídicas 
vigente, é uma punição aplicada pelo estado. No Brasil há quatro 
modalidades distintas de penas de prisão: a penal, a administrativa, 
a disciplinar e a civil. 
 
Dentre as penas previstas no Direito Penal Brasileiro, 
a privativa de liberdade é mais a severa, pois restringe um dos 
maiores bens do homem, a liberdade. A prisão consiste no 
Alexandre
Realce
confinamento do individuo, o qual será mantido sob vigilância e 
tutelado pelo estado, mantendo a sociedade segura daquele que 
infringiu uma regra social e colocou em risco bens considerados 
relevantes. 
 
O objetivo da prisão é punir o infrator, retirando-o do seio da 
sociedade para que seja punido e ressocializado, para 
posteriormente ser reintroduzido na sociedade. A pena privativa de 
liberdade, possui caráter retributivo e preventivo, pois uma vez coíbe 
a prática de novos crimes e reforça a idéia de um Direito Penal eficaz, 
já que é de conhecimento público que a prática de determinado ato 
praticado em desacordo com a norma jurídica acarretará uma 
eventual sanção, uma pena. 
 
A palavra prisão tem origem latina e significa ato de prender, 
dentre as penas privativa de liberdade existem a prisão simples, a 
detenção e a reclusão. A prisão simples é a mais branda dentre as 
três espécies, destinando-se, somente às contravenções penais, não 
podendo ser cumprida, portanto, em regime fechado, tal espécie de 
pena privativa de liberdade pode ser cumprida somente em regime 
semiaberto e aberto. Tal fato se dá, por ser incompatível incluir um 
condenado por contravenção penal no mesmo ambiente em que haja 
indivíduos que cometeram crimes. 
 
 A detenção é aplicada aos crimes com um grau menor de 
gravidade em relação a reclusão, e seu cumprimento é efetuado em 
estabelecimentos de menor vigilância e cuidado, em regime aberto 
ou semiaberto. Já a reclusão é uma punição de delitos de maior 
gravidade e seu cumprimento é efetuado em estabelecimento de 
maior segurança. 
 
2.0 ESPECIES DE PRISÃO 
 
Alexandre
Realce
Quanto aos tipos de prisões existentes no Brasil podemos 
elencar as principais, quais são: prisão pena, prisão para fins de 
extradição, prisão civil, prisão temporária, prisão preventiva e prisão 
em flagrante. 
 
2.1 PRISÃO PENA 
 
A prisão é uma espécie de pena na qual o estado exerce o seu 
“jus puniendi”, já em sentido jurídico, consiste na privação do direito 
de liberdade de locomoção de uma determinada pessoa, pelo fato de 
ela ter violado uma norma penal. Todavia, o referido termo tem vários 
significados no ordenamento jurídico brasileiro, pois pode expressar 
a pena privativa de liberdade, o ato de captura ou a simples custódia 
da pessoa. 
 
A prisão pena consiste na sanção imposta pelo estado, 
restringindo a liberdade de locomoção de um individuo, em razão de 
infringir norma jurídica e com sentença condenatória. 
 
 
2.2 PRISÃO PARA FINS DE EXTRADIÇÃO 
 
A prisão para fins de extradição é regulamentada pela Lei 
12.878/2013, o qual preceitua em seu artigo 82, §1° e §2°: 
Art. 82 O Estado interessado na extradição poderá, em caso 
de urgência e antes da formalização do pedido de extradição, ou 
conjuntamente com este, requerer a prisão cautelar do extraditando 
por via diplomática ou, quando previsto em tratado, ao Ministério da 
Justiça, que, após exame da presença dos pressupostos formais de 
admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, representará ao 
Supremo Tribunal Federal. 
Alexandre
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Lei da Extradição 12.878 de 2013
Alexandre
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Alexandre
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§ 1o O pedido de prisão cautelar noticiará o crime cometido e 
deverá ser fundamentado, podendo ser apresentado por correio, fax, 
mensagem eletrônica ou qualquer outro meio que assegure a 
comunicação por escrito. 
§ 2o O pedido de prisão cautelar poderá ser apresentado ao 
Ministério da Justiça por meio da Organização Internacional de 
Polícia Criminal (Interpol), devidamente instruído com a 
documentação comprobatória da existência de ordem de prisão 
proferida por Estado estrangeiro. 
 Extradição ocorre quando o Estado entrega a outro país um 
indivíduo que cometeu crime que é punido segundo as leis daquele 
país, e a do país onde se encontra, a fim de que lá ele seja 
processado ou cumpra a pena por esse ilícito. Até que ocorra a 
entrega do individuo este ficará sob tutela do estado sob prisão, tal 
processo garante a prisão preventiva do réu até que ocorra a 
extradição assegurando a aplicação da lei. 
 
2.3 PRISÃO CIVIL 
 
A prisão civil é uma medida coercitiva, econômica e social com 
o fim de fazer cumprir as obrigações do devedor de alimentos. É 
prevista pelo art. 5º da Constituição Federal em seu inciso LXVII. A 
prisão civil se difere da prisão penal uma vez que esta não ocorre 
após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, e sim 
como medida coercitiva. 
 
No Brasil não é admita a prisão do depositário infiel ou por 
dívida, mas a prisão civil do devedor de alimentos é uma medida 
excepcional adotada. A reclusão para o devedor de alimentos tem 
como principal função não a de puni-lo, mas sim forçá-lo pagar o que 
deve, para garantir a sobrevivência do alimentando. A prática judicial 
criou a regra de que o alimentante só pode ser preso quando deixar 
de pagar três prestações, seja antes da citação, seja as que 
vencerem durante o processo, conforme Súmula 309 do STJ: 
Alexandre
Realce
SÚMULA 309 : O débito alimentar que autoriza a prisão civil 
do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à 
citação e as que vencerem no curso do processo. 
2.4 PRISÃO TEMPORÁRIA 
 
A prisão temporária, regulamentada pela Lei 7.960/89, é 
utilizada durante a fase de investigação, sua decretação geralmente 
efetua-se para assegurar o sucesso da diligência, ou quando o 
indiciado não possuir residência fixa ou não fornecer elementos 
suficientes para esclarecimento da identidade ou quando houver 
fundadas razões de autoria ou materialidade. O prazo da prisão 
temporária é de cinco dias podendo ser prorrogado por mais cinco 
dias. 
 
Conforme a Lei 7.8960/89 é cabível a prisão nas seguintes 
hipóteses: 
 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito 
policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer 
prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do 
indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° 
e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput,e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
https://jus.com.br/tudo/roubo
Alexandre
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crimes hediondos - 30 dias
Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 
2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, 
caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 
caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia 
ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com 
art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro 
de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro 
de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de 
junho de 1986). 
A prisão temporária será decretada pela autoridade judicial em 
face da representação da autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público. 
2.5 PRISÃO PREVENTIVA 
É uma medida cautelar ou medida excepcional de garantia do 
processo de conhecimento e de efetividade do processo de 
execução e ocorre como prevenção, no interesse da justiça, mesmo 
sem haver ainda uma condenação. A medida preventiva tem caráter 
de antecipar, de precaver. Tal medida é prevista no artigo 312 do 
Código de Processo Penal Brasileiro, o qual preceitua: 
Art. 312 A prisão preventiva poderá ser decretada como 
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência 
https://jus.com.br/tudo/estupro
https://jus.com.br/tudo/efetividade-do-processo
https://jus.com.br/tudo/processo
Alexandre
Riscado
Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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NÃO TEM TEMPO
Alexandre
Realce
da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de 
autoria. 
Na Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LXI, contempla 
a prisão preventiva. Tal mandamento constitucional encontra 
correspondente no art. 283 do Código Penal Brasileiro em sua 
redação atual, conferida pela Lei nº 12.403/2011 –, que prescreve 
que “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, 
em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, 
no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão 
temporária ou prisão preventiva”. 
Para a efetivação da medida é necessário o preenchimento 
dos pressupostos processuais simultâneos, os quais são “fumus 
commissi delict” e o “periculum libertati”. O “fumus commissi 
delict” refere-se aos indícios suficientes de autoria e materialidade do 
fato delituoso. Já o “periculum libertatis” refere-se aos elementos 
necessários ou requisitos alternativos os quais são: garantia da 
ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da 
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. 
2.6 PRISÃO EM FLAGRANTE 
A prisão em flagrante é uma espécie de prisão na qual há 
previsão nos artigos 301 ao 310 do Código de Processo Penal, nos 
quais é possível identificar as várias espécies de flagrantes. 
Flagrante vem da palavra latina “flagare” que significa arder, 
queimar. Isso significa que o ato está acontecendo, ou seja, a ação 
praticada ainda está em curso. Tal prisão tem natureza jurídica de 
um ato administrativo, pois independe de ordem judicial. Trata-se de 
um mecanismo de autodefesa da sociedade na iminência de sofrer 
um dano, e dessa forma permitindo que qualquer pessoa possa 
privar, temporariamente, aquele que está praticando ou acaba de 
praticar infração penal, da sua liberdade de locomoção, não sendo 
necessário mandado de prisão. 
Dentre as espécies de flagrantes, existem nove espécies, as 
quais são: flagrante obrigatório, flagrante facultativo, flagrante 
próprio, flagrante impróprio, flagrante ficto ou presumido, flagrante 
preparado, flagrante forjado, flagrante esperado, flagrante forjado e 
flagrante prorrogado. 
Alexandre
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TERMO CIRCUNSTANCIADO - ENCONTRO O INDIVÍDUO FUMANDO UM CIGARRO DE MACONHA
CRIME DE MAIOR RELEVÂNCIA - LAVRAR O FLAGRANTE - O DELEGADO AVALIA E SE FOR FIANÇA OU HOMOLOGA-SE O FLAGRANTE E TRANSFORME EM PRISÃO PREVENTIVA
Alexandre
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3.0 ESPECIES DE FLAGRANTES 
 
O flagrante é um termo, no direito penal, associado ao crime, 
consiste em uma ação está sendo concebida, acontecendo ou 
acabando de acontecer, no momento em que autoridades policiais 
ou qualquer do povo podem visualizá-la, e determinar a prisão sem 
necessidade de provas ou inquéritos do agente que a cometeu. O 
flagrante é dividido em etapas ou fases, as quais são: captura 
(momento do cerceamento da liberdade), condução coercitiva 
(consiste na condução do coator a autoridade policial), formalização 
(procedimentos previstos nos artigos ao 309 do CPP) e judicialização 
(prevista no artigo 310 do CPP). 
 
A prisão em flagrante é um ato de cerceamento da liberdade 
do agente que praticou um delito ou que está praticando ou acabou 
de praticá-lo, e sua natureza é processual. Dessa forma a prisão em 
flagrante é a medida cautelar de privação de liberdade daquele que 
praticou o delito, sendo desnecessária qualquer autorização judicial 
e não caracteriza antecipação de pena. 
 
3.1 FLAGRANTE OBRIGATÓRIO 
O flagrante obrigatório, compulsório ou coercitivo, ocorre 
quando certas pessoas possuem a obrigatoriedade de prender 
aquele que está em situação de flagrante delito, conforme preceitua 
o artigo 301 do Código de Processo Penal. Tais pessoas são agentes 
públicos das forças policiais civis, militares, federais, rodoviários 
dentre outras. Para os demais agentes públicos e qualquer do povo, 
não há obrigatoriedade, mas, sim, mera faculdade para efetuar a 
prisão. 
 
3.2 FLAGRANTE FACULTATIVO 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crime
Alexandre
Realce
Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
Realce
O flagrante tem previsão no artigo 301 do Código de Processo 
Penal e ocorre quando qualquer do povo, que não tem o dever legal 
de prender, efetua a prisão nas hipóteses previstas nas hipóteses do 
artigo 302, I, II, III e IV do CPP. 
 
3.3 FLAGRANTE PRÓPRIO 
 
O flagrante próprio ocorre nas hipóteses previstas no artigo 
302, I e II do CPP, as quais são: 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 I - está cometendo a infração penal; 
 II - acaba de cometê-la; 
Dessa maneira ocorre o flagrante próprio “caracteriza-se 
quando o agente está cometendo a infração penal ou acabou de 
cometê-la.” A expressão “acaba de cometê-la” e “está cometendo” 
deve ser interpretada de forma totalmente restritiva, contemplando a 
hipótese do indivíduo que, imediatamente após a consumação da 
infração, vale dizer, sem o decurso de qualquer interrupção temporal, 
é surpreendido e preso. 
 
3.4 FLAGRANTE IMPRÓPRIO 
 
O flagrante impróprio, também chamado de imperfeito, quase-
flagrante ou irreal. É a situação descrita no artigo 302 inciso III do 
Código de Processo Penal: 
 Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo 
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir 
ser autor da infração; 
Alexandre
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Alexandre
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Alexandre
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COM REVOLVER DENTRO DA LOJA
ESTRANGULA UMA PESSOA
SAI DA CENA DO CRIME COM SANGUE NA ROUPA
Alexandre
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Assim o flagrante impróprio ocorre quando o agente é 
perseguido pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer outra 
pessoa logo após a prática do fatodelituoso, em situação que faça 
presumir ser ele, o autor da infração. 
3.5 FLAGRANTE PRESUMIDO 
 A situação de flagrância presumida é a hipótese descrita no 
artigo 302, IV do CPP. Situação em que o agente é encontrado com 
os instrumentos, armas, objetos ou papeis, logo após o delito, que 
façam presumir ser ele o autor do delito. 
Portanto, são elementos dessa espécie de flagrante: encontrar 
o agente, logo depois, presunção de autoria, com instrumento, armas 
ou objetos do crime. 
 
3.6 FLAGRANTE PREPARADO 
Na espécie de flagrante preparado há um agente provocador 
que induz a pessoa a praticar o crime. O autor do fato delituoso é na 
verdade instigado para cometer o delito, e assim o agente provocador 
pode prendê-lo em flagrante, uma vez que é adotado as precauções 
necessárias para que o delito não venha a consumar-se. Dessa 
maneira há dois elementos importantes nessa espécie de flagrante: 
agente provocador e evidências para que o crime não se consume. 
Diante de tal situação, configura-se hipótese de crime 
impossível conforme artigo 17 do Código penal e Sumula 145 do 
Supremo Tribunal Federal. 
 
3.7 FLAGRANTE FORJADO 
 No flagrante forjado o agente cria uma situação falsa de 
flagrante para incriminar alguém. É fabricada uma situação para 
responsabilizar uma pessoa inocente, de um crime. É uma 
modalidade ilícita de flagrante, sendo infrator o agente que forjou a 
situação de flagrante, podendo ser caracterizado o delito de 
denunciação caluniosa e abuso de autoridade previstos na 
Lei 4.898/65 e artigo 339 do Código Penal. 
https://jus.com.br/tudo/abuso-de-autoridade
Alexandre
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Alexandre
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3.8 FLAGRANTE PRORROGADO 
O flagrante prorrogado ocorre por meio de autorização judicial, 
o agente policial no momento da sua intervenção, prorroga para um 
momento futuro o flagrante, para o colhimento de provas ou por 
conveniência da investigação. 
 Consiste, em retardar a intervenção policial, que deve ocorrer 
no momento mais propicio do ponto de vista da investigação criminal 
ou da colheita de provas. 
 
3.9 FLAGRANTE ESPERADO 
O flagrante prorrogado ocorre quando o agente que deseja 
efetuar o flagrante dirige-se ao local onde irá ocorrer o crime e 
aguardam a sua execução. Nesta situação não há a figura do agente 
provocador, sendo desta forma válido. Um exemplo é o caso de 
campanas efetuadas por policiais que após informações sobre um 
delito, esperam o início da sua execução no local, com o objetivo de 
prender o criminoso em flagrante. 
 
Alexandre
Realce
Alexandre
Realce
Alexandre
Realce

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