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Teste de diagnóstico

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Teste de diagnóstico 
 
INTRODUÇÃO 
 Apresentação de testes diagnósticos para doenças infecciosas ou parasitárias 
 Testes imunológicos e PCR 
 Existem testes que melhor se aplicam a uma determinada situação do que outras. 
o Vantagens (aplicações) x Desvantagens (limitações) 
o De acordo com o tipo de agente, patologia da doença e resposta 
imunológica do indivíduo acometido. 
o Não existe um exame melhor que o outro, mas sim um que se adeque mais 
a determinada situação. 
 
RELAÇÃO SENSIBILIDADE x ESPECIFICIDADE 
 Relacionado ao resultado do método (escolha do método de acordo com a 
finalidade) 
 Qual objetivo do método? 
Confirmar a presença de uma doença em um animal 
o Para dar um destino ao animal: 
 Tratamento 
 Melhor protocolo terapêutico ao animal a partir da confirmação da 
doença ou de determinado agente 
o Eutanásia? 
 Exemplo: Leishmaniose 
Confirmar a ausência de uma doença em um animal: 
 Finalidade (trabalhar com medicina preventiva): 
o Introdução de um animal em uma população 
o Acompanhamentos após tratamento 
o Emissão de guia de trânsito animal (GTA) 
 Exemplo: Para viajar com equinos os exames devem ser realizados 
aproximadamente a cada 6 meses; ou quando a há necessidade de 
levar animais de companhia para fora do país etc. 
Índice epidemiológico 
 Estimar prevalência (número de animais que tenham o determinado agente), 
manter a vigilância, de uma doença em uma população e fazer análise de fator 
de risco 
 Exemplo: Determinada doença acomete 2% da população com letalidade de 
50%; isto significa que a cada 2 que pegar 1 morre; se não fizer nada 
rapidamente, a consequência é morrer metade dos animais daquela população. 
Por isso é importante conhecer a prevalência para controlar os riscos. 
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE TESTES IMUNOLÓGICOS E/OU TESTES 
MOLECULARES 
 Informações importantes antes de escolher qual teste utilizarem 
o O que o método diagnóstico pesquisa e qual informação nos oferecer? 
o Conhecimento sobre a enfermidade: Características do agente, patogenia, 
sintomas. 
o Eventuais interferências que poderiam ocorrer 
 Exemplo: Animais novos podem ter interferências nos testes, devido ao 
colostro maternal; ou fase da doença etc. 
o Exame clínico, Histórico do animal, Epidemiologia, Presença ou Ausência de 
manifestações clínicas, resultados de outros exames auxiliares 
 Importante entender que estes testes não andam sozinhos, mas 
precisam de outros parâmetros para auxiliar no diagnóstico 
 Características dos métodos de diagnósticos (sensibilidade, especificidade) 
 Qual o melhor método a ser utilizado para cada enfermidade 
 
TESTES IMUNOLÓGICOS 
 O que o método de diagnóstico de pesquisa? 
 Reação antígeno-anticorpo (pode mostrar que a pessoa já teve a doença ou 
está) 
 Os testes imunológicos ou imunoensaios são técnicas para a detecção (presença 
ou ausência) e a quantificação de antígenos ou anticorpos. 
o Antígenos: substância química ou orgânica capaz de produzir Anticorpos 
 Agentes infecto-parasitários, drogas, hormônios, citocinas, receptores 
de células 
o Exemplo: Uma mulher grávida começa a produzir hormônio durante a 
gestação, e o teste imunológico consegue detectar este hormônio. 
 
 Qual informação pode nos oferecer? 
o Os testes podem dar positivo ou negativo (presença ou ausência) e podem 
demonstrar a quantidade de anticorpos ou antígenos presentes naquela 
amostra. 
o Resposta gerada a partir da reação imunológica entre antígeno e anticorpo. 
 Qualitativa: positivo ou falso 
 Quantitativo: demonstra a quantidade de antígeno ou anticorpo 
presente 
o Importante entender que o teste demonstra o resultado para a amostra do 
determinado momento colhido. Porém, o animal pode estar acometido pelo 
agente e ter o exame negativo naquele momento. (Levar em consideração 
os outros parâmetros já citados) 
 
 IMUNOCROMATOGRAFIA 
 Exame qualitativo 
 Funciona principalmente por capilaridade (a amostra circula pela fita por 
capilaridade) 
 Exemplo: Teste rápido de COVID 19 
 Aplica uma amostra (analyte) na área “A” 
o Sangue, urina... 
 Na fita vai haver ou anticorpo ou antígeno 
 A porção da amostra que for o oposto do que tiver na fita, vai se ligar ao 
elemento da fita. 
o Se na fita tiver anticorpo 
o O antígeno da amostra se liga ao anticorpo 
 Além da amostra, aplica-se o conjugado. Um líquido que faz com que essa ligação 
antígeno-anticorpo seja sinalizada com cor. Por isso muda a cor da fitinha a 
positivo. 
 Na fita vai haver a porção do teste de fato, que dá positivo ou negativo e a 
porção do controle. 
o Todo o teste tem a fitinha de controle, que é para saber apenas se está 
funcionando ou não. Deve ser algo que vai dar positivo em todas as 
amostras, como uma alpha- globulina que está presente no sangue de todos 
os humanos. Se emitir o sinal de luz, significa que o teste está funcionando 
corretamente. Independente de o teste ser positivo ou negativo 
 
 
 
 
 
ELISA 
 Mesmo princípio de identificar ligação antígeno-anticorpo por meio de sinal de luz 
 Existem diversos métodos de ELISA 
o Quantitativos e Qualitativos 
 Exemplo: 
 SNAP - Teste rápido muito utilizado na veterinária para identificação de diversas 
doenças 
o A amostra caminha no teste por capilaridade e gravidade 
 Placas quantitativas 
o Exemplo: leishmaniose 
 
IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA 
 Os mesmos princípios dos outros exames citados 
 Porém, através de uma lâmina com antígeno fixado. 
 Será identificado o anticorpo da amostra, por meio de um conjugado. 
 Precisa de uma qualificação e microscópio de imunofluorescência 
 Exemplo: Parasitas, toxoplasma, leishmaniose. 
 Qualitativo e quantitativo (por quantidade de fluorescência) 
 
HEMAGLUTINAÇÃO 
 Alguns agentes possuem afinidade por hemácias e a capacidade de provocar 
aglutinação 
 Como realizar o teste? 
o Pinga uma amostra do soro do animal 
o Pinga anticorpos contra o determinado agente 
o E coloca amostra de hemácias de outro animal 
o A ligação antígeno-anticorpo ocorre e faz com que as hemácias aglutinem 
o Se aglutinar, significa que havia antígeno naquela amostra de soro. 
 Pode ser utilizado para Titulação de anticorpos para testar vacina 
o Como realizar este teste? 
 Segue o mesmo princípio, porém em vários “pocinhos” diferentes da 
placa de teste realiza com uma diluição diferente. Isto faz com que a 
aglutinação vai diminuindo até não ter mais. 
 Mede-se o valor até o pocinho que aglutinou. E este valor será da 
titulação de anticorpos 
 
PCR 
 Um teste que pesquisa DNA e RNA do agente patológico 
 Qualitativo ou Quantitativo 
 A técnica de PRC permite que uma amostra específica de um paciente que 
contenha ácidos nucleicos, DNA ou RNA, de doenças infecciosas e parasitárias, 
seja amplificada milhares de vezes em curto espaço de tempo. 
 Mostra que o animal está com o agente naquele determinado momento 
 Pega um pedaço do genoma que é encontrado em todos os agentes daquela 
doença (exemplo, um genoma de todos os vírus do vírus corona). Uma vez que se 
tem esse pedaço, amplifica várias vezes, até que seja visível. 
 Então basicamente multiplica trechos específicos de ácido nucleicos, DNA ou RNA, 
resultando na presença ou ausência do agente na amostra analisada. 
 Para isto, é necessário um aparelho específico, capaz de mudar a temperatura 
várias vezes rapidamente. Pois cada etapa do processo necessita de uma 
temperatura diferente. 
 A detecção do produto de amplificação normalmente é feita em eletroforese em 
gel de agarose, que é corado com brometo de etídio, permitindo a visualização 
direta do DNA pesquisado. 
 Existe ainda a modalidade qPCR (real time); onde é possível observar o número de 
cópias se formando em tempo real, através de um computador. 
 
FALSOS POSITIVOS E FALSOS NEGATIVOS 
 Pesquisa de anticorpos: 
o Presença de anticorpos maternais 
 Adquiridos via colostro 
o Animal vacinado 
 Pode apresentar anticorpos, porém, foi estimuladopela vacina, não 
pela presença do agente em si. 
o Tempo pós-infecção x Produção de Ac 
 O sistema imunológico leva certo tempo para produzir anticorpos, a 
resposta não é imediata com a entrada do agente. 
 Chamado de período de incubação 
 Pode garantir um falso negativo (o teste mostrar que o animal não 
possui o anticorpo). 
o Resposta imunológica individual: Humoral x Celular 
 Pesquisa de antígenos (agente) – Sorologia/ Pesquisa de DNA ou RNA 
molecular: 
o Animal vacinado 
 Pode ter antígenos que estavam presentes na vacina 
o Fase da doença x presença do agente na amostra 
 Varia muito de acordo com a doença 
o Amostra adequada 
 Precisa compreender a doença, entender o ciclo do agente dentro do 
corpo do animal (entender onde ele vai estar e quando vai estar) 
 
IMPORTANTE: 
 O RESULTADO DO TESTE SEMPRE DEVE SER INTERPRETADO COM AS 
DEMAIS INFORMAÇÕES DO PACIENTE COMO HISTÓRICO, MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS, CONTACTANTES, ESPÉCIES, OUTROS RESULTADOS DIAGNÓSTICOS. 
 
Exemplos de erliquiose 
 
 
 
 Em um exame que se procura a presença de um agente, o teste dará positivo 
para vários outros elementos semelhantes a ele. Garantindo falsos positivos. 
 Porém, os resultados negativos são muito confiáveis. 
 Exemplo: 
o Neste exame procura-se o agente “estrela” em animais infectados e 
animais saudáveis 
 Nota-se que o resultado foi positivo mesmo para aqueles que não 
apresentam o agente. Mas apresentavam um agente semelhante. 
 Exatamente assim que funciona um teste com baixa especificidade e 
alta sensibilidade. 
 Em qual momento estes testes são úteis? 
o Utilizado emergências clinicas para avaliação rápida de doenças 
potencialmente graves 
o Método de triagem 
o Populações em que a doença possui alta prevalência 
 
 Neste método, ocorrem falsos negativos; pois ele não reconhece o agente que 
esteja um pouco diferente. 
 Porém, o resulto positivo é muito confiável. 
 Exemplo: 
o Neste exame procura-se o agente “estrela” em animais infectados e 
animais saudáveis 
 Nota-se que mesmo para aquele agente que realmente causa a 
doença, porém é um pouco diferente, o teste deu negativo. 
 Quando utilizar este tipo de teste? 
o Utilizado como teste confirmatório, quando o animal é positivo no teste de 
triagem: Apenas animais positivos nos dois testes são considerados 
infectados; 
o Muito utilizado em programas de erradicação, quando se pratica a 
eutanásia de animais (necessário ter certeza de resultados positivos); 
o Em situações de baixa prevalência.