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RESUMO DE METODOLOGIA DE PESQUISA (Teórico 1) A Organização da Vida de Estudo na Universidade A disciplina “Metodologia da Pesquisa Científica” estuda o caminho que se percorre ao se exercer ciência, ou seja, nasce a serviço da pesquisa científica, consistindo no estudo das práticas do saber e das práticas do exercício do saber, importantes para o aperfeiçoamento dos conhecimentos humanos. A metodologia fornece o instrumental necessário para que se possa construir ciência e para que se possa pensar a respeito das práticas científicas, isto é, é o estudo do instrumental da pesquisa científica. Estudar significa sair da passividade, da reprodução de conteúdos e tornar-se um sujeito ativo no processo de construção do conhecimento. O estudante deve torna-se reflexivo e crítico perante o mundo, mas para que isso ocorra, é fundamental que o hábito da leitura seja adquirido, leitura deve ser compreendida como um “diálogo” entre o leitor e o autor do texto. Nesse processo, o estudante absorve os conhecimentos transmitidos pelo autor do texto, reflete sobre esses conhecimentos e avalia de forma crítica. Para que a leitura transforme-se num hábito, é necessário que o estudante consiga organizar seu tempo com muita disciplina. Nessa organização, é importante reservar todo dia alguns minutos para o estudo, podendo ampliar a quantidade de tempo nos finais de semana. • Revisão das matérias; • Leitura de textos básicos e complementares indicados pelos professores; • Anotação das dúvidas relacionadas as aulas e aos textos indicados pelos professores; • Pesquisa em bibliotecas, arquivos particulares e públicos, internet, entre outros; • Realização de trabalhos individuais e em grupo. A leitura na medida em que amplia e aperfeiçoa os conhecimentos, enriquece o vocabulário, aponta novos horizontes, disciplina a mente e, consequentemente, auxilia na vida de estudos na universidade. Mas, é muito importante que o estudante saiba selecionar o que ler e saiba ler. Durante a leitura, o estudante deve prestar atenção e sublinhar / destacar as idéias mestras (idéias principais) e palavras-chave dos textos. “Cada texto, cada seção, cada capítulo e, mesmo, cada parágrafo têm uma idéia principal, uma palavra-chave, um conceito fundamental. A SÍNTESE DAS IDÉIAS MESTRAS (PRINCIPAIS) PERMITE AO ESTUDANTE TIRAR O MÁXIMO DE PROVEITO DA LEITURA. É importante para uma boa leitura, que o estudante, depois de localizar as idéias mestras (principais) reformule-as (reescreva-as), pois assim ele perceberá se compreendeu o conteúdo do texto. O bom leitor é o que produz bons resumos, consegue refletir sobre o conteúdo estudado e transmiti-lo. É lendo e escrevendo, falando e refletindo que se aprende a escrever, ler, falar e refletir. Na vida acadêmica essa prática é fundamental para formar a consciência crítica. Para uma leitura eficiente na universidade, que facilite a vida de estudos, o estudante necessita também, ampliar seu repertório cultural. Ampliar o repertório cultural significa permitir-se novas “aventuras”, tais como: • Participar de cursos diversos; • Visitar museus; • Participar de congressos, seminários e colóquios; • Conversar com profissionais de áreas diferentes de sua formação ou atuação profissional; • Assistir peças de teatro e concertos; • Realizar a leitura de revistas e jornais científicos / acadêmicos. Existem diferentes formas de realizar a leitura e análise de um texto acadêmico. Podemos apontar, de forma sucinta, três tipos principais de análise: A análise textual visa a preparação da leitura. Objetiva conhecer de forma global o texto, isto é, identificar os principais conceitos, o estilo, o vocabulário, o autor, o raciocínio do autor, a época, entre outras informações relevantes. A análise temática busca a apreensão do conteúdo ou tema, da mensagem global do texto. Localiza os assuntos principais e secundários do texto, os tipos de argumentos, os problemas, a tese do autor. A análise interpretativa Analisa de forma crítica as idéias do autor, o conteúdo do texto, num diálogo reflexivo constante entre leitor e autor. Pressupõe um bom repertório cultural. O estudante que exercita com paciência e seriedade a leitura analítica de textos acadêmicos compreende o significado global do texto, treina a compreensão e interpretação crítica, desenvolve o raciocínio lógico e adquire instrumentos para a elaboração de trabalhos acadêmicos, tais como: seminários, resumos, resenhas, relatórios, entre outros. Após a leitura analítica de um texto, o estudante torna-se capaz de sintetizar as principais idéias do autor e reelaborar a mensagem com base na sua reflexão. Esse processo é fundamental para o sucesso nos estudos no ensino superior. (Teórico 2) Epistemologia O domínio do conhecimento possibilita ao homem não só conhecer o mundo, mas também compreender, explicar e transformar sua própria realidade. O conhecimento possui dois elementos básicos: um sujeito e um objeto. O sujeito é o homem, o ser racional e cognoscente: O homem só é sujeito quando está conhecendo o objeto. O objeto é a realidade na qual vive: A realidade só se torna objeto quando é conhecida pelo sujeito. Tipos de conhecimento: Senso comum: é o modo espontâneo e pré-crítico de conhecer. refere-se a opiniões individuais e subjetivas das pessoas sobre as coisas e os acontecimentos, como resultado de suas próprias experiências. É um conhecimento que se adquire independentemente de estudos ou pesquisas, entendido como sendo aquele que aborda os fatos sem lhes investigar as causas, sem recorrer à fundamentação técnica, sistemática ou objetiva, a partir dele que o indivíduo acumula conhecimento e experiências de vida, ele é muito subjetivo e pessoal. Conhecimento Teológico (religioso): é a crença em divindades, forças superiores, manifestações divinas. Esse tipo de conhecimento não admite questionamentos, não se baseia na razão e sim, na Fé. A “verdade” surge da revelação. Conhecimento filosófico: busca respostas na reflexão dos homens sobre si mesmos e sobre a realidade. Os temas de reflexão filosóficos mudam na medida em que o contexto histórico se transforma. Pode-se pensar filosoficamente a ciência, a arte, a religião, o homem etc. e quando assim se procede, procura-se conhecer as causas primeiras dos fenômenos, contrariamente ao que sucede com o conhecimento científico, que fica restrito às causas próximas, às suas particularidades. Historicamente, desde os primeiros filósofos até os nossos dias, debate-se o problema: a verdade está no objeto ou na relação do sujeito com o objeto? Este debate é fecundo, fazendo com que surjam diversas interpretações sobre a questão da verdade e da validade do conhecimento. Cada pensador, cada corrente filosófica, cada cientista responde a essas questões de maneira diferente. Conhecimento científico: o conhecimento científico, ao contrário do conhecimento comum: Busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever acontecimentos e, conseqüentemente, também agir sobre a natureza (ARANHA; MARTINS, 1992, p.89) O conhecimento científico não atinge simplesmente os fenômenos em sua manifestação global, mas investiga sua causa, sua constituição íntima, caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer eventos futuros. CIÊNCIA: trata-se de uma forma de conhecimento sistemático dos fenômenos naturais, sociais, biológicos, matemáticos, físicos e químicos, pelos quais se pode chegar a um conjunto de conclusões lógicas, demonstráveis por meio de pesquisas. Por mais que a mensagem, ou a ciência seja "objetiva", não devemos esquecer que, no momento exato em que a pessoa - o sujeito - toma consciência de sua existência, esta se torna também, "subjetiva". CIENTISTA :é aquele que se utiliza do método científico para encontrara solução dos problemas ou compreender o universo à sua volta. Assim, o método científico é o caminho trilhado pelo cientista. As verdades científicas são provisórias, pois são datadas, ou seja, com as transformações sociais, políticas, econômicas e culturais nos diferentes contextos históricos, as ciências se transformam e, consequentemente, as verdades também sofrem alterações porque cada ser possui sua própria visão de realidade, seu modo de guardar informações, baseado em sua experiência de vida. As formas de procedimentos técnico e lógico do raciocínio científico são variadas, como vários são os métodos para o desenvolvimento da ciência. O método guia o trabalho intelectual (produção das idéias, experimentos e teorias) e avalia os resultados obtidos. Método e conteúdo devem estar relacionados, uma vez que, tão importante quanto o conhecimento, é a maneira como se chegou a ele. Todo trabalho científico, seja de natureza teórico-conceitual ou de natureza empírica, deve esclarecer o caminho percorrido para sua efetivação. O estudante pesquisador deve compreender que se existem diversos métodos para a realização de pesquisas que buscam contribuir para o desenvolvimento das ciências, algumas questões são fundamentais e devem ser respondidas para uma maior compreensão do que é ciência e da importância da ciência, tais como: • Afinal, quais são os critérios de cientificidade? • O que diferencia teorias científicas de outros tipos de teoria (teorias metafísicas e especulativas)? • O que leva cientistas a considerar uma teoria melhor do que a outra, quando ambas se propõem a explicar os mesmos fenômenos? Para responder estes dilemas, a própria comunidade científica / acadêmica estabelece critérios para que uma teoria, estudo ou descoberta tenha valor científico, tais como: coerência, consistência, originalidade e objetividade, aplicabilidade, replicabilidade, além de se submeter, necessariamente, à apreciação crítica da comunidade científica, após sua imprescindível divulgação. O conhecimento científico é aquele que resulta da investigação científica, seus métodos e técnicas. Deriva da necessidade de achar soluções para os diversos problemas do dia-a-dia e também de explicar de modo sistematizado e comprovado, teorias capazes de replicação, testagem e de comprovação empírica. Desta forma, o conhecimento científico surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas por meio de provas empíricas. O que se opõe ao espírito científico é o dogma , que bloqueia a crítica por se julgar auto-suficiente e clarividente na sua compreensão do mundo, e acaba por impedir eventuais correções e aperfeiçoamentos, muitas vezes induzindo ao erro, fraudes, ignorância e comportamento intolerante. É, portanto, errôneo achar que a dogmatização de um conhecimento é superior só porque é imutáve l. (TEÓRICO 3) TEXTOS CIENTÍFICOS A revolução científica, iniciada no século XV, distinguiu a ruptura entre filosofia e ciência. Entretanto, é na era renascentista (século XVII) que a chamada ciência moderna desponta. Os estudiosos acreditavam que a verdadeira visão do mundo, o contato com a realidade, somente poderiam ser conseguidos, mediante a experimentação e interpretação da natureza. Eles anotavam os passos percorridos e os meios adotados ao investigar um fenômeno. Estes procedimentos ficaram conhecidos como método científico. Trabalhos Científicos A preparação planejada e metódica de um trabalho científico, tal como o que é exigido nos cursos de graduação e pós-graduação, supõe uma sequência de etapas. As principais etapas para elaboração dos trabalhos são: a) Determinação e delimitação do tema:. A escolha do tema deve estar vinculada a dois aspectos fundamentais: formação do pesquisador e sua prática cotidiana. As vivências dos problemas no desempenho profissional diário ajudam a alcançar a clareza necessária ao investigador na delimitação e resolução do problema (TRIVINÕS,1987, p. 93). O tema delimitado facilita a pesquisa. A partir de uma visão clara do tema, sob determinada perspectiva, faz-se a problematização. A formulação do problema, a hipótese ou questões de pesquisa a ser investigada, deve ser redigida com precisão e objetividade. b) Levantamento bibliográfico e de fontes primárias. As fontes documentais ou fontes primárias referem-se a documentos, escritos ou não, tais como: documentos de arquivos públicos (jornais, documentos oficiais, dados estatísticos, dados históricos, material cartográfico, entre outros) documentos de arquivos privados (diários, memoriais, cartas, autobiografias e outros). Material Teórico As fontes bibliográficas ou secundárias: abrangem todo o material que tenha sido tornado público por um profissional ou pesquisador, que tenha analisado as fontes primárias de pesquisa. c) Leitura e análise da documentação: De posse das informações obtidas mediante a busca, levantamento e leitura preliminar das fontes de pesquisas faz-se necessária a elaboração de um plano prévio do trabalho a ser desenvolvido. Estabelecido o plano prévio, inicia-se a leitura propriamente dita do material selecionado, leitura esta seguida de anotações: fichamentos, resumos, resenhas e mesmo comentários pessoais, os quais devem ser classificados e arquivados tendo em vista a redação do texto final. d) A construção lógica do trabalho: A construção lógica do trabalho é expressa mediante o encadeamento lógico das idéias, com o objetivo de comunicar ao leitor todo o percurso do estudo e suas conclusões. Qualquer que seja sua natureza: resenha, artigo, monografia etc., o trabalho científico deve-se constituir numa totalidade inteligível e organicamente estruturado. Para tanto, é preciso que as seções do trabalho, os capítulos, os parágrafos, organizem-se de modo coeso, numa seqüência lógica, de modo que o leitor seja capaz de seguir o fio condutor do raciocínio. e) Redação do texto: A redação de um trabalho acadêmico deve ser realizada com atenção para evitar problemas de digitação, problemas com pontuação, ortografia, concordância ou incoerência dos dados apresentados, entre outros. É muito importante no momento da redação final do trabalho, que o estudante / pesquisador tenha em mãos dicionários, dicionários de sinônimos, manuais de redação, entre outros materiais, para evitar problemas de ortografia e também, a repetição constante de palavras. A formatação do trabalho científico deverá seguir o padrão de normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. A Elaboração de Trabalhos Científicos: Fichamento, Resumo, Resenha, Artigo e Seminário O fichamento: consiste em armazenar em fichas informações relevantes para a pesquisa. Ao conjunto de fichas denominamos arquivo. Este trabalho pressupõe a anotação, que é um procedimento de seleção de dados para futura utilização. Uma das principais características de uma anotação adequada é possibilitar a redação. Desta forma, elas não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem incompreensíveis. Em geral, as fichas compreendem: cabeçalho, corpo da ficha e referências bibliográficas. O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, caso seja utilizada mais de uma. O corpo da ficha engloba as informações propriamente ditas. A referência equivale à indicação da fonte bibliográfica do material, ou seja, a procedência do material. A vantagem de se fichar o conteúdo em computador é a facilidade de transposição delas para o texto. Basta digitar o dado a ser anotado para um arquivo de documento e copiá-lo e colá- lo ao texto do pesquisador quando for conveniente. fichamentos podem ser: a. Obra inteira: comentário de toda obra, de modo resumido, com as próprias palavras; b. Tipo citação: resumo das idéias principais apresentadas no texto, utilizando transcriçõesfiéis, literais que devem vir entre aspas e apresentar o número da página ao final da citação; c. Tipo esboço ou sumário: apresenta as idéias principais de uma obra de forma sintética, mas detalhada. O número das páginas onde se encontram tais informações deve ser indicado; d. Vocabulário técnico: anota-se definições, termos técnicos e conceitos. Resumo :O resumo deve se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de valor. Consiste na leitura e síntese das idéias principais do texto com suas próprias palavras. O resumo do texto é, na realidade, uma síntese das idéias e não das palavras do texto. Não se trata de uma miniaturização do texto. Resumindo um texto com as próprias palavras, o estudante mantém-se fiel às idéias do autor sintetizado. (SEVERINO, 2002, p. 131) No resumo não há crítica, pois tem a finalidade de apontar as idéias centrais do texto, os pontos relevantes. Resenha: é a apresentação do conteúdo de uma obra (resumo), acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores. O artigo científico: é um texto que discute idéias, técnicas, métodos e resultados de pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento. O objetivo principal dos artigos científicos é a divulgação do conhecimento. Segundo Barbosa (2006, p. 33), o artigo científico tem a seguinte estrutura: • Título; • Nome(s) do(s) autor(es); • Resumo: parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia empregada e as conclusões alcançadas no artigo; • Abstract: resumo em inglês; • Introdução: deve ser breve, tratando das intenções que motivaram a elaboração do artigo e da metodologia da pesquisa que forneceu subsídios para a compreensão da temática; • Desenvolvimento: É uma argumentação na qual o autor pretende persuadir o leitor com base nos fatos apresentados, na descrição dos elementos e na análise dos dados da pesquisa. Pode-se dividir esta parte em itens para melhor expor as idéias; • Conclusão: É uma apresentação sucinta do que foi exposto, tecendo considerações, fazendo inferências sobre as idéias básicas e expondo os resultados obtidos; • Referências: Havendo citações de autores, deve-se indicar a bibliografia ao final. SEMINÁRIO O seminário é um dos trabalhos científicos mais eficientes para a aprendizagem do estudante, quando elaborado e apresentado de forma séria, pois para sua elaboração os alunos necessitam realizar pesquisas, discussões, debates, análises críticas do material pesquisado, dominar a metodologia científica, gerenciar o trabalho em grupo, utilizar recursos audiovisuais e manter uma postura pessoal acadêmica durante a apresentação, ou seja, ser pontual, sério, crítico, objetivo e dominar o conteúdo. As etapas para elaboração de um seminário são: • Definição do tema (assunto) do seminário; • Organização do grupo (divisão de tarefas e definição dos objetivos do trabalho e da metodologia que será utilizada para a realização da pesquisa); • Levantamento bibliográfico e de fontes documentais primárias de pesquisa; • Leitura e análise (problematização / contextualização) da bibliografia e das fontes; • Organização da apresentação (Definição dos recursos audiovisuais que serão utilizados e das etapas da apresentação); • Apresentação. Um bom seminário é o que prende a atenção de quem está assistindo, chamando todos para o debate das informações transmitidas. ABNT Fundada em 1940, a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do país. É uma instituição particular, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 7 do CONMETRO, de 24 agosto de 1992. A ABNT é membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização) e a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: • ISO – International Organization for Standardization • IEC – International Electrotechnical Comission • COPANT – Comissão Panamericana de Normas Técnicas • AMN – Associação Mercosul de Normalização Norma é o documento técnico que estabelece as regras e características mínimas que determinado produto, serviço ou processo deve cumprir, permitindo uma perfeita ordenação e a globalização dessas atividades ou produtos. As Normas são fatores vitais para que a evolução tecnológica nacional acompanhe com sucesso o processo de globalização mundial. Com as normas, é possivel trabalhar com um padrão tecnológico, pois elas permitem que haja consenso entre produtores, governo e consumidores. Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Os objetivos da normalização são: Economia Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. Comunicação Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços. Segurança Proteger a vida humana e a saúde. Proteção do Consumidor Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. Eliminação de Barreiras Técnicas e Comerciais Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio. Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida por meio de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente. (TEÓRICO 4) MÉTODOS CIENTÍFICOS Método significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo É um procedimento de investigação e controle que se adota para o desenvolvimento rápido e eficiente de uma atividade qualquer. Não se executa um trabalho sem a adoção de algumas técnicas e procedimentos norteadores da ação. Para simplificar, a hipótese é uma tentativa preliminar de resposta ao problema da pesquisa. Dúvida+ Problema+ Hipótese=Tentativa de solução A hipótese é uma resposta provisória e antecipa algo que será ou não confirmado com a pesquisa. Qualquer pessoa pode realizar uma experiência que julgue ser bem-sucedida, mas sempre necessitará da comprovação científica por meio de provas. Os cientistas só aceitarão uma teoria ou descoberta depois que a replicarem ou obtiverem provas irrefutáveis até aquele momento. Uma experiência científica só será considerada como válida para o mundo da Ciência, se for realizada seguindo determinadas normas controladas. Os cientistas se esmeram em replicar incontáveis vezes uma experiência até terem certeza de que foram obedecidos todos os critérios de cientificidade exigidos pela Ciência. O método científico é composto pelas seguintes fases: Observação de um fato; Formulação de um problema; Proposta de uma hipótese Realização de uma pesquisa para testar a validade de uma hipótese. Tipos de Métodos Método indutivo: é aquele que parte da observação de casos particulares para o estabelecimento de hipóteses de caráter geral. Trata-se do método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, semlevar em consideração princípios preestabelecidos. Conclusões indutivas são perigosas, pois generalizações de premissas verdadeiras podem levar a uma falsa conclusão. Método dedutivo: é aquele pelo qual, a partir da observação de um princípio geral, chega-se a conclusões particulares Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. Método hipotético-dedutivo: é aquele pelo qual, mediante a percepção de uma lacuna no conhecimento, formula-se uma hipótese e, então, pelo processo de observação e inferência dedutiva, testa-se a predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese Pode-se apresentar as etapas do método hipotético-dedutivo da seguinte forma: 1 - Problema: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema; 2 - Conjecturas: para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Para a explicação de um fenômeno, surge o problema; 3 - Dedução de conseqüências observadas: das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas; 4 - Tentativa de falseamento: falsear significa tentar tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipóteses, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la; 5 - Corroboração: quando não se consegue demonstrar qualquer caso concreto capaz de falsear a hipótese, tem-se a sua corroboração, que é a confirmação da hipótese, entretanto, está é considerada provisória. Problema, Conjecturas, Dedução de consequências observadas, tentativo de falseamento, corroboração, método do dialético, método fenomonológico, método histórico. Método dialético: procura contestar uma realidade posta, enfatizando as suas contradições. Para toda tese, existe uma antítese, que, quando contraposta, tende a formar uma síntese. Tal método funda-se numa concepção dinâmica da realidade e das relações dialéticas entre sujeito e objeto, conhecimento a ação, teoria e prática. O método dialético portanto, é contrário a todo conhecimento rígido, pois tudo é percebido como em constante mudança. Método fenomenológico: não se limita à descrição dos fenômenos. Também é, ao mesmo tempo, tentativa de interpretação dos mesmos, com o objetivo de pôr a descoberto os sentidos menos aparentes, os sentidos mais fundamentais que os fenômenos têm. Caracteriza-se por valorizar a pesquisa do cotidiano, por tentar resgatar tudo aquilo que, pela rotina, foi perdendo relevo e significação, foi ficando oculto pelo uso, pelo hábito, pelo senso comum. Nesse sentido, o enfoque fenomenológico permite reeducar, reorientar o olhar que investiga. O método fenomenológico valoriza, sobretudo, a interpretação do mundo, o qual surge intencionalmente à consciência do homem. Assim, pode-se afirmar que, na pesquisa de orientação fenomenológica, o sujeito deixa de ser um observador imparcial, como pretende a abordagem positivista, para assumir, de certa forma, a condição de “ator”. O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de criticas a indução, expressas em “´A lógica da investigação científica”, obra publicada pela primeira vez em 1935. Método histórico: O método histórico “consiste em investigar os acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje”. têm suas raízes no passado, sendo, portanto, fundamental pesquisar sua origem para bem compreender sua natureza e função. Na terminologia científica, método pode ser definido como um conjunto de dados e regras de proceder, permitindo atingir um fim previamente determinado. A pesquisa está relacionada diretamente com a produção de conhecimento e decorre da capacidade de raciocínio do homem, no enfrentamento de inúmeros problemas e desafios. A curiosidade e a necessidade de conhecer e explicar o novo faz com que a investigação científica se enriqueça e evolua constantemente. Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de pesquisas são os seguintes: • formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses; • efetuar observações e medidas; • registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o intuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada; • elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as respostas resultantes; • generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam condições similares; a generalização e tarefa do processo chamado indução; • prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas relações As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Podem ser classificadas, por exemplo: • segundo a área de conhecimento - em pesquisas sociológicas, antropológicas, educacionais etc.; • segundo suas finalidades - em pesquisa pura ou aplicada; • segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados - em pesquisa quantitativa e qualitativa; • segundo o ambiente em que se desenvolve - em pesquisas de campo, de laboratório. Quanto às suas finalidades, as pesquisas podem ser divididas em dois grandes grupos: puras e aplicadas. No primeiro, encontram-se os estudos motivados por razões de ordem intelectual e, no segundo, as pesquisas que objetivam resultados de ordem prática. Se a pesquisa pura pretende alargar a fronteira do conhecimento, a pesquisa aplicada tem em vista a utilização, na prática, de conhecimentos disponíveis para responder às demandas da sociedade em contínua transformação. Ao tomarmos como critério de classificação o procedimento geral de que se valeu o pesquisador, podemos classificar as pesquisas em: Bibliográficas, de Laboratório e de Campo. Pesquisa Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo. Pesquisa de Laboratório: Comumente, este tipo de pesquisa é confundido com pesquisa experimental, o que é um equívoco. Embora a maioria das pesquisas de laboratório seja experimental, muitas vezes as ciências humanas e sociais lançam mão de pesquisa de laboratório sem que se trate de estudos experimentais. Na verdade, o que caracteriza a pesquisa de laboratório é o fato de que ela ocorre em situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso. Tais pesquisas, quer se realizem em recintos fechados ou ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado. Pesquisa de Campo: A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. Dependendo das técnicasde coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. PESQUISA QUANTITATIVA: É empregada nas pesquisas de âmbito social econômico, de comunicação, mercadológica, de opinião etc., como forma de garantir a precisão dos resultados, na medida em que as técnicas de coleta que aplica propiciam a quantificação de todo o material recolhido e na medida em que prevê o tratamento estatístico desse material. PESQUISA QUALITATIVA: O pesquisador está interessado na interpretação que os próprios sujeitos estudados têm da situação sob estudo, por esse motivo a ênfase na subjetividade. A abordagem qualitativa oferece flexibilidade no processo de conduzir a pesquisa, pois o pesquisador trabalha com situações complexas, que não permitem a definição exata e a priori dos caminhos que a pesquisa irá seguir. Nas pesquisas qualitativas, principalmente, não se parte de um projeto rigidamente determinado. Ao contrário, as questões da pesquisa vão transformando-se, as técnicas vão sendo revistas e reelaboradas no próprio processo de pesquisa. (Teórico 5) Pesquisa Os estudantes trabalham cientificamente quando realizam pesquisas dentro dos princípios estabelecidos pela metodologia científica, quando adquirem a capacidade não só de conhecer as conclusões que lhes foram transmitidas, mas se habilitam a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas. Por essa razão os trabalhos acadêmicos científicos de graduação e pós-graduação devem ser desenvolvidos dentro das normas preconizadas pela comunidade científica, visto se tratarem de importantes contribuições para o progresso da ciência. Para uma boa formação universitária e, consequentemente, uma boa pesquisa, é necessário que o estudante / pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias de cada área do conhecimento. Inicialmente, para que essas habilidades sejam adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico. Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa, que podem ser localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas, arquivos públicos, sites acadêmicos / científicos dedicados a divulgação de pesquisas, sites governamentais, entre outros. O projeto é uma etapa preliminar no processo de elaboração e execução de uma pesquisa. Deve prever os passos a serem seguidos e responder às questões • O quê? • Por quê? • Para quê e para quem? • Onde realizar? • Como? • Com que recursos? • Quando Em outras palavras, a finalidade intrínseca do projeto é indicar as intenções do autor, deixando claros o título (ainda que provisório), a delimitação inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o caminho a ser percorrido, as estratégicas os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem vencidas. Os elementos que compõem um projeto de pesquisa são os seguintes: a) Título e subtítulo O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não de subtítulo. Neste último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o subtítulo delimita com mais precisão o alcance dos objetivos da pesquisa. Exemplo: “A licenciatura em História: avaliação do curso de História da Unesp-Franca”. b) Delimitação do tema O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses profissionais, por leituras que tenha feito etc. Entretanto, um dos fatores que mais pesam na delimitação de temas de pesquisa, é o caráter atual e instigante de determinado problema. Qualquer que tenha sido o tema escolhido devem ser observados os critérios de originalidade, relevância e viabilidade. c) Justificativa Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a abordar o tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica a escolha de um tema, é o de sua relevância tanto social quanto científica. A argumentação mediante a qual o pesquisador expõe os motivos que o levaram a eleger determinado tema e a importância da contribuição que seu estudo pode ensejar, são fatores fundamentais na aceitação da pesquisa por parte de seu público-alvo. d) Objetivos Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema proposto, esclarecer o que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou das questões de pesquisa a serem investigadas. Na explicitação dos objetivos de uma pesquisa, antecipam-se as contribuições que a mesma pretende trazer para o avanço daquela área específica do conhecimento. e) Metodologia Aqui se esclarece a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida: bibliográfica, de campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará diferentes formas de investigação. A partir daí, devem ser apresentadas e respondidas questões do tipo: Como? Com que? Onde? Quando? Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e instrumentos de pesquisa que serão empregados na coleta de dados como, por exemplo: levantamento das fontes documentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, história de vida, análise de conteúdo etc. f) Cronograma Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da pesquisa, dentro de um determinado tempo. g) Custos Caso o projeto envolva custos financeiros, deve-se fazer um levantamento dos materiais a serem utilizados e o seu preço, a fim de que se estabeleça o valor total do projeto, principalmente quando se tratar de pesquisas financiadas. h) Bibliografia Todo projeto de pesquisa deve listar as fontes que serão utilizadas, com as devidas referências bibliográficas. Quanto à apresentação formal de um projeto, sugere-se a seguinte estrutura: Capa: Contendo os dados de identificação do(s) autor(es); título e subtítulo do projeto; universidade ou faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data. Folha de rosto: Contendo os dados de identificação do (s) autor (es); orientador do projeto; título e subtítulo do projeto; universidade ou faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data. Sumário: Relação dos itens com as respectivas páginas. Introdução: Nela apresentam-se, de forma dissertativa, o tema, sua delimitação e origem. É importante contextualizar o tema (assunto da pesquisa) no tempo, no espaço e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos). Justificativa: Texto dissertativo apontando o porquê de sua escolha, sua relevância, as questões da pesquisa a serem investigadas e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos). Objetivos: Texto dissertativo apresentando de forma clara a definição dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa. Metodologia / procedimentos: Anunciam-se também de forma dissertativa, o tipo de pesquisa, os métodos, as técnicas e instrumentos a serem empregados. Cronograma: Previsão do tempo para a realização das diferentes etapas do trabalho. Custos: Previsão do orçamento para o desenvolvimento da pesquisa. Bibliografia: Relação, em ordem alfabética, das fontes utilizadas no planejamento e na elaboração do projeto. Anexos: Devem ser incluídos documentos e/ou modelos de instrumentos de pesquisa, apenas quando estritamente necessários para o esclarecimento e compreensão do projeto. (Teórico 6) Apresentação de Trabalhos Acadêmicos Em trabalhos científicos, ao redigir o relatório final ou a monografia, é desejável a utilização de frases curtas e vocabulário adequado. O emprego do pronome impessoal “se” e de algumas formas verbais que tendem à impessoalidade, contribuem para a objetividade na redação. Ex.: “Nesta pesquisa pretende-se”, ou “elaborou-se um quadro” ou “tal levantamento foi obtido”, ou “a metodologia adotada” ou “o presente trabalho procura” etc. Porém, se outra for a opção do autor, jamais deverá misturar frases na primeira pessoa como:“eu penso que o ensino...” com frases que utilizam outras formas verbais ou pronominais: “nesta monografia pretendemos”, ou “procedeu-se neste estudo...” etc. Deve-se, também, evitar o uso do plural de modéstia “nós” como primeira pessoa do singular “eu”. Concluindo, na redação da monografia, conforme já assinalado, o cuidado com a clareza e a concisão deve estar presente em todo o trabalho, evitando-se argumentações demasiadamente abstratas, o exagero de orações subordinadas em um só período, idéias repetidas em vários parágrafos, a pomposidade e o artificialismo, buscando-se, ao contrário, a simplicidade. Trabalhos de Conclusão de Curso: Monografia, Interdisciplinar, Dissertação e Tese Os trabalhos de conclusão de curso de graduação conhecidos como (TCC) constituem uma modalidade de iniciação científica. O aluno apresenta um trabalho abordando algum Material Teórico tema que foi tratado durante o curso que está concluindo e deve demonstrar que domina tanto o assunto, quanto as técnicas formais para a produção de monografia. Interdisciplinar (TGI) O TGI é um documento exigido em cursos de graduação sobre estudos realizados pelos alunos, com o objetivo de induzir e fixar o aprendizado. Deve ser feito sob a coordenação do professor. As instituições de ensino estabelecem regras parecidas quanto à elaboração de um TGI. Eis algumas delas: a) O Trabalho de Graduação Interdisciplinar deve estar de acordo com as normas e regulamentos da instituição e a legislação brasileira vigente. b) A área de conhecimento a ser estudada deverá ter sido aprovada por uma Comissão, Coordenação de Trabalho de Graduação Interdisciplinar; c) As atividades efetivamente realizadas devem ser condizentes com o plano de trabalho; d) A carga horária mínima deve ser alcançada; e) Os objetivos propostos para o Trabalho de Graduação Interdisciplinar devem ser atingidos; f) O aluno deve comprovar conhecimento do Código de Ética relativo ao Trabalho de Graduação Interdisciplinar; g) O discente deverá apresentar, dentro dos prazos, os relatórios exigidos pela supervisão do Trabalho de Graduação Interdisciplinar; h) O aluno deverá apresentar na data estabelecida, a defesa oral do Trabalho de Graduação Interdisciplinar perante a banca examinadora. Dissertação A dissertação de mestrado é um trabalho científico de pesquisa, desenvolvido em cursos de pós- graduação stricto sensu, como requisito para obtenção do grau acadêmico de mestre. O trabalho deve revelar domínio de conhecimentos específicos da área, capacidade de análise das fontes primárias e secundárias de pesquisa, capacidade de síntese e argumentação, pois pressupõe a defesa pública do trabalho para uma banca de professores pesquisadores doutores. Tese A tese de doutorado é um trabalho científico de pesquisa, desenvolvido em cursos de pós-graduação stricto sensu, como requisito para obtenção do grau acadêmico de doutor. O trabalho possui como principal característica a originalidade e deve revelar domínio de conhecimentos específicos da área, capacidade de análise das fontes primárias e secundárias de pesquisa, capacidade de síntese, de elaboração de novos conceitos ou teorias que contribuam para o desenvolvimento do conhecimento científico e ainda capacidade de argumentação, pois pressupõe a defesa do trabalho para uma banca de professores pesquisadores doutores e Livre-docentes. Apresentação de Trabalhos Científicos: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais O pré-texto é composto pelas páginas que antecedem o corpo principal do trabalho (texto). • Capa • Folha de rosto • Folha de aprovação • Dedicatória • Agradecimentos • Epígrafe • Resumo • Abstract (Resumo em Inglês) • Lista de ilustrações • Lista de tabelas • Lista de abreviaturas e siglas • Lista de símbolos • Sumário Elementos textuais O texto de um trabalho científico pode ser dividido em partes ou capítulos e, cada uma dessas partes ou capítulos, pode ser subdividida. • Introdução • Desenvolvimento • Conclusão Elementos pós-textuais Os elementos pós-textuais apresentam as indicações de fontes e bibliografia que foram utilizados para a elaboração do trabalho, além de materiais que complementam as informações apresentadas no texto. • Referências • Bibliografia • Glossário • Apêndice(s) • Anexo(s)
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