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RESUMO DA MATÉRIA METODOLOGIA DA PESQUISA.docx

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RESUMO DE METODOLOGIA DE PESQUISA 
(Teórico 1) 
A Organização da Vida de Estudo na Universidade 
A disciplina “Metodologia da Pesquisa Científica” estuda o caminho que se percorre ao se exercer 
ciência, ou seja, nasce a serviço da pesquisa científica, consistindo no estudo das práticas do saber e 
das práticas do exercício do saber, importantes para o aperfeiçoamento dos conhecimentos humanos. 
A metodologia fornece o instrumental necessário para que se possa construir ciência e para que se possa 
pensar a respeito das práticas científicas, isto é, é o estudo do instrumental da pesquisa científica. 
Estudar significa sair da passividade, da reprodução de conteúdos e tornar-se um sujeito ativo no 
processo de construção do conhecimento. O estudante deve torna-se reflexivo e crítico perante o mundo, 
mas para que isso ocorra, é fundamental que o hábito da leitura seja adquirido, leitura deve ser 
compreendida como um “diálogo” entre o leitor e o autor do texto. Nesse processo, o estudante absorve 
os conhecimentos transmitidos pelo autor do texto, reflete sobre esses conhecimentos e avalia de forma 
crítica. 
Para que a leitura transforme-se num hábito, é necessário que o estudante consiga organizar seu tempo 
com muita disciplina. Nessa organização, é importante reservar todo dia alguns minutos para o estudo, 
podendo ampliar a quantidade de tempo nos finais de semana. 
• Revisão das matérias; 
• Leitura de textos básicos e complementares indicados pelos professores; 
• Anotação das dúvidas relacionadas as aulas e aos textos indicados pelos professores; 
• Pesquisa em bibliotecas, arquivos particulares e públicos, internet, entre outros; 
• Realização de trabalhos individuais e em grupo. 
A leitura na medida em que amplia e aperfeiçoa os conhecimentos, enriquece o vocabulário, aponta 
novos horizontes, disciplina a mente e, consequentemente, auxilia na vida de estudos na universidade. 
Mas, é muito importante que o estudante saiba selecionar o que ler e saiba ler. 
Durante a leitura, o estudante deve prestar atenção e sublinhar / destacar as idéias mestras (idéias 
principais) e palavras-chave dos textos. “Cada texto, cada seção, cada capítulo e, mesmo, cada 
parágrafo têm uma idéia principal, uma palavra-chave, um conceito fundamental. 
A SÍNTESE DAS IDÉIAS MESTRAS (PRINCIPAIS) PERMITE AO ESTUDANTE TIRAR O MÁXIMO DE 
PROVEITO DA LEITURA. 
É importante para uma boa leitura, que o estudante, depois de localizar as idéias mestras (principais) 
reformule-as (reescreva-as), pois assim ele perceberá se compreendeu o conteúdo do texto. O bom leitor 
é o que produz bons resumos, consegue refletir sobre o conteúdo estudado e transmiti-lo. 
É lendo e escrevendo, falando e refletindo que se aprende a escrever, ler, falar e refletir. Na vida 
acadêmica essa prática é fundamental para formar a consciência crítica. Para uma leitura eficiente na 
universidade, que facilite a vida de estudos, o estudante necessita também, ampliar seu repertório 
cultural. 
Ampliar o repertório cultural significa permitir-se novas “aventuras”, tais como: 
• Participar de cursos diversos; 
• Visitar museus; 
• Participar de congressos, seminários e colóquios; 
• Conversar com profissionais de áreas diferentes de sua formação ou atuação profissional; 
• Assistir peças de teatro e concertos; 
• Realizar a leitura de revistas e jornais científicos / acadêmicos. 
Existem diferentes formas de realizar a leitura e análise de um texto acadêmico. Podemos apontar, de 
forma sucinta, três tipos principais de análise: 
A análise textual visa a preparação da leitura. Objetiva conhecer de forma global o texto, isto é, 
identificar os principais conceitos, o estilo, o vocabulário, o autor, o raciocínio do autor, a época, entre 
outras informações relevantes. 
A análise temática busca a apreensão do conteúdo ou tema, da mensagem global do texto. Localiza os 
assuntos principais e secundários do texto, os tipos de argumentos, os problemas, a tese do autor. 
A análise interpretativa Analisa de forma crítica as idéias do autor, o conteúdo do texto, num diálogo 
reflexivo constante entre leitor e autor. Pressupõe um bom repertório cultural. 
O estudante que exercita com paciência e seriedade a leitura analítica de textos acadêmicos compreende 
o significado global do texto, treina a compreensão e interpretação crítica, desenvolve o raciocínio lógico 
e adquire instrumentos para a elaboração de trabalhos acadêmicos, tais como: seminários, resumos, 
resenhas, relatórios, entre outros. Após a leitura analítica de um texto, o estudante torna-se capaz de 
sintetizar as principais idéias do autor e reelaborar a mensagem com base na sua reflexão. Esse 
processo é fundamental para o sucesso nos estudos no ensino superior. 
(Teórico 2) 
Epistemologia 
O domínio do conhecimento possibilita ao homem não só conhecer o mundo, mas também compreender, 
explicar e transformar sua própria realidade. 
O conhecimento possui dois elementos básicos: um sujeito e um objeto. 
O sujeito é o homem, o ser racional e cognoscente: O homem só é sujeito quando está conhecendo 
o objeto. 
O objeto é a realidade na qual vive: A realidade só se torna objeto quando é conhecida pelo sujeito. 
Tipos de conhecimento: 
Senso comum: é o modo espontâneo e pré-crítico de conhecer. refere-se a opiniões individuais e 
subjetivas das pessoas sobre as coisas e os acontecimentos, como resultado de suas próprias 
experiências. É um conhecimento que se adquire independentemente de estudos ou pesquisas, 
entendido como sendo aquele que aborda os fatos sem lhes investigar as causas, sem recorrer à 
fundamentação técnica, sistemática ou objetiva, a partir dele que o indivíduo acumula conhecimento e 
experiências de vida, ele é muito subjetivo e pessoal. 
Conhecimento Teológico (religioso): é a crença em divindades, forças superiores, manifestações 
divinas. Esse tipo de conhecimento não admite questionamentos, não se baseia na razão e sim, na Fé. A 
“verdade” surge da revelação. 
Conhecimento filosófico: busca respostas na reflexão dos homens sobre si mesmos e sobre a 
realidade. Os temas de reflexão filosóficos mudam na medida em que o contexto histórico se transforma. 
Pode-se pensar filosoficamente a ciência, a arte, a religião, o homem etc. e quando assim se procede, 
procura-se conhecer as causas primeiras dos fenômenos, contrariamente ao que sucede com o 
conhecimento científico, que fica restrito às causas próximas, às suas particularidades. 
Historicamente, desde os primeiros filósofos até os nossos dias, debate-se o problema: a verdade está no 
objeto ou na relação do sujeito com o objeto? Este debate é fecundo, fazendo com que surjam diversas 
interpretações sobre a questão da verdade e da validade do conhecimento. Cada pensador, cada 
corrente filosófica, cada cientista responde a essas questões de maneira diferente. 
Conhecimento científico: o conhecimento científico, ao contrário do conhecimento comum: Busca 
compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os 
fenômenos, o que permite prever acontecimentos e, conseqüentemente, também agir sobre a natureza 
(ARANHA; MARTINS, 1992, p.89) O conhecimento científico não atinge simplesmente os fenômenos em 
sua manifestação global, mas investiga sua causa, sua constituição íntima, caracterizando-se, desta 
forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de 
predizer eventos futuros. 
CIÊNCIA: trata-se de uma forma de conhecimento sistemático dos fenômenos naturais, sociais, 
biológicos, matemáticos, físicos e químicos, pelos quais se pode chegar a um conjunto de conclusões 
lógicas, demonstráveis por meio de pesquisas. 
Por mais que a mensagem, ou a ciência seja "objetiva", não devemos esquecer que, no momento exato 
em que a pessoa - o sujeito - toma consciência de sua existência, esta se torna também, "subjetiva". 
CIENTISTA :é aquele que se utiliza do método científico para encontrara solução dos problemas ou 
compreender o universo à sua volta. Assim, o método científico é o caminho trilhado pelo cientista. 
 
As verdades científicas são provisórias, pois são datadas, ou seja, com as transformações sociais, 
políticas, econômicas e culturais nos diferentes contextos históricos, as ciências se transformam e, 
consequentemente, as verdades também sofrem alterações porque cada ser possui sua própria visão de 
realidade, seu modo de guardar informações, baseado em sua experiência de vida. 
As formas de procedimentos técnico e lógico do raciocínio científico são variadas, como vários são os 
métodos para o desenvolvimento da ciência. O método guia o trabalho intelectual (produção das idéias, 
experimentos e teorias) e avalia os resultados obtidos. 
Método e conteúdo devem estar relacionados, uma vez que, tão importante quanto o conhecimento, é a 
maneira como se chegou a ele. 
Todo trabalho científico, seja de natureza teórico-conceitual ou de natureza empírica, deve 
esclarecer o caminho percorrido para sua efetivação. 
O estudante pesquisador deve compreender que se existem diversos métodos para a realização de 
pesquisas que buscam contribuir para o desenvolvimento das ciências, algumas questões são 
fundamentais e devem ser respondidas para uma maior compreensão do que é ciência e da importância 
da ciência, tais como: 
 • Afinal, quais são os critérios de cientificidade? 
• O que diferencia teorias científicas de outros tipos de teoria (teorias metafísicas e especulativas)? 
• O que leva cientistas a considerar uma teoria melhor do que a outra, quando ambas se propõem a 
explicar os mesmos fenômenos? 
Para responder estes dilemas, a própria comunidade científica / acadêmica estabelece critérios para que 
uma teoria, estudo ou descoberta tenha valor científico, tais como: coerência, consistência, 
originalidade e objetividade, aplicabilidade, replicabilidade, além de se submeter, necessariamente, 
à apreciação crítica da comunidade científica, após sua imprescindível divulgação. 
O conhecimento científico é aquele que resulta da investigação científica, seus métodos e 
técnicas. Deriva da necessidade de achar soluções para os diversos problemas do dia-a-dia e 
também de explicar de modo sistematizado e comprovado, teorias capazes de replicação, 
testagem e de comprovação empírica. 
Desta forma, o conhecimento científico surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para 
problemas de ordem prática da vida diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que 
possam ser testadas e criticadas por meio de provas empíricas. 
O que se opõe ao espírito científico é o dogma , que bloqueia a crítica por se julgar auto-suficiente e 
clarividente na sua compreensão do mundo, e acaba por impedir eventuais correções e 
aperfeiçoamentos, muitas vezes induzindo ao erro, fraudes, ignorância e comportamento intolerante. É, 
portanto, errôneo achar que a dogmatização de um conhecimento é superior só porque é imutáve l. 
 
(TEÓRICO 3) 
TEXTOS CIENTÍFICOS 
A revolução científica, iniciada no século XV, distinguiu a ruptura entre filosofia e ciência. Entretanto, é na 
era renascentista (século XVII) que a chamada ciência moderna desponta. 
Os estudiosos acreditavam que a verdadeira visão do mundo, o contato com a realidade, somente 
poderiam ser conseguidos, mediante a experimentação e interpretação da natureza. Eles anotavam os 
passos percorridos e os meios adotados ao investigar um fenômeno. Estes procedimentos ficaram 
conhecidos como método científico. 
Trabalhos Científicos 
 A preparação planejada e metódica de um trabalho científico, tal como o que é exigido nos cursos de 
graduação e pós-graduação, supõe uma sequência de etapas. As principais etapas para elaboração dos 
trabalhos são: 
a) Determinação e delimitação do tema:. A escolha do tema deve estar vinculada a dois aspectos 
fundamentais: formação do pesquisador e sua prática cotidiana. As vivências dos problemas no 
desempenho profissional diário ajudam a alcançar a clareza necessária ao investigador na 
delimitação e resolução do problema (TRIVINÕS,1987, p. 93). O tema delimitado facilita a 
pesquisa. A partir de uma visão clara do tema, sob determinada perspectiva, faz-se a 
problematização. A formulação do problema, a hipótese ou questões de pesquisa a ser 
investigada, deve ser redigida com precisão e objetividade. 
b) Levantamento bibliográfico e de fontes primárias. As fontes documentais ou fontes primárias 
referem-se a documentos, escritos ou não, tais como: documentos de arquivos públicos (jornais, 
documentos oficiais, dados estatísticos, dados históricos, material cartográfico, entre outros) 
documentos de arquivos privados (diários, memoriais, cartas, autobiografias e outros). Material 
Teórico As fontes bibliográficas ou secundárias: abrangem todo o material que tenha sido tornado 
público por um profissional ou pesquisador, que tenha analisado as fontes primárias de pesquisa. 
c) Leitura e análise da documentação: De posse das informações obtidas mediante a busca, 
levantamento e leitura preliminar das fontes de pesquisas faz-se necessária a elaboração de um 
plano prévio do trabalho a ser desenvolvido. Estabelecido o plano prévio, inicia-se a leitura 
propriamente dita do material selecionado, leitura esta seguida de anotações: fichamentos, 
resumos, resenhas e mesmo comentários pessoais, os quais devem ser classificados e 
arquivados tendo em vista a redação do texto final. 
d) A construção lógica do trabalho: A construção lógica do trabalho é expressa mediante o 
encadeamento lógico das idéias, com o objetivo de comunicar ao leitor todo o percurso do estudo 
e suas conclusões. Qualquer que seja sua natureza: resenha, artigo, monografia etc., o trabalho 
científico deve-se constituir numa totalidade inteligível e organicamente estruturado. Para tanto, é 
preciso que as seções do trabalho, os capítulos, os parágrafos, organizem-se de modo coeso, 
numa seqüência lógica, de modo que o leitor seja capaz de seguir o fio condutor do raciocínio. 
e) Redação do texto: A redação de um trabalho acadêmico deve ser realizada com atenção para 
evitar problemas de digitação, problemas com pontuação, ortografia, concordância ou incoerência 
dos dados apresentados, entre outros. É muito importante no momento da redação final do 
trabalho, que o estudante / pesquisador tenha em mãos dicionários, dicionários de sinônimos, 
manuais de redação, entre outros materiais, para evitar problemas de ortografia e também, a 
repetição constante de palavras. A formatação do trabalho científico deverá seguir o padrão de 
normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. 
A Elaboração de Trabalhos Científicos: Fichamento, Resumo, Resenha, Artigo e Seminário 
O fichamento: consiste em armazenar em fichas informações relevantes para a pesquisa. Ao 
conjunto de fichas denominamos arquivo. Este trabalho pressupõe a anotação, que é um 
procedimento de seleção de dados para futura utilização. Uma das principais características de 
uma anotação adequada é possibilitar a redação. Desta forma, elas não podem ser sintéticas 
demais, a ponto de serem incompreensíveis. 
Em geral, as fichas compreendem: cabeçalho, corpo da ficha e referências bibliográficas. O 
cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, caso 
seja utilizada mais de uma. O corpo da ficha engloba as informações propriamente ditas. A 
referência equivale à indicação da fonte bibliográfica do material, ou seja, a procedência do 
material. A vantagem de se fichar o conteúdo em computador é a facilidade de transposição delas 
para o texto. Basta digitar o dado a ser anotado para um arquivo de documento e copiá-lo e colá-
lo ao texto do pesquisador quando for conveniente. 
fichamentos podem ser: 
a. Obra inteira: comentário de toda obra, de modo resumido, com as próprias palavras; 
b. Tipo citação: resumo das idéias principais apresentadas no texto, utilizando transcriçõesfiéis, 
literais que devem vir entre aspas e apresentar o número da página ao final da citação; 
c. Tipo esboço ou sumário: apresenta as idéias principais de uma obra de forma sintética, mas 
detalhada. O número das páginas onde se encontram tais informações deve ser indicado; 
d. Vocabulário técnico: anota-se definições, termos técnicos e conceitos. 
Resumo :O resumo deve se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de valor. 
Consiste na leitura e síntese das idéias principais do texto com suas próprias palavras. O resumo 
do texto é, na realidade, uma síntese das idéias e não das palavras do texto. Não se trata de uma 
miniaturização do texto. Resumindo um texto com as próprias palavras, o estudante mantém-se 
fiel às idéias do autor sintetizado. (SEVERINO, 2002, p. 131) No resumo não há crítica, pois tem a 
finalidade de apontar as idéias centrais do texto, os pontos relevantes. 
Resenha: é a apresentação do conteúdo de uma obra (resumo), acompanhada de uma avaliação 
crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o 
método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da 
disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação 
tipográfica, formulando um conceito do livro. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se 
opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se 
estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de 
exposição de outros autores. 
O artigo científico: é um texto que discute idéias, técnicas, métodos e resultados de pesquisa 
nas diferentes áreas do conhecimento. O objetivo principal dos artigos científicos é a divulgação 
do conhecimento. Segundo Barbosa (2006, p. 33), o artigo científico tem a seguinte estrutura: 
• Título; 
• Nome(s) do(s) autor(es); 
• Resumo: parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia empregada e as 
conclusões alcançadas no artigo; 
• Abstract: resumo em inglês; 
• Introdução: deve ser breve, tratando das intenções que motivaram a elaboração do artigo e da 
metodologia da pesquisa que forneceu subsídios para a compreensão da temática; 
• Desenvolvimento: É uma argumentação na qual o autor pretende persuadir o leitor com base nos 
fatos apresentados, na descrição dos elementos e na análise dos dados da pesquisa. Pode-se 
dividir esta parte em itens para melhor expor as idéias; 
• Conclusão: É uma apresentação sucinta do que foi exposto, tecendo considerações, fazendo 
inferências sobre as idéias básicas e expondo os resultados obtidos; 
• Referências: Havendo citações de autores, deve-se indicar a bibliografia ao final. 
SEMINÁRIO 
 O seminário é um dos trabalhos científicos mais eficientes para a aprendizagem do estudante, 
quando elaborado e apresentado de forma séria, pois para sua elaboração os alunos necessitam 
realizar pesquisas, discussões, debates, análises críticas do material pesquisado, dominar a 
metodologia científica, gerenciar o trabalho em grupo, utilizar recursos audiovisuais e manter uma 
postura pessoal acadêmica durante a apresentação, ou seja, ser pontual, sério, crítico, objetivo e 
dominar o conteúdo. 
As etapas para elaboração de um seminário são: 
• Definição do tema (assunto) do seminário; 
• Organização do grupo (divisão de tarefas e definição dos objetivos do trabalho e da metodologia 
que será utilizada para a realização da pesquisa); 
• Levantamento bibliográfico e de fontes documentais primárias de pesquisa; 
• Leitura e análise (problematização / contextualização) da bibliografia e das fontes; 
• Organização da apresentação (Definição dos recursos audiovisuais que serão utilizados e das 
etapas da apresentação); 
• Apresentação. 
Um bom seminário é o que prende a atenção de quem está assistindo, chamando todos para o 
debate das informações transmitidas. 
ABNT 
Fundada em 1940, a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, 
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do país. 
É uma instituição particular, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de 
Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 7 do CONMETRO, de 24 agosto de 1992. A 
ABNT é membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT 
(Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de 
Normalização) e a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades 
internacionais: 
• ISO – International Organization for Standardization 
• IEC – International Electrotechnical Comission 
• COPANT – Comissão Panamericana de Normas Técnicas 
• AMN – Associação Mercosul de Normalização Norma é o documento técnico que estabelece as 
regras e características mínimas que determinado produto, serviço ou processo deve cumprir, 
permitindo uma perfeita ordenação e a globalização dessas atividades ou produtos. 
 As Normas são fatores vitais para que a evolução tecnológica nacional acompanhe com sucesso 
o processo de globalização mundial. Com as normas, é possivel trabalhar com um padrão 
tecnológico, pois elas permitem que haja consenso entre produtores, governo e consumidores. 
Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, 
prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de 
ordem em um dado contexto. 
 Os objetivos da normalização são: 
Economia Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. 
Comunicação Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o 
cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços. 
Segurança Proteger a vida humana e a saúde. 
Proteção do Consumidor Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos 
produtos. 
Eliminação de Barreiras Técnicas e Comerciais Evitar a existência de regulamentos 
conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio. 
Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de 
tecnologia, na melhoria da qualidade de vida por meio de normas relativas à saúde, à segurança e 
à preservação do meio ambiente. 
 
(TEÓRICO 4) 
MÉTODOS CIENTÍFICOS 
Método significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo 
É um procedimento de investigação e controle que se adota para o desenvolvimento rápido e eficiente de 
uma atividade qualquer. Não se executa um trabalho sem a adoção de algumas técnicas e 
procedimentos norteadores da ação. 
Para simplificar, a hipótese é uma tentativa preliminar de resposta ao problema da pesquisa. 
Dúvida+ Problema+ Hipótese=Tentativa de solução 
A hipótese é uma resposta provisória e antecipa algo que será ou não confirmado com a pesquisa. 
 
Qualquer pessoa pode realizar uma experiência que julgue ser bem-sucedida, mas sempre necessitará 
da comprovação científica por meio de provas. Os cientistas só aceitarão uma teoria ou descoberta 
depois que a replicarem ou obtiverem provas irrefutáveis até aquele momento. 
Uma experiência científica só será considerada como válida para o mundo da Ciência, se for realizada 
seguindo determinadas normas controladas. Os cientistas se esmeram em replicar incontáveis vezes 
uma experiência até terem certeza de que foram obedecidos todos os critérios de cientificidade exigidos 
pela Ciência. 
 
O método científico é composto pelas seguintes fases: 
 
Observação de um fato; 
Formulação de um problema; 
Proposta de uma hipótese 
Realização de uma pesquisa para testar a validade de uma hipótese. 
 
Tipos de Métodos 
 
Método indutivo: é aquele que parte da observação de casos particulares para o estabelecimento de 
hipóteses de caráter geral. Trata-se do método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), 
para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, semlevar em 
consideração princípios preestabelecidos. 
Conclusões indutivas são perigosas, pois generalizações de premissas verdadeiras podem levar a uma 
falsa conclusão. 
 
Método dedutivo: é aquele pelo qual, a partir da observação de um princípio geral, chega-se a 
conclusões particulares 
Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de 
maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos 
racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao 
conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. 
 
Método hipotético-dedutivo: é aquele pelo qual, mediante a percepção de uma lacuna no 
conhecimento, formula-se uma hipótese e, então, pelo processo de observação e inferência dedutiva, 
testa-se a predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese 
 
Pode-se apresentar as etapas do método hipotético-dedutivo da seguinte forma: 
 
1 - Problema: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a 
explicação de um fenômeno, surge o problema; 
2 - Conjecturas: para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou 
hipóteses. Para a explicação de um fenômeno, surge o problema; 
3 - Dedução de conseqüências observadas: das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências 
que deverão ser testadas ou falseadas; 
4 - Tentativa de falseamento: falsear significa tentar tornar falsas as conseqüências deduzidas das 
hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipóteses, no método 
hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la; 
5 - Corroboração: quando não se consegue demonstrar qualquer caso concreto capaz de falsear a 
hipótese, tem-se a sua corroboração, que é a confirmação da hipótese, entretanto, está é considerada 
provisória. 
 
Problema, Conjecturas, Dedução de consequências observadas, tentativo de falseamento, corroboração, 
método do dialético, método fenomonológico, método histórico. 
 
Método dialético: procura contestar uma realidade posta, enfatizando as suas contradições. Para toda 
tese, existe uma antítese, que, quando contraposta, tende a formar uma síntese. Tal método funda-se 
numa concepção dinâmica da realidade e das relações dialéticas entre sujeito e objeto, conhecimento a 
ação, teoria e prática. O método dialético portanto, é contrário a todo conhecimento rígido, pois tudo é 
percebido como em constante mudança. 
 
Método fenomenológico: não se limita à descrição dos fenômenos. Também é, ao mesmo tempo, 
tentativa de interpretação dos mesmos, com o objetivo de pôr a descoberto os sentidos menos aparentes, 
os sentidos mais fundamentais que os fenômenos têm. Caracteriza-se por valorizar a pesquisa do 
cotidiano, por tentar resgatar tudo aquilo que, pela rotina, foi perdendo relevo e significação, foi ficando 
oculto pelo uso, pelo hábito, pelo senso comum. Nesse sentido, o enfoque fenomenológico permite 
reeducar, reorientar o olhar que investiga. O método fenomenológico valoriza, sobretudo, a interpretação 
do mundo, o qual surge intencionalmente à consciência do homem. Assim, pode-se afirmar que, na 
pesquisa de orientação fenomenológica, o sujeito deixa de ser um observador imparcial, como pretende a 
abordagem positivista, para assumir, de certa forma, a condição de “ator”. O método hipotético-dedutivo 
foi definido por Karl Popper a partir de criticas a indução, expressas em “´A lógica da investigação 
científica”, obra publicada pela primeira vez em 1935. 
Método histórico: O método histórico “consiste em investigar os acontecimentos, processos e 
instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje”. têm suas raízes no passado, 
sendo, portanto, fundamental pesquisar sua origem para bem compreender sua natureza e função. Na 
terminologia científica, método pode ser definido como um conjunto de dados e regras de proceder, 
permitindo atingir um fim previamente determinado. 
 
A pesquisa está relacionada diretamente com a produção de conhecimento e decorre da capacidade de 
raciocínio do homem, no enfrentamento de inúmeros problemas e desafios. A curiosidade e a 
necessidade de conhecer e explicar o novo faz com que a investigação científica se enriqueça e evolua 
constantemente. 
Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de pesquisas são os 
seguintes: 
• formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses; 
• efetuar observações e medidas; 
• registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o intuito de responder às 
perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada; 
• elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou opiniões que estejam em desacordo com as 
observações ou com as respostas resultantes; 
• generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam condições similares; 
a generalização e tarefa do processo chamado indução; 
• prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas 
relações 
As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Podem ser 
classificadas, por exemplo: 
• segundo a área de conhecimento - em pesquisas sociológicas, antropológicas, educacionais etc.; 
• segundo suas finalidades - em pesquisa pura ou aplicada; 
• segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados - em pesquisa quantitativa e qualitativa; 
• segundo o ambiente em que se desenvolve - em pesquisas de campo, de laboratório. 
Quanto às suas finalidades, as pesquisas podem ser divididas em dois grandes grupos: puras e 
aplicadas. No primeiro, encontram-se os estudos motivados por razões de ordem intelectual e, no 
segundo, as pesquisas que objetivam resultados de ordem prática. Se a pesquisa pura pretende alargar a 
fronteira do conhecimento, a pesquisa aplicada tem em vista a utilização, na prática, de conhecimentos 
disponíveis para responder às demandas da sociedade em contínua transformação. Ao tomarmos como 
critério de classificação o procedimento geral de que se valeu o pesquisador, podemos classificar as 
pesquisas em: Bibliográficas, de Laboratório e de Campo. 
Pesquisa Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, 
periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc. 
Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um 
plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e 
fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo. 
Pesquisa de Laboratório: Comumente, este tipo de pesquisa é confundido com pesquisa experimental, 
o que é um equívoco. Embora a maioria das pesquisas de laboratório seja experimental, muitas vezes as 
ciências humanas e sociais lançam mão de pesquisa de laboratório sem que se trate de estudos 
experimentais. Na verdade, o que caracteriza a pesquisa de laboratório é o fato de que ela ocorre em 
situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso. Tais pesquisas, quer se realizem 
em recintos fechados ou ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um 
ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado. 
Pesquisa de Campo: A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente 
como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação 
desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o 
problema pesquisado. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à 
natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. 
Dependendo das técnicasde coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser 
classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. 
PESQUISA QUANTITATIVA: É empregada nas pesquisas de âmbito social econômico, de comunicação, 
mercadológica, de opinião etc., como forma de garantir a precisão dos resultados, na medida em que as 
técnicas de coleta que aplica propiciam a quantificação de todo o material recolhido e na medida em que 
prevê o tratamento estatístico desse material. 
PESQUISA QUALITATIVA: O pesquisador está interessado na interpretação que os próprios sujeitos 
estudados têm da situação sob estudo, por esse motivo a ênfase na subjetividade. A abordagem 
qualitativa oferece flexibilidade no processo de conduzir a pesquisa, pois o pesquisador trabalha com 
situações complexas, que não permitem a definição exata e a priori dos caminhos que a pesquisa irá 
seguir. Nas pesquisas qualitativas, principalmente, não se parte de um projeto rigidamente determinado. 
Ao contrário, as questões da pesquisa vão transformando-se, as técnicas vão sendo revistas e 
reelaboradas no próprio processo de pesquisa. 
 
(Teórico 5) 
Pesquisa 
Os estudantes trabalham cientificamente quando realizam pesquisas dentro dos princípios estabelecidos 
pela metodologia científica, quando adquirem a capacidade não só de conhecer as conclusões que lhes 
foram transmitidas, mas se habilitam a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido 
pelos cientistas. Por essa razão os trabalhos acadêmicos científicos de graduação e pós-graduação 
devem ser desenvolvidos dentro das normas preconizadas pela comunidade científica, visto se tratarem 
de importantes contribuições para o progresso da ciência. 
Para uma boa formação universitária e, consequentemente, uma boa pesquisa, é necessário que o 
estudante / pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias de cada área do conhecimento. 
Inicialmente, para que essas habilidades sejam adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico. 
Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa, que podem ser 
localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas, arquivos públicos, sites acadêmicos 
/ científicos dedicados a divulgação de pesquisas, sites governamentais, entre outros. 
O projeto é uma etapa preliminar no processo de elaboração e execução de uma pesquisa. Deve prever 
os passos a serem seguidos e responder às questões 
• O quê? 
• Por quê? 
• Para quê e para quem? 
• Onde realizar? 
• Como? 
• Com que recursos? 
• Quando 
Em outras palavras, a finalidade intrínseca do projeto é indicar as intenções do autor, deixando claros o 
título (ainda que provisório), a delimitação inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o 
caminho a ser percorrido, as estratégicas os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem 
vencidas. 
Os elementos que compõem um projeto de pesquisa são os seguintes: 
a) Título e subtítulo O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não de 
subtítulo. Neste último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o subtítulo delimita com mais 
precisão o alcance dos objetivos da pesquisa. Exemplo: “A licenciatura em História: avaliação do curso 
de História da Unesp-Franca”. 
b) Delimitação do tema O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o 
estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses profissionais, por 
leituras que tenha feito etc. Entretanto, um dos fatores que mais pesam na delimitação de temas de 
pesquisa, é o caráter atual e instigante de determinado problema. Qualquer que tenha sido o tema 
escolhido devem ser observados os critérios de originalidade, relevância e viabilidade. 
 c) Justificativa Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a abordar o 
tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica a escolha de um tema, é o de 
sua relevância tanto social quanto científica. A argumentação mediante a qual o pesquisador expõe os 
motivos que o levaram a eleger determinado tema e a importância da contribuição que seu estudo pode 
ensejar, são fatores fundamentais na aceitação da pesquisa por parte de seu público-alvo. 
d) Objetivos Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema proposto, esclarecer o 
que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou das questões de pesquisa a serem investigadas. 
Na explicitação dos objetivos de uma pesquisa, antecipam-se as contribuições que a mesma pretende 
trazer para o avanço daquela área específica do conhecimento. 
e) Metodologia Aqui se esclarece a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida: bibliográfica, de 
campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará diferentes formas de investigação. A 
partir daí, devem ser apresentadas e respondidas questões do tipo: Como? Com que? Onde? Quando? 
Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e instrumentos de pesquisa que serão empregados na 
coleta de dados como, por exemplo: 
levantamento das fontes documentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, 
história de vida, análise de conteúdo etc. 
f) Cronograma Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da pesquisa, 
dentro de um determinado tempo. 
g) Custos Caso o projeto envolva custos financeiros, deve-se fazer um levantamento dos materiais a 
serem utilizados e o seu preço, a fim de que se estabeleça o valor total do projeto, principalmente quando 
se tratar de pesquisas financiadas. 
h) Bibliografia Todo projeto de pesquisa deve listar as fontes que serão utilizadas, com as devidas 
referências bibliográficas. 
Quanto à apresentação formal de um projeto, sugere-se a seguinte estrutura: 
Capa: Contendo os dados de identificação do(s) autor(es); título e subtítulo do projeto; universidade ou 
faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data. 
Folha de rosto: Contendo os dados de identificação do (s) autor (es); orientador do projeto; título e 
subtítulo do projeto; universidade ou faculdade onde vai ser apresentado; local da instituição e data. 
Sumário: Relação dos itens com as respectivas páginas. Introdução: Nela apresentam-se, de forma 
dissertativa, o tema, sua delimitação e origem. É importante contextualizar o tema (assunto da pesquisa) 
no tempo, no espaço e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos). 
Justificativa: Texto dissertativo apontando o porquê de sua escolha, sua relevância, as questões da 
pesquisa a serem investigadas e o diálogo com a bibliografia (pressupostos teóricos). 
Objetivos: Texto dissertativo apresentando de forma clara a definição dos objetivos que se pretende 
alcançar com a pesquisa. 
Metodologia / procedimentos: Anunciam-se também de forma dissertativa, o tipo de pesquisa, os 
métodos, as técnicas e instrumentos a serem empregados. 
Cronograma: Previsão do tempo para a realização das diferentes etapas do trabalho. 
Custos: Previsão do orçamento para o desenvolvimento da pesquisa. 
Bibliografia: Relação, em ordem alfabética, das fontes utilizadas no planejamento e na elaboração do 
projeto. 
Anexos: Devem ser incluídos documentos e/ou modelos de instrumentos de pesquisa, apenas quando 
estritamente necessários para o esclarecimento e compreensão do projeto. 
 
(Teórico 6) 
Apresentação de Trabalhos Acadêmicos 
Em trabalhos científicos, ao redigir o relatório final ou a monografia, é desejável a utilização de frases 
curtas e vocabulário adequado. O emprego do pronome impessoal “se” e de algumas formas verbais que 
tendem à impessoalidade, contribuem para a objetividade na redação. 
Ex.: “Nesta pesquisa pretende-se”, ou “elaborou-se um quadro” ou “tal levantamento foi obtido”, ou “a 
metodologia adotada” ou “o presente trabalho procura” etc. 
Porém, se outra for a opção do autor, jamais deverá misturar frases na primeira pessoa como:“eu penso 
que o ensino...” com frases que utilizam outras formas verbais ou pronominais: “nesta monografia 
pretendemos”, ou “procedeu-se neste estudo...” etc. Deve-se, também, evitar o uso do plural de modéstia 
“nós” como primeira pessoa do singular “eu”. 
Concluindo, na redação da monografia, conforme já assinalado, o cuidado com a clareza e a concisão 
deve estar presente em todo o trabalho, evitando-se argumentações demasiadamente abstratas, o 
exagero de orações subordinadas em um só período, idéias repetidas em vários parágrafos, a 
pomposidade e o artificialismo, buscando-se, ao contrário, a simplicidade. 
Trabalhos de Conclusão de Curso: Monografia, Interdisciplinar, Dissertação e Tese 
Os trabalhos de conclusão de curso de graduação conhecidos como (TCC) constituem uma modalidade 
de iniciação científica. O aluno apresenta um trabalho abordando algum Material Teórico tema que foi 
tratado durante o curso que está concluindo e deve demonstrar que domina tanto o assunto, quanto as 
técnicas formais para a produção de monografia. 
Interdisciplinar (TGI) 
O TGI é um documento exigido em cursos de graduação sobre estudos realizados pelos alunos, com o 
objetivo de induzir e fixar o aprendizado. Deve ser feito sob a coordenação do professor. As instituições 
de ensino estabelecem regras parecidas quanto à elaboração de um TGI. Eis algumas delas: 
a) O Trabalho de Graduação Interdisciplinar deve estar de acordo com as normas e regulamentos da 
instituição e a legislação brasileira vigente. 
b) A área de conhecimento a ser estudada deverá ter sido aprovada por uma Comissão, Coordenação de 
Trabalho de Graduação Interdisciplinar; 
c) As atividades efetivamente realizadas devem ser condizentes com o plano de trabalho; 
d) A carga horária mínima deve ser alcançada; 
e) Os objetivos propostos para o Trabalho de Graduação Interdisciplinar devem ser atingidos; 
f) O aluno deve comprovar conhecimento do Código de Ética relativo ao Trabalho de Graduação 
Interdisciplinar; 
g) O discente deverá apresentar, dentro dos prazos, os relatórios exigidos pela supervisão do Trabalho 
de Graduação Interdisciplinar; 
h) O aluno deverá apresentar na data estabelecida, a defesa oral do Trabalho de Graduação 
Interdisciplinar perante a banca examinadora. 
Dissertação 
A dissertação de mestrado é um trabalho científico de pesquisa, desenvolvido em cursos de pós-
graduação stricto sensu, como requisito para obtenção do grau acadêmico de mestre. O trabalho deve 
revelar domínio de conhecimentos específicos da área, capacidade de análise das fontes primárias e 
secundárias de pesquisa, capacidade de síntese e argumentação, pois pressupõe a defesa pública do 
trabalho para uma banca de professores pesquisadores doutores. 
Tese 
A tese de doutorado é um trabalho científico de pesquisa, desenvolvido em cursos de pós-graduação 
stricto sensu, como requisito para obtenção do grau acadêmico de doutor. O trabalho possui como 
principal característica a originalidade e deve revelar domínio de conhecimentos específicos da área, 
capacidade de análise das fontes primárias e secundárias de pesquisa, capacidade de síntese, de 
elaboração de novos conceitos ou teorias que contribuam para o desenvolvimento do conhecimento 
científico e ainda capacidade de argumentação, pois pressupõe a defesa do trabalho para uma banca de 
professores pesquisadores doutores e Livre-docentes. 
Apresentação de Trabalhos Científicos: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais 
O pré-texto é composto pelas páginas que antecedem o corpo principal do trabalho (texto). 
• Capa 
• Folha de rosto 
• Folha de aprovação 
• Dedicatória 
• Agradecimentos 
• Epígrafe 
• Resumo 
• Abstract (Resumo em Inglês) 
• Lista de ilustrações 
• Lista de tabelas 
• Lista de abreviaturas e siglas 
• Lista de símbolos 
• Sumário 
Elementos textuais 
O texto de um trabalho científico pode ser dividido em partes ou capítulos e, cada uma dessas partes ou 
capítulos, pode ser subdividida. 
• Introdução 
• Desenvolvimento 
• Conclusão 
Elementos pós-textuais 
Os elementos pós-textuais apresentam as indicações de fontes e bibliografia que foram utilizados para a 
elaboração do trabalho, além de materiais que complementam as informações apresentadas no texto. 
• Referências 
 • Bibliografia 
• Glossário 
• Apêndice(s) 
• Anexo(s)

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