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Resolvida - Lista Básica Variações Linguísticas

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Lista Básica – Variação Linguística 
 
Mas antes.... dicas para fazer os testes do ENEM 
1. Ler o enunciado antes do texto dado 
Isso ajuda a saber o que procurar no texto e ganhar precisão de leitura. Pode contribuir 
para a redução do tempo gasto em cada questão. 
 
2. Excluir as alternativas “nada a ver” 
Geralmente há 2 (ou 3) alternativas que podem ser excluídas “de cara”, principalmente 
nos testes de humanas. Saber brincar com as alternativas é uma habilidade que pode 
ajudar na hora do ENEM. 
 
3. Procurar os detratores nas alternativas 
Detratores são as palavras que desqualificam a alternativa, estão ali para enganar e 
distrair quem está prestando a prova. Nem sempre há detratores, mas são muito 
comuns nos testes de humanas do ENEM. 
 
4. A alternativa responde o que foi perguntado? 
Muitos testes do ENEM têm alternativas que, fora do contexto da questão, estão 
corretas, mas que não respondem à pergunta feita. É importante sempre voltar ao 
enunciado em caso de dúvida entre alternativas. 
___________________________________________________________________________ 
 
1. (ENEM) 
Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva 
Neto afirma: “No português brasileiro não há, positivamente, influência das línguas africanas 
ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois 
séculos não deixasse marcas no português do Brasil. 
 
ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado). 
 
No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que 
continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o 
mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O 
inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a 
direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion 
voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando 
que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução. 
 
Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que 
 
a) cada língua é única e​ ​intraduzível​. 
b) elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes 
dessa língua. 
c) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a 
produzia é extinta. 
d) o egípcio antigo e o grego apresentam a ​mesma estrutura gramatical​, assim como 
as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. 
e) o egípcio e o grego apresentavam ​letras e palavras similares​, o que possibilitou a 
comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e 
o português do Brasil. 
___________________________________________________________________________ 
 
2. (ENEM) 
Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês​. A figura do índio no 
Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele 
primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 
milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, 
e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço 
de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da 
sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, ​o 
importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos​, como pessoas que nem 
precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos 
tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês. 
 
TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. 
Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado). 
 
Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, ​a norma padrão da língua 
portuguesa ​é empregada com a​ ​finalidade de 
 
a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna. ​→ não está 
errada, mas não é a intenção do autor com o uso da norma padrão. Não 
responde à pergunta corretamente 
b) situar os dois lados da interlocução em posições simétricas. 
c) comprovar a importância da ​correção gramatical nos diálogos​ cotidianos. 
d) mostrar como​ as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa. 
e) ressaltar a importância do código ​linguístico que adotamos como língua 
nacional. 
___________________________________________________________________________ 
 
3. (ENEM) 
eu gostava muito de ​passeá… saí com as minhas colegas​… brincá na porta ​di casa di 
vôlei​… andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a 
palhaça da turma​… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da 
minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos… 
 
A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (inédito). 
 
Um aspecto da ​composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. 
como ​modalidade falada​ da língua é 
 
a) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. 
b) vocabulário​ regional desconhecido​ em outras variedades do português. 
c) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. ​→ o relato 
realmente utiliza o plural correto. Isso, no entanto, não é característica de 
linguagem falada, e portanto não responde à pergunta. 
d) ausência de​ elementos promotores de ​coesão​ entre os eventos narrados. 
e) presença de ​frases incompreensíveis ​a um leitor iniciante. 
___________________________________________________________________________ 
4. (ENEM) 
eu acho um fato interessante​… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se 
conhecer​… né… que… minha mãe morava no Piauí com toda família​… né… ​meu… meu 
avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu… 
minha mãe tinha cinco anos​… né… ​e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha 
dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi… o banco… no 
caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e 
pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e 
por engano o… o… escrivão entendeu Paraíba​… né… ​e meu… e minha família veio parar 
em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco 
do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai​… né… ​e começaram a se conhecer… namoraram 
onze anos​… né… ​pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo 
relacionamento tem uma briga​… né… ​e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma 
coincidência incrível​… né… ​como vieram a se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje 
estão juntos… dezessete anos de casados… 
 
CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998 
 
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a 
frequente ​repetição de “né”. 
 
Essa repetição é um(a) 
 
a) índice de​baixa escolaridade​ do falante. 
b) estratégia típica de manutenção da interação oral. 
c) marca de ​conexão lógica​ entre conteúdos na fala. 
d) manifestação característica da ​fala regional nordestina​. 
e) recurso enfatizador da​ informação mais relevante​ da narrativa. 
___________________________________________________________________________ 
 
5. (ENEM) 
Em bom português 
No Brasil, ​as palavras envelhecem​ e caem como folhas 
secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, 
já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do 
plural: tudo é "a gente"). ​A própria linguagem corrente vai-se 
renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso​. 
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, 
chamou minha atenção para os que falam assim: 
— Assisti a uma fita de cinema com um artista que 
representa muito bem. 
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão 
dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão 
ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho 
em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. 
Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão 
um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em 
vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e 
apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar 
sua mulher. 
 
SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). 
 
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. ​O texto 
exemplifica essa característica da língua, evidenciando que 
 
a) o uso de palavras novas deve ser​ incentivado​ ​em detrimento​ das antigas. 
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações. 
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade ​geográfica​. 
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da ​classe social a que 
pertence o falante. 
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em 
todas as regiões​. ​→ o texto não fala sobre regiões. 
___________________________________________________________________________ 
 
6. (ENEM) 
Óia eu aqui de novo xaxando 
Óia eu aqui de novo para xaxar 
 
Vou mostrar pr’esses cabras 
Que eu ainda dou no couro 
Isso é um desaforo 
Que eu não posso levar 
Que eu aqui de novo cantando 
Que eu aqui de novo xaxando 
Óia eu aqui de novo mostrando 
Como se deve xaxar 
 
Vem cá morena linda 
Vestida de chita 
Você é a mais bonita 
Desse meu lugar 
Vai, chama Maria, chama Luzia 
Vai, chama Zabé, chama Raque 
Diz que eu tou aqui com alegria 
 
BARROS, A. ​Óia eu aqui de novo​. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento). 
 
A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e 
cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular 
regional ​é: 
 
a) “Isso é um desaforo”. 
b) “Diz que eu tou aqui com alegria”. 
c) “Vou mostrar pr’esses cabras”. 
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”. 
e) “Vem cá morena linda, vestida de chita”. 
___________________________________________________________________________ 
 
7. (ENEM) 
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero 
só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; 
os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas 
que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí 
têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns 
dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de 
beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, 
então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um ​the​; já nós, ásperos 
sertanejos, fazemos um duro ​au ou ​eu de todos os terminais em ​al ou ​el - carnav​au​, 
Raqu​eu​... Já os paraibanos ​trocam o ​I pelo ​r​. José Américo só me chamava, afetuosamente, 
de ​Raque​r​. 
 
Queiroz, R. ​O Estado de São Paulo​. 09 maio 1998 (fragmento adaptado). 
 
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um ​tipo de variação linguística que se 
percebe no falar de ​pessoas de diferentes regiões​. As características regionais exploradas no 
texto manifestam-se 
 
a) na fonologia. 
b) no uso do léxico. 
c) no grau de formalidade. 
d) na organização sintática. 
e) na estruturação morfológica. 
___________________________________________________________________________ 
 
8. (ENEM) 
 
Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato 
social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. ​Ocorrem até 
mesmo em falantes que dominam a variedade padrão​, pois, na verdade, revelam 
tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não podem ser bloqueadas 
em nome de um “ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da gramática 
normativa. Usos como ​ter por ​haver em construções existenciais (​tem muitos livros na 
estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para ​mim fazer o trabalho), a 
não-concordância das passivas com ​se (aluga-​se casas) são indícios da existência, não de uma 
norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, ​norma como 
conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor​. 
 
CALLOU, D. ​Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. 
São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). 
 
Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicidade do discurso, verifica-se 
que 
 
a) estudantes ​que não conhecem as diferenças entre língua escrita e língua falada 
empregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos quando vão 
elaborar um texto escrito. 
b) falantes que dominam a variedade padrão do português do Brasil 
demonstram usos que confirmam a diferença entre a norma idealizada e a 
efetivamente praticada, mesmo por falantes mais escolarizados. 
c) moradores de diversas regiões do país que enfrentam ​dificuldades ao se 
expressar na escrita revelam a constante modificação das regras de emprego de 
pronomes e os casos especiais de concordância. 
d) pessoas que se julgam no direito de contrariar a gramática ensinada na escola 
gostam de apresentar ​usos não aceitos socialmente para esconderem seu 
desconhecimento da norma padrão. 
e) usuários que ​desvendam os mistérios e sutilezas da língua portuguesa empregam 
formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo haver, 
contrariando as regras gramaticais. 
___________________________________________________________________________ 
 
9. (ENEM) 
 
Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão 
das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse 
comentário deixa evidente uma ​posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem​, 
enfatizando ser necessário 
 
 
a) implementar a fala​, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança 
no uso da língua. 
b) conhecer gêneros mais formais da ​modalidade oral para a obtenção de clareza na 
comunicação oral e escrita. 
c) dominar as diferentes ​variedadesdo registro oral da língua portuguesa para 
escrever com adequação, eficiência e correção. 
d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em 
se tratando da modalidade escrita. 
e) utilizar recursos ​mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da 
língua para se expressar com alguma segurança e sucesso. 
___________________________________________________________________________ 
 
10. (ENEM) 
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança 
da língua como um fato. Isso deve significar que ​a escola deve aceitar qualquer forma da 
língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! 
 
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, ​não existe 
apenas um português correto​, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não 
é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos 
cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos 
mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. 
 
POSSENTI, S. ​Gramática na cabeça​. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado). 
 
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. 
 
Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber 
 
a) descartar as marcas de informalidade​ do texto. 
b) reservar ​o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. 
c) moldar a norma padrão​ do português pela linguagem do discurso jornalístico. 
d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. 
e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados 
pela escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1. B 2. B 3. A 4. B 5. B 6. C 7. A 8. B 9. D 10. D

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