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PCC-Fundamentos da Educação-Corrigido

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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR - PCC 
2020.2 
 
Observar, Pesquisar e Construir o 
Conhecimento 
 
Curso: Letras – ING 
Disciplina: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO (EEL0038) 
Nome: Jean Pierre Barakat 
Matrícula: 200.001.176.152 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza – CE 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Objetivos 
Realizar uma reflexão sobre a interação ambiente, cultura e sociedade na 
comunidade de Messejana, bairro de Fortaleza CE, bem como apontar as 
desigualdades socioeconômicas e educacionais sob a ótica cidadã do autor. 
 
2. Introdução 
Messejana é um bairro localizado na zona sudeste de Fortaleza, Ceará. Nele 
nasceu o famoso escritor José de Alencar, entre outras figuras notórias. É 
um lugar rico de história. Conta com uma população de pouco mais de 
41.000 habitantes e é bem servido em termos transporte, serviços e outras 
facilidades. 
 
3. Messejana: ambiente, cultura e sociedade 
Um ambiente saudável percebe-se pelo cuidado com a limpeza das ruas, a 
segurança, áreas verdes bem cuidadas, saneamento básico funcional para 
todos os moradores, e ruas asfaltadas e bem cuidadas. No entanto, 
Messejana peca muito pela falta da maior parte dessas benesses. 
Ainda bem que as áreas verdes estão bem distribuídas pelo bairro e 
amenizam a precariedade de um bairro tão necessitado de vida. Não 
precisamos ir muito longe. Basta sair por aí e dobrar a primeira esquina para 
sentir a desigualdade, certo abandono, e descaso da Administração local. 
Por exemplo, a Lagoa de Messejana, que poderia ser revitalizada para 
convidar a comunidade para levar sua família para apreciar o ar livre, é 
abrigo de moradores de rua e usuários de drogas. 
Há muita pobreza emaranhada na riqueza. Prédios de alto padrão 
despontam por entre bolsões de pobreza ou extrema pobreza, o que não é 
senão o reflexo micro da visão macro do nosso Brasil. Muita gente ganha 
seu pão cotidiano com muita dificuldade, se agarrando às poucas 
oportunidades de dignidade profissional, acordando cedo para pegar a 
condução lotada para a capital. 
A verdade é que são tantas desigualdades que não se sabe bem por onde 
começar. Além disso, a pandemia do COVID-19 ampliou os fossos 
existentes e criou novos. 
No campo da Educação, o fechamento das escolas do bairro para motivos 
de segurança sanitária gerou muito desconforto e transtorno em pais, filhos e 
educadores. Nem todas as famílias possuem acesso à Internet para seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
aulas online, muitos dependem de favores ou espaços como bibliotecas de 
bairro para ter um acesso mínimo. As famílias pobres viram seus problemas 
(já são tantos, domésticos, relacionais, de sobrevivência) exacerbados. 
Professores e alunos perderam o contato visual e físico, bem no início do 
ano letivo, e mal souberam se organizar e adaptar para de certa forma se 
“conectar”. 
As escolas públicas tem notoriamente pouca verba federal, estadual e 
municipal, estrutura precária sem investimentos. Em suma, foi um 
descalabro total. Por outro lado, as instituições privadas de Ensino 
conseguiram de certa forma se organizar. Sabe-se que é privilégio de 
poucos ter condições de pagar pela educação dos filhos. As escolas 
privadas adotaram o sistema a distância (EAD), mas não se pode afirmar 
que a qualidade do ensino foi das melhores. Nitidamente, os escolares 
perderam o ano letivo, e a previsão da volta à normalidade é um horizonte 
longínquo. 
O bairro como um todo tem suas desigualdades: seu modo de viver, seu 
modo de pensar, de respeitar o outro, ter prioridades que divergem entre 
classes sociais. Muitas pessoas instruídas abandonaram o uso de máscaras, 
que é a proteção mínima contra um vírus virulento e invisível. É muito difícil 
conviver com pessoas que não respeitam os outros e praticam atos 
reprováveis que atentam contra vida em geral. Mas é o exercício da 
tolerância por entre a ignorância que vai fazer a diferença em longo prazo. 
 
4.2 CONCLUSÃO 
Messejana poderia ser um lugar melhor para se viver se as autoridades 
investissem no bem-estar da população e atentassem para a aproximação 
das pessoas mediante iniciativas de inclusão em todas as áreas do bairro. 
Em primeiro lugar, dever-se-á investir na revitalização de espaços 
“fantasma” e reconstruir o bem-estar de que a população tanto precisa entre 
tanta pobreza, falta de oportunidades e desilusão para com o futuro. 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
de Figueiredo Balieiro, Fernando. Aspectos antropológicos e sociológicos da 
Educação. 
Messejana (Fortaleza). Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Messejana_(Fortaleza) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Messejana_(Fortaleza)

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