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TÉCNICAS/ EXERCÍCIOS PARA AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM) Prof.ª Esp. Juliana Ap. Rosa Pfister PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE ADM AVALIAÇÃO DO PACIENTE Examinar e avaliar os comprometimentos e o grau de função do paciente; Determinar as precauções, o prognóstico e planejar a conduta de tratamento; Determinar a habilidade do paciente - ADM ativa, ativoassistida ou passiva; Determinar a quantidade de movimento que pode ser aplicada com segurança de acordo com a condição dos tecidos e a saúde do paciente. AVALIAÇÃO DO PACIENTE Decidir quais padrões podem alcançar as metas de forma mais adequada. As técnicas de ADM podem ser feitas: - Nos planos anatômicos de movimento: sagital, frontal (coronal) e transversal; - Na amplitude do alongamento do músculo; - Em padrões combinados: movimentos diagonais ou movimentos que incorporem vários planos de movimento; - Em padrões funcionais: movimentos usados nas AVDs. AVALIAÇÃO DO PACIENTE Monitorar a condição geral do paciente e suas respostas durante e após o exame e a intervenção; Observar qualquer mudança nos sinais vitais, no calor e na cor do segmento e qualquer alteração na ADM, dor ou qualidade do movimento; Documentar e comunicar os achados e as intervenções; Reavaliar e modificar a intervenção se necessário. PREPARO DO PACIENTE Comunicar-se com o paciente; Descrever o plano de tratamento e o método de intervenção para alcançar as metas; Deixar a região livre de roupas apertadas, lençóis, talas e curativos; Cobrir o paciente com um pano se necessário; Posicionar o paciente em uma posição confortável, com alinhamento e estabilização corporal corretos, e que também permita mover o segmento por meio da ADM possível; Posicionar-se de modo a poder utilizar uma mecânica corporal apropriada. APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS Para controlar o movimento, segurar o membro em torno das articulações. Se as articulações estiverem dolorosas, modificar a maneira de segurar, mas continuar proporcionando o suporte necessário para o controle. Dar suporte às áreas com integridade estrutural prejudicada, como uma articulação hipermóvel, um local de fratura recente ou um segmento paralisado do membro. APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS • Mover o segmento ao longo da amplitude completa livre de dor, até o ponto de resistência dos tecidos. Não forçar além da amplitude possível - se forçar o movimento, a técnica se transformará em alongamento. • Realizar os movimentos de forma suave e rítmica, com 5 a 10 repetições (esse número depende dos objetivos do programa, da condição do paciente e da resposta ao tratamento). APLICAÇÃO DA ADM ATIVA Demonstrar o movimento desejado usando ADM passiva, e, então, pedir ao paciente para realizar o movimento. Manter suas mãos posicionadas para auxiliar ou guiar o paciente caso seja necessário. Dar assistência somente na medida necessária para conseguir um movimento suave. Quando houver fraqueza, poderá ser necessário usar assistência apenas no início ou no final da ADM, ou quando o efeito da gravidade tiver o maior braço de momento (torque). O movimento é realizado dentro da ADM disponível. APLICAÇÃO DA ADM PASSIVA Durante a ADM passiva, a força para o movimento é externa, sendo fornecida pelo fisioterapeuta ou um dispositivo mecânico. Quando apropriado, o paciente pode fornecer a força e ser ensinado a mover a parte usando o membro normal (autoassistência). Nenhuma resistência ou assistência ativa é dada pelos músculos do paciente que cruzam aquela articulação (caso os mm. se contraiam, este se tornará um exercício ativo). O movimento é realizado dentro da ADM livre, ou seja, a amplitude possível sem forçar o movimento e sem causar dor. TÉCNICAS DE ADM (EXERCÍCIOS) TÉCNICAS DE ADM As descrições das posições e técnicas podem ser usadas para ADM passiva, ADM ativoassistida e ADM ativa. Quando se faz a transição de ADM passiva para ativa, a gravidade tem um impacto significativo, especialmente em pessoas com musculatura fraca. Quando o segmento se move para cima contra a gravidade, pode ser preciso dar assistência ao paciente. Quando o movimento é paralelo ao solo (gravidade eliminada ou neutra) a parte pode precisar apenas de um apoio enquanto os músculos a conduzem ao longo da amplitude. TÉCNICAS DE ADM • Já quando o segmento se move para baixo, com a gravidade causando o movimento, os músculos antagonistas ao movimento realizado se tornam ativos e pode ser necessária assistência para controlar a descida da parte. • O fisioterapeuta precisa estar ciente desses efeitos e modificar a posição do paciente quando necessário para alcançar as metas de ADM ativoassistida e ativa. TÉCNICAS DE ADM • Realizar todos os movimentos possíveis em uma posição (DD, DL, DV, sentado, em pé) para, então depois, trocar a posição do paciente, o virando o mínimo possível. • É importante o uso de uma boa mecânica corporal por parte do fisioterapeuta enquanto aplica a estabilização e o movimento apropriado, de modo a alcançar as metas e evitar lesionar estruturas enfraquecidas. ADM AUTOASSISTIDA (ATIVOASSISTIDA) ADM AUTOASSISTIDA O envolvimento do paciente nos cuidados pessoais deve começar assim que a pessoa for capaz de compreender e aprender o que fazer. Mesmo com fraqueza ou paralisia, o paciente pode aprender como mover a parte envolvida e ser instruído sobre a importância do movimento dentro de parâmetros seguros. Após uma cirurgia ou lesão traumática, a técnica de ADM autoassistida é usada para proteger os tecidos em cicatrização quando uma contração muscular mais intensa é contraindicada. ADM AUTOASSISTIDA Uma variedade de dispositivos, assim como o uso de um membro normal, pode ser usado para alcançar as metas da ADM passiva ou ativoassistida. A incorporação da ADM autoassistida torna-se então parte do programa de exercícios domiciliares. O paciente pode aprender a usar o membro assistente para mover o membro envolvido pelas amplitudes de movimento. ADM AUTOASSISTIDA Esses exercícios podem ser feitos em decúbito dorsal, sentado ou em pé. Os efeitos da gravidade se modificam com o posicionamento do paciente, de modo que, ao levantar uma parte do corpo contra a gravidade, esta proporciona uma força resistiva contra o mobilizador, que pode necessitar de assistência. Quando o membro se move para baixo, a gravidade é, praticamente, a causa do movimento; os antagonistas precisam então de assistência para controlar o movimento. ADM AUTOASSISTIDA - BRAÇO E ANTEBRAÇO Instrua o paciente a movimentar o braço à frente do corpo usando o membro assistente e segurar o membro envolvido pelo punho, estabilizando punho e mão. - Flexão e extensão de ombro; - Abdução e adução horizontal de ombro; - Rotação de ombro; - Flexão e extensão do cotovelo; - Pronação e supinação do antebraço. ADM AUTOASSISTIDA – OMBRO E COTOVELO ADM AUTOASSISTIDA - PUNHO E MÃO • O paciente coloca os dedos assistentes no dorso e o polegar na palma da mão a ser mobilizada. - Flexão e extensão de punho e desvio radial e ulnar; - Flexão e extensão de dedos; - Flexão do polegar com oposição e extensão do polegar com reposição. ADM AUTOASSISTIDA - PUNHO E MÃO ADM AUTOASSISTIDA – QUADRIL E JOELHO • Flexão de quadril e joelho; • Abdução de quadril combinada com rotação lateral. ADM AUTOASSISTIDA – TORNOZELO E DEDOS DOS PÉS • O paciente senta-se com o membro envolvido cruzado sobre o membro assistente de modo que a região distal da perna repouse sobre o joelho perpendicularmente. • A mão assistente mobiliza o tornozelo envolvido em dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão, e os dedos do pé em flexão e extensão. EXERCÍCIOS COM BASTÃO EXERCÍCIOS COM BASTÃO • Quando um paciente tem controle muscular voluntário em um MS envolvido, mas precisa de condução ou motivação para completar a ADM de ombro ou cotovelo, um bastão pode serusado para dar assistência. • Em casa, pode-se usar vara de cortina, bengala, taco de madeira, cabo de vassoura ou objeto similar ao bastão. EXERCÍCIOS COM BASTÃO • A escolha da posição baseia-se no grau de função do paciente. • A maioria das técnicas pode ser feita em DD se for necessária máxima proteção. • A posição sentada ou em pé requer maior controle. • A escolha da posição também depende dos efeitos da gravidade nos músculos fracos. • Inicialmente, guie o paciente pelo movimento apropriado em cada atividade para assegurar que ele não vai usar movimentos compensatórios. • O paciente segura o bastão com as duas mãos e o membro normal conduz e controla os movimentos. EXERCÍCIOS COM BASTÃO • Flexão e extensão de ombro; • Extensão do ombro além do 0°; • Abdução e adução horizontal de ombro; • Rotação interna e externa de ombro; • Flexão e extensão do cotovelo. EXERCÍCIOS COM BASTÃO EXERCÍCIOS COM BASTÃO • Variações e combinações de movimentos: Por exemplo, o paciente começa com o bastão atrás da região glútea e depois o sobe pelas costas para obter o movimento alado das escápulas, a rotação medial dos ombros e a flexão dos cotovelos. ESCADA DIGITAL (ESCALADA DE DEDOS OU PAREDE) ESCADA DIGITAL • O exercício de escalar a parede (ou usar um dispositivo como a escada de dedos) pode dar ao paciente um reforço do objetivo e, desse modo, motivação para realizar ADM de ombro. • Podem ser feitas marcas na parede para dar um feedback visual sobre a altura alcançada. • O braço pode ser movido em flexão ou abdução. • O paciente se aproxima da parede à medida que o braço é levantado. ESCADA DIGITAL • Precaução: é preciso ensinar ao paciente os movimentos corretos e não permitir substituições como inclinação lateral de tronco, levantamento sobre os dedos do pé ou levantamento de ombros. EXERCÍCIOS NAS POLIAS ELEVADAS POLIAS ELEVADAS • A polia utiliza uma atividade muscular significativamente maior que a ADM assistida pelo fisioterapeuta e por aparelhos de mobilização passiva contínua e, desse modo, é uma forma de assistência que deve ser usada apenas quando a atividade muscular for desejada. POLIAS ELEVADAS • Para uso domiciliar, uma única polia pode ser presa a uma corda que é mantida no lugar pressionada entre uma porta e o batente. A polia pode também ser presa a uma barra elevada ou fixada no teto. • O paciente deve ser posicionado de modo que a polia fique diretamente em cima da articulação que está se movendo para que a linha de tração mova efetivamente o membro, e não apenas comprima uma superfície articular contra a outra. • O paciente pode ficar sentado, em pé ou em decúbito dorsal. EXERCÍCIOS DE ADM DO OMBRO NAS POLIAS ELEVADAS • Instrua o paciente para segurar uma corda em cada mão e com a mão normal, puxar a corda e erguer o membro envolvido para a frente (flexão), para o lado (abdução) ou no plano da escápula (abdução no plano escapular, 30° à frente do plano frontal). • O paciente não deve levantar o ombro (elevação escapular) nem inclinar o tronco. Oriente e instrua o paciente para que o movimento seja suave. EXERCÍCIOS DE ADM DO OMBRO NAS POLIAS ELEVADAS • Precaução: atividades para o ombro assistidas com polia são facilmente usadas de forma errada pelo paciente, resultando em compressão do úmero contra o acrômio. • A compressão contínua leva à dor e diminuição da função. • Se o paciente não puder aprender a usar as polias com uma biomecânica apropriada de ombro, esses exercícios não deverão ser feitos. • Interrompa a atividade se houver aumento de dor ou diminuição na mobilidade. EXERCÍCIOS DE FLEXÃO DE COTOVELO NAS POLIAS ELEVADAS • Com o braço estabilizado ao lado do corpo, o paciente levanta o antebraço e flexiona o cotovelo. PRANCHAS COM RODAS (SKATE)/MESAS DESLIZANTES PRANCHAS COM RODAS (SKATE)/MESAS DESLIZANTES • O uso de uma superfície lisa pode encorajar o movimento sem a resistência da gravidade ou do atrito. • Se for possível, poderá ser usada uma prancha com rodas tipo skate. • Outros métodos incluem colocar talco na superfície ou colocar uma toalha embaixo do membro para que possa deslizar na superfície plana da mesa ou maca. PRANCHAS COM RODAS (SKATE)/MESAS DESLIZANTES • Qualquer movimento pode ser feito, mas os mais comuns são: abdução/ adução do quadril em decúbito dorsal e abdução/adução horizontal de ombro na posição sentada; flexão e extensão do joelho na posição sentada ou deitada; dorsiflexão e flexão plantar sentado; desvios radial e ulnar do punho. PRANCHAS COM RODAS (SKATE)/MESAS E ACESSÓRIOS DESLIZANTES EXERCÍCIOS PENDULARES DE CODMAN EXERCÍCIOS PENDULARES DE CODMAN • Ernest Amory Codman (1869 –1940) propôs um tipo especial de mobilização do ombro, especialmente recomendada após o reparo do manguito rotador. • Os exercícios de Codman, ou exercícios de pêndulo, consistem de movimentos circulares e pendulares com o braço, obtidos com movimentos suaves do tronco ou movimentos passivos do membro superior, sem a contração de qualquer músculo do ombro. EXERCÍCIOS PENDULARES DE CODMAN • O objetivo desta técnica visa decoaptar a cabeça do úmero do acrômio, através da gravidade, permitindo criar tensão no tecido conjuntivo rígido sem compressão da cabeça do úmero contra o acrômio. • Isso gera um alívio da dor, proporciona aumento da mobilidade precoce às estruturas articulares (restaura a ADM) do ombro após uma lesão ou cirurgia, além de relaxar os mm. do complexo do ombro e região cervical. EXERCÍCIOS PENDULARES DE CODMAN • São executados usando apenas o peso do braço. Para aqueles que defendem a ideia de se utilizar pesos, a recomendação é que a carga seja introduzida gradualmente e que não exceda 2Kg. • Recomenda-se o uso de uma munhequeira com peso ao invés do paciente contrair os músculos do antebraço e mão para segurar um halter. TÉCNICAS DE ADM PASSIVA PARA MEMBROS SUPERIORES OMBRO – FLEXÃO E EXTENSÃO ADM: 0 – 180° - Mão inferior: segurando o braço por baixo do cotovelo. - Mão superior: cruzada, segurar o punho e a palma da mão do paciente. - Erguer o braço por meio da ADM possível e retornar. Obs.: para o movimento normal, a escápula deve estar livre para rodar para cima à medida que o ombro flexiona. OMBRO – FLEXÃO E EXTENSÃO • Para obter extensão além do grau zero, posicionar o ombro do paciente na beira da maca, se ele estiver em decúbito dorsal, ou colocá-lo em decúbito lateral, ventral ou sentado. • ADM: 45° (hiperextensão) OMBRO – ABDUÇÃO E ADUÇÃO ADM: 0 – 180° Usar o mesmo posicionamento de mãos utilizado para a flexão, mas mover o braço lateralmente. O cotovelo pode estar flexionado. Obs.: para alcançar a ADM completa de abdução, é preciso ocorrer rotação lateral do úmero e rotação para cima da escápula. OMBRO – RI E RE ADM: 0 – 90° Se possível, o braço é abduzido a 90°, o cotovelo é flexionado a 90°, e o antebraço mantido na posição neutra. Segurar a mão e o punho do paciente para estabilizá-lo, e com a outra mão, estabilizar o cotovelo e rodar o úmero em RI e RE. OMBRO – ADUÇÃO E ABDUÇÃO HORIZONTAL ADM: 0 – 40° Para alcançar a abdução horizontal completa, o ombro do paciente precisa estar na beira da maca. Começar com o braço flexionado ou abduzido a 90°. O posicionamento das mãos é o mesmo utilizado para a flexão, mas deve-se virar o corpo e ficar de frente para a cabeça do paciente à medida que mover o braço dele para o lado e depois sobre o corpo. ESCÁPULA – elevação/depressão, protração/retração e rotação para cima/para baixo Posicionar o paciente em DV com o braço ao lado do corpo ou em DL, de frente para você. Apoiar o braço dele sobre a parte inferior do seu braço. Posicionar a mão de cima, em concha, sobre o acrômio do paciente, e a outra em torno do ângulo inferior da escápula. Para elevação, depressão, protração e retração, a clavículatambém se move à medida que os movimentos escapulares são direcionados ao acrômio. Para rotação, direcionar os movimentos escapulares no ângulo inferior à medida que empurra simultaneamente o acrômio no sentido oposto a fim de criar um efeito rotatório de par de forças. ESCÁPULA – elevação/depressão, protração/retração e rotação para cima/para baixo COTOVELO – FLEXÃO E EXTENSÃO ADM: 0 – 145° O posicionamento das mãos é o mesmo utilizado para a flexão de ombro. Obs.: controlar a supinação e a pronação do antebraço e executar flexão e extensão do cotovelo com o antebraço em pronação e em supinação. COTOVELO – PRONAÇÃO E SUPINAÇÃO ADM: 0 –90° Segurar o punho do paciente, estabilizar o cotovelo com a outra mão. O movimento é um rolamento do rádio em torno da ulna e ocorre na região distal do rádio. Obs.: a pronação e a supinação devem ser feitas com o cotovelo tanto flexionado quanto estendido. Cuidado não sobrecarregar o punho torcendo a mão. PUNHO - flexão e extensão; desvio radial (abdução) e ulnar (adução) ADM: flexão = 90°; extensão = 70°; desvio radial = 20°; desvio ulnar = 45°. Em todos os movimentos do punho, segure com uma das suas mãos a mão do paciente, posicionando-a próximo e na região distal da articulação, e estabilizar o antebraço do paciente com a outra mão. Obs.: Para obter a ADM completa nas articulações do punho, permitir que os dedos se movam livremente enquanto se movimenta o punho. MÃO - arqueamento e achatamento do arco da mão nas articulações carpometacárpica e intermetacárpica • Ficar de frente para a mão do paciente; colocar os dedos das suas mãos na palma da mão do paciente e suas eminências tenar na região volar. • Rolar os metacarpos no sentido da palma para aumentar o arco e no sentido do dorso para achatar o arco. MÃO - arqueamento e achatamento do arco da mão nas articulações carpometacárpica e intermetacárpica Obs.: a extensão e a abdução do polegar na articulação carpometacárpica é essencial para os movimentos funcionais da mão. Pode ser feita a manobra de ADM isolada de flexão- extensão e abdução-adução dessa articulação movendo o primeiro metacarpo ao mesmo tempo em que estabiliza o osso trapézio. Articulações do polegar e dos dedos: flexão e extensão, abdução e adução As artt. dos polegares e dos dedos incluem as artt. metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Estabilizar o antebraço e a mão do paciente sobre a maca. Mover cada articulação da mão do paciente individualmente, estabilizando o osso proximal com o dedo indicador e o polegar de uma mão, movendo o osso distal com o indicador e o polegar da outra mão. Obs.: para conseguir a ADM completa, não tensione os mm. extrínsecos que vão para os dedos. Articulações do polegar e dos dedos: flexão e extensão, abdução e adução QUADRIL E JOELHO COMBINADOS – FLEXÃO E EXTENSÃO ADM: flexão de quadril = 125° / flexão de joelho = 140°. Para alcançar a amplitude completa de flexão do quadril, o joelho também precisa ser flexionado para aliviar a tensão no grupo muscular dos isquiotibiais. Para alcançar a amplitude completa de flexão do joelho, o quadril precisa ser flexionado para liberar a tensão no músculo reto femoral. QUADRIL E JOELHO COMBINADOS – FLEXÃO E EXTENSÃO • Apoie e erga a perna do paciente com a palma e os dedos da mão superior posicionados na região posterior do joelho do paciente e a mão inferior sob o calcanhar. À medida que o joelho flexiona até a ADM completa, desloque seus dedos para a região lateral da coxa. QUADRIL – EXTENSÃO ADM: 10° Com o paciente em DL, leve a mão inferior por baixo da coxa seguindo até a superfície anterior; estabilize a pelve com a mão superior. Obs.: Para ADM completa de extensão do quadril, não flexione o joelho na amplitude completa, pois o músculo reto femoral, que é biarticular, poderá restringir a amplitude. QUADRIL – ABDUÇÃO E ADUÇÃO ADM: 0-45°/adução além da linha média=15° Apoie a perna do paciente com a mão superior colocada sob o joelho e a mão inferior sob o tornozelo. Para ADM completa de adução, a perna contralateral precisa estar parcialmente abduzida. Mantenha o quadril e o joelho do paciente em extensão e, neutro para rotação, enquanto faz abdução e adução. QUADRIL – RI E RE COM JOELHO ESTENDIDO ADM: 0-10° Segure a perna posicionando a mão superior próximo ao joelho do paciente e a mão Inferior próximo ao tornozelo. Role a coxa para dentro e para fora. QUADRIL – RI E RE COM QUADRIL E JOELHO FLEXIONADOS ADM: 0-45° Flexione o quadril e o joelho do paciente em 90°; dê suporte para o joelho com a mão superior. Gire o fêmur movendo a perna como um pêndulo. TORNOZELO – DORSIFLEXÃO ADM: 0-20° Estabilize a art. do tornozelo posicionando a mão superior ao redor dos maléolos. Faça uma concha com a palma da mão inferior e posicione-a ao redor do calcanhar do paciente; coloque seu antebraço ao longo da planta do pé. Tracione o calcâneo utilizando o polegar e os dedos, ao mesmo tempo que empurra a região plantar anterior do pé em direção à perna com auxilio do antebraço. TORNOZELO – DORSIFLEXÃO Obs.: se o joelho estiver flexionado será possível obter a ADM completa da art. do tornozelo. Se o joelho estiver estendido, a amplitude alongada do músculo gastrocnêmio biarticular poderá ser obtida, porém esse m. limitará a ADM completa de dorsiflexão. Aplique a dorsiflexão com o joelho nas duas posições para prover amplitude tanto para a articulação quanto para o músculo. TORNOZELO – FLEXÃO PLANTAR ADM: 0-45° Apoie o calcanhar com a mão inferior. Coloque a mão superior sobre o dorso do pé e empurre, fazendo flexão plantar. Obs.: em pacientes acamados, o tornozelo tende a assumir uma posição de flexão plantar decorrente do peso dos cobertores e da tração da gravidade, de modo que esse movimento provavelmente não será necessário. ARTICULAÇÃO SUBTALAR: INVERSÃO E EVERSÃO ADM: eversão=20° / inversão=40° Usando a mão inferior, coloque o polegar medialmente e os dedos lateralmente à articulação do calcanhar. Gire o calcanhar para dentro e para fora. Obs.: a supinação do pé pode ser combinada com a inversão, e a pronação pode ser combinada com a eversão. Articulações dos dedos do pé: flexão e extensão e abdução e adução (artt. metatarsofalangeanas e interfalangeanas) • Com uma das mãos, estabilize o osso proximal da art. que será movida e mova o osso distal com a outra mão. • A técnica é a mesma usada para exercício de ADM dos dedos da mão. • Várias articulações dos dedos podem ser movidas de forma simultânea, desde que se tenha o cuidado de não sobrecarregar alguma estrutura. TÉCNICAS DE ADM PASSIVA PARA COLUNA CERVICAL POSICIONAMENTO DO TERAPEUTA • Em pé, na cabeceira da maca de tratamento, segurando firmemente a cabeça do paciente colocando as duas mãos sob a região occipital. FLEXÃO E EXTENSÃO ADM: flexão=65° / extensão=50° FLEXÃO: - Erga a cabeça do paciente como em um gesto afirmativo (queixo em direção à laringe) para flexionar a cabeça sobre o pescoço. - Quando esta parte do movimento da cabeça estiver completo, continue a flexionar a região cervical da coluna vertebral e levante a cabeça em direção ao esterno. FLEXÃO E EXTENSÃO ADM: flexão=65° / extensão=50° EXTENSÃO: - Incline delicadamente a cabeça do paciente para trás. - Obs.: se o paciente estiver em DD, apenas a cabeça e a região cervical da coluna vertebral poderão ser estendidos; a cabeça precisará estar para fora da mesa para ser possível estender toda a região cervical. O paciente pode também ser posicionado em decúbito ventral ou sentado. FLEXÃO LATERAL (INCLINAÇÃO LATERAL) E ROTAÇÃO • ADM: flexão lateral=40° / rotação=55° • Mantenha a região cervical da coluna vertebral neutra para flexão e extensão enquanto você direciona a cabeça e o pescoço em inclinação lateral (aproxima a orelha do ombro)e rotação (rodar a cabeça de um lado para o outro). TÉCNICAS DE ADM PASSIVA PARA COLUNA LOMBAR FLEXÃO ADM: 95° Traga os dois joelhos do paciente até o tórax, erguendo-os por baixo (flexão de quadril e joelho). A flexão da coluna vertebral ocorre quando os quadris são flexionados na ADM completa e a pelve roda posteriormente. EXTENSÃO • ADM:35° • Posicionar o paciente em decúbito ventral para obter extensão completa (hiperextensão). • Com as mãos sob as coxas, erga-as até que a pelve gire anteriormente e a região lombar da coluna vertebral se estenda. ROTAÇÃO ADM:35° Posicionar o paciente em DD com quadris e joelhos flexionados e pés apoiados na maca. Empurre os dois joelhos do paciente para um mesmo lado até que a pelve do lado contralateral comece a sair da maca de tratamento. Estabilize o tórax do paciente com a mão superior. Repita na direção oposta. TEMA DA PRÓXIMA AULA • MOBILIZAÇÃO ARTICULAR PERIFÉRICA (MOBILIZAÇÃO INTRA- ARTICULAR *ESTUDAR MOVIMENTOS ARTROCINEMÁTICOS E LEI CONVEXO- CÔNCAVA)
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