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Persistência do canal arterial Cardiopatias congênitas acianóticas Ana Júlia Mafra Marin Ana Carolina Pires Franch 1. Introdução O canal arterial é uma estrutura vascular que conecta a aorta descendente à artéria pulmonar principal; Sendo essencial na circulação fetal. Permitindo o desvio do débito do VD para a aorta descendente desviando o sangue da circulação pulmonar de alta resistência; Constrição prematura ou fechamento do canal arterial na vida fetal pode levar a insuficiência cardíaca. Como consequência a hidropsia fetal; Após o nascimento deve ocorrer o fechamento funcional do canal arterial dentro das primeiras 24 a 48 horas e o fechamento anatômico entre 2 a 3 semanas. Sua persistência após o 3º mês de vida é anormal. 2. Fatores aumentam o risco de uma criança ter PCA Genéticos; Infecção: o mais reconhecido é a infecção pelo vírus da rubéola durante a gravidez, particularmente nas 4 primeiras semanas da gestação; Fatores ambientais: uso de valproato na gestação; Prematuridade. 3. Fisiopatologia Em crianças a termo, aumento da PaO2 e diminuição de prostaglandinas indica o fechamento do canal; A constrição muscular causa isquemia que forma mediadores inflamatórios, transformando o canal em um ligamento não-contrátil; Presença de resposta inflamatória após o nascimento associado aos monócitos/macrófagos e citocinas, que são potentes vasodilatadores, também é um indício. Curiosidade: algumas patologias necessitam que fique aberta. A fisiopatologia permanece em debates e pesquisas médicas. 4. Quadro clínico Aumento do fluxo pulmonar que pode diminuir o fluxo em outros órgãos (intestino, pele, músculos e rins), que acarreta em acidose metabólica, necrose e edema/hemorragia pulmonar; Taquicardia; Irritabilidade; Dispneia; Diminuição do ganho de peso; Pneumonias de repetição; Sopro cardíaco (mais intenso em foco pulmonar, irradiando para o dorso). 5. Complicações Insuficiência cardíaca; Doença vascular pulmonar; Endarterite; Aneurisma do canal arterial. A instabilidade hemodinâmica pode causar: Hemorragia pulmonar; Insuficiência cardíaca; Displasia broncopulmonar; Hipoperfusão renal; Isquemia cerebral, etc; 6. Diagnóstico No exame físico é possível identificar taquipneia, dispneia e taquicardia, de diferencial é o sopro cardíaco; É feito pelo ecocardiograma, ECG e radiografia de tórax; No ecocardiograma pode ser verificado: Tamanho da PCA (frequentemente comparado ao tamanho da artéria pulmonar esquerda); Velocidade do fluxo na PCA; Presença de aumento do coração esquerdo; Presença de reversão diastólica do fluxo na aorta descendente; Presença de fluxo diastólico anterógrado na artéria pulmonar esquerda; Ele deve ser realizado entre o 1º e o 3º dia de vida nos RNs com idade gestacional menor do que 30 semanas. Considera-se um PCA de grande calibre quando o diâmetro (medido na extremidade pulmonar do canal) é maior do que 2 mm ou maior do que 1,5 mm/kg de peso. 6.1. Diagnóstico Exames complementares são a radiografia de tórax e o eletrocardiograma. A radiografia pode ser útil para avaliar o grau de hipervolemia e edema pulmonar. 7. Tratamento O canal arterial pode evoluir para um fechamento espontâneo; Caso isso não ocorra, o tratamento pode ser feito através de medicamentos que induzem o fechamento do canal (indometacina ou ibuprofeno); Fazendo a utilização de indometacina como prevenção, é possível reduzir o número de canais arteriais sintomáticos, a necessidade de cirurgia e de hemorragia intraventricular grave; O ibuprofeno também tem sido utilizado na terapêutica dessa anomalia. Tem o mesmo efeito da indometacina, mas pode ter efeito colateral de aumentar o risco de doença pulmonar crônica e a hipertensão pulmonar; Caso a PCA não se resolva com o uso de medicamentos, é indicado o tratamento cirúrgico. A cirurgia é relativamente segura, sendo a mortalidade hoje extremamente baixa, porém, pode ocorrer complicações como pneumotórax. Nessa cirurgia pode ser feita ligadura ou secção do canal arterial. 8. Referências file:///C:/Users/Usuario/Downloads/persistencia_do_canal_arterial%20(1).pdf https://cardiopapers.com.br/persistencia-do-canal-arterial-pca-o-que-eu-tenho-que-saber/ http://paulomargotto.com.br/persistencia-do-canal-arterial-fisiopatologia-e-manuseio/ https://cardiopapers.com.br/persistencia-do-canal-arterial-pca-o-que-eu-tenho-que-saber/ https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/anomalias-cardiovasculares-cong%C3%AAnitas/persist%C3%AAncia-do-ducto-arterioso-pda#:~:text=Pat%C3%AAncia%20do%20ducto%20arterioso%20(PDA,aorta%20e%20a%20art%C3%A9ria%20pulmonar Persistência do canal arterial – Rotinas assistenciais da maternidade – escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros: estudo dos marcadores ecocardiográficos de volume do fluxo transductal; Martins, Fernando de F. Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros, Miyague, N. I. Persistência do canal arterial em rerecém-nascidos pré-termo: Tratamento; portal de boas práticas da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.
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