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Minorias_Psicologicas

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AS MINORIAS PSICOLOGICAS
Kurt tinha estado em contato com ideologias próximas ao
socialismo, ao marxismo e a luta pelos direitos das mulheres.
Estas ideias o levaram a uma conclusão: a psicologia poderia
ser de ajuda para mudar a sociedade para uma mais
igualitária.
Por isso, dedicou seus esforços a tentar identificar e entender
quais fatores são os que influenciam nosso comportamento.
Kurt Lewin (1890-1947) Psicólogo Social alemão de origem judaica 
sempre se interessou pelas minorias sociais.
Emigrou para os EUA em 1935 em função da 2ª guerra mundial, pois suas 
teorias não combinavam com os preceitos nazistas.
Começou a trabalhar na universidade de Iowa em pesquisas nas áreas de 
Psicologia Social e Desenvolvimento Humano (a influência dos grupos 
sobre o indivíduo).
O primeiro problema social ao qual Lewin dedica sua atenção após sua 
emigração, é a psicologia de seu próprio grupo étnico.
A discriminação, as injustiças , os vexamos, ostracismo ao qual ele e os 
seus vivenciaram na Alemanha deixaram traumas.
Desta forma Lewin procura compreender e encontrar uma interpretação
científica para o que sofreu: seres humanos, que pelo simples fato de
pertencerem a um grupo étnico, vivem em uma insegurança permanente.
Para Lewin, a base do grupo social dá ao individuo sua configuração.
O grupo determina o curso da vida do indivíduo sua maior contribuição
foi demonstrar que é possível estudar a interdependência entre o
individuo e o grupo.
Depois de buscar elucidar a psicologia das minorias judias, ele buscou
compreensão de uma psicologia dos grupos minoritários.
O que é minorias sociais?
Coletividade que são vitimas de processos discriminatórios, perseguições
e estigmatizações derivadas de condições de desigualdade.
Características
Incapacidade de autoproteção
Vulnerabilidade social
Opressão social
A demografia utiliza os termos minorias e maiorias em sentidos diferentes
da psicologia.
Em demografia um grupo relacionado a minorias e maiorias é
diferenciada através de porcentagem.
Maioria acima de 50%
Minoria abaixo de 50%
A maioria psicológica – quando dispõem de estruturas de um estatuto e
de direitos que lhe permitam autodeterminar-se no plano do seu destino
coletivo.
Percepção de posse dos seus direitos plenos
Condições e possibilidades – classe previlegiada
Minorias psicológicas seu destino coletivo depende da boa
vontade de outro grupo, há uma percepção do próprio grupo
enquanto menor, ou seja, não possuindo direitos totais.
Se sentem, se percebem e se conhecem em estado de tutela.
Minorias discriminadas
Minorias privilegiadas
Porém toda maioria psicológica tende a tornar-se, mais ou
menos rapidamente um grupo privilegiado.
A maioria psicológica com tempo estratificam-se em
camadas. No interior desse grupo uma minoria pode aparecer
privilegiada.
A minoria privilegiada é portanto uma minoria demográfica no
seio de uma maioria psicológica.
https://www.youtube.com/watch?v=Y5hoPS-mQsc
O estudo intitulado “ When facing danger” trata do futuro ou
das possibilidades de sobrevivência das minorias judias no
Ocidente.
Lewin inicia sobre a perseguição em massa aos judeus nos
países que sofriam então a dominação nazista.
Uma minoria pode sobreviver em um contexto de perseguição
como dos nazistas?
Estudos sociológicos demonstraram que em todas as guerras
europeias dos últimos séculos os judeus tiveram que lutar e
morrer por seus países de adoção.
Lewin em sua pesquisa nota que os judeus não foram
realmente reconhecidos como seres humanos na Europa
Ocidental.
O regime político que perseguia os judeus tentavam sempre
fazer prevalecer a teoria da inferioridade de certas raças e a
superioridade da sua.
Para Lewin o problema judeu é um problema essencialmente
social, um caso típico de minoria não privilegiada ou
discriminada.
O problema judeu é um problema social.
O anti-sememitismo tem por fundamento, cada vez que se
manifesta, a necessidade para a maioria de um bode
expiatório.
Lewin relata que seria mais exato falar de uma minoria
privilegiada que consegue mobilizar e manipular para seus fins
uma massa uma multidão cuja a agressão canaliza contra
uma minoria rejeitada.
Na medida em que os judeus se sobressaem arriscam-se a ser
perseguidos.
O segundo estudo Estudo: “Bringing up the jewish child” trata
da educação que deveria receber o jovem judeu para evoluir
Ele faz a comparação entre a educação do jovem judeu a de
uma criança adotada.
Sobre a psicologia dos grupos ele afirma que o grupo ao qual
o indivíduo pertence pode comparar-se ao terreno sobre o
qual ele se mantem o que lhe dá ou nega, seu status social.
Na medida em que o grupo lhe dá um status – gera segurança
Quando o grupo não lhe concede nenhum status social - gera
insegurança
Relaciona-se com a solidez ou fluidez do terreno sobre o qual o
indivíduo se mantem, uma vez que ele pode ou não
identificar-se com o grupo.
Exemplo: meio familiar
A estabilidade ou instabilidade do meio familiar determina a
estabilidade ou instabilidade emotiva da criança
É no meio familiar que a criança cresce e evolui forma um
único campo de força.
Teoria do campo de força de Lewin:
É uma teoria derivada da Gestalt;
De acordo com essa teoria são as forças do ambiente que
levam indivíduos diferentes a reagirem de forma diferente ao
mesmo tipo de estimulo.
Com o objetivo de examinar o comportamento humano, Kurt
Lewin buscou inspiração nas teorias que vinham da
relatividade e da física quântica (Díaz Guerrero, 1972).
Encontrou uma teoria que poderia usar, a teoria de campo.
Para integrá-la na psicologia, optou por estudar os
comportamentos sem isolá-los de seu contexto natural..
Tomando a teoria de campo da física, Kurt Lewin estabeleceu
duas condições básicas para sua teoria de campo.
A primeira é que o comportamento tem que ser deduzido de
uma totalidade de fatos coexistentes (Fernández, 1993).
A segunda diz que estes fatos coexistentes têm o caráter de
um “campo dinâmico”, o estado de cada uma das partes do
campo depende de todas as outras...
Um campo, na física, é uma zona do espaço onde existem
propriedades representadas por magnitudes físicas
(temperaturas, forças, etc).
Lewin usou o conceito físico de “campo de forças” (Lewin,
1988) em sua teoria de campo para explicar os fatores
ambientais que influenciam o comportamento humano.
O comportamento, em sua opinião, não depende nem do
passado nem do futuro, e sim dos fatos e acontecimentos
atuais e de como o sujeito os percebe.
Os fatos estão interconectados e constituem um campo de
forças dinâmico que podemos denominar espaço vital.
Por isso, o espaço vital ou campo psicológico de forças viria a
ser o ambiente que engloba a pessoa e sua percepção da
realidade próxima.
Trata-se, em definitivo, de um espaço subjetivo, próprio, que
guarda a forma que olhamos o mundo, com nossas
aspirações, possibilidades, medos, experiências e expectativas.
Além disso, este campo conta com alguns limites,
estabelecidos especialmente pelas características físicas e
sociais do ambiente.
Para Lewin, a psicologia não devia focar o estudo da pessoa e do 
ambiente como se estas fossem duas peças a serem analisadas de 
forma separada, e sim ver o modo como se afetam entre si, em 
tempo real.
Se não existem mudanças no campo, não haverá mudanças no 
comportamento.
Kurt Lewin
Lewin deduziu do que lhe parece fundamental na
socialização do ser humano: não é o fato de pertencer a
vários grupos mas a incerteza sobre sua própria participação
no grupo determinado.
Ele argumenta que assim como a criança adotada se
beneficia ao conhecer o mais cedo possível sua condição,
também a criança que pertence a um grupo minoritário deve
conhecer o mais cedo possível, desde que possa assimilá-lo
emocionalmente o fato de o grupo ser objeto de
discriminação, e situação não privilegiada.
Ele acrescenta que quanto mais os pais ou educadores
demorarem a dialogar sobre o fato, mas difícil serásua
adaptação social.
A educação do jovem judeu deve procurar sensibilizá-lo
muito cedo que a questão judia é uma questão social.
Os pais devem deixar de pressionar as crianças a adotarem
uma conduta exemplar em presença dos não judeus.
Finalmente é fundamental ensinar ao jovem judeu que o
verdadeiro perigo para ele é de ser, durante toda sua vida,
um marginal na sociedade em que tenta integrar-se e assim
permanecer durante toda sua existência um eterno
adolescente, incapaz como ele de se identificar ao grupo ao
qual pertence ou aos grupos aos quais deseja pertencer.
Terceiro estudo “ self-hatred among Jews” a qual trata dos
mecanismos de auto-depreciação que Kurt Lewin observou.
Para Kurt Lewin o fenômeno do ódio de si entre os judeus
pode ser encarado ao mesmo tempo como um fenômeno
individual, como um fenômeno de grupo e sobretudo como
um fenômeno social.
Como fenômeno de grupo, o ódio de si afeta as relações
intergrupais, as relações entre os diversos grupos e sub-grupos
judeus.
Ex: Na Alemanha expressões de forte ressentimentos dos
judeus alemães em relação aos judeus dos países eslavos.
Lewin afirma ter observado o mesmo fato nos Estados Unidos:
todos os judeus emigrados culpam os judeus alemães
considerando-os responsáveis por todas as desgraças que
caem sobre os judeus no mundo.
O “ódio de si” também pode apresentar-se como um
fenômeno individual. Por exemplo alguns judeus culpam o
grupo judeu como tal, ou se identificam negativamente a
uma fração particular de judeus, ou difamam
sistematicamente sua própria família.
Outros rejeitam a si próprios, recusam-se aceitar-se como
judeu e cedem a mecanismos de alto acusação e de alto
punição.
Por outro lado, alguns judeus dirigirão o ódio de si
exclusivamente contra as instituições, os costumes, a língua
judia ou ainda o sistema de valores próprios da raça ou da
cultura judia.
Em sua maioria esse tipo de ódio de si não se manifesta
abertamente, mas é camuflado por racionalizações de toda
espécie.
O ódio de si é sobretudo um fenômeno social.
Todas as minorias discriminadas nos Estados Unidos, por
exemplo, os negros são muito ás diferentes tonalidades de cor
da epiderme humana. Aqueles cuja epiderme é de cor “
chocolate com leite” “ café-creme” menos prezam aqueles
que são café preto.
A uma identificação negativa com seu grupo ético.
O sentimento vai se instalando a partir das experiencias
vivenciadas, por exemplo o jovem judeu tem ambições,
projetos, porém compreende que sua participação num
grupo judeu constituirá sempre numa barreira.
Começa então a perceber e a considerar seu grupo como
fonte de frustração e passa a odiá-lo.
Lewin não compreendi que o ódio de si para os judeus seja
uma psicopatologia, mas sim uma construção de um
fenômeno socio-psicologico, a partir de uma expressão de
um conflito criado pela situação social na qual um indivíduo é
forçado a viver.
A aceitação e o tratamento igualitário de direitos e privilégios
para com os judeus favorecia ao desaparecimento dos
traços neuróticos (citados por outros autores)
Ratifica a importância da teoria de campo e da construção
do espaço vital no desenvolvimento da criança, criando
identificações positivas com seu grupo étinico.
4 estudo – Cultural Reconstruction publicado em 1943
Origem das minorias, sua natureza psicológica e seu futuro.
Constante psicológica de todo grupo minoritário.
Lewin ratifica que toda minoria psicológica tem suas
dimensões sociais, em sua origem, estruturas e evolução.
Sua dinâmica é essencialmente social.
A sobrevivência dos grupos minorias sociais se da a partir do
momento que tomam consciência deste dado fundamental
e o aceitam. (resiliência)
A própria existência de toda minoria só é possível, em ultima
análise, graças a tolerância da maioria no meio da qual ela
se insere.
A partir do movimento das minorias é que as maiorias
edificam, fortificam ou deixam cair as barreiras psicológicas.
Lewin acrescenta a maioria tem sempre interesse em privar as
minorias de todo direito e privilégio.
Sobretudo em período de tensão e de perigo coletivo que a
maioria tende a exercer represálias contra a minoria,
cedendo a necessidade de descarregar sobre um bode
expiatório, as ondas de agressividade desencadeadas pelas
frustrações e privações que lhe são impostas.
As minorias em suas estruturas aparecem constituídas de
várias camadas.
No centro encontram-se as camadas mais solidificadas, estas
aceitam os valores, costumes e tradições de seu grupo.
Camada periférica, não é solidificada, são móveis e fluídas,
seus membros experimentam uma ambivalência marcante
em relação a tudo que distingui, tenta isolar seu grupo.
(membro marginais).
Lewin acrescenta que é na zona periférica que se situam os
minoritários de maior sucesso, aqueles que conseguem
sobressair-se em seu trabalho ou profissão e em
consequência sentem maior atração pela maioria.
Ilusão de esperar que seus sucessos pessoais facilitem sua
aceitação por parte da maioria que lhe perdoará sua origem
e sua identidade étnica.
Escolhe dirigentes em razão do seu sucesso, na esperança
que facilitem o alcance a maioria.
Minoria – centrípeta (Trata-se da força que atua sobre objetos
em trajetórias circulares.), movimento o grupo favorecendo a
lealdade, desejo de emancipação da maioria.
Minoria – centrifuga (é uma pseudoforça) influencia
dissolvente sobre os membros da maioria, atração pela
maioria com seus privilégios incluindo promessas de prestígio
e de satisfação pelos instintos frustrados e limitados pelas
discriminações imposta pelas maiorias as minorias.

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