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Atividade de Reposição 2 - Meios de Comunicação de Massa e IC

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Atividade de Reposição 2: MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA (MCM) E INDÚSTRIA CULTURAL (IC)[footnoteRef:1] [1: Texto adaptado de in PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação Empresarial. 6ª. Ed. São Paulo: Alínea, 2009.
] 
Orientações: 
1. Leia o texto integralmente
2. A seguir, responda às perguntas feitas pelo professor. 
3. A entrega das respostas NO PRAZO equivale a 2 aulas e contará como atividade de avaliação. 
ATENÇÃO: A não entrega implica em lançamento de ausências a 2 aulas, bem como prejuízo nas atividades de avaliação. 
4. Não há necessidade de copiar a perguntas. As respostas deverão SER MANUSCRITAS em folha de caderno. 
5. Não esqueça de se identificar.
6. Não serão aceitas respostas nas quais há simplesmente cópia de partes do texto.
A invenção da imprensa implicou uma revolução cultural, ao viabilizar, pela economia de custo e tempo, a reprodução de informação em grande escala e, consequentemente, o acesso a elas por um número maior de pessoas. Alguns séculos depois, a invenção dos satélites possibilitou que as imagens e informações fossem veiculadas quase que instantaneamente para todo o mundo. Um exemplo recente da importância desse recurso na dinâmica social foi a rapidez com que a crise norte-americana (2008) repercutiu em todos os mercados financeiros. Outras invenções como telefone, fibras óticas, computador possibilitam6 combinações diversas de comunicação. Ex.: computação gráfica no cinema e na televisão, videoconferências etc.
Segundo Coelho (1989), no que diz respeito à origem dos MCM e da IC, são consideradas duas vertentes importantes:
1. A cultura de massa teria se iniciado com os primeiros jornais, a partir da invenção da imprensa, no séc. XV — seria um fenômeno relacionado à ampliação da população com acesso àquilo que antes era restrito a uma elite. Seus veículos seriam: folhetim (uma versão escrita, equivalente à novela atual), teatro de revista (simplificação do teatro clássico), opereta (simplificação da ópera), e o cartaz (simplificação da pintura).
2. A cultura de massa teria começado a partir da Revolução Industrial, no sec. XVIII — um fenômeno relacionado à industrialização e à criação da sociedade de consumo. É um aparato industrial voltado para produzir cultura de massa, ou seja, uma cultura para ser consumida por muitas pessoas.
Definição
Meios de Comunicação de Massa (MCM), por convenção, são os meios que veiculam informações para a população em geral. Tais como: jornais, rádio, cinema, televisão, revistas. livros. Para alguns estudiosos, a massa é considerada um grande agregado de indivíduos ou de pequenos grupos, desligados, anônimos e heterogêneos (de diferentes idades, níveis culturais, sexo). Assim, um indivíduo no Rio Grande do Sul assiste ao mesmo programa de TV que outro, no Amazonas, sem jamais se conhecerem.
Indústria Cultural (IC) é formada por um conjunto de empresas, cujo produto — cultura para massa — é veiculado por meio dos MCM. Ex.: as empresas de Hollywood: Metro Goldwyn Mayer, Warner Brothers, Twenty Century Fox etc. produzem e distribuem filmes em escala industrial; as Organizações Globo: jornal, rádio, canais de TV, produtora de vídeo etc.
Pode parecer estranho associar a ideia de produção de cultura com a de indústria, afinal o cinema é considerado "a sétima arte", e seus atores são qualificados como artistas, estrelas, astros. Entretanto, esse fato deve-se a algumas características observadas nessa área. que mantêm muitas semelhanças com outros processos produtivos, tais como:
· Submissão do ritmo humano ao ritmo da máquina
· Disputa e pesquisa de mercado, para orientar sua produção;
· Universalização o dos produtos (novelas, filmes, telejornais etc.) para ampliação dos mercados.
Funcionamento
Os MCM veiculam uma grande variedade de conteúdos, entretanto, em geral, não há incentivo à análise deles. Nesse tipo de veículo tudo tende a ser efêmero, rápido e transitório. As informações são apresentadas sem vinculação com seus antecedentes, muitas vezes, ocultando-os. Apenas indicam um contexto maior, que não é revelado. Além disso, é necessário observar que os MCM oferecem urna variedade grande de escolhas e, por essa razão atendem a públicos bastante distintos. Entre os jornais, há publicações que divulgam, prioritariamente, notícias sobre crimes e eventos bizarros, com imagens e linguagem grosseiras. Por outro lado, existem os periódicos com linguagem, informações e temas especializados, atendendo às demandas de um público com alta formação cultural. As produções cinematográfica e televisiva seguem a mesma linha, atendem a públicos com gostos, níveis culturais e demandas diferentes.
Coelho (1989) defende que o conteúdo (informações, opiniões) dos programas, jornais, novelas etc. têm uma articulação ideológica com o discurso da classe social que controla o Estado, assumindo assim, a forma do poder dominante. Associadas a essa característica, temos a separação entre capital e trabalho (divisão social no nível das relações de produção). e entre falantes e ouvintes (um pequeno grupo produz informações para a massa).
Com tal programação extremamente variada, desde filmes com cenas de violência e pornografia até programas educativos sobre arte, ciência,	 religião persiste uma questão polêmica: Quais são as implicações da existência dos MCM e IC na dinâmica social? Os MCM contribuem, ou não, para socializar a cultura, melhorar a educação e o senso crítico da população de maneira geral?
Humberto Eco (1965 apud Coelho, 1989, p. 32), apresenta duas maneiras opostas de se pensarem essas questões:
· os apocalípticos argumentam que, por meio do divertimento, da ênfase no prazer, os MCM, além do reforço de normas sociais não discutidas, do encorajamento ao conformismo social, levariam à alienação, à "barbárie cultural";
· os integrados defendem que, ao informar, os MCM revelariam para o homem suas significações e as do mundo, democratizando a cultura e combatendo a alienação.
Esses pontos de vista, ainda que contraditórios, têm em comum o aspecto de considerar os MCM como centro da questão, mas é possível fazer uma outra abordagem, com enfoque no consumidor (espectador, leitor). Afinal, o consumo dos produtos da IC não é compulsório, qualquer pessoa pode mudar de canal (de estação, de jornal) ou mesmo apertar o botão off. Analisando o assunto dessa perspectiva, surgem várias perguntas, que precisam ser respondidas, tais como: por que será que programas, filmes e jornais que exploram o bizarro, a violência e o escatológico fazem tanto sucesso no Brasil e em todo mundo? Quais demandas das pessoas são satisfeitas por eles? 
Relação entre comunicação empresarial/MCM e IC
As empresas utilizam os MCM para interagirem com a sociedade (público externo) e com seus funcionários (público interno). Para o público externo, eles são usados para:
• veicular propagandas: elas são uma das formas de as empresas fazerem marketing de seus produtos. Além disso, a IC é financiada pela propaganda.
• fazer comunicados sobre suas atividades e projetos a fim de construir a imagem institucional da empresa.
Dentro da empresa, jornais, revistas e vídeos são instrumentos valiosos para difundir campanhas (de prevenção de acidentes, de saúde e higiene, de integração etc.) e várias outras mensagens para o público interno. É importante ressaltar que os funcionários, em sua vida particular, fazem parte de um público maior, são espectadores e leitores de vários veículos de comunicação e com interesses variados. Eles estão acostumados a consumir jornais e programas de TV de alto nível técnico em suas casas. Assim, o conteúdo, disseminado na empresa por meio de um jornal ou vídeo, será comparado com os de outros jornais ou vídeos, bem como a maneira pela qual são apresentados. Por isso, na empresa, o patamar de qualidade na elaboração desses veículos deve ser o melhor possível, caso contrário, serão preteridos e desconsiderados. Outros fatores que ajudam na comunicação com público interno por intermédio dos MCM são:
· conhecer o comportamento do público, como espectador: seusgostos, seu padrão de qualidade, suas expectativas em relação aos MCM etc.;
· como são os mecanismos de recepção
· como a mensagem transmitida sofre ruídos: o que de fato chega ao receptor e como ele incorpora ao seu universo cultural.
Novas perspectivas
Os MCM são instrumentos e podem ser usados de forma positiva ou negativa, dependendo de quem os manipule. Servem para a informação, tendem a elevar a exigência dos consumidores e, consequentemente, a qualidade dos produtos. 
 Schwartz (1995) defende que, atualmente, há uma propensão à mudança de uma sociedade de massa para uma sociedade de redes, com o aumento 	do uso de redes de comunicação via computadores.
Consolidando-se essa possível conjuntura, provavelmente haveria preponderância da qualidade, na interação, na criatividade, na individualidade e no conhecimento. 
A linguagem audiovisual, usada pela TV e cinema, atua no imaginário, nos valores e no comportamento das pessoas, sem deixar explícito, para grande maioria, como isso acontece. Em uma empresa, quem conhece os mecanismos dessa linguagem, a forma pela qual seduzir os espectadores, pode empregá-la para transmitir mensagens a seu público interno e externo, por meio dos MCM. Em razão disso, algumas ideias e conceitos sobre a linguagem audiovisual são apresentados a seguir.
Linguagem audiovisual
Para entender o que acontece atualmente, em relação aos MCM, ao uso da linguagem audiovisual e ao encanto exercido por eles, necessário voltar no tempo. Em períodos muito remotos, povos primitivos e ancestrais viviam em sociedades ágrafas, baseadas na oralidade (comunicação oral). Os valores e as tradições eram passados, para as novas gerações, por intermédio da fala. 
Como não havia a ciência para explicar os fenômenos naturais, tudo era misterioso e causava medo. Nesse contexto, as narrativas míticas tinham uma função, extremamente relevante, de esclarecer esses acontecimentos e tinham o estatuto de história sagrada, isto é, de história verdadeira, logo, de realidade: conferiam um domínio mágico sobre as coisas.
Segundo Mircea Eliade (1972), os mitos (como as lendas que ainda hoje são recontadas) narram como, graças às façanhas dos entes sobrenaturais, uma realidade passou a existir, seja uma realidade total, o cosmo, ou apenas um fragmento dela: uma ilha, uma espécie vegetal. O mito fala da ocorrência, do que se manifestou efetivamente.
Nas sociedades ágrafas, o que era misterioso e desconhecido era evitado por meio de tabus. Já em nossa sociedade, segundo Jean Cazeneuve, (apud Fisher, 1984, p. 36), as pessoas gostam de ver filmes, desenhos e programas de TV com cenas de honor e de suspense (que exploram o bizarro e o sobrenatural) para exorcizar os medos e o que consideram anormal. Por isso, os meios MCM exploram e revelam esses temas.
Considerando essa visão, Rosa Fisher (1984, p. 58) defende que as mídias audiovisuais (cinema, TV) são, atualmente, as fábricas de mitos da realidade: as narrativas 	permitem assistir a luta entre o bem e o mal, participar do 	mistério e do drama, do perigo, do sucesso, transcender os limites da condição humana. Assim, explica-se o sucesso estrondoso de alguns filmes, novelas e propagandas. 
Os MCM criam e potencializam os mitos, por intermédio da linguagem que privilegia a imagem, o sensorial e o emotivo. Dessa forma, possibilitam que os espectadores se identifiquem e se projetem nas personagens, vivenciando, psiquicamente, suas emoções: rindo, chorando, sentindo medo ou ternura. Para que isso aconteça, são acionados os mecanismos de projeção e identificação (Morin. 1983).
Mecanismos de projeção e identificação
· Projeção: ato de atribuir a alguém características que nos são próprias – tudo é puro para os puros e impuro para os impuros (Morin,1983, p. 146).
· Identificação: o oposto da projeção, o sujeito em vez de se projetar no mundo, absorve-o integrando-o afetivamente ao seu próprio eu (Morin, 1983. p. 146).
Esses mecanismos acontecem simultaneamente. Morin (1983) denomina a simultaneidade desses mecanismos de participação afetiva. E ela que possibilita os fenômenos mágicos e psicológicos subjetivos, nos quais a realidade se apresenta deformada ou é desconsiderada, como nos sonhos, nos devaneios, nas fantasias, no lirismo, na sessão de cinema. É interessante observar que esses mecanismos também estão presentes em nossa vida prática — e em tudo que nos identifica - porque fazemos urna projeção de nós mesmos: maneiras de falar, de vestir, de se comportar etc. É pela linguagem audiovisual que os mecanismos de projeção e identificação são acionados, possibilitando que a ideia seja sentida, percebida e compreendida. 
Os componentes da linguagem audiovisual são: o enquadramento (close, plano próximo, plano geral), o movimento de câmera (panorâmica, travelling) e a montagem (duração de cada cena, que define o ritmo e o clima). 
Esses componentes articulam-se para a construção de significados e da narrativa. Outros recursos colaboram para a construção do clima adequado, entre eles, o som e a iluminação. Podemos, assim, esquematizar as diferenças entre comunicação audiovisual e comunicação conceitual:
Audiovisual			Conceitual
	 Som e imagem				Signos escritos
Afetividade> intelecto Decodificação 	Intelecto > afetividade
	 Sugestão / fascinação			Dedução / indução
	 Pensamento simbólico		 Pensamento lógico
Um outro conceito que possibilita compreender o fascínio provocado pela linguagem audiovisual é o conceito de equilíbrio. Arnheim (1962, p. 16) define: Todo ato de visão é um juízo visual. Para esse juízo, o intelecto contribui, mas não é exclusivo. Estão envolvidos, na percepção da imagem, processos fisiológicos, psicológicos e culturais.
O equilíbrio é o que permite emitir algum juízo visual e atribuir significado ao que se observa. Se a composição observada (seja a imagem parada: um quadro, a fachada de uma casa, uma escultura ou a imagem em movimento: um filme, um comercial de TV etc.) estiver desequilibrada, sem harmonia, o sistema perceptivo também experimenta uma sensação de desequilíbrio e, assim, não é possível investir na busca de significado. 
E como saber se uma composição está equilibrada? Quando todas as partes são indispensáveis ao todo, não podendo ser trocadas. Isto ocorre porque suas formas e o lugar que ocupam estão relacionados em uma estrutura única. 
Em uma empresa, quem é responsável pela comunicação deve conhecer esse conceito e procurar aplicá-lo nas avaliações e decisões que envolvam aspectos visuais ou audiovisuais (desde a elaboração de uma peça de divulgação até a decoração de um ambiente da empresa). É interessante observar que a identificação do equilíbrio em uma composição (vídeo institucional. cartum, campanha publicitária etc.) é resultado de um processo cognitivo perceptivo e não somente lógico - envolve proporção, contraste, harmonia etc. 
Quem trabalha com desenvolvimento de comunicação visual e audiovisual deve preparar-se vendo, analisando (alimentando-se de) peças — quadros, filmes, outdoors etc. - já consagradas - o que delas seduziu as pessoas? Perceber a competência dos outros para desenvolver a sua.
1. Em que consiste o conceito de “Cultura de Massas”?
2. Defina Meios de Comunicação de Massa e Indústria Cultural. 
3. De que forma o conhecimento da linguagem audiovisual pode auxiliar no processo de Comunicação Corporativa.
4. Em que consiste os mecanismos de projeção e identificação. 
5. Leia os textos abaixo e responda:
Texto 1 
Texto 2
“Alguns estudos mostram que os alunos não são seres passivos. Assistem à TV apreendendo as mensagens que mais se adaptam ao seu modo de ser e de ver as coisas, utilizando-se das representações sociais para compor sua leitura: tornam-se ‘operadores das mensagens”. Tânia Esperon 
No texto estudado em sala “Meios de Comunicação de Massa e Indústria Cultural”, a autora – Maria Alzira Pimenta – questiona: Quais são as implicações da existência dos MCM e IC na dinâmica social? Os MCM contribuem, ou não, para socializar a cultura, melhorara educação e o senso crítico da população de maneira geral? Para responder a estas perguntas apresenta o pensamento de Umberto Eco que pensa a questão sob o viés apocalíptico ou integrado. A qual posição está relacionada o texto 1? E o texto 2? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA. 
6.

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