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Indústria de Fibras Sintéticas Rosalina Medeiros e IARA SANTOS O que são Fibras? Corpo flexível cilíndrico, pequeno, de reduzida seção transversal e elevada razão entre o comprimento e o diâmetro (superior a 100) podendo ou não ser polimérico. L/D > 100 Classificação das Fibras • Fibras Naturais: São as fibras retiradas pronta da natureza de origem vegetal (natureza celulósica) ou animal. Ex.: Algodão, Lã, Seda e Linho. • Fibras Artificiais: Produzidas pelo homem, porém utilizando como matéria prima produtos da natureza, como a celulose. Ex.: Viscose, Acetato de celulose, Lyocel e Modal. • Fibras Sintéticas: Produzidas pelo homem, porém utilizando como matérias prima produtos químicos, da indústria petroquímica. Ex.: Poliéster, Poliamida e Poliacrilatos. Importância das Fibras Sintéticas • Apresentam propriedades superiores à fibra natural tal como: resistência à ruptura; reduzido poder de absorção de umidade e estabilidade durante o tratamento a úmido. • Possuem alta solidez à luz e resistem a insetos nocivos, bem como à ação de bolor e bactérias de apodrecimento. • Principais fibras poliméricas Sintéticas e os respectivos Símbolos NOME SÍMBOLO Poliéster PES Poliamidas PA Poliacrílicas PAN Elastanos ou Poliuretano (Spandex, Lycra) PUE Polipropileno PP Características fibras industriais • Estabilidade ao ar, a luz, ao calor e a umidade; • Resistência a microorganismos e a insetos; • Resistência a solventes, detergentes e oxidante; • Baixa absorção de odores; • Boa tingibilidade; • Resistência mecânica, muito baixa deformação permanente por tração; • Resiliência, pouco amassamento, facilidade de empacotamento; • Resistência a abrasão; PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE FIBRAS SINTÉTICAS • Fiação a seco – Dry spinning • Fiação por fusão – Melt spinning • Fiação via úmida - Wet spinning Dry-spining • Fiação a seco é utilizado para os polímeros que têm de ser dissolvidos em solvente não aquoso. • A solução altamente viscosa é passada através dos orifícios da fieira; os filamentos formados se solidificam pela evaporação do solvente, dentro de uma câmara adequada a sua recuperação. • Isto é usualmente conseguido por um fluxo de ar ou gás inerte. • Exemplos: Acetato, acrílico, modacrílico e spandex são produzidos através deste processo. Dry-spining ou Fiação via seca Melt-spining – fiação por fusão • É processo contínuo, e aplicável a polímeros termoplásticos de difícil solubilidade e alta resistência ao calor para a obtenção de fibras. • A fiação do fundido é utilizada para os polímeros que podem ser fundidos. O polímero solidifica por arrefecimento depois de ser extrudado a partir da fieira. • Nylon , olefina e poliéster são produzidos através deste processo. Melt-spining Wet-spining ou Fiação via úmida • Fiação via úmida é o mais antigo dos processos. • Processo utilizado para os polímeros que têm de ser dissolvidos num solvente e pode ser extrusado por fiação. • A fieira é submergida num banho químico, que faz com que a fibra coagule e, em seguida, solidifique à medida que emerge do banho. Este processo recebe o nome de banho “úmido". • Acrílico, rayon, modacrílicas e spandex são produzidos através deste processo. Wet-spining POLIAMIDAS • Grupos aminas situados em grupos metilenos (CH2), de tamanhos variados. • Representadas por um sistema de numeração que indica número de átomos de carbono das cadeias de monômeros. EX: PA 6,6 (hexametileno di amina e ácido adípico) • Propriedades: tenacidade, resistência a agentes químicos e alto grau de tingimento. • Polímeros de aminoácidos representadas por um mesmo número, Nylon 6 para poliprolactana. POLIAMIDAS • Nylon de diaminas e ácidos dibásicos são designados por dois números. Nylon 6.6 POLIAMIDAS A síntese envolve a reação de polimerização interfacial, a qual consiste em uma reação que ocorre na interface entre uma fase orgânica e uma fase aquosa. A fase orgânica imiscível com água (solução 1) é constituída por uma solução de cloreto de adipoíla e clorofórmio e a fase aquosa (solução 2) consiste em uma mistura de hexametilenodiamina e carbonato de sódio anidro. Geralmente, uma base inorgânica (carbonato de sódio) é dissolvida na fase aquosa para eliminar o ácido clorídrico gerado durante a reação de condensação. Produção de Poliamida Fluxograma da síntese da poliamida Rota sintética no náilon 6,6 Aplicações Poliéster • O poliéster cuja matéria-prima básica é o p- xileno pode ser obtido por intermédio de duas rotas de produção: a do DMT (Dimetil Tereftalato + MEG:Monoetilenoglicol) ou a do PTA (Ácido Terefetálico Puro + MEG). • Propriedades: Alta elasticidade, resistência a luz e condições climáticas,reduzido poder de absorver umidade e dificuldade no tingimento. • Reação Reação de obtenção do PET Processos de obtenção do filamento poliéster Por Polimerização através de duas tecnologias disponíveis para obtenção dos fios de poliéster: § tecnologia contínua § tecnologia descontínua: Poliéster –Tecnologia Contínua: indicada para uma produção superior a 10 ton/d, parte diretamente do PTA e representa uma economia de cerca de 15% em relação ao uso do DMT. –Tecnologia Descontínua: Transforma o PTA em polímeros (granulado), que passam por silos de estocagem, extrusora e secagem antes de chegar à fiação. Processos de Obtenção do Poliéster por Tecnologia Contínua e Descontínua Titulagem A gama de produção de fios de poliéster é muito variada, e depende basicamente do: • Título: que mede a quantidade de gramas por 10.000 metros de fio (dtex), isto é, a “grossura” do fio; • Número de filamentos: a quantidade de filamentos por fio. Beneficiamento • Os processos de beneficiamentos dos fios são: • Estiragem: o fio é alimentado em máquinas específicas, que sofrem o processo de estiramento a quente do fio, obtendo um fio liso, sem volume e com melhor resistência no sentido do estiramento (orientação do polímero). • Texturização: processo de “criar volume no fio”, visando aproximar o mesmo do aspecto de fibras naturais, como algodão e linho. Aplicações Polipropileno • É um termoplástico derivado do propeno. Pertence ao grupo das poliolefinas. • Propriedades: boa dureza, tenacidade, ótima resistência a solventes na temperatura ambiente, boa resistência a óleos e graxas. Dificuldade em tingimento e pouca estabilidade a luz e a intempéries. • Reação • Aplicações: vassouras, na indústria civil como pisos industriais, pavimentos em concreto, pisos decorativos, argamassa de revestimento, reservatórios,etc. Elastanos • Lycra é uma fibra sintética inventada pela Du Pont, pertence à classificação genérica elastano das fibras sintéticas. • Propriedades: alongamento, resistência ao sol e a água salgada, resistência a produtos químicos, baixa resistência a produtos oleosos e a temperatura elevada. • Um tecido jamais é feito de 100% Lycra, ele é utilizado em pequenas quantidades, sendo sempre combinado com outra fibra, natural ou sintética. • Aplicações: roupa íntima, artigos de praia e esportes. Elastanos Fibras Artificiais São produzidas pelo homem, porém utilizando como matéria-prima produtos da natureza, como a celulose. As mais comumente usadas são a viscose - CV, o acetato de celulose - CA, o Lyocel e o Modal. Acetato de celulose O processo de produção das fibras artificiais consiste na transformação química de matérias- primas naturais. A partir das lâminas de celulose, o raiom acetato e o raiom viscose seguem rotas distintas. Fibras Artificiais Fibras Artificiais VISCOSE ( xantato de celulose): passa por banho de soda cáustica e, em seguida, por subprocessos de moagem, sulfurização e maturação, para finalmente, ser extrudada e assumir a forma de filamento contínuo ou fibra cortada. ACETATO (acetato de celulose): passa inicialmente por banho de ácido sulfúrico, diluição em acetona, extrusão e, finalmente, por operação de evaporação da acetona. Rotas de produção de fibras artificiais Processo de Fabricação deViscose • Maceramento: consiste no tratamento da pasta de madeira numa solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 17.5%; • Envelhecimento ou maturação: traduz-se no armazenamento da solução durante vários dias com o objetivo de reduzir o grau de polimerização de 800 para 350, aproveitando, para tal, a oxidação do ar. Em resumo a maturação é uma hidrólise parcial, na qual dá- se uma diminuição da viscosidade (dissolução) e posterior aumento da mesma (hidrólise). • Xantogenação: é a preparação do xantato de celulose, utilizando um tratamento com sulfureto de carbono e, de modo a extrair a matéria não dissolvida. O xantato é submetido a filtração e desaeração. Processo de Fabricação de Viscose • Fieiras e extrusão: A solução é enviada para as fieiras e extrusão, em que se procede à extração da solução das fieiras em via úmida, num banho coagulante de ácido sulfúrico (14%) e sulfato de sódio. • Lavagem do filamento obtido : Visa diminuir a quantidade de ácido sulfúrico e sulfato de sódio, passando também por um processo de dessulfurização (lavagem numa solução de sulfureto de sódio e amônia com o objetivo de extrair o enxofre gerado na fase de extrusão); • Secagem; • Abertura e prensagem da fibra para a formaçao do fardo: . RAYON VISCOSE FLUXO DE FABRICAÇÃO Tipos de Viscose 1. Rayon - é tipicamente encontrado em vestuário e objetos de decoração e identificado em etiquetas com o termo "viscose". Característica: baixa resistência a úmidade, tornando-se instável e pode esticar ou encolher quando molhado e a limpeza a seco geralmente é recomendada para preservar a aparência das telas feitas a partir desta fibra. Quando na máquina de lavar pode encolher até 10%. Tipos de Viscose 2 - Rayon Hight Modulus Wet (HMW) - possui as mesmas características do rayon regular porém sua resistência à úmido é elevada. Pode ser processado normalmente na máquina de lavar e secar e possui características semelhantes ao algodão quanto ao seu uso, podendo ser mercerizado para maior resistência e brilho. Aplicações da Viscose • Malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes desportivos. Também conhecido como Seda Javanesa (em mistura com o acetato). Aplicações do Acetato • A grande utilização mundial do tecido de acetato em forros. • É utilizado em trajes, blusas e vestidos de casamento e festas. • Em mobiliário doméstico, é amplamente utilizado como tapeçarias, mobiliário, cortinados, colchas. Referências • ARAUJO, M. Manual de Engenharia Têxtil, volume 1. Cota:TEX/17398 • ALMEIDA, L. G. Tecnologia de fibras, técnicas de fiação e tecelagem, controle de qualidade. Cota:TEX/18048 Referências • Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra> Acesso,23 mar 2013. • Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/Spinning_(polymers)> Acesso,23 mar 2013. • Disponível em <http://www.winstongomes.com.br/wp- content/uploads/Classifica%C3%A7%C3%A3o-das- Fibras-T%C3%AAxteis.pdf> Acesso,23 mar 2013. • Disponível em <http://www.demar.eel.usp.br/compositos/Notas_aula/ fibras.pdf> Acesso,23 mar 2013. Referências • Mano, E. B. ; Mendes,L.C. Introduçao a polímeros – 2 ediçao Editora Edgard blucher Ltda 1999. comentários• Acho que na referencia tem que ter livros -> inseri livro de polimeros _ Eloisa Mano • Colocaria a definiçao mais tecnica do livro mano para fibras • Se tiver que reduzir colocaria somente PA 6,6 e tiraria PA 6 ( caprolactama) • Caso tenha que reduzir tiraria PP e elastano • Melhoria viscose falando da rayon viscose -> caimento melhor e entraria com informaçao da seda (fibra natural origem animal) a partir da mariposa bombyx mori • Se tiver tempo -> pegue o livro da professora eloisa sobre fibras e processamento de fibras • Os fluxogramas devem ser refeitos em portugues-> veja no google academico
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