Buscar

PCC de Neurociência Cognitiva

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA 
 
 
 
PCC DE NEUROCIÊNCIA COGNITIVA 
 
 
 
 
 
JULIANE REGINA BENTO GOMES 
Matrícula nº 202008613272 
 
 
 
 
 
 
25/10/2020
 
OBJETIVOS 
Este documento possui como objetivo dissertar de forma crítica acerca das 
funções cognitivas, dando ênfase a executiva, e relacionar suas características ao 
comportamento observado no Teste do Marshmallow. 
DESENVOLVIMENTO 
Ao analisar o vídeo do Teste do Marshmallow, vimos que é colocado para cada 
criança um marshmallow em cima da mesa e é dito que, se esperarem por um período 
sem comer o doce, ganharão mais um, então o interlocutor sai da sala e deixa as crianças 
sozinhas com o doce. É possível observar que possuem idades aproximadas, muito 
provavelmente entre 3 e 7 anos, sendo esperadas reações distintas entre as idades. 
Crianças maiores, para controlar a vontade de comer o doce, utilizam meios para distração 
e autocontrole, como pegar o marshmallow e testar sua textura com as mãos, cheirá-lo, 
tirar pedacinhos insignificantes e comê-los, como também concentrar sua atenção em 
outras coisas, como movimentar os olhos para os lados, balanças as pernas e a cabeça, 
como mostra a figura 1 a seguir. 
 
Figura 1 – Reações Observadas em um Garoto do Vídeo. 
Já as crianças menores, demonstram menos autocontrole e logo se entregam a 
vontade de comer o marshmallow, como mostra a figura 2, desistindo ou até mesmo se 
esquecendo do segundo doce que ganhariam se esperassem por alguns minutos. 
 
 
Figura 2 – Garotinha comendo o Marshmallow logo após receber as orientações. 
Partindo do que foi aprendido no decorrer da disciplina de Neurociência 
Cognitiva e do material de apoio disponível, somos capazes de perceber e conectar as 
ações observadas na realização do teste com as funções cognitivas, evidenciando as 
funções executivas, nas diferentes idades da infância. 
As funções cognitivas são coordenadas pelas funções executivas e, estimuladas 
por uma emoção, no caso o segundo marshmallow como prêmio pela espera, gera uma 
motivação para focalizar-se em um estímulo específico, o de esperar o tempo necessário, 
utilizando meios dentro da sensopercepção para autorregulação, flexibilização cognitiva 
e memória de trabalho para alcançar tal objetivo. Porém, essa capacidade depende da 
maturação de uma área específica do cérebro, chamada de cortéx pré-frontal, responsável 
pelas funções executivas descritas, e que começa a se desenvolver a partir dos 4 ou 5 anos 
de idade, o que justifica o comportamento impulsivo das crianças mais novas, observado 
no vídeo, e desenvolve-se totalmente por volta dos 25 anos. 
Dissertando de forma mais aprofundada acerca do tema, podemos afirmar que 
as funções executivas são responsáveis pela elaboração de estratégias e ações 
comportamentais, estimuladas por fontes sensoriais (visual, auditivo, sensações). A área 
pré-frontal é responsável por elaborar as estratégias de comportamento de forma a 
localizar um objetivo, analisar situações, criar soluções eficientes, autorregular atitudes, 
comportamentos e falas, desenvolver memória de curta duração ou de trabalho entre 
outros comportamentos derivativo. 
A autorregulação, também conhecida por autocontrole ou inibição, é responsável 
pelo controle dos processos cognitivos, emocionais, comportamentais, é a capacidade de 
pensar e formular uma resposta a determinado estímulo antes de agir. 
 
A memória de trabalho, é capaz de projetar as possíveis sequências futuras de 
determinadas ações sequenciais realizadas. É utilizada na organização e planejamento de 
comportamentos. 
A flexibilidade cognitiva, responsável pelos pensamentos e ações criativas frente 
a situações adversas, gera adaptação comportamental ao ambiente e a problemas, 
perspectivas diferentes e soluções alternativas, divergindo de padrões estabelecidos 
anteriormente. É a capacidade de reaprender, reavaliar e ser criativo. 
CONCLUSÃO 
Portanto, associando os comportamentos observados no Teste do Marshmallow 
e no conteúdo da disciplina de Neurociência Cognitiva, é possível concluir que as funções 
cognitivas, em especial as funções executivas, estão em desenvolvimento durante a 
infância e se apresentam em diferentes estágios em cada criança, sendo possível assim 
observar diferentes reações. E, nesse período, também é possível treinar essas funções a 
partir de brincadeiras que apresentem regras e instruções claras, faz de conta, interações 
com crianças de idades aproximadas, exercícios físicos, artes marciais e de contemplação, 
como também jogos específicos para o desenvolvimento das funções cognitivas. 
O desenvolvimento dessas habilidades tem profunda influência sobre o 
desempenho acadêmico, pois as capacidades de concentrar-se por longos períodos em 
determinados conteúdos ou atividades, sem sofrer interferência de ruídos externos, 
motiva-se mesmo quando algo parece ser complexo ou depois de seguidos fracassos, 
avaliar o próprio compromisso e aprendizado com determinada ação, matéria ou 
disciplina são habilidades adquiridas a partir das funções cognitivas treinadas. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
GUERRA, L. (2020). FUNÇÕES EXECUTIVAS E SEU IMPACTO NO PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM. Fonte: Painel de Educação: 
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_func
oes_executivas_desenvolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089a
c7f/funcoes-executivas-desenvolvimento-e-intervencao.pdf 
NATÁLIA DIAS, A. G. (2020). FUNÇÕES EXECUTIVAS: DESENVOLVIMENTO E 
INTERVENÇÃO. Fonte: 
https://www.researchgate.net/profile/Natalia_Dias/publication/281177320_func
oes_executivas_desenvolvimento_e_intervencao/links/5604497408ae8e08c089a
c7f/funcoes-executivas-desenvolvimento-e-intervencao.pdf

Continue navegando