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APOL I TERCEIRA TENTATIVA

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APOL I – TERCEIRA TENTATIVA
Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
Roberts e Bradley (1991) tratam sobre como as visões mais tradicionais observavam as políticas públicas como uma atividade que era de domínio somente dos órgãos governamentais, não considerando a possibilidade de influência de outros grupos externos a esse. Para os autores, a inclusão de diferentes atores – stakeholders – nas análises de política pública seriam uma forma de fechar algumas lacunas deixadas pelos estudos focados somente na ação governamental.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é a definição utilizada para os stakeholders:
 
Nota: 10.0
A	Os stakeholders são definidos como aqueles indivíduos que possuem uma posição privilegiada no processo decisório.
B	Os stakeholders correspondem à elite política do Estado com capacidade de influenciar o mercado e a agenda pública.
C	Os stakeholders podem ser descritos como qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização
Você acertou!
Como observado anteriormente, o processo de escolha de problema a ser considerado pelo Estado como sendo passível de ser incluso na agenda política envolve diferentes atores. Os stakeholders podem compreender pessoas, grupos, organizações, instituições entre outros (Mitchel, p. 856). A definição que pode ser utilizada como sendo a padrão é a de que “stakeholder em uma organização é qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização” (Freeman, 1984, p. 46). Pode-se também utilizar a definição de Bryson (2004, p. 22) que observa os stakeholders como sendo “pessoas, grupos ou organizações que devem ser considerados por líderes e gerentes”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
D	Os stakeholders se resumem aos grupos econômicos que possuem interesses no processo de tomada decisão do Estado.
E	Os stakeholders podem ser descritos como grupos étnicos que buscam atuar na política a fim de defender a sobrevivência da sua cultura.
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Enquadrado na tentativa behaviorista de aproximar metodológica e epistemologicamente as ciências sociais às ciências naturais, o projeto de desenvolver uma Política Externa Comparada (Comparative Foreign Policy) sob a liderança intelectual de Rosenau (1966, 1974, 1980) foi sem dúvida o motor da subdisciplina por quase 20 anos.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos objetivos centrais à Política Externa Comparada:
 
Nota: 10.0
A	A Política Externa Comparada buscava promover uma análise histórica sobre os relacionamentos interestatais no setor econômico.
B	A Política Externa Comparada se direcionava a analisar comparativamente diferentes países e. a partir disso. identificar os padrões existentes na política externa.
Você acertou!
A Política Externa Comparada nasceria da ideia de recolher dados que poderiam ser obtidos pelos próprios Estados e organizações internacionais, entre outros, com a aplicabilidade de uma metodologia quantitativa ou qualitativa. Seu intuito era promover a análise comparada entre diferentes nações e a partir daí identificar padrões existentes dentro do campo de política externa. A prática de Política Externa Comparada também foi bem vista pelos Estados que conseguiam observar nesse método de análise uma alternativa no campo de tensões internacionais (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 9). Voltando a tratar de Rosenau e seu papel no impulso dessa vertente, o autor também traz a abordagem de linkage theory. A linkage theory relata a relação entre o campo doméstico e o externo. Nessa visão, ocorre a influência das políticas domésticas na política externa do Estado.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: As duas correntes da APE.
C	A Política Externa Comparada objetivava a observação dos diferentes padrões de interação entre Estados e sociedades civil ao longo do tempo.
D	A Política Externa Comparada buscava estudar de modo comparativo os atores estatais e os atores subnacionais e, com isso, estabelecer regras de comportamento na arena internacional.
E	A Política Externa Comparada se direcionava a comparar os sistemas jurídicos dos Estados nacionais e das organizações internacionais, com o objetivo de aprimorá-los.
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“A ausência de consenso de uma só definição para a política externa também é observada na política pública. Diferentes abordagens podem ser vistas sobre ela e com isso, diferentes formas de a tratar. Lynn (1980), por exemplo, observa as políticas públicas como sendo as ações governamentais com objetivos específicos. Peters (1986) também observa as políticas públicas como uma ação governamental, dessa vez adicionando o impacto dessa ação nos indivíduos como também sendo categorizador das políticas públicas. Thomas Dye, por sua vez, elaborou uma das definições para as políticas públicas mais conhecida da área”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a definição para as políticas públicas elaborada por Thomas Dye: 
 
Nota: 10.0
A	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito às ideologias norteadoras da ação estatal em âmbito doméstico e externo.
B	Para Dye, a ideia de política pública trata da atuação da sociedade civil direcionada a potencializar a capacidade de agência do Estado.
C	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito apenas à ação governamental no âmbito das políticas sociais e de proteção aos grupos vulneráveis.
D	Para Dye, a ideia de política pública trata do que um governo decide fazer ou não fazer, de modo que não somente a ação deve ser considerada, mas também a inação.
Você acertou!
Dye (1984) elaborou uma das definições mais conhecidas sobre as políticas públicas, argumentando que elas tratam do que o governo “escolhe fazer ou não fazer”. A visão de Dye é importante, pois, ela adiciona um outro campo de visão para as políticas públicas: a inação. Dente (2014), por exemplo, tem a qualificação de ator como sendo aquele que age, toma uma ação. Por essa visão de Dente, o Estado então não se categorizaria como ator quando decide não agir sobre um determinado tema.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
E	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito ao ordenamento jurídico do Estado e à distribuição de responsabilidades entre os poderes políticos.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O processo de ciclo político, quando observamos a política externa como política pública, pode e deve ser utilizado na compreensão do processo governamental. A ideia de pressões domésticas provenientes de grupos sociais ou stakeholders, também é relevante nessa visão. De certa forma, a argumentação do ciclo político nos dá mais um mecanismo de observação
para a influência das forças não estatais dentro do aparato político”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal potencialidade de se analisar a política externa como política pública: 
Nota: 10.0
A	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como parte do funcionamento da democracia.
Você acertou!
Observar e tratar a política externa como política pública trás para o campo da APE todas as ferramentas, conceitos e métodos que as políticas públicas têm em si. Um dos principais pontos a ser comentado, no entanto, é sobre o caráter democrático que a concepção de política pública leva para a política externa. Compreender que a política pública, da forma como se dá e utilizando a visão de que a mesma se constrói a partir das forças não só governamentais, mas também estatais, é assumir a posição de democracia que um Estado teria no planejamento e execução das políticas públicas. Logo, essa visão é emprestada pela política externa ao ser vista como uma política pública.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
 
B	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida como um elemento burocrático-legal diferenciado.
C	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja vista como uma imposição das elites políticas sobre a sociedade civil.
D	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como produto das relações econômicas que sustentam o Estado.
E	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida a partir dos aspectos geográficos de um Estado e os seus efeitos na distribuição do poder.
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“As Relações Internacionais, assim como a APE, colocam o foco de análise sobre a atuação de atores no ambiente internacional. No entanto, as Relações Internacionais utilizam sua lente de análise de forma mais ampla, ao passo que a APE executa uma análise reduzida, tendo a capacidade de trabalhar sobre um tema específico.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual o ponto central para as Análises de Política Externa: 
Nota: 10.0
A	A divisão das classes.
B	As conexões culturais.
C	As paixões humanas.
D	A decisão humana.
Você acertou!
Como contrapartida da visão das Relações Internacionais como disciplina estadocêntrica, a APE colocaria como ponto central a decisão humana (Hudson; Vore, 1995, p. 211). A isso se somam outras variáveis antes não tão aplicadas, e os fatores materiais e ideacionais passam a fazer parte da análise.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
E	As disputas inter-raciais.
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leio o texto abaixo:
“Os níveis de análise incluem as estruturas e os agentes da dinâmica externa. As estruturas representariam o local onde esses agentes executariam suas ações e decisões, e os agentes seriam compreendidos como aqueles que “possuem capacidade de ação” (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 30). Qual seria então a problematização sobre esses dois pontos?”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: As Relações da APE com as teorias.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que versam sobre a relação entre os agentes e a estrutura, e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. Ainda não é consenso na área de Análise de Política Externa se são os agentes responsáveis por moldar a estrutura a partir da sua interação ou se é a estrutura que molda e delimita o comportamento dos agentes na esfera internacional.
II. De acordo com a Análise de Política Externa, as estruturas podem ser entendidas como espaços físicos e bem delimitados.
III. As estruturas são o resultado dos processos e dos relacionamentos entre os atores internacionais, de modo que se caracterizam como uma instituição fixa e imutável.
IV. As estruturas estão relacionadas aos padrões de interação e aos processos existentes na esfera internacional. Esse caráter as torna receptivas às mudanças que ocorrem nesse campo e passíveis de mudanças.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
B	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
Você acertou!
A resposta correta é aquela que indica que apenas as afirmativas I e IV estão corretas. A afirmação I está correta porque, de acordo com a aula 2 da disciplina de Análise de Política Externa, Hill (2003) indica que o ponto nebuloso sobre essa relação se dá na compreensão se os agentes, que teriam o papel de agir, seriam moldados pelas estruturas, ou se essas segundas, acabariam sendo modificadas pelos agentes. A afirmação IV está correta porque as estruturas estão correlacionadas com as representações de padrões e processos, sendo receptivas às mudanças que ocorrem nesse campo. Logo, as estruturas se mostram como possíveis de alterações, de metamorfoses, que ocorreriam conforme os processos executados e projetados sobre elas. A afirmação II está incorreta porque as estruturas também são entendidas como uma representação abstrata de onde ocorreriam as ações dos agentes. Assim, as estruturas não seriam físicas, mas sim, manifestações dos padrões que ocorrem através da interação e dos processos. A afirmação III está incorreta porque, segundo a disciplina,  as estruturas não poderiam ser vistas como constantemente fixas e imutáveis.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: As Relações da APE com as teorias.
C	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
D	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O artigo seminal de Richard Snyder, Henry W. Bruck e Burton Sapin, “Decision-Making as an Approach to the Study of International Politics” (1954), é considerado a pedra fundamental da APE como subdisciplina ou campo de estudos com identidade própria. A proposta de análise estava fortemente inserida dentro da Ciência Política behaviorista e influenciada, em particular, pelo modelo estoniano de sistema político, nesse momento em pleno auge (Easton 1953). O ponto de partida era a ideia de que a política externa é, antes de tudo, um produto de decisões, e que o modo pelo qual as decisões são tomadas afeta substancialmente seu conteúdo”.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que versam sobre algumas características da Análise de Política Externa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. A área de Análise de Política Externa insere na discussão sobre a formulação da política externa as dinâmicas e os atores domésticos, aumentando assim as possibilidades de problematização sobre os processos
sociais e conjunturais envolvidos.
II. As transformações políticas, sociais e econômicas observadas no mundo na segunda metade do século XX foram fundamentais para que os autores da Análise de Política Externa incluíssem os atores subnacionais como elementos significativos em suas análises.
III. A Análise de Política Externa concede relevância aos indivíduos para o estudo da política externa, uma vez que eles são responsáveis por formular e executar as ações estratégicas de um Estado no cenário internacional.
IV. Por mais que a Análise de Política Externa tenha trazido maior capacidade explicativa para as Relações Internacionais, o seu vínculo com o realismo acabou atrofiando as análises produzidas e fazendo com que essa área não avançasse teoricamente, após a década de 1990.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
B	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. A afirmação I está correta porque, em suma, Snyder, Brunk e Sapin (1954) vão adicionar à problematização de política externa as dinâmicas domésticas estatais. A agenda externa de Estado não seria somente uma reação aos movimentos e mudanças internacionais, mas também uma representatividade dos próprios movimentos que ocorrem em ambiente interno a esse ator. A afirmação II está correta porque as mudanças observadas no mundo tiveram seu papel na alteração da relação entre essa subárea e essa teoria clássica. O surgimento de atores supranacionais ou até mesmo subnacionais e o importante papel que a União Europeia passou a ter nas relações internacionais – entre outros fatores que fortaleciam cada vez mais o papel de outros atores – foram importantes pontos que aumentaram ainda mais o distanciamento entre a APE e a abordagem realista. Na visão de Salomón e Pinheiro (2013), esse novo cenário possibilitaria até mesmo o uso da APE para a análise de organizações não estatais. A afirmação III está correta porque Para Harold e Sprout (1956, citados por Hudson; Vore, 1995, p. 214), as questões de indivíduo também teriam de ser somadas à análise, aprofundando a pesquisa do autor que agora também teria que levar em conta aquele que executa as ações no cenário externo. A afirmação IV está incorreta, uma vez que com o trabalho desses autores, quebra-se o elo entre a APE e o realismo. Nisso, no entanto, não se deve compreender que ela não mais é realizada à luz realista, mas sim que seu foco se expande, e agora é possível que a APE interaja com outras teorias e abordagens. Esses autores também chamam a atenção para o processo de tomada de decisão dentro da APE e a necessidade de se compreender como ele se dá (Mendes, 2014, p. 6).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE.
C	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
D	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
E	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O realismo é a teoria, simultaneamente, mais conhecida e contestada na disciplina de RI. Embora atualmente já não exerça, como aconteceu no passado, um domínio hegemônico na disciplina, o realismo continua a ser uma teoria importante. Com o fim da Guerra Fria e do bipo- larismo, o realismo sofreu muitas críticas chegando mesmo a ser considerado um paradigma degenerativo. Apesar das críticas, e de mais uma sentença de morte, o realismo no pós-Guerra Fria conseguiu desenvolver novos argumentos teóricos e provar a sua resiliência enquanto uma das teorias principais em RI”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 96. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que apresentam algumas das principais premissas do realismo clássico e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Estado é considerado pelos realistas clássicos como o ator mais importante no cenário internacional.
II. Os realistas clássicos entendem que o Estado, com o objetivo de garantir a sua própria segurança e sobrevivência, opera mecanismos específicos, entre eles a guerra.
III. Para os realistas clássicos o comportamento do Estado é pautado por características egoístas e individualistas.
IV. A inexistência de um controle central no cenário internacional fomenta a construção de uma agenda coletiva e redes colaborativas entre os Estados.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
B	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
C	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
D	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
E	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indicar que apenas as afirmativas I, II e III  estão corretas. No decorrer da disciplina de Análise de Política Externa, observamos que Castro (2012, p. 319-322) estabelece sete premissas do realismo clássico. A partir dessas premissas, podemos ver que a afirmação I está correta, uma vez que o Estado é o principal ator no cenário internacional. A afirmação II está correta, já que para os realistas clássicos o Estado garante sua sobrevivência e segurança a partir de mecanismos, sendo um deles, a guerra. A afirmação III está correta, porque as articulações externas, ou não, do Estado se pautariam em parte pela natureza egoísta e individualista do indivíduo. A afirmação IV está incorreta porque a ausência de controle no cenário externo força a priorização da agenda particular de cada Estado.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“As Relações Internacionais, assim como a APE, colocam o foco de análise sobre a atuação de atores no ambiente internacional. No entanto, as Relações Internacionais utilizam sua lente de análise de forma mais ampla, ao passo que a APE executa uma análise reduzida, tendo a capacidade de trabalhar sobre um tema específico. Essa abordagem da APE tem apoio na “teoria do ator específico”, considerando pontos como ações, objetivos e decisões desses atores (Hudson, 2005, citado por Salomón; Pinheiro, 2013, p. 40)”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente quatro tipos de questões que aparecem frequentemente nas Análises de Política Externa: 
Nota: 10.0
A	Questões individualistas; questões ideológicas; questões simbólicas; e questões culturalistas.
B	Questões multinacionais; questões performativas; questões étnicas; e questões de gênero.
C	Questões econômicas; questões comerciais; questões logísticas; e questões de distribuição de recursos.
D	Questões multidimensionais; questões idiossincráticas; questões transfronteiriças; e questões plurinacionalistas.
E	Questões multiníveis; questões multifatoriais; questões multidisciplinares; e questões integrativas.
Você acertou!
No decorrer da disciplina, pode-se que observar que a APE tem como aspectos as seguintes questões centrais: i) Multifatoriais: inclui variáveis explicativas; ii) Multiníveis: inclui diferentes níveis de análise; iii) Multidisciplinares: inclui aspectos e visões de diferentes campos; iv) Integrativas: integra para si os moldes de análises de outras disciplinas (Hudson, 2005, p. 22).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações
Internacionais.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Como visto no Tema 2 da primeira aula da disciplina de Análise de Política Externa, o Realismo tinha seu foco de análise no Estado e seu comportamento. O Estado como sendo ator central teria como maior preocupação sua própria segurança e, para isso, colocava boa parte da sua atenção nas questões de defesa nacional. Essa perspectiva realista guia o olhar do pesquisador para determinados pontos e comportamentos do Estado no cenário internacional. Em contrapartida, o Liberalismo surge em um momento onde se passou a questionar a visão Realista até então predominante, trazendo uma outra forma de observar o cenário externo.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal diferença entre a teoria liberal em relação ao realismo:
Nota: 10.0
A	Diferente do realismo, o Estado não é entendido como um ator monolítico pelas teorias liberais, de modo que elas concedem um espaço mais alargado em suas análises a outros atores com capacidades decisórias na arena internacional.
Você acertou!
Uma das principais diferenças entre a visão Realista e a Liberal se dá na concepção de Estado como ator unitário. O Liberalismo dará maior espaço para outros atores que não só os Estados-nação. De acordo com Castro (2012, p. 338), “o liberalismo não desconsidera a importância do Leviatã (Estado), porém, enxerga outras forças pulverizadas juridicamente guiadas no interior e no exterior dos Estados que possuem papel legitimante nas Relações Internacionais”. Compreende-se que o Estado passaria a dar espaço para outros atores, mas sem perder sua importância no cenário internacional. Além disso, o Liberalismo também apresentará outra argumentação em relação aos conflitos internacionais.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
B	Diferentemente do realismo, as teorias liberais defendem que as empresas transnacionais são os atores mais importantes nas relações internacionais, de modo que a atuação dos Estado está inteiramente pautada nos interesses dessas empresas.
C	Contrariamente às teorias realistas, para as teorias liberais as Organizações Internacionais adquirem maior capacidade decisória do que os Estados Nacionais na política internacional e, por conseguinte, são mais relevantes do que esses últimos.
D	Diferente da teoria realista, as análises do internacional propostas pelas teorias liberais privilegiam a observação das ideias e das identidades frente às relações econômicas e as correlações de força entre os Estados na política internacional.
E	Diferentemente do realismo, as teorias liberais se concentram em analisar o caráter hierárquico do sistema internacional, entendendo que os Estados se organizam de acordo com o sistema econômico.

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