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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCIERA E CONTROLADORIA Resenha Crítica de Caso Leticia Santana Ferreira Trabalho da disciplina Avaliação de empresas, fusões e aquisições Tutor: Prof. Katia Pinto da Silva São Paulo 2020 3 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS E CUSTO DE CAPITAL Referência: LUEHRMAN, Timothy A. Avaliação de empresas e custo de capital. Harvard Business School, novembro, 2011. Este estudo de caso trata a avalição de uma empresa através do calculo do custo de capital, tratado em três seções: economia financeira do problema, considerações práticas relacionadas aos cálculos e conclui com conselhos prudentes. Em uma avaliação de fluxo de caixa descontado (FCD), o termo “custo de capital” se refere a taxa de desconto aplicada, ou mais especificamente, ao custo de oportunidade dos fundos relacionado ao projeto ou à empresa em questão. Este custo de oportunidade dos fundos é o rendimento esperado sobre um investimento alternativo com o mesmo risco. Os mercados de capital são importantes ao definir o custo de capital como custo de oportunidade, uma vez que os mercados de capital são o lugar onde encontra-se o “investimento alternativo com risco idêntico”. É no mercado onde ocorrem oportunidades genuínas de comprar e vender todo tipo de ativos. O custo de oportunidade consiste em duas partes fundamentais: o valor cronológico e o prêmio de risco. No valor cronológico não se corre nenhum risco e o investidor recebe rendimento por ser paciente. O prêmio de risco é o rendimento que os investidores esperam ter por correr risco. O valor cronológico é o mesmo para todos os investidores e para todos os ativos. Já o prêmio de risco depende do quão arriscado seja um ativo, neste sentido quanto mais arriscado for um ativo maior é o rendimento esperado por ele. O CAPM (Capital Asset Pricing Model) nos dá um modo de definir e medir o risco, onde os investidores que maximizam o valor diversificarão e, por tanto, o único risco pelo que podem ganhar um prêmio de risco é o risco não diversificável ou risco sistemático. Este risco é medido estatisticamente, através do parâmetro beta, que é o coeficiente de uma regressão linear dos rendimentos de um determinado ativo arriscado sobre os rendimentos de mercado. Sabendo o quão arriscada é uma 3 empresa, a linha de mercado de segurança de CAPM dirá o custo de oportunidade dos fundos da empresa. Outro ponto é que o custo médio ponderado de capital (WACC) é usado como taxa de desconto nas avaliações de fluxo de caixa descontado do mundo real do mundo real. Isso deve-se ao fato que o custo de oportunidade desejado para um ativo é a média ponderada dos custos de dívida e capital. A expressão do WACC é mais utilizada para avaliar empresa, pois não é possível observar o beta diretamente visto que não é negociada em nenhuma bolsa. Por outro lado, muitas ações são negociadas. Isto permite utilizar dados de mercado sobre ações e bônus para estimar os custos de dívida e capital. Para as considerações práticas, é tratado o calculo do WACC para uma empresa em andamento, ou seja, uma empresa com uma vida longa grande parte da qual se reflete em um “valor terminal”. Utiliza-se o valor de mercado da empresa, que seria o valor real, e não o valor estimado nos livros que provavelmente poderão estar defasados. Isso implica na desalavancagem e realavancagem de beta de empresas compatíveis. As razões de estrutura de capital da fórmula do WACC refletem as taxas objetivo a longo prazo para uma empresa em questão. Utiliza-se taxas objetivo porque as projeções de fluxo de caixa são previsoras e, portanto, o WACC também deve ser. “O custo da dívida em um calculo de WACC deve ser o rendimento esperado sobre uma obrigação negociada, de taxa fixa e a longo prazo, de uma qualidade de crédito que corresponda às razões de estrutura de capital incorporadas na fórmula de WACC”. O método mais comum para estimar o custo de capital é o CAPM. O rendimento de taxa sem risco para os fluxos de caixa em dólares de Estados Unidos se deriva dos rendimentos sobre obrigações do Tesouro de Estados Unidos. Para o beta, é importante observar que se o beta da empresa for calculado usando dados dos últimos anos, seria necessário verificar se a alavancagem da empresa durante esse período foi consistente com a estrutura objetivo de capital que se estava usando na fórmula de WACC. Quando a empresa não tem um beta de ações a prática comum é utilizar betas de capital de uma amostra de empresas compatíveis cotizadas na bolsa. 3 Por fim, o conselho prudente refere-se ao uso adequado das ferramentas CAPM e WACC e dos possíveis erros em sua utilização. É importante saber avaliar o risco e a possível alavancagem da empresa. Um ponto de referência para cálculos de WACC é o custo de capital sem alavancar. As diferenças entre o custo de capital sem alavancar e o WACC se devem aos efeitos de escudos fiscais por juros e os custos de dificuldades financeiras. As ferramentas permitem uma avaliação eficiente da empresa e permite descobrir o custo de oportunidade dos fundos.
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