Buscar

Resenha crítica: Sousa, Clarilza Prado de, Descrição de Uma Trajetória na/da Avaliação Educacional, 1998.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Resenha crítica
Sousa, Clarilza Prado de, Descrição de Uma Trajetória na/da Avaliação Educacional, 1998.
Neste texto a autora Clarilza Prado de Sousa demonstra sua preocupação com a avaliação educacional no contexto atual e busca correlacionar seus estudos, atividades docentes, pesquisas e sua trajetória com o processo de avaliação. Logo podemos compreender a importância dessa autora/profissional no que se refere, principalmente, a fomentação dos trabalhos de avaliação educacional no Brasil.
O desenvolver do texto se dá a partir da trajetória da avaliação educacional, passando pelos anos de 1930 onde já havia essa preocupação quanto ao desempenho escolar, mas só a partir de 1949 ela se torna mais sistematizada.
A autora cita Rosales (1992): “afirma que a avaliação é uma área de conhecimento muito nova, mas que teve um desenvolvimento intenso nos últimos anos e que se poderia mesmo afirmar que sua infância estaria situada até os anos 70, a adolescência em torno dos anos 80 e que, agora, nos anos 90, estamos caminhando para a idade adulta.”
Por volta da década de 70 (grande impacto na educação) passou-se a compreender que a avaliação deveria ser não somente somativa, incluindo o termo formativa também o que hoje trouxe para nós, apesar de clássico já, uma maior complexidade dos métodos avaliativos.
Ainda na década de 70 e durante a década de 80 houve uma reflexão dos educadores brasileiros, semelhante as reflexões da Europa, quanto ao desempenho do sistema de ensino e foi analisado que as desigualdades sociais estavam sendo refletidas no interior das escolas (descriminação socioeconômica e qualidade de ensino pior) e logo se tinha um número de evasões e repetências significativas.
Levando em consideração as estruturas sociais e seus impactos na educação, a autora, conluio em seus estudos de diversos autores que para que houvesses uma elevação do nível cultural das classes populares a escola teria um papel fundamental e formativo, voltando-se o coletivo e causando assim transformações sociais. Paulo Freire é citado por ela com sua pedagogia desenvolvida para buscar conscientizar o aluno de sua condição de subordinação social e, assim, libertá-lo para a construção de uma nova perspectiva de vida social.
É feita uma análise do conhecimento construído neste período na area de educação, baseados pela sociologia e filosofia e contrapondo-se a uma teoria educacional com uma base psicologicamente que reduzia a compreensão do social às influências de contexto e de relações intergrupais.
Temos então a seguir uma análise crítica do papel que a avaliação exercia no cotidiano escolar e passasse a fazer uma análise da função político da avaliação por muitos autores brasileiros dentre eles Carlos Cipriano Luckesi.
O Texto vai dizer que as reflexões produzidas nesta época foram no sentido de deixar claro que a avaliação é uma atividade socialmente determinada e que os determinantes sociais que definem a função que a escola vai ter, e a avaliação, enquanto prática educativa, explicita e acaba legitimando está função.
Todo esse contexto de denúncia da função política da avaliação não impediu a autora e demais pesquisadores de buscar construir uma nova teoria da avaliação e gerar modificações significativas no contexto escolar.
Todas as pequisas contribuíram para o redirecionamento da função da avaliação enquanto prática educativa e isso reflete diretamente já nos anos 90.
Podemos concluir que a avaliação nos dá apenas indícios de onde está o problema e não a resolução do mesmo.
A avaliação tem que ser fruto de um trabalho contínuo de preparação de aula, contexto social e individual de cada sujeito. Ou seja, como avaliar de forma igual um grupo de indivíduos distintos? A diferença permeia nossa sociedade desde os seres irracionais até chegar a nós, as diferenças nos cercam nos tornando únicos em características e condições peculiares de desenvolvimento e aprendizagem por exemplos.
A avaliação educacional é uma tarefa didática, diária, necessária e permanente no trabalho do professor, ela deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e aprendizagem, inserindo-se não somente nas funções didáticas, mas também na própria dinâmica e estrutura do processo de ensino e aprendizagem.

Continue navegando