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13/10/2020 1 Família: Mycobacteriaceae Classificação Família: Mycobacteriaceae Gênero: Mycobacterium Mais de 100 espécies (04 espécies destaque): M. bovis M. tuberculosis M. avium paratuberculosis M. leprae* (humanos) 2 Introdução 3 Doença infecto-contagiosa de caráter crônico Processos inflamatórios específicos (tubérculos) em qualquer órgão ou tecido pulmões e linfonodos Bacilos gênero, Mycobacterium Infectar homem, mamíferos e aves (CORRÊA & CORRÊA, 1992) Saúde Pública (zoonose) e Saúde Animal (bovídeos) 13/10/2020 2 Etiologia 5 Micobactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis (doença tuberculose) M. tuberculosis: humanos e bovinos M. bovis: humanos e mamíferos M. africanum: humano – África M. microti, M.canettii : oportunistas – imunossuprimidos Interesse Medicina Humana: Mundial, alta mortalidade humana Problema socioeconômico Medicina Veterinária: Doença animal transmissível ao humano Mycobacterium bovis (zoonótico) Prejuízos à pecuária (Saúde Animal) 6 Importância - Saúde Animal Tuberculose bovina - Econômica 7 Queda no ganho de peso Diminuição na produção de leite 10 – 25% produção leiteira (até 18%) Retardo da 1° lactação número e duração das lactações 13/10/2020 3 Importância - Saúde Animal Tuberculose bovina - Econômica 8 Descarte precoce Eliminação de animais de alto valor zootécnico Condenação de carcaças Morte de animais Perda de credibilidade da unidade de criação Notificação obrigatória – Def.Sanit.Anim. (bovinos e bubalinos) Distribuição mundial Todos os mamíferos são suscetíveis (homem) Bovino, homem e aves em geral perpetuação da tuberculose através dos séculos Importância – Saúde Pública 10 80% casos – países pobres Doença infecciosa que mais mata no mundo - 3 milhões/ano 1/3 da população mundial - 15 milhões com doença clínica Co-infecção HIV Associação TB + HIV - aumento da morbidade e mortalidade pela TB em muitos países Importância – Saúde Pública 11 13/10/2020 4 Etiologia 16 Micobactérias não tuberculosas Complexo MAIS M. avium M. intracellulare M. scrofulaceum Humano: imunossuprimido • Não patogênicas para os bovinos e bubalinos • Reações inespecíficas à tuberculinização – interfere no diagnóstico • Lesões granulomatosas LN do trato gastro-intestinal de suínos - abate (aves e suínos) 17 Histórico Identificado em 1882 por Robert Koch Múmias – Tuberculose óssea (PCR) Animais (mais antiga - civilização) Final sec.18: Theobald e Smith Bovinos – “sífilis” (Mal perláceo das serosas) Lesões nas serosas da pleura 18 13/10/2020 5 Morfologia Bacilos curtos imóveis 0,5 a 7,0 μm x 0,3 a 0,5 μm Sem cápsula Sem esporos Gram-positivas (coloração ruim) Zielh-Nielsen Álcool-ácido-resistentes (BAAR) (vermelho) 22 (QUINN et al., 2005). NOTA: Coloração Ziehl-Nielsen 23 Fonte: Colônias Pleomórficas tem aspecto seco rugoso acamurçado A maioria sem produção de pigmento, Tem tempo de geração longo entre 14 e 20 horas; 24 Morfologia M. bovis M. Tuberculosis 13/10/2020 6 28 C a ra c te ri s ti c a s d o c u lt iv o 29 M. bovis M. Tuberculosis Instalações 2 anos Fezes 2 anos Água 1 ano Solo 2 anos Pastagens 2 anos Carcaça 10 meses (WHO/VPH/84.4) RESISTÊNCIA Importância da limpeza de instalações 30 13/10/2020 7 • DESINFETANTES Hipoclorito de sódio 5% Fenol 5% Formol 7,5% Hipoclorito de cálcio 5% • CALOR Autoclavação: 120oC por 20 minutos Pasteurização lenta: 65oC por 30 minutos Pasteurização rápida: 72 a 74oC por 15-20 segundos Fervura (WHO/VPH/84.4) INATIVAÇÃO 31 Exposição por 3 horas • Transmissão entre bovinos • Fonte de infecção • Animais infectados • Assintomáticos (infecção crônica) • Cães, gatos, suínos, silvestres (reservatórios - difícil controle) M. bovis • Via de eliminação • Gotículas e secreções respiratórias (corrimento nasal, orofaríngeo) • Leite e colostro • Sêmen • Urina e Fezes 32 • Transmissão entre bovinos • Meio de transmissão • Aerossóis (90%) – estabulação (leiteiro) • Pastagens, água e alimentos contaminados • Colostro e leite - bezerro M. bovis • Porta de entrada • Trato respiratório (90% das infecções) • Trato digestivo, mucosas e pele lesada 33 13/10/2020 8 Reservatórios – mantém na natureza Humano e bovino Europa: texugo (Meles meles) Nova Zelândia: marsupial silvestre (Trichosurus vulpecula) EUA: cervídeos Brasil: desconhecida a importância desses animais como reservatório do agente para bovinos M. bovis Animais silvestres 34 Transmissão para humanos Fonte de infecção Bovinos (principal) Via de transmissão: Ingestão leite e derivados crus Crianças, idosos, imunossuprimidos Forma extra-pulmonar Ingestão carne crua Brasil: pouca importância – sem hábito 37 M. bovis Principal em países sem controle inspeção produtos origem animal Transmissão para humanos Fonte de infecção: Bovinos Ocupacional Tratadores, criadores, ordenhadores, MV Inalação de aerossóis (forma pulmonar) Magarefes Aerossóis Carcaça – lesões pele “verruga do magarefe” 38 M. bovis 13/10/2020 9 Transmissão para humanos Fonte de infecção Cães infectados com M. bovis Botucatu, SP -1994 Família e cão com tuberculose Cão é risco em potencial de transmitir para humanos Recomendado o sacrifício (Megid, 1994) 39 M. bovis Mecanismo doença: 42 43 Mycobacterium bovis Eliminação em aerossóis Inalação Foco primário de infecção nos pulmões Fagocitose da My por Mϕ alveolares seguido por replicação intracelular Disseminação para linfonodos regionais Recrutamento de Mϕ da circulação Formação do granuloma Participação do linfócito T Tubérculo identificável e desenvolvimento de hipersensibilidade do tipo retardado Cerca de 30 dias após a infecção Imunidade eficaz mediada por células Imunidade ineficaz mediada por células Mecanismo doença: 13/10/2020 10 44 Mecanismo doença Cont...: Imunidade eficaz mediada por células Imunidade ineficaz mediada por células A maioria das Mycobactérias fagocitadas por Mϕ é destruída Extensão da lesão Nenhuma eliminação de M. bovis Eliminação de M. bovis por aerossol Eliminação fecal M. bovis M. bovis presente no muco, nas fezes, na urina e no leite Caso “aberto” forma de eliminação determinada pela distribuição das lesões Necrose e erosão da parede bronquiolar (caso “aberto”) Disseminação por via linfática ou sanguínea para tecidos linfoides, superfícies serosas e órgãos parenquimatosos Lesão pulmonar controlada localizada Poucas micobactéras sobreviventes Tuberculose pulmonar ativa Tuberculose generalizada Micobactérias engolidas Granuloma hepático 45 Granuloma retrofaringeo 46 Tubéculos caseosos 13/10/2020 11 Complexo primário - mesentério 47 TB miliar aguda 48 Granulomas na superfície da pleura 52 13/10/2020 12 Granulomas hepáticos 53 Sinais clínicos em bovinos Assintomáticos (maioria) Caquexia progressiva Tosse seca, curta e repetitiva Hipertrofia dos linfonodos Mastite e infertilidade Cansaço 55 Diagnóstico TB bovina Clínico / Anatomopatológico (lesões – inspeção) DIRETOS Presença do agente etiológico: isolamento do agente em meio de Stonebrink e identificação bioquímica; detecção de DNA (PCR) INDIRETOS Resposta do animal ao agente etiológico: Tuberculinização 58 https://www.youtube.com/watch?v=OqJUsTORZwo https://www.youtube.com/watch?v=OqJUsTORZwo 13/10/2020 13 Diagnóstico em humanos Diag. Clínico + Radiológico + Baciloscopia Baciloscopia: Exame do escarro (rotina) BAAR: coloração de Ziehl-Neelsen Não identifica a espécie de Mycobacterium Cultivo microbiológico: isolamento e identificação Demorado PCR 59 https://doi.org/10.1590/S0037-86822009000600020 Diagnóstico em humanos Tuberculinização intradérmica: Teste de Mantoux Reação de hipersensibilidade tardia (celular) Alérgica – organismo já sensibilizado pelos Ags da micobactéria Edema, rubor, dor Positiva Fraca: > 5 a 9 mm / Positiva Forte: ≥ 10 mm 60 Controle TB bovina PNCEBT Proibido o tratamento dos animais Teste nos rebanhos reagentes sacrifício Notificação obrigatória órgãos D.S.A. 62 13/10/2020 14 Prevenção e controle Vacinação de humanos: BCG Tratamento dos humanos infectados Zoonose: papel do veterinário Controle da doença nos animais Inspeção Sanitária POA Leite e derivados: tratamento térmico (pasteurizado) Carcaças: lesões tuberculosas Controle da saúde funcionários / magarefes Educação em saúde 63 64 HANSENÍASE 65 13/10/2020 15 FIM!!! Profa Dra Silvia M. Barbosa Médica Veterinária Email: minharro@uft.edu.br ° 66
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