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Resumo - Estudo Dirigido ZOONOSES

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ZOONOSES
BRUCELOSE
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa, com evolução crônica,
que acomete os sistemas reprodutivo e ósteo-articular de bovinos, suínos,
ovinos, caprinos, cães, equinos e homem. Possui distribuição mundial,
endêmica no Brasil. Doença ocupacional pois acomete os homens que
trabalham no local de produção de leite e derivados, e também do vacinador
durante a vacinação do rebanho. 
Ela causa grandes perdas na produção bovina de leite e corte, e causa
aborto de bezerros. 
Não é de notificação compulsória para o Sistema de Notificação de
Agravos, mas é importante comunicar ao serviço de vigilância epidemiológica
municipal ou /e estadual para se preencher ficha de investigação de brucelose
humana.
Agentes etiológicos: 
 B. melitensis: caprinos, ovinos e camelídeos; 
 B. abortus: bovinos e bubalinos; 
 B. suis: suínos e vários mamíferos selvagens 
 B. canis: cães 
 B. ovis: ovinos
 B. neotomae: ratos de florestas e do deserto; 
 B. microti: roedores; 
 B. inopinata: humanos; 
 B. delphini, B. pinnipediae, B. ceti: animais marinhos (leão-marinho,
golfinhos, focas e baleias).
Características: 
 Gram-negativo
 Coccobacilos 
 Encapsulados 
 Imóveis 
 Não formam esporos 
 Aeróbias e não fermentadoras 
 Patógeno intracelular facultativo



Resiste até 4 dias na urina bovina 
 75 dias no feto abortado em período frio
 4 meses em local úmido, escuro e pH neutro.
 Sensibilidade: desinfetantes comuns, raios solares, fervura,
pasteurização.
Já sua persistência vai depender do ambiente, como na natureza as
espécies de Brucellas são específicas quanto ao hospedeiro preferencial. Pode
ocorrer infecção cruzada, visível em sorologia, mas a tendência da doença ou
da infecção é limitada podendo ser considerada acidental.
RESERVATÓRIO: Bovinos, ovinos , caprinos entre outros animais.
VIA DE ELIMINAÇÃO: leite, sêmen, feto, anexos fetais, secreções vaginais,
fezes.
VIA DE TRANSMISSÃO: leite e derivados crus, carne crua, sêmen, água,
pastagens, fômites e ambientes contaminados.
PORTA DE ENTRADA: trato digestório, conjuntiva ocular, mucosas e pele
lesada.
FONTE DE INFECÇÃO: animal infectado.
SUSCETÍVEL: animais domésticos, silvestres e humanos.
OBS: basta uma carga mínima para promover a infecção. 
PATOGENIA: Porta de entrada - vai para os gânglios linfáticos regionais
(organismo - via linfa ou sangue) e colonização de gânglios linfáticos, medula
óssea, fígado, baço e articulações - chegando nos órgãos reprodutivos.
obs: o útero gravídico produz eritritol que atrai a bactéria e atua como fator
estimulante para o crescimento, sendo um lugar preferido para a brucela.
SINTOMATOLOGIA
 Período de incubação variável: semanas, meses, até dois anos. 
 Inicialmente pode causar: febre, sudorese profusa e também dores
articulares e musculares.
 Infertilidade em fêmeas: Metrite e retenção de placenta.
 Abortamento no terço final da gestação em bovinos.
 Infertilidade em machos e homem: orquite e processos inflamatórios na
vesícula seminal e ampolas. 
 Abortamento precoce (suínos) .



Lesões articulares (suínos, equinos e homem) .
 Lesões cutâneas eritematopapulosas (homem e suínos) 
 Osteomielite (homem) .
 Processo inflamatório de ligamento (bursite): mal da cernelha ou mal da
cruz (equinos e bovinos de tração).
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 Mastite brucélica – nódulos no úbere, coágulos no leite (cabras) 
 O abortamento costuma ocorrer após o 5º mês de gestação 
 Retenção fetal por 24-72 horas após a morte.
 Retenção de placenta e endometrite
Em humanos: Suspeita clínica aliada a história epidemiológica (Ingesta de
produtos animais contaminados mal cozidos, não pasteurizados) ou a própria
doença ocupacional.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Direto: Cultura.
 Indireto: Prova soroaglutinação em tubos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 ANIMAIS: Tricomonose, listeriose , leptospirose, toxoplasmose,
rinotraquíte infecciosa (IBR), diarréia viral bovina (BVDV).
 HUMANOS: Febres de origem obscura, endocardite bacteriana e febre
tifoide.
TRATAMENTO:
 Rebanhos comerciais: não realizar tratamento - sacrifício dos animais
positivos. 
 Em animais de estimação: Antibioticoterapia.
A vigilância epidemiologia deve reduzir a morbimortalidade, junto a
órgãos responsáveis, evitando a distribuição e consumo de produtos
contaminados.
FEBRE AMARELA
É uma doença infecciosa febril aguda transmitida por vetores
artrópodes. De caráter sazonal (dezembro e maio), podendo ter surtos em
períodos irregulares, que tenham uma condição favorável ao vírus. 
Doença de notificação compulsória imediata - SINAM
ETIOLOGIA
 Família: Flaviviridae 
 Gênero: Flavivirus 
 RNA de fita simples.
CICLOS DE TRANSMISSÃO
 Urbano:
o Tipo homem-mosquito-homem 
o Homem é o único hospedeiro 
o Vetor → Aedes aegypti
 Silvestre
o Vetores → Haemagogus spp. e Sabethes spp.
o Ativos nas horas mais quentes do dia (9h e 16h)
o Hospedeiros primatas não humanos (PNH) 
PATOGENIA
 Período de incubação: Varia entre 3 e 6 dias, podendo chegar até 10 a
15 dias 
 Período de Transmissibilidade: De 24 a 48 horas antes até 3 a 5 dias
após o início dos sintomas. 
 O vetor transmite o vírus por seis a oito semanas.
SINTOMAS
 Quadro clínico clássico – 20 a 30% dos casos 
 Febre alta contínua 
 Cefaleia intensa e duradoura 
 Inapetência, náuseas 
 Mialgia
✓Sintomas duram de 2 a 4 dias e uso de antitérmicos, analgésicos.
Quadro graves e malignos – 15 a 60% das pessoas com sintomas em
epidemias 
Evolução para óbito - 20 e 50% 
 Cefaleia, Mialgia 
 Náuseas, vômitos frequentes
 Icterícia, oligúria 
 Manifestações hemorrágicas: epistaxe, hematêmese e metrorragia.
DIAGNÓSTICO
 Humano: RT-PCR, Detecção de anticorpos (Sorologia), Histopatologia /
imuno-histoquímica.
OBS: Não existe tratamento específico para febre amarela, mas são tratado os
sintomas e intercorrências. Mas possui e vacina. 
 Primatas não humanos – comportamento anormal: Depressão,
movimento lento ou Imobilidade, ausência de instinto de fuga,
segregação do grupo. Perda de apetite, desnutrição, desidratação,
diarreia. Lesões cutâneas. Secreções nasais ou oculares. Isolamento
viral RT-PCR, histopatologia e imuno-histoquímica.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM HUMANOS
 Formas leves ou moderadas: dengue, malária, influenza, mononucleose
infecciosa.
 Formas graves e malignas: chikungunya, hepatites agudas, leptospirose,
riquetsiose, sepse e febre tifoide.
PREVENÇÃO
 Vigilância de epizootia: Detectar a circulação do vírus ainda em seu ciclo
enzoótico.
 Vigilância passiva e ativa
HANTAVIROSE
A Hantavirose é uma antropozoonose aguda, causada por RNA vírus.
Sua manifestação: Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) e
síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH).
Notificação Compulsória imediata.
ETIOLOGIA: 
 RNA Vírus, esférico, envelopado. 
 Família: Bunyaviridae 
 Gênero: Hantavirus (250 espécies).
RESERVATÓRIO: 
 Roedores SILVESTRES.
 Ordem Rodentia
 Família Muridae 
 Subfamília Sigmodontinae.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 Zoonose emergente.
 FHSR: endêmica na Ásia e Europa - letalidade de 5%.
 SCPH: Américas (do Canadá até o sul da Argentina - Brasil) - letalidade
varia de 20 a 50%.
Fatores que influenciam os surtos de Hantavirose: 
 Desequilíbrio ecológico 
 Diminuição de predadores 
 Crescimento da densidade populacional de roedores 
 Invasão de residências rurais por ratos 
 Manejo inadequado de grãos e insumos agrícolas
 Introdução de culturas comerciais 
 Manejo inadequado de grãos e insumos agrícolas 
 Urbanização de áreas rurais
PERFIL DOS PACIENTES
 Pacientes de zona rural com atividades agrícolas.
 Sexo predominante masculino: entre 20 e 39 anos. 
 Período de incubação 12 a 16 dias, variando entre 5 a 42 dias.
TRANSMISSÃO
 Homem: 
o Inalação de aerossóiscontendo o vírus presente em fezes, urina
e ou saliva de roedores silvestres contaminados.
o Percutânea – escoriações cutâneas e mordeduras. 
o Contato do vírus com a mucosa. 
SINTOMATOLOGIA 
 SCPH - Paciente suspeito 
 Sintomas de síndrome gripal 
 Febre acima de 38ºC 
 Astenia, sede, cefaleia ▪ Sinais de insuficiência respiratória.
DIAGNÓSTICO: 
 ELISA 
 RT-PCR 
 Imuno-histoquímica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
 Leptospirose, Pneumonias atípicas, Gripe, Dengue 
TRATAMENTO
 Casos suspeitos – UTI
 Estabilidade hemodinâmica, oxigenioterapia 
 Corrigir distúrbios hidroeletrolítico e ácido básico 
 Medidas de suporte para manter as funções vitais
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: Detectar os casos e/ou surtos. 
MEDIDAS DE CONTROLE
 Roedores: Antirratização - manejo na fazenda.
 Descontaminação de ambientes de risco: Utilizar equipamento de
proteção individual – EPI.
TENÍASE
Zoonose importante e também esquecida, complexo teníase/cisticercose
humana e animal gera grave problema de Saúde Pública.
A teníase é um parasita intestinal e a cisticercose dependem da
localização das larvas, mas geralmente provocam distúrbios no SNC.
ETIOLOGIA
 Taenia saginata – bovinos de distribuição global
 Taenia solium – suínos (em países em desenvolvimento e
subdesenvolvidos).
RESERVATÓRIO
 Homem – Único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. solium e
saginata
 Suínos e bovinos - São HI, apresentam as larvas Cysticercus cellulosae
e C. bovis, respectivamente nos tecidos.
TRANSMISSÃO 
 Teníase: ingestão de carne animal contendo cistos de cisticerco. 
 Cisticercose: ingestão de ovos da T. solium.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE
 Período de Incubação: 
o Cisticercose humana: 15 dias a anos 
o Teníase: +/- 3 meses 
 Período de Transmissibilidade:
o Ovos permanecem viáveis por vários meses no ambiente: 
 0°C → 15 dias
 -10°C →10 dias 
 100°C → 1 hora
Morfologia: são vermes grandes, achatados, em forma de fita, e podem
medir vários metros de comprimento dependendo da espécie. A largura do
corpo cresce de um extremo ao outro, como se fosse um triângulo muito
estreito e muito longo, cor branca a bege, de aspecto leitoso, outras vezes
amarelada a rosada, devido a diversas substâncias absorvidas pelo verme. A
superfície é lisa, brilhante, pode estar enrugada ou marcada por sulcos
longitudinais devido a contraturas da parede. Goteiras transversais marcam os
limites entre as proglótides.
COMPLICAÇÕES
 Teníase: obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático. 
 Cisticercose: deficiência visual, distúrbios psíquicos, epilepsia, entre
outros.
Manifestações clínicas da cisticercose: Crises epiléticas de 62%, hipertensão
intracraniana de 34%, meningite de 29%, distúrbio psicológico de 11%, e casos
de obitos de 21,4% .
DIAGNÓSTICO 
 Clínico, epidemiológico e laboratorial 
 Teníase: Observação das proglotes nas fezes. Exame
coproparasitológico para tênia (seriado).
 Cisticercose: Radiografia, encefalografia, exame de líquor (FC, RIFI,
ELISA), sorologia, PCR, tomografia axial computadorizada, ressonância
nuclear magnética.
TRATAMENTO
 Teníase: Antiparasitários: Mebendazol, Albendazol, Niclosamida,
Praziquantel
 Cisticercose: Antiparasitários, anticonvulsivantes, cirúrgico.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 Notificação - Não é compulsória. Informar casos de teníase e
neurocisticercose aos serviços de saúde, para mapear as áreas
afetadas e adotar medidas sanitárias.
Medidas de Controle: Bloqueio de foco do complexo teníase/cisticercose,
inspeção sanitária da carne, fiscalização de produtos de origem vegetal,
cuidados na suinocultura, saneamento básico.
LEISHMANIOSE
É uma zoonose parasitária causada por protozoário que pode afetar:
pele, mucosas e vísceras.
DEFINIÇÃO
 Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) 
 Leishmaniose Cutânea (LC) 
 Leishmaniose Cutânea Difusa (LCD)
 Leishmaniose Cutânea Mucosa (LCM)
 Leishmaniose Visceral (LV) 
ETIOLOGIA
 Várias espécies de protozoários do gênero Leishmania 
 Espécies mais importantes no Brasil : Leishmania (Viannia) braziliensis
(LTA), Leishmania (Leishmania) amazonensis (LTA), Leishmania
(Viannia) guyanensis (LTA), Leishmania chagasi (LV).
RESERVATÓRIO 
 Mantenedores do ciclo da doença: Cão, raposa, marsupiais, roedores,
preguiça, tamanduá, equinos, mulas. O homem também pode ser uma
fonte de infecção.
VETOR 
 Família Psychodida 
o subfamília Phlebotominae 
o Gênero Lutzomyia 
o LTA: Lutzomyia flaviscutellata, Lu. whitmani, Lu. umbratilis, Lu.
intermedia, Lu. wellcomei, Lu. migonei.
 Família Psychodida 
o subfamília Phlebotominae 
o Gênero Lutzomyia ▪
o LV: Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi.
TRANSMISSÃO
A transmissão da Leishmaniose Tegumentar ocorre pela picada de
fêmeas infectadas desses insetos.Ja a transmissão ocorre quando fêmeas de
insetos flebotomíneos infectados picam cães ou outros animais infectados e
depois pica o homem transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
 LTA PI: 2 semanas até 2 anos - média 2 a 3 meses. 
 LV PI: 10 dias a 24 meses - média 2 a 6 meses.
LTA – Notificação compulsória semanal
 SINTOMATOLOGIA: Feridas Clássicas: Feridas ou úlceras delimitadas
ou difusas, características da LTA.
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Reação de Montenegro: resposta de
hipersensibilidade celular retardada - humano. Biopsia: “Imprint” ,
sorologia, isolamento in vivo, PCR.
 TRATAMENTO – Antimoniato de N-metil-glucamina, isotionato de
Pentamidina, exame de glicose semanalmente, anfotericina B.
 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS – Distribuída mundialmente,
endêmica no Brasil (presente em todos os estados).
LV – Notificação compulsória semanal e requer investigação epidemiológica
 SINTOMATOLOGIA – HOMEM: Febre, Esplenohepatomegalia, palidez
cutâneo-mucosa, tosse, diarréia. Quando não tratada pode levar a
MORTE principalmente em crianças até 10 anos.
 TRATAMENTO: Antimoniato de N-metil-glucamina, acompanhamento
clínico e exames complementares, anfotericina, pentamidina. Em casos
graves de LV internar e tratar em hospital de referência.
 SINTOMATOLOGIA – CÃO: Emagrecimento, queda continua de pelos e
descamação, blefarite, paralisia parcial dos membros posteriores, lesões
em focinho, orelha, testículo e ornicogrifose, que é o crescimento
continuo da unha.



DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Sorologia, punção de linfonodo e medula
óssea.
TRATAMENTO – Fármacos não são eficazes no tratamento, tendo risco de
cães tratados manterem-se como reservatórios e fonte de infecção. Sem
indícios de redução ou interrupção da transmissão.
GABINETE DO MINISTRO, 11 DE JULHO DE 2008 ▪ Art. 1º Proibir o
tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes.
LESPTOSPIROSE
É doença notificação compulsória
É uma zoonose infecciosa, febril e de início abrupto. De alta letalidade. A
forma leve é confundida com gripe, ou dengue. A forma moderada ou grave
pode se apresentar como fase septicêmica e imune.
ETIOLOGIA
 Família: Leptospiraceae
 Ordem: Spirochaetales
 Gênero: Leptospira
 L. interrogans (patogênica)
 L.biflexa (apatogênica)
 Bactéria helicoidal
 Móvel
 Não capsulada
 Não esporulada
 Aeróbia
 Alta sensibilidade à luz
 Temperatura ideal: 30º C
 Sobrevivência no ambiente: até 180 dias
 Baixa sobrevivência em água salgada
 Inativadas por desinfetantes comuns
SOROVARES mais graves para humanos:
 Icterohaemorrhagiae
 Copenhageni
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Fatores que contribuem para a ocorrência da doença
o Clima quente e úmido (verão chuvosos da regiões tropicais e
subtropicais)
o Relevo e tipo de solo (baixadas e várzeas alagadiças)
o Falta de estrutura de saneamento básico
o Alta infestações de roedores
o Inundações propiciam a eclosão de surtos
o Predominância em população de baixo nível econômicoe social
RESERVATÓRIO E HOSPEDEIRO
 Reservatórios – animais domésticos, sinantrópicos e silvestres
 Principais reservatórios
o Rattus norvegicus
o Rattus rattus
o Mus musculus
 Reservatórios domésticos de importância: caninos, suínos, bovinos,
equinos, ovinos e caprinos;
o Os cães são reservatórios significativos para a infecção humana
em muitos países tropicais
o O homem é um hospedeiro acidental.
MODO DE TRANSMISSÃO
 Vias de eliminação - urina de animais infectados
 Transmissão
o Animal → animal → homem
o Homem → homem (rara)
 Vias de penetração
o Pele lesada (pele íntegra imersa por longo tempo em água)
o Mucosa integra
SINTOMATOLOGIA
 Variável, podendo ocorrer casos assintomáticos - dependendo do
sorovar
 Sintomas no homem
o Forma anictérica (leve, moderada ou grave) 90 a 95% dos casos
o Forma ictérica (moderada ou grave)
 Sintomas nos animais: bovinos
o Febre (4 a 5 dias)
o Anorexia
o Conjuntivite
o Diarreia
o Diminuição na busca do leite (mastite atípica)
o Abortos
o Retenção de placenta
o Nascimento de bezerros fracos
o Infertilidade
o Hemoglobinúria
o Bezerros são mais suscetíveis
 Sintomas nos animais: suínos
o Aborto (15/30 dias pós infecção)
o Nascimentos de leitões fracos
o Hemoglobinúria
o Icterícia
o Convulsões
o Transtornos intestinais
 Sintomas no animais: cães
o Hemorragia na cavidade bucal
o Febre
o Rigidez e mialgias nos MPs
o Pode evoluir para gastroenterite hemorrágica, icterícia, nefrite
aguda
o Letalidade estimada em 10%
 Sintomas no animais: gatos
o Raramente ocorre a enfermidade
 Sintomas no animais: roedores
o Estão adaptados às Leptospiras e não manifestam sintomas ou
lesões
DIAGNÓSTICO
 Diagnóstico Epidemiológico
o Contato com possível fonte de contaminação e via de
transmissão
o Viagens (últimos 30 dias)
o Atividades ocupacionais
 Diagnóstico clínico: sintomas e epidemiologia
 Diagnóstico laboratorial: direto e indireto
 Diagnóstico diferencial
o Dengue, Influenza, pneumonia
o Febre tifóide
o Pielonefrite aguda
o Toxoplasmose
o Meningite
o Doença de chagas
o Febre amarela e Malária
o Sepse
TRATAMENTO
 Fase inicial
o Droga de escolha: Penicilina G Cristalina
o Inibe a multiplicação da bactéria
o Evita falência renal



Fase sistêmica
o Estreptomicina, elimina ou diminui
o Drogas alternativas: ampicilina, tetraciclina, doxiciclina,
cloranfenicol
o Medidas de suporte
o Reposição hidroeletrolítica, assistência cárdio-respiratória,
transfusões de sangue, diálise
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Objetivo:
o Monitorar a ocorrência de casos, surtos, delimitar regiões de
risco, para melhor aplicar as medidas preventivas e de controle.
 É doença notificação compulsória
 Educação Sanitária
 Controle de roedores
 Não existe vacina para uso humano disponível no Brasil.
TUBERCULOSE
É uma zoonose infecto-contagiosa granulomatosa crônica específica
que origina tubérculos. Acomete diversas espécies animais e homem,
causando prejuízos econômicos e sociais.
 Etiologia: 
 Ordem: Actinomycetalis 
 Família: Mycobacteriaceae 
 Gênero: Mycobacterium, M. bovis, M. avium, M. tuberculosis.
CARACTERÍSTICAS 
 Aeróbios estritos 
 Bacilos álcool ácido resistentes 
 Imóveis



Não capsulados
 Não esporulados
M. bovis: amplo espectro de patogenicidade, principalmente bovinos e
bubalinos, pode causar tuberculose humana ou zoonótica. 
M. tuberculosis: tuberculose no homem pode infectar bovinos, sem causar
doença progressiva na espécie.
VIABILIDADE 
 Uma hora em suspensão no ar.
 Dois anos em estábulos, pastos e esterco 
 Um ano na água 
 Dez meses nos produtos de origem animal. 
A transmissão para humanos pode acontecer de duas formas: via digestiva
ou respiratória (ocupacional). Entre rebanhos: aquisição de animal infectado,
pastagem contaminada, vias digestórias e respiratórias por porta de entrada ou
por forma aerosol, corrimentos, dejetos e o leite/carne (ferventar).
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
HOMEM
 Tosse crônica (3 semanas) 
 Febre ligeira e sudorese noturna 
 Dor torácica e dispnéia 
 Hemoptise 
 Perda de peso
ANIMAIS
 Emagrecimento 
 Cansaço 
 Hipertrofia gangliar (reação de sistema imune).
 Dispneia e tosse seca
obs: a forma subclínica e assintomática é visto de 10 a 25% dos casos totais. 
DIAGNÓSTICO 
 Exame post mortem – inspeção de carcaça: Histopatologia
 Tuberculinização – aminais vivos (Teste tuberculínico simples – apenas
a tuberculina bovina / Teste cervical comparativo).
PREJUÍZOS
 Morte e reposição de animais 
 Condenação de carcaças 
 Diminuição da produção de leite e carne 
 Perda de credibilidade e prestígio
Controle: Isolamento dos animais com diagnóstico inconclusivo. Desinfecção
de instalações, preferencialmente com hipoclorito de sódio 10%. Exames em
todos os animais e tratadores da propriedade. Quando há animais positivos
deve-se: Marcados com um P na cara direita, afastados da produção
imediatamente e isolar do rebanho. Realizar o sacrifício em até 30 dias,
frigorífico realiza o abate ou é realizado na própria propriedade de forma
fiscalizada. Sem profilaxia animal, não possui vacina. 
O médico veterinário é responsável pelo conhecimento e realização do
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
(PNCEBT), que é um conjunto de estratégias desenvolvidas visando erradicar
a Brucelose e Tuberculose. Dentre estas estratégias há o controle de trânsito,
testes diagnósticos regulares, educação sanitária, entre outros.
RAIVA
É a mais importante das zoonoses por conta da sua letalidade. A
sinonímia da raiva é hidrofobia, por ter dificuldade da deglutição da água.
Importância para a Saúde Pública. Acomete o SNC, uma antropozoonose que
independe de padrão social, faixa etária e ocupação. Causa grandes perdas
econômicas, tem grande incidência em bovinos, mas acomete cães, gatos e
herbívoros. 
ETIOLOGIA
 Família: Rhabdoviridae 
 Gênero: Lyssavirus 
 Espécie: Rabies virus 
 RNA de fita simples
O vírus é sensível a sabão, detergente, éter, álcool iodado, acetona,
clorofórmio. Se Inativa rápido em casos de calor e dessecação, luz solar e
ultravioleta. 
Sua distribuição epidemiológica é o acometimento de todos os
mamíferos, e ocorre em todos os continentes (exceto Oceania e Antártida). É
endêmica na Brasil, mas possui casos em humanos.
TRANSMISSÃO: Vírus na saliva do infectado - mordedura.Raramente por
arranhadura e lambedura de mucosas.Atinge o SNP → SNC → órgãos, volta
para a glândula salivar onde ocorre a replicação do vírus. 
CICLOS DE TRANSMISSÃO (Homem vulnerável e hospedeiro final em todos
os ciclos).
 Urbano: Hospedeiro natural é o cão, ocorre por conta da relação entre o
homem e o canino. Quando existe morcegos mortos (Hematófago -
Desmodus rotundus e os não hematófago – insetívoro, frugívoro), é
realizado a vacinação sistêmica em cachorros e gatos. 
 Rural : Reservatório – Desmodus rotundus (morcegos hematófagos).
Causa impacto econômico e na saúde publica. Daqui surge doenças
ocupacionais. 
 Silvestre aéreo: O morcego (hematófagos/não hematófagos) mantém o
vírus rábico, todas as espécies são suscetíveis. Casos humanos, por
diminuição de alimentação, onde os morcegos vão próximo aos
humanos em busca de alimentos.



Silvestre terrestre: são dois reservatórios – Cachorro-do-mato - Cerdocyon
thous / Sagui-do-tufo-branco - Callithrix jacchus. Tem contato íntimo com
humanos, e muitas vezes podem ser, de forma ilegal, utilizados como
pets. 
PATOGENIA – Período de incubação 
 Homem: de 4 dias até 6 anos, em geral de 2 a 8 semanas. Podendo
chegar a 20 a 90 dias. Existe a presença do vírus na saliva animal, antes
mesmo de apresentar sintomas e o tutor pode não notar alterações no
comportamento do animal.
Nos cães a incubação pode demorar de 40 a 120 dias.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Fase Prodrômica - 2 a 10 dias (humana)
Sintomas inespecíficos: Febre moderada, cefaleia, tontura, mal estar
geral, dor no corpo e linfoadenopatia. Prurido no local da lesão (diferencial).
Observar a dificuldade ao deglutir a água (orofaringe), causando desidratação
e anorexia. 
 Fase Neurológica aguda – 2 a 7 dias 
Ansiedade, nervosismo, insônia, agitação, agressividade, depressão.
Alterações do comportamento. Hidrofobia, aerofobia e fotofobia.
(Coma – pré-morte e a morte por parada cardíaca ou morte cerebral)
A raiva ocorre em 32 a 61% dos expostos ao vírus sem profilaxia, dependendo
da espécie agressora, exposição, e quando não há lavagem do local onde foi
acometido. 
SINAIS CLÍNICOS CÃES E GATOS
 Alteração de conduta 
 Febre ligeira 
 Salivação abundante 
 Alteração do latido/miado
 Convulsões
 Incoordenação muscular e paralisia
 Tentativa de fuga
SINAIS CLÍNICOS BOVINOS
 Isolamento do animal
 Apatia e perda do apetite 
 Sensibilidade e prurido na região da mordedura 
 Mugido constante
 Tenesmo 
 Hiperexcitabilidade
 Aumento da libido
 Salivação abundante e viscosa 
 Dificuldade para engolir 
 Movimento desordenado da cabeça 
 Tremores musculares
 Ranger de dentes 
 Midríase sem reflexo pupilar 
 Incoordenação motora 
 Andar cambaleante
 Contrações musculares involuntárias 
Morte em 3 a 6 dias pós início de sinais, chegando até 10 dias.
SINAIS CLÍNICOS MORCEGOS
 Alteração de comportamento 
 Voar durante o dia 
 Permitir ser capturado com facilidade. Risco de maior de contágio.
DIAGNÓSTICO HUMANO 
 Imunofluorescência direta
 Prova biológica – inoculação (prova ouro)
 PCR
 Soroneutralização em cultura celular
 Necrópsia
 Histopatológico: coloração de Sellers (Corpúsculo de Negri)
COLETA DO MATERIAL 
 Animais silvestres: Encaminhados inteiros, para permitir a perfeita
identificação.
 Cães e gatos: Cabeça inteira ou com o sistema nervoso central coletado
 Bovinos, equídeos e outros: encaminhar Encéfalo (córtex, cerebelo e
tronco cerebral). Coletar a medula de equídeos.
 Morcegos: exemplar inteiro resfriado ou congelado.
PROFILAXIA
 Esquemas vacinais
 Cães e gatos – Primeira dose aos 4 meses, com revacinação
anualmente.
 Ruminantes - Vacinação compulsória em focos da doença (Bovídeos e
equídeos).
 Humanos: Vacinação para pessoas com contato com a área, como
médicos veterinários e trabalhadores de propriedades, não há
tratamento correto e pode ser de alto custo.
MÉTODO DE CONTROLE Desmodus rotundus 
 Indireto – Proprietário
o Aplicação tópica nos animais de pasta vampiricida ao redor de
mordedura de morcegos, gel vampiricida no dorso de bovídeos e
equídeos
 Direto – Serviço Oficial 
o Captura e aplicação tópica de vampiricida no dorso do morcego.

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