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Módulo 5 - Aspectos Legais sobre a Educação Especial no Brasil

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Curso de Educação Especial    |   Módulo V   
ASPECTOS LEGAIS SOBRE A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
Vamos abordar neste módulo as questões legais que 
cercam o assunto relacionado à Educação Especial.
Faremos a apresentação da LEI Nº 7.853, DE 24 DE 
OUTUBRO DE 1989 e também da RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 
2, de 11 de Fevereiro de 2001 que Institui Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica .
Esse módulo é fundamental para que você se situe no 
contexto legal que cerca a Educação Especial Você podecontexto legal que cerca a Educação Especial. Você pode 
pensar: “Mas eu sou professor, porque devo estudar as 
leis? 
Estudar as leis é essencial para que você tenha 
embasamento legal sobre este assunto. Quando 
confrontado (a) você terá subsídios e argumentos para 
defender o seu ponto de vista. Por isso acreditamos que o 
Professor deve conhecer o mínimo sobre o tema para queProfessor deve conhecer o mínimo sobre o tema, para que 
possa tornar sua prática educativa ainda mais sólida.
Vamos lá?
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LEI Nº 7 853 DE 24 DE OUTUBRO DE 1989
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria 
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência ‐ Corde institui a tutela jurisdicional de
LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência ‐ Corde, institui a tutela jurisdicional de 
interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e 
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais eArt. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e
sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei.
§ 1º Na aplicação e interpretação desta Lei, serão considerados os valores básicos da igualdade de
tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem‐estar, e
outros, indicados na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito.
§ 2º As normas desta Lei visam garantir às pessoas portadoras de deficiência as ações governamentais
necessárias ao seu cumprimento e das demais disposições constitucionais e legais que lhes concernem,
afastadas as discriminações e os preconceitos de qualquer espécie e entendida a matéria como obrigaçãoafastadas as discriminações e os preconceitos de qualquer espécie, e entendida a matéria como obrigação
nacional a cargo do Poder Público e da sociedade.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno
exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à
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previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e
das leis, propiciem seu bem‐estar pessoal, social e econômico.
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LEI Nº 7 853 DE 24 DE OUTUBRO DE 1989
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração
direta e indireta devem dispensar no âmbito de sua competência e finalidade aos assuntos objetos esta
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direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta
Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I ‐ na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a
educação precoce, a pré‐escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais,
com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré‐escolar, em unidades
hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano,
educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos,
inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
II ‐ na área da saúde:
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento
genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à
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identificação e ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e
seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de deficiência;
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b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de trânsito, e de
tratamento adequado a suas vítimas;
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tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação;
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos
e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de deficiência,
desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração social;
III ‐ na área da formação profissional e do trabalho:III ‐ na área da formação profissional e do trabalho:
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços concernentes,
inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de
tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos
comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas
portadoras de deficiência;portadoras de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das
pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado, e que
regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação,
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nelas, das pessoas portadoras de deficiência;
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IV ‐ na área de recursos humanos:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial de técnicos de nível médio
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a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio
especializados na habilitação e reabilitação,e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive
de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento
relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;
V ‐ na área das edificações:
a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e viasa) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias
públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso
destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.
Art. 3º As ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas
portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados, Municípios e
Distrito Federal; por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, autarquia,
empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades
institucionais a proteção das pessoas portadoras de deficiênciainstitucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
§ 1º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias.
§ 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de
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15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão se utilizadas para a
instrução da ação civil.
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IV ‐ na área de recursos humanos:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial de técnicos de nível médio
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a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio
especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive
de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento
relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;
V ‐ na área das edificações:
a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e viasa) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias
públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso
destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.
Art. 3º As ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas
portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados, Municípios e
Distrito Federal; por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, autarquia,
empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades
institucionais a proteção das pessoas portadoras de deficiênciainstitucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
§ 1º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias.
§ 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de
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15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão se utilizadas para a
instrução da ação civil.
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LEI Nº 7 853 DE 24 DE OUTUBRO DE 1989
§ 3º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser
negada certidão ou informação
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negada certidão ou informação.
§ 4º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das
certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo
quando se tratar de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo
correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado da sentença.
§ 5º Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem‐se como litisconsortes nas ações
propostas por qualquer deles.
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação qualquer dos co‐legitimados pode assumir a§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co‐legitimados pode assumir a
titularidade ativa.
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a
ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar
outra ação com idêntico fundamento, valendo‐se de nova prova.
§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de
jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso poder᧠2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá
recorrer qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em
que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
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LEI Nº 7 853 DE 24 DE OUTUBRO DE 1989
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física
ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez)
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j , p p , , ç , p , p q , ( )
dias úteis.
§ 1º Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da inexistência de elementos para a
propositura de ação civil, promoverá fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das peças informativas.
Neste caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas peças, em 3 (três) dias, ao Conselho Superior do, p p ç , ( ) , p
Ministério Público, que os examinará, deliberando a respeito, conforme dispuser seu Regimento.
§ 2º Se a promoção do arquivamento for reformada, o Conselho Superior do Ministério Público designará desde logo
outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 7º Aplicam‐se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos da Lei nº 7.347, de 24 de julhop ç p p , q , p , j
de 1985.
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa:
I ‐ recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento
de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta;q q g , p p , p q p ;
II ‐ obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados de sua deficiência;
III ‐ negar, sem justa causa, a alguém, por motivos derivados de sua deficiência, emprego ou trabalho;
IV ‐ recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico‐hospitalar e ambulatorial,
quando possível, à pessoa portadora de deficiência;q p , p p ;
V ‐ deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedidana ação civil a
que alude esta Lei;
VI ‐ recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando
requisitados pelo Ministério Público.
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q p
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Art. 9º A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas portadoras de
deficiência tratamento prioritário e apropriado para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno
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deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno
exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração social.
§ 1º Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos
órgãos da Administração Pública Federal, e incluir‐se‐ão em Política Nacional para Integração daó gãos da d st ação úb ca ede a , e c u se ão e o t ca ac o a pa a teg ação da
Pessoa Portadora de Deficiência, na qual estejam compreendidos planos, programas e projetos
sujeitos a prazos e objetivos determinados.
§ 2º Ter‐se‐ão como integrantes da Administração Pública Federal, para os fins desta Lei, além
dos órgãos públicos, das autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista, as
respectivas subsidiárias e as fundações públicas.
Art. 10. A coordenação superior dos assuntos, ações governamentais e medidas referentes a
pessoas portadoras de deficiência caberá à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidênciapessoas portadoras de deficiência caberá à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República. (Redação dada pela Lei nº 11.958, de 2009)
Parágrafo único. Ao órgão a que se refere este artigo caberá formular a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, seus planos, programas e projetos e cumprir asIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência, seus planos, programas e projetos e cumprir as
instruções superiores que lhes digam respeito, com a cooperação dos demais órgãos
públicos. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
Art. 11. (Revogado pela Lei nº 8.028, de 1990)
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Art. 12. Compete à Corde:
I ‐ coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência;
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I ‐ coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência;
II ‐ elaborar os planos, programas e projetos subsumidos na Política Nacional para a Integração de
Pessoa Portadora de Deficiência, bem como propor as providências necessárias a sua completa
implantação e seu adequado desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos e as de caráter
legislativo;
III ‐ acompanhar e orientar a execução, pela Administração Pública Federal, dos planos, programas e
projetos mencionados no inciso anterior;
IV ‐ manifestar‐se sobre a adequação à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora deIV ‐ manifestar‐se sobre a adequação à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos;
V ‐ manter, com os Estados, Municípios, Territórios, o Distrito Federal, e o Ministério Público, estreito
relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas à integração social das pessoas
portadoras de deficiência;
VI ‐ provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando‐lhe informações sobre fatos que
constituam objeto da ação civil de que esta Lei, e indicando‐lhe os elementos de convicção;
VII ‐ emitir opinião sobre os acordos contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos daVII emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos da
Administração Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência;
VIII ‐ promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa portadora de
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deficiência, visando à conscientização da sociedade.
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Parágrafo único. Na elaboração dos planos, programas e projetos a seu cargo, deverá a Corde recolher, sempre 
que possível a opinião das pessoas e entidades interessadas bem como considerar a necessidade de efetivo
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que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas, bem como considerar a necessidade de efetivo 
apoio aos entes particulares voltados para a integração social das pessoas portadoras de deficiência.
Art. 13. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216‐37, de 2001)
§ 1º A composição e o funcionamento do Conselho Consultivo da Corde serão disciplinados em ato do Poder 
Executivo Incluir se ão no Conselho representantes de órgãos e de organizações ligados aos assuntos pertinentesExecutivo. Incluir‐se‐ão no Conselho representantes de órgãos e de organizações ligados aos assuntos pertinentes 
à pessoa portadora de deficiência, bem como representante do Ministério Público Federal.
§ 2º Compete ao Conselho Consultivo:
I ‐ opinar sobre o desenvolvimento da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
II ‐ apresentar sugestões para o encaminhamento dessa política;
III ‐ responder a consultas formuladas pela Corde.
§ 3º O Conselho Consultivo reunir‐se‐á ordinariamente 1 (uma) vez por trimestre e, extraordinariamente, por 
iniciativa de 1/3 (um terço) de seus membros, mediante manifestação escrita, com antecedência de 10 (dez) dias, ç ç
e deliberará por maioria de votos dos conselheiros presentes.
§ 4º Os integrantes do Conselho não perceberão qualquer vantagem pecuniária, salvo as de seus cargos de 
origem, sendo considerados de relevância pública os seus serviços.
§ 5º As despesas de locomoção e hospedagem dos conselheiros quando necessárias serão asseguradas pela§ 5  As despesas de locomoção e hospedagem dos conselheiros, quando necessárias, serão asseguradas pela 
Corde.
Art. 14. (Vetado).
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Art. 15. Para atendimento e fiel cumprimento do que dispõe esta Lei, será reestruturada a Secretaria de
Educação Especial do Ministério da Educação e serão instituídos no Ministério do Trabalho no Ministério
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Educação Especial do Ministério da Educação, e serão instituídos, no Ministério do Trabalho, no Ministério
da Saúde e no Ministério da Previdência e Assistência Social, órgão encarregados da coordenação setorial
dos assuntos concernentes às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 16. O Poder Executivo adotará, nos 60 (sessenta) dias posteriores à vigência desta Lei, as
providências necessárias à reestruturação e ao regular funcionamento da Corde, como aquelas
decorrentes do artigo anterior.
Art. 17. Serão incluídas no censo demográfico de 1990, e nos subseqüentes, questões concernentes à
problemática da pessoa portadora de deficiência objetivando o conhecimento atualizado do número deproblemática da pessoa portadora de deficiência, objetivando o conhecimento atualizado do número de
pessoas portadoras de deficiência no País.
Art. 18. Os órgãos federais desenvolverão, no prazo de 12 (doze) meses contado da publicação desta
Lei, as ações necessárias à efetiva implantação das medidas indicadas no art. 2º desta Lei.
Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 20. Revogam‐se asdisposições em contrário.
Brasília 24 de outubro de 1989; 168º da Independência e 101º da RepúblicaBrasília, 24 de outubro de 1989; 168º da Independência e 101º da República.
JOSÉ SARNEY
João Batista de Abreu
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Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 25.10.1989
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Estou aqui de volta. Eu sei que a leitura dessa lei pode ter 
ser um pouco cansativa, mas você a superou com mérito.  
Prabéns Agora você conhece um pouco mais sobre esta leiPrabéns. Agora você conhece um pouco mais sobre esta lei 
sancionada em 1989.
Vamos analisar agora  a RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, de 11 
de Fevereiro de 2001, essa lei Institui Diretrizes Nacionais 
para a Educação Especial na Educação Básica, e com certeza 
ela se aproxima mais da sua prática profissional, portanto a 
leitura dela será mais condizente com a sua atividade emleitura dela será mais condizente com a sua atividade em 
sala de aula. 
Vamos lá?
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RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2 de 11 de Fevereiro de 2001
Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, 
d f id d di t A t 9 § 1 lí “ ” d L i 4 024 d 20 d
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001.
de conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da Lei 4.024, de 20 de 
dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995, nos 
Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58 a 60 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, e com fundamento no Parecer CNE/CEB 17/2001, homologado pelo Senhor , / / , g p
Ministro de Estado da Educação em 15 de agosto de 2001, RESOLVE:
Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem
id d d i i i i Ed ã Bá i t d t d lid dnecessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas as suas etapas e modalidades.
Parágrafo único. O atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil, nas creches e pré‐
escolas, assegurando‐lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e
interação com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado.ç , p
Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar‐se para o
atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
á i d ã d lid d t dnecessárias para uma educação de qualidade para todos.
Parágrafo único. Os sistemas de ensino devem conhecer a demanda real de atendimento a alunos com
necessidades educacionais especiais, mediante a criação de sistemas de informação e o estabelecimento
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p ç ç
de interface com os órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Escolar e pelo Censo Demográfico,
para atender a todas as variáveis implícitas à qualidade do processo formativo desses alunos.
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Art. 3º Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende‐se um processo educacional
definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais,
i d i tit i l t i l t l t l b tit i
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001.
organizados institucionalmente para apoiar complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das
potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas
e modalidades da educação básica.ç
Parágrafo único. Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela
educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem
t t ã d t ã d d ã i l isustentação ao processo de construção da educação inclusiva.
Art. 4º Como modalidade da Educação Básica, a educação especial considerará as situações singulares, os
perfis dos estudantes, as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará emp , p p
princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
I ‐ a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de
trabalho e de inserção na vida social;
II b d id tid d ó i d d d d h i t l i ã d difII ‐ a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças
e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e
aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos,
habilidades e competências;
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p
III ‐ o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e
econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus direitos.
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Art. 5º Consideram‐se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo
educacional, apresentarem:
I difi ld d t d d di li it õ d d l i t
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I ‐ dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que
dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:.
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;) q ç , ç , ç ;
II ‐dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de
linguagens e códigos aplicáveis;.
III ‐ altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente
it di t tit dconceitos, procedimentos e atitudes.
Art. 6° Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões
quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, avaliação doq , , , ç
aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com:
I ‐ a experiência de seu corpo docente, seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores
educacionais;
II t á l l d ã i l d ti i tII ‐ o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema;
III ‐ a colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência
Social, Trabalho, Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário.
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Art. 7º O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve
ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica.
A t 8 A l d d l d i d i ã d l
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Art. 8o As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes
comuns:
I ‐ professor(a)es das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados,
respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos;p , p ;
II ‐ distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias classes do ano escolar em
que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem
positivamente as experiências de todos os alunos,dentro do princípio de educar para a diversidade;
III fl ibili õ d t õ i l id i ifi d áti i t t l dIII ‐ flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação
adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a freqüência obrigatória;p j p g g , p q g ;
IV ‐ serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante:.
a) atuação colaborativa de professor(a) especializado em educação especial;
b) atuação de professor(a)es‐intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis;
) t ã d f ( ) t fi i i iti t i t i t i tit i l tc) atuação de professor(a)es e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente;
d) disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à
comunicação.
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V ‐ serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor(a) especializado
em educação especial realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando procedimentos,
i t t i i ífi
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equipamentos e materiais específicos;
VI ‐ condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos
professor(a)es, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades surgidas na
relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa;ç p g g , p ç ç p p q ;
VII ‐ sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula, trabalho
de equipe na escola e constituição de redes de apoio, com a participação da família no processo
educativo, bem como de outros agentes e recursos da comunidade;
VIII t lid d fl í l d l ti t d à id d d i i i i d lVIII ‐ temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades educacionais especiais de alunos
com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam concluir em tempo
maior o currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos anos finais do ensino
fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino, procurando‐se evitar grande, p , p g
defasagem idade/série;
IX ‐ atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o aprofundamento
e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala
d t d fi id l i t d i i l i l ãde recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor
tempo, da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96.
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Art. 9o As escolas podem criar, extraordinariamente, classes especiais, cuja organização fundamente‐se no
Capítulo II da LDBEN, nas diretrizes curriculares nacionais para a Educação Básica, bem como nos
f i i â t i l i i t di t át t itó i l
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referenciais e parâmetros curriculares nacionais, para atendimento, em caráter transitório, a alunos que
apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou condições de comunicação e sinalização
diferenciadas dos demais alunos e demandem ajudas e apoios intensos e contínuos.
§ 1o Nas classes especiais, o professor(a) deve desenvolver o currículo, mediante§ p , p ( ) ,
adaptações, e, quando necessário, atividades da vida autônoma e social no turno inverso.
Art. 10. Os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e atenção individualizada nas
ti id d d id tô i l j d i i t tí batividades da vida autônoma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como
adaptações curriculares tão que a escola comum não consiga prover, podem seratendidos, em caráter
extraordinário, em escolas especiais, públicas ou privadas, atendimento esse complementado, sempre que
necessário e de maneira articulada, por serviços das áreas de Saúde, Trabalho e Assistência Social., p ç ,
§ 1º As escolas especiais, públicas e privadas, devem cumprir as exigências legais
similares às de qualquer escola quanto ao seu processo de credenciamento e autorização de
funcionamento de cursos e posterior reconhecimento. § 2º Nas escolas especiais, os currículos devem
j t à di õ d d d di t C ít l II d LDBENajustar‐se às condições do educando e ao disposto no Capítulo II da LDBEN.
§ 3o A partir do desenvolvimento apresentado pelo aluno, a equipe pedagógica da escola especial e a
família devem decidir conjuntamente quanto à transferência do aluno para escola da rede regular de
ensino, com base em avaliação pedagógica e na indicação, por parte do setor responsável pela educação
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ç p g g ç p p p p ç
especial do sistema de ensino, de escolas regulares em condição de realizar seu atendimento educacional.
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Art. 11. Recomenda‐se às escolas e aos sistemas de ensino a constituição de parcerias com
instituições de ensino superior para a realização de pesquisas e estudos de caso relativos ao
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processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais,
visando ao aperfeiçoamento desse processo educativo.
Art. 12. Os sistemas de ensino, nos termos da Lei 10.098/2000 e da Lei 10.172/2001, devem
assegurar a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais,
mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, na edificação ‐ incluindo
instalações, equipamentos e mobiliário ‐ e nos transportes escolares, bem como de barreiras
i õ d l d h t i i á inas comunicações, provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários.
§ 1o Para atender aos padrões mínimos estabelecidos com respeito à acessibilidade, deve ser
realizada a adaptação das escolas existentes e condicionada a autorização de construção e
funcionamento de novas escolas ao preenchimento dos requisitos de infra estrutura definidosfuncionamento de novas escolas ao preenchimento dos requisitos de infra‐estrutura definidos.
§ 2o Deve ser assegurada, no processo educativo de alunos que apresentam dificuldades de
comunicação e sinalização diferenciadas dos demais educandos, a acessibilidade aos
conteúdos curriculares mediante a utilização de linguagens e códigos aplicáveis como oconteúdos curriculares, mediante a utilização de linguagens e códigos aplicáveis, como o
sistema Braille e a língua de sinais, sem prejuízo do aprendizado da língua portuguesa,
facultando‐lhes e às suas famílias a opção pela abordagem pedagógica que julgarem
adequada ouvidos os profissionais especializados em cada caso
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adequada, ouvidos os profissionais especializados em cada caso.
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Art. 13. Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o
atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento
de saúde que implique internação hospitalar atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em
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de saúde que implique internação hospitalar, atendimentoambulatorial ou permanência prolongada em
domicílio.
§ 1o As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem dar continuidade ao processo de
desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos matriculados em escolas da Educação Básica,
b d l d l í l fl b l dcontribuindo para seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças,
jovens e adultos não matriculados no sistema educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular.
§ 2o Nos casos de que trata este Artigo, a certificação de freqüência deve ser realizada com base no relatório
elaborado pelo professor(a) especializado que atende o aluno.
Art. 14. Os sistemas públicos de ensino serão responsáveis pela identificação, análise, avaliação da qualidade e da
idoneidade, bem como pelo credenciamento de escolas ou serviços, públicos ou privados, com os quais
estabelecerão convênios ou parcerias para garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de seusestabelecerão convênios ou parcerias para garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de seus
alunos, observados os princípios da educação inclusiva.
Art. 15. A organização e a operacionalização dos currículos escolares são de competência e responsabilidade dos
estabelecimentos de ensino devendo constar de seus projetos pedagógicos as disposições necessárias para oestabelecimentos de ensino, devendo constar de seus projetos pedagógicos as disposições necessárias para o
atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos, respeitadas, além das diretrizes curriculares
nacionais de todas as etapas e modalidades da Educação Básica, as normas dos respectivos sistemas de ensino.
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Art. 16. É facultado às instituições de ensino, esgotadas as possibilidades pontuadas nos Artigos 24 e 26 da
LDBEN, viabilizar ao aluno com grave deficiência mental ou múltipla, que não apresentar resultados de
l i ã i t I i I d A ti 32 d L i t i lid d ífi d i
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escolarização previstos no Inciso I do Artigo 32 da mesma Lei, terminalidade específica do ensino
fundamental, por meio da certificação de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que apresente,
de forma descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando, bem como o encaminhamento devido
para a educação de jovens e adultos e para a educação profissional.p ç j p ç p
Art. 17. Em consonância com os princípios da educação inclusiva, as escolas das redes regulares de
educação profissional, públicas e privadas, devem atender que apresentem necessidades educacionais
i i di t ã d di õ d ibilid d it ã d hespeciais, mediante a promoção das condições de acessibilidade, a capacitação de recursos humanos, a
flexibilização e adaptação do currículo e o encaminhamento para o trabalho, contando, para tal, com a
colaboração do setor responsável pela educação especial do respectivo sistema de ensino.
§ 1o As escolas de educação profissional podem realizar parcerias com escolas especiais, públicas ouç p p p p , p
privadas, tanto para construir competências necessárias à inclusão de alunos em seus cursos quanto para
prestar assistência técnica e convalidar cursos profissionalizantes realizados por essas escolas especiais.
§ 2o As escolas das redes de educação profissional podem avaliar e certificar competências laborais de
id d i i ã t i l d i h d ti dpessoas com necessidades especiais não matriculadas em seus cursos, encaminhando‐as, a partir desses
procedimentos, para o mundo do trabalho.
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Art. 18. Cabe aos sistemas de ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de
que essas tenham as suficientes condições para elaborar seu projeto pedagógico e possam contar com
f ( ) it d i li d f i t A ti 59 d LDBEN b
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professor(a)es capacitados e especializados conforme previsto no Artigo 59 da LDBEN e com base nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade Normal, e nas Curriculares Nacionais para a
Formação de Professor(a)es da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura de graduaçãoç ( ) ç , p , g ç
plena.
§ 1º São considerados professor(a)es capacitados para atuar em classes comuns com alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais aqueles que comprovem que, em sua formação, de nível
édi i f i l íd t úd b d ã i l d d d l i t dmédio ou superior, foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequados ao desenvolvimento de
competências e valores para:
I ‐ perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar a educação inclusiva;
II ‐ flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado àsç p g g q
necessidades especiais de aprendizagem;
III ‐ avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento de necessidades
educacionais especiais;
IV t i i l i f ( ) i li d d ã i lIV ‐ atuar em equipe, inclusive com professor(a)es especializados em educação especial.
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§ 2º São considerados professor(a)es especializados em educação especial aqueles que
desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais especiais para
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definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização,
adaptação curricular, procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas, adequados
ao atendimentos das mesmas, bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor(a) de
classe comum nas práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com
necessidades educacionais especiais.
§ 3º Os professor(a)es especializados em educação especial deverão comprovar:
I f ã d li i t d ã i l d áI ‐ formação em cursos de licenciatura em educação especial ou em uma de suas áreas,
preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para educação infantil ou
para os anos iniciais do ensino fundamental;
II complementação de estudos ou pós graduação em áreas específicas da educação especialII ‐ complementação de estudos ou pós‐graduação em áreas específicas da educação especial,
posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento, para atuação nos anos finais do
ensino fundamental e no ensino médio;
§ 4º Aos professor(a)es que já estão exercendo o magistério devem ser oferecidas§ 4º Aos professor(a)es que já estão exercendo o magistério devem ser oferecidas
oportunidades de formação continuada, inclusive em nível de especialização, pelas instâncias
educacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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Art. 19. As diretrizes curriculares nacionais de todas as etapas e modalidades da Educação
Básica estendem‐se para a educação especial, assim como estas
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Diretrizes Nacionais para a Educação Especial estendem‐se para todas as etapas e modalidades
da Educação Básica.
Art. 20. No processo de implantação destas Diretrizes pelos sistemas de ensino, caberá às
instâncias educacionais da União, dos Estados, do Distrito Federale dos Municípios, em regime
de colaboração, o estabelecimento de referenciais,
normas complementares e políticas educacionais.
A t 21 A i l t ã d t Di t i N i i Ed ã E i lArt. 21. A implementação das presentes Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica será obrigatória a partir de 2002, sendo facultativa no período de transição
compreendido entre a publicação desta Resolução e o dia 31 de dezembro de 2001.
Art 22 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições emArt. 22. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em
contrário.
FRANCISCO APARECIDO CORDÃOFRANCISCO APARECIDO CORDÃO.
Presidente da Câmara de Educação Básica.
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Concluímos o nosso estudo sobre as leis. Vamos agora para 
a parte boa. Vamos tratar no próximo módulo sobre a 
Escola Inclusiva Tenho certeza de que você vai adorarEscola Inclusiva. Tenho certeza de que você vai adorar. 
Mas antes de iniciarmos o próximo módulo vou deixar uma 
dica pra você! Nos vemos em breve.
Aproveite a transição entre este módulo e o 
próximo para fazer uma pausa. Procure alongar os 
braços, estique o pescoço, ajuste sua postura ou 
levante‐se para beber uma água. Ficar muito 
tempo em frente ao computador ou livros requer 
um descanso para seus olhos. Busque olhar pela 
janela, piscar bastante e mantenha a iluminação 
adequada.
( )Quando estiver preparado (a) inicie o próximo 
módulo de estudos.
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