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Roda de leitura literária Caren Matuieda Massuda RA: N5306D1 Laisla Mikaele de Jesus Ismael RA: F096JE8 Uma roda de leitura é uma prática pedagógica e cultural relacionada ao ato de ler conjuntamente, muito utilizada com leitores em formação (crianças da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental). Normalmente os chamados mediadores de leitura (professores, contadores de história, bibliotecários e outros profissionais ou pessoas envolvidas com a temática) lêem com ou para os demais. Embora comumente seja realizada em círculo – daí o nome de roda. O que distingue uma roda de leitura de uma contação de histórias é basicamente a forma como se posicionam os ouvintes e os contadores de histórias. Roda de leitura: A leitura como exército vital-cognitivo, que atravessa culturalmente a vida do ser humano, é uma dinâmica criativa fundamental do saber e formação educativa, especialmente em uma visão transdisciplinar. A pedagogia da roda é uma forma de inclusão, democratização de saberes na qual tanto “se fala” como “se escuta” (FREIRE, 1998). Numa roda de leitura aprende-se a lidar com a existência de idéias diferentes, possibilitando o desenvolvimento de relações interpessoais e o convívio social. A leitura: Um dos aspectos positivos de uma roda de leitura literária é a possibilidade de socialização entre os alunos de uma leitura compartilhada seguida de uma conversa sobre o texto lido por todos, pois cada um pode expor seus pontos de vista. Todos podem observar,e o educador pode ter mais uma possibilidade de exploração das características de oralidade como a entonação da voz, as ênfases e as pausas nas leituras compartilhadas dos textos. Além da possibilidade de adequar o uso correto da língua portuguesa como: concordâncias verbais e nominais, uso do plural e do singular, identificação de figuras de linguagens e seus significados. Pontos positivos da roda de leitura literária: Candido (1995, p. 186) por sua vez, considera que “a literatura corresponde uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e a visão do mundo ela nos organiza, liberta-nos do caos e, portanto, nos humaniza”. Para o autor “negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade” (CANDIDO, 1995, p. 186). Candido – visão do autor: A linguagem oral está presente no cotidiano das creches e pré-escolas. Porém é preciso lembrar que, para se comunicar, não basta saber falar. As crianças têm de se apropriar dos modos sociais de expressão nas diferentes situações do dia a dia: no diálogo, na conversa coletiva, em ocasiões informais ou formais. Isso é possível pela mediação do professor, que interpreta os gestos, apoia a significação da fala, cria contextos comunicativos interessantes e, assim, sustenta, acompanha e alimenta a produção discursiva dos pequenos. Para tanto, o coordenador pedagógico deve fundamentar o trabalho de linguagem e o planejamento de propostas capazes de fomentar uma comunidade cada vez mais falante. Processo de formação do educador: Formar professores da Educação Infantil, tendo em vista a promoção de experiências fundamentais às crianças de 2 a 5 anos, como ler, conversar, conhecer o mundo natural e social, desenhar e pintar, ouvir e produzir música, dançar e brincar de faz de conta e com jogos de regras. Objetivo geral: Orientar um plano de formação para a implementação e/ou qualificação da roda diária de conversa em grupo. Objetivo específico deste módulo: Características da conversa como prática social de comunicação. O papel do pensamento sincrético na conversa das crianças pequenas. Intervenções do professor na preparação dos assuntos para conversar em grupo bem como para promover o diálogo entre as crianças. O planejamento da roda de conversa. Conteúdo: Antes de tudo, é preciso pensar no sentido que vamos dar ao tema escolhido para introduzir o diálogo. O que vamos propor precisa ser significativo e interessante para as crianças. Pela idade das crianças, sendo algo novo, e aprendido devagar, o educador precisa entender que nem sempre todas as crianças ficaram na roda, portanto temos que escolher um ambiente favorável para a atividade. Para uma roda de leitura, é preciso: No caso da criança muito pequena e não muito verbal precisa construir um diálogo com o seu discurso interior. Vigotski afirmava que o discurso interior é uma linguagem mais completa que a fala: o uso de objetos, de expressões e gestos corporais, sons e outros, podem chamar a atenção dessas crianças e mantê-los atentos com a história. Com crianças mais maiores, a roda pode ter uma história ‘’maior’’, contendo mais frases e mais palavras, e outras habilidades para organizar a roda de leitura, sempre lembrando que deve ser um tema apropriado à idade, e interessante para as crianças, com isso é possível inclusive organizar um projeto, gerar discussões, debates, pesquisa, o aprofundamento do tema. Dessa forma as crianças apreciam a participação pois tem a chance de serem ouvidas. Continua.. a fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo. As crianças não ficam simplesmente falando o que elas estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em questão (2003, p. 34). Vigotski: