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02 - Doenças Infecciosas

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֎ Candidiase 
Condição muco cutânea - infecção micótica bucal mais comum. 
Componente da microbiota indígena vivendo em situação de 
comensalismo com o organismo, e sua manifestação patogênica 
se dá através de um desequilíbrio do organismo favorecendo o 
crescimento da cândida.. Pode ter manifestações agudas ou 
crônicas. 
Cândida spp envolvidas: 
• C. Albicans 80% 
• C. Glabatra 
• C. Tropicalis 
• C. Krusei 
 
❖ Fatores de Virulência: 
• Dimorfismo: Assume duas formas sendo LEVEDURAS 
não patogênicas e PSEUDOHIFAS a sua forma agressiva 
• Capacidade de se adaptar e crescer em diversos 
habitats 
• Capacidade de formar o biofilme 
• Hidrofobicidade  Adesão  Organização  
Formação de colônias  Secreção de polímeros 
extracelulares  Maturação  Disseminação no 
biofilme 
 
❖ Fatores Predisponentes Locais: 
• Próteses removíveis mal adaptadas 
• Má higiene bucal 
• Uso prolongado de antibióticos de amplo espectro 
• Quimioterapia e radioterapia de cabeça e pescoço 
• Xerostomia 
❖ Fatores Predisponentes Sistêmicos: 
• Idade 
▪ Neonatos não tem sistema imunológico bem 
desenvolvido. Normalmente se manifesta de 
forma agua “sapinho” 
▪ Idosos deficiência imunológica fisiológica 
• Diabetes, HIV, Doenças imunossupressoras: 
Deprimem a resposta imunológica do organismo 
favorecendo a cândida 
• Desnutrição 
• Drogas imunossupressoras e corticoides 
• Neoplasias Malignas 
• Radioterapia e quimioterapia 
❖ Classificação: 
Possui varias formas de ser classificada, dependendo de sua 
ação ou cor: 
• Cor: 
▪ Branca 
▪ Eritematosa 
• Ação: 
▪ Aguda: 
 Pseudomembranosa: 
Aparece subitamente em qualquer área da boca, 
se desenvolve rápido. Suas manifestações se dão 
como áreas brancas “leite coagulado” removíveis. 
Associada a uso d antibióticos de amplo espectro. 
 Atrófica 
Pode vir como evolução da pseumembranosa, ou 
surgir diretamente como atrófica (também pode 
surgir a partir de uso prolongado de antibióticos). 
O tecido abaixo da pseudomembrana está com 
processo inflamatório que possa apresentar 
destruição: Tecido liso, brilhante, despapilado e/ou 
com áreas eritematosas. Isso forma micro 
ulcerações que sugerem ardência/dor. 
▪ Crônica: 
 Atrófica / Estomatite por dentadura 
Prótese mal adaptada ou mal higienizada, 
basculante, causam micro ulcerações juntamente 
com uma resposta inflamatória, o que proporciona 
um ambiente ácido e favorece a proliferação 
patogênica da cândida. Indolor, pode se apresentar 
Dependem da região/País em que 
se encontram e a relação de 
predominância com a espécie 
Nikolle Teixeira 
 
 
de maneira difusa ou pontual. Superfície lisa, 
sempre na área chapeada. 
Eritematosa (glossite romboidal mediana) 
considerada lesão beijável – a língua encosta no 
palato e a cândida migra para a língua em sua 
área central, geralmente de médio para posterior. 
Redução dos tecidos conferindo o aspecto de 
vermelhidão 
 Hiperplásica 
Considerada lesão beijável – a língua encosta no 
palato e a cândida migra para a língua em sua 
área central, geralmente de médio para posterior. 
Proliferação dos tecidos conferindo o aspecto de 
hiperplasia. 
▪ Outras: 
 Mucocutânea 
Resultante do traumatismo da prótese. Membrana 
não removível. Logo, trata-se a candidíase, 
substitui a prótese e aguarda pois normalmente 
as áreas brancas quando não são muito elevadas 
regridem por si mesma. Mais difícil de tratamento. 
 Queilite angular / Queilocandidíase 
O uso de prótese por vários anos gera também o 
desgaste dos dentes de acrílico, causando 
também perda da DVO. O fechamento exagerado 
que ocasiona, leva a acumulo de saliva nos cantos 
da boca, principalmente durante o período de 
vigília. A saliva se acumula, fora da boca a mesma 
altera os tecidos causando atrofia isso gera um 
ambiente propicio para o desenvolvimento da 
cândida. Eritematosa crônica. Dolorida quando 
apresenta ulceras. 
 Multifocal crônica 
❖ Diagnóstico 
Na maior parte das vezes é clinico, mas pode necessitar de 
diagnostico diferencial com exames complementares. Se 
necessário realiza-se uma citologia esfoliativa e uma cultura. A 
biópsia apenas em casos extremos. 
❖ Tratamento: 
Depende das condições do paciente, de seu histórico clinico de 
tratamento, se existe alguma imunodeficiência sistêmica, e das 
condições locais da doença. 
O tratamento mais comum para as duas forma é o 
tratamento local da doença, salvo para comorbidades 
presentes. 
• Antibióticos poliênicos (antifúngico) 
 Nistatina – Suspensão oral 100.000U/ml ** 
Usado para bochechos e manda o paciente 
deglutir. Não absorvido pelo organismo tendo 
ação local. Possui açúcar, diabéticos 
contraindicado 
 
• Antibióticos Imidazólicos 
 Miconazol – Gel oral 2% 
Usado na prótese após higienizar ou língua, 
forma local. 
 Cetoconazol – Comprimido 200 mg/dia 
Utilizado em casos mais resistentes e em 
pessoas com comprometimento imunológico. 
Melhor absorvido pelo organismo em 
ambiente ácido, logo receitar após o café da 
manhã 
 
• Antibióticos Triazólicos 
 Fluconazol – comprimido 100 mg/dia 
Utilizado em casos mais resistentes e em 
pessoas com comprometimento imunológico. 
Desvantagem de preço 
 
❖ Prescrição Medicamentosa – RECEITA 
Para: 
RCP 
Uso interno – via oral 
 Nistatina suspensão 100.000 UI – 300 ml 
Fazer bochechos com 5ml da suspensão por um minuto e 
engolir, de 6 em 6 horas (4 vezes ao dia), durante 15 dias. 
 
Local e data 
Assinatura e carimbo do profissional 
Para: 
RCP 
Uso tópico 
 Miconazol gel à 2% - Um tubo 
Passar uma fina camada do gel na área afetada 3 vezes 
ao dia, durante 15 dias 
 
Local e data 
Assinatura e carimbo do profissional 
 
 
 
 
֎ Paracoccidioidomicose 
 
Doença infecciosa crônica 
 
❖ Ag. Etiológico – Paracoccidioides brasilienses 
• Acomete primariamente os pulmões, e pode disseminar 
pra a pele, baço e outros órgãos 
• Brasil, país mais acometido por essa doença, sudeste e 
principalmente em MG. Também no Sul e Centro-Oeste 
• Acomete predominantemente em Homens (30-50 anos) 
• Pessoas que trabalham no campo. Mulheres ate os 50 
anos protegidas pelo hormônio Estradiol. 25H: 1M 
 
❖ Patogenia 
• Baixa patogenicidade 
• difícil destruição 
 
 
❖ Características Clinicas Sistêmicas 
• Infecção pulmonar primária 
▪ Tosse 
▪ Hemoptise 
▪ Dispneia 
▪ Febre 
▪ Perda de peso 
❖ Disseminação sistêmica 
• Linfática 
• Hematogênica 
 
❖ Características clinicas bucais 
• Macroqueilia – lábio mais espesso por edema 
• Sialorreia – salivação abundante 
• ESTOMATITE MORIFORME – lesão patognomônica (lesão 
que caracteriza uma doença). 
Inflamação e retração gengival, mobilidade, exodontia 
  
 Periodontopatias 
 
▪ Edema 
▪ Áreas eritematosas 
▪ Área “pontilhada” 
▪ Lesão extensa podendo ser ulcerativa 
▪ Indolor 
▪ Tecido friável – sangramento 
 
❖ Diagnóstico 
• Biopsia Incisional – Por suspeita de neoplasia, lesão 
extensa e de toda forma não requer tratamento 
cirúrgico e sim com terapêutica 
• Corte 
▪ Fragmento de mucosa revestido por epitélio 
estratificado pavimentoso paraceratinazado (onde se 
vê os núcleos das células) 
▪ Células em degeneração 
▪ Hiperplasia pseudoepiteliomatosa 
▪ Exocitose 
Fungo Micélio Conidios
Dispersão aereaalveolos pulmonares Infecção Subclinica
Via Linfática ou 
Hematogênica 
Pode atingir outros 
orgãos: Mucosa, 
Linfonodos, pele até a 
boca 
Para: 
RCP 
Uso interno – via oral 
 Cetoconazol 200 mg – 15 comprimidos 
Tomar 1 comprimido após o café da manhã, durante 15 
dias. 
 
Local e data 
Assinatura e carimbo do profissional 
Pode chegar a boca 
 
 
▪ Aprisionamento de tecido conjuntivo 
 Presença de plasmócitos, linfócitos, macrófagos 
 Presença de levedura – paracoccidioidomicose 
(se encontrar apenas 1 fungo já pode fechar o 
diagnóstico) 
 Células gigantes de Langherans 
 
❖ Tratamento 
• Antibióticos Imidazólicos 
▪ Cetoconazol (200mg) – inicia dose alta400mg 
 1 comprimido de 12 em 12h 
 De 6 meses a 1 ano 
• Antibióticos Triazólicos 
▪ Fluconazol 
 Comprimido de 100mg/dia 
• Sulfamídicos 
▪ Sulfadiazina 
 !50mg/kg/dia 
▪ Anfotericina B 
 3mg/kg/dia 
• Encaminhar o paciente para o médico 
▪ Explicar que foi feito o diagnóstico através de 
biopsia Incisional 
▪ Encaminhamento para radiografia pulmonar e 
tratamento a critério – explicar que iniciou 
cetoconazol
Opção mais barata 
USADO APENAS EM HOSPITAL 
– Casos Gravíssimos 
 
 
 
Incapazes de se reproduzirem fora de um hospedeiro 
❖ Formados de: 
• Acido nucleico 
• Capsídeo 
• Envelope 
 
❖ Transmissão 
• Vertical 
▪ HBV – Hepatite B 
▪ HIV – AIDS 
▪ VZV – Varicela Zoster 
▪ HHV – Herpes Vírus Humano 
• Horizontal 
▪ Fluidos corporais HBV – HIV – HCV 
▪ Sangue – HCV 
▪ Saliva – HBV, EBV (Epstein Barr) 
▪ Alimentos, Água, Aerossóis** 
❖ Replicação Viral 
• Absorção 
Uma partícula do vírus prende-se a uma célula hospedeira 
através de receptores de glicoproteínas. 
• Entrada 
A partícula libera seu material genético com instruções dentro da 
célula hospedeira 
• Replicação 
O material injetado recruta enzimas da célula, que são integradas 
como novas partículas do vírus 
• Montagem 
As novas partículas juntam-se formando um novo vírus 
• Liberação 
Os novos vírus saem da célula hospedeira e se libertam para 
começar o processo em outras células 
▪ Lise celular 
▪ Brotamento 
 
❖ Mecanismos de Evasão dos Vírus 
• Persistência intracelular – pode ficar anos inerte até se 
ativar 
• Variação antigênica – mutações e fatores de virulência 
• Supressão da resposta imune – Toxinas que causam isso 
 
❖ Tratamentos Antivirais 
• Prevenção 
▪ Vacinas 
• Drogas 
▪ Aciclovir 
▪ Lamivudine 
Produção de análogos dos nucleosídeos que competem com os 
receptores das glicoproteínas e inativam a entrada do DNA viral. 
▪ Inibidores das proteases virais 
Impede do material genético sair do capsídeo 
▪ Ribavirin – Interferon 
Análogo ao nucleosídeo do HBV, incorpora ao seu RNA inibindo sua 
replicação 
 
 
–
 Herpes virus humano 
Possuem uma característica de serem de DNA, são vírus 
formador por 2 fitas e conseguem provocar latência, são 
vírus que se alojam em algum gânglio de nervo sensitivo no 
corpo. 
• Herpes simples 1 e 2 HHV1 e HHV2 
• Varicela Zoster VZV HHV3 
• Citomegalovírus HVMC HHV5 
• Herpes Vírus Humano HHV6 e HHV7 
• Epstein Barr HHV 4 
• Associado ao sarcoma de Kaposi HHV8 – encontrada 
comummente em pacientes imunodeprimidos (doença 
maligna) 
❖ Propriedade Gerais dos Herpes Vírus 
• Sensíveis a solventes lipídicos 
• Instáveis no meio ambiente 
• Infecções latentes (Gânglio de nervo sensitivo)  
reativação periódica  surtos de doenças 
• Eliminação continua ou intermitente 
• Reativação associada a fatores de risco 
• Importantes agentes oportunistas 
❖ Herpes simples 1 e 2 HHV1 e HHV2 
• Causam viroses neurotrópicas em humanos 
• Tem 70% de homologia genética 
• HSV1 50% da população 
• HSV2 1 em cada 5 adultos 
• Áreas subdesenvolvidas – mais de 70% possui o vírus 
(maioria das pessoas já contrai aos 2 anos de idade) 
• Principal característica – capacidade de latência por 
toda a vida do hospedeiro 
HSV1 – Gânglio trigêmeo ou cervical 
HSV2 – Gânglio Sacral 
• Entram no terminal do axônio neuronal processo de 
transporte retrógrado ativo do capsídeo com o DNA 
viral no corpo neural fica circularizado e é carregado 
por histonas formando nucleosomas e permanecendo 
como um DNA extra, não integrado 
• Tratamento: 
➢ O tratamento das diversas infecções por 
vírus da família Herpes permanece um 
desafio 
➢ Os atuais tratamentos mostram-se 
razoavelmente seguros mas de mediana 
efetividade 
➢ Os medicamentos não podem ser usados em 
longo prazo pois podem provocar toxicidade 
e resistência 
➢ Novos compostos estão sendo testados com 
resultados promissores para o uso isolado ou 
em associação com o Aciclovir 
• Identificação Laboratorial: 
 Efeitos Citopatológicos – Biopsia ou Papanicolau 
(sincícios – células multinucleadas, citoplasma 
vacuolar e inclusões intranucleares 
 Imunofluorescência – podem ser identificados 
assim. Anticorpos produzidos em lab. que possuem 
substância corante quando se ligam aos vírus 
fazem com que sejam identificados assim 
 Detecção direta por hibridização do DNA viral 
 Material da vesícula gerada e realização de cultura 
de células 
• Tipo 1 e tipo 2 podem causar: 
 GEHA 
 Herpes Oral 
 Ceratoconjuntivite 
 Eczema Herpética 
 Encefalite herpética 
 Paroníquia herpética – causada por profissional 
que não utilizou luvas e pode dar a lesão na unha 
 Herpes Genital 
 Herpes Neonatal 
 
 
֎ Gengivoestomatite Herpetica Aguda -
GEHA 
❖ Patogênese 
Contágio através de gotículas suspensas no ar ou de pessoa 
contaminada para não contaminada  Período de incubação 
de 3-10 dias  infecção clinica ou subclínica 
❖ Fatores de Risco 
• Condições sócio econômicas  exposições precoces 
onde o vírus é transmitido por aerossóis 
• Idade 
• Exposição a aglomerações 
• Condições de higiene deficiente 
❖ Aspectos Clínicos 
• Sinais prodrômicos (sinais que antecedem a manifestação 
da doença) 
▪ Febre 
▪ Mal estas 
▪ Astenia 
▪ Linfadenopatia 
• Sinais e sintomas clínicos 
▪ 2-3 dias 
▪ Surgem vesículas (região perioral da pele, semi 
mucosa do lábio e qualquer lugar da cavidade oral) 
podendo surgir em um local ou em todos dependendo 
da carga viral  Ulceras, Crostas ou 
pseudomembranas 
▪ Fica amarelada por contaminação (mão suja quando 
coça) levando a uma infecção bacteriana secundária 
– trata com pomadas (neomicina, piromicina, 
nebacetim) 
INFECÇÃO VIRAL INFECÇÃO BACTERIANA 
Os sinais de febre, mal-
estar, linfadenopatia vem 
antes dos sinais clínicos da 
doença 
Os sinais aparecem 
localmente primeiro e se 
a bactéria cai na 
corrente sanguínea que 
surgem como febre, mal-
estar etc 
❖ Diagnostico diferencial 
• Herpangina – mais rara, geralmente só em região 
posterior (palato mole) porem sinais geralmente são mais 
discretos e menos graves 
• Faringoamigdalites 
• Outras doenças vesiculobolhosas – pênfigo (não dão em 
crianças e não são precedidas por sinais prodrômicos 
• UAR – Ulceras Aftosas Recorrentes 
❖ Tratamentos Paliativos: 
• Analgésicos e antitérmicos (SEM AAS - Ácido 
Acetilsalicílico pois facilita hemorragia) 
• Anestésicos Locais 
• Alimentação liquida, pastosa, não ácida 
❖ Medicamento – tem que ser dado no início da doença pois 
diminuem os sintomas da doença reduzindo a carga viral 
• Aciclovir, 200mg – 1 comprimido/dia, durante 5 dias 
• Fanciclovir, penciclovir tópico  HSV1 e 2 VZV 
• Não existe vacina 
֎ Herpes Redicivante 
Manifestação secundária dos herpes simples – vírus que migrou 
através da bainha do axônio e está latente. Fator qualquer 
predisponente, estresse emocional muito grande que gera baixa de 
imunidade, exposição solar muito grande, reativam o vírus e ele realiza 
o trajeto ao contrario se manifestando novamente na pele, etc. 
❖ Patogênese 
Vírus Latente  migração  lesão 
❖ Fatores de Risco 
• Exposição a luz ultravioleta intensa 
• Traumatismos 
• Estresse emocional – qualquer fator imunológico 
❖ Aspectos Clinicos 
• Sinais prodrômicos 
▪ Locais onde a vesículas vão eclodir – NESSA HORA 
PASSAR O ACICLOVIR 
▪ Dormência 
▪ Formigamento 
▪ Ardência 
• Sinais Clínicos 
▪ Vesículas – próximas umas das outras que muitas 
vezes se coalescem 
▪ Localizadas mais comumente em comissura labial 
▪ Formação de crosta 
❖ Diagnóstico Diferencial 
• Traumatismo 
• Cancro 
• Outras doenças 
❖ Tratamentos Paliativos: 
• Aciclovir – 1 tubo de creme, passar 5 vezes ao dia 
durante 5 dias 
Repetir a mesma receita após 30 dias e novamente após 60 dias 
Para: 
LGF 
Uso interno – via oral 
 Penvir oral 125 mg – 10 comprimidos 
(PREVINE/DIMINUI AS MANIFESTAÇÕES) 
Tomar 1 comprimido de 12 em 12 horas, durante 5 dias.Local e data 
Assinatura e carimbo do profissional 
 
 
֎ Herpes Zoster 
Varicela Zoster -VZV - HHV3 (Catapora) 
• Transmissão por secreções respiratórias e vesiculares 
• Incubação: 2 semanas 
❖ Manifestações Clinicas 
Por ser uma doença secundária é necessário já ter o vírus no 
corpo dele. 
 
❖ Fatores de Risco 
• Deficiência Imunológica 
▪ Doenças – diabetes, lúpus 
▪ Desnutrição 
▪ Medicamentos 
• Estresse Emocional 
• Idade – idosos (deficiência imunológica fisiológica 
❖ Aspectos Clínicos 
• Manifestação unilateral 
• Dor – pode simular dor de dente, otite, tonteira, zumbido 
Dor de média a severa 
• Vesículas 
• Neurite pós herpética – inflamação persistente dos nervos, 
se não tratada corretamente pode persistir por anos – DOR 
SEVERA LACINANTE 
❖ Diagnóstico Diferencial 
• Outras doenças vesiculobolhosas 
❖ Tratamentos Paliativos: 
• Prevenir a neurite pós-herpetica 
• Aciclovir, Valaciclovir, Fanciclovir, Foscarnet – todos tem a 
mesma ação 
• Vacina MMRV – Prevenção VZV 
15º mes até um dia antes dos 5 anos 
֎ Papiloma 
Papiloma Vírus Humano – HPV 
• HPV – Associado a lesões benignas e malignas (anal, genital e 
bucal) 
• HPVs com genótipos de alto risco para malignidade – HPV16 e 
HPV18 
 Câncer cervical, carcinoma de pênis, câncer de 
esôfago. 
• HPVs com genótipos de baixo risco– HPV6 e HPV11 
 Neoplasias Benignas: papilomas bucais e laríngeos, 
condiloma, hiperplasia epitelial focam, verruga vulgar 
֎ Verruga Vulgar 
❖ Conceito: 
Causada por uma sepa benigna do HPV (HPV2; HPV4; HPV40) 
❖ Etiopatogenia: 
Infecção benigna crônica, sendo ela infectocontagiosa, sendo 
transmitida de pessoa para pessoa ou para mesma pessoa por auto 
inoculação 
 
❖ Aspectos Clínicos 
• Possuem crescimento autolimitado e lento 
• Se inicia como pápula, pode evoluir para nódulo pequeno ou 
não. 
• Pápula ou nódulo com projeções digitiformes, base séssil ou 
pediculada, indolor, de coloração quase sempre esbranquiçada 
(grande quantidade de queratina) 
 
֎ Condiloma acuminado 
❖ Conceito: 
Sexualmente Transmissível - 
❖ Aspectos Histológicos 
• Induzem proliferação do epitélio – camada espinhosa. Tanto 
para o conjuntivo quanto para o epitélio que dão o aspecto 
rugoso de projeções e ceratina 
• Papiloma – aspecto de couve flor (digitações) 
• Infecção provoca hiperplasia e aumento exagerado do 
epitélio 
• Núcleo muito corado, citoplasma degenerado que fica com 
aspecto branco. 
Latencia nervo 
toraxico, trigêmio 
ou sacral
Reativação
Bainha do axônio
Manifestações da 
doença Herpes 
Zoster
INFECÇÃO - tem em 
uma mão e manipula 
a verruga com os 
dentes por ex
Auto-inoculação
Acontece o 
esplhamento
Para: 
LGF 
Uso interno – via oral 
 Prednisona 20 mg – 10 comprimidos 
(PREVINE/DIMINUI AS MANIFESTAÇÕES) 
Tomar 1 comprimido após o café da manhã, durante 
7 dias. 
 
Local e data 
Assinatura e carimbo do profissional 
 
 
֎ Sifilis 
❖ Conceito Histórico 
Doença muito antiga, antes da invenção da penicilina a sífilis chegou a 
ser considerada uma doença fatal, pois avança em seus estágios sem 
tratamento. O tratamento com metais pesados chegou a ser realizado, 
entretanto haviam efeitos colaterais como o desenvolvimento de 
doenças malignas por causa dos metais 
❖ Etiopatogenia 
Causada por uma bactéria exógena – Treponema Pallidum 
• Espiroqueta – bactéria em forma de espiral que não boca 
pode ser confundida com outras bactérias em forma de 
espiral 
• Aeróbio – não vive sem O2 
• Extremamente vulnerável ao calor e ressecamento (morre 
em +/- 10minutos 
• Transmissão sempre direta – entre indivíduos, transfusão 
sanguínea, relações sexuais, transmissão vertical (materno 
– fetal) 
 
❖ Fases ou Estágios 
• Sífilis primaria 
• Sífilis secundária 
• Sífilis latente 
• Sífilis terciária 
 
❖ Diagnóstico 
• Exames sorológicos 
 VDLR – não é especifico para sífilis, apresentando-se 
positivo apenas quando já existe uma carga bacteriana 
alta (20 dias ou mais de infecção) 
ACIMA DE 1/16AVOS JÁ É POSITIVO 
Pode dar falso positivo pois se baseia em proteínas anômalas 
(algumas outras doenças também podem produzir essa 
proteína que ficam presentes no sangue do paciente) 
o NÃO INDICADO PARA PESSOAS QUE TIVERAM 
 GRAVIDEZ RECENTE 
 INFECÇÕES VIRÓTICAS RECENTES 
 DOENÇA AUTOIMUNE EM ATIVIDADE 
Nesse caso se pede um exame especifico que é reação antígeno – 
anticorpo 
 FTA-Abs – Fluorescent Treponemal Antibody Absorved 
Produzido em laboratório um anticorpo contra os antígenos 
do Treponema, que é aderido a uma substância fluorescente. 
Esse anticorpo no sangue, caso haja presença desses 
antígenos se liga a eles tornando detectável em analise 
laboratorial devido a presença do material fluorescente 
 Microscopia em campo escuro – coleta de material em 
lesões abertas ulceradas 
 Biópsia Incisional (mais raro de se fazer) – gera uma 
reação inflamatória granulomatosa. 
Não se vê o treponema em H.E, se há a suspeita da sífilis, é 
necessário corar o material em prata, onde o treponema 
será evidenciado em negro. 
֎Sifilis Primaria 
❖ Patogênese 
Transmissão mais comum através com contato sexual. 
 
• APARECIMENTO DO CANCRO 
 lesão ulcerativa 
 Única 
 Bordos pouco elevados 
 Coloração vermelho escura 
 Bem delimitada 
 Indolor 
Dias depois ao aparecimento do cancro aparece uma Linfadenopatia 
Satélite (Gânglio infartado) próximo ao aparecimento do cancro 
Após 6 semanas do cancro a lesão desaparece completamente. 
❖ Diagnóstico Diferencial 
• Outras doenças vesiculobolhosas – Herpes 
• Machucados – traumatismos 
• Câncer de boca na fase inicial 
• Granuloma Piogênico 
 Anamnese 
 Lanfadenopatia Sátelite 
INFECÇÃO - contato 
com pessoas com 
lesões abertas -
principalmente sexual
2-6 SEMANAS (tempo 
para aparecimento 
das 1ª lesões)
PORTA DE ENTRADA -
lesões aparecem 
onde houve o contato 
primário
 
 
֎Sifilis Secundaria – Disseminada ou Sistemica 
 
❖ Manifestações Sistêmicas persistentes e suas características: 
• Podem aparecer em quaisquer órgãos 
• Febre 
• Mal-estar 
• Cansaço 
• Dores no corpo – nevralgias, mialgias 
• Dores de cabeça 
• Dor de garganta 
• Emagrecimento 
 
❖ Manifestações Clinicas 
• Roséolas Sifilíticas – Erupções cutâneas maculopapulares 
• Ceratose palmo plantar – aumento da ceratinização induzida 
pelo treponema ( cacteristicamente na palma das mãos e na 
planta dos pés) 
• Placas mucosas – boca (lesões ulcerativas cobertas por uma 
pseudomembrana – vidro despolido), indolor. Lesões 
extremamente ricas em treponema – altamente 
transmissíveis 
 Pele 
 Mucocutânea 
 
❖ Regressão Espontânea 
Pode significar que a bactéria foi eliminada completamente pela 
resposta imune do organismo, ou que ela ficou latente em órgãos 
(ossos, tecidos moles, mucosa, cérebro, coração, sistema vascular, 
etc.) 
❖ Tratamento 
• Bezetacil com dose de acumulo sendo indicada o 
tratamento com várias injeções de 7 em 7 dias 
Infecção Primária
Disseminação 
Hematógena e/ou 
Linfática
4-10 SEMANAS
Manifestações da Sífilis 
secundária
Regressão Espontânea 
em até 2 anos
A regressão pode 
significar que a bacteria 
foi eliminada pelo 
organismo, ou que ela 
ficou latente

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