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proliferação não neoplásicas

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Estomatopatologia Maria Luiza Menezes 
PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO 
NEOPLÁSICOS 
 Etiologia: respostas teciduais a estímulos crônicos de 
longa duração: raízes residuais, dentes mal 
posicionados, restaurações com excessos proximais, 
corpos estranhos no sulco gengival, dentes 
malconservados, cálculos subgengivais, próteses 
inadequadas; 
GRANULOMA PIOGÊNICO 
 Conceito: É um crescimento nodular da cavidade oral 
que, tradicionalmente, tem sido considerado como 
tendo natureza não neoplásica, deve ser uma 
resposta tecidual a uma irritação local ou trauma, e, 
apesar de seu nome, não é um granuloma 
verdadeiro; 
 Características clínicas: 
‐ Aumento de volume; 
‐ Superfície lisa ou lobulada; 
‐ Pediculada ou sésseis; 
‐ A superfície é, normalmente, ulcerada e varia do 
rosa ao vermelho ao roxo, dependendo da idade 
da lesão; 
‐ Lesão nova: muito vascularizada; lesão antiga: 
mais colagenizada; 
‐ O crescimento é indolor; 
‐ Crescimento rápido; 
 Prevalência: crianças e adultos jovens, predileção 
pelo gênero feminino, possivelmente devido aos 
efeitos vasculares dos hormônios femininos; 
 
 
 Características histopatológicas: 
‐ Proliferação altamente vascular, semelhante ao 
tecido de granulação; 
‐ Numerosos canais, pequenos e grandes, 
delimitados por endotélio, são formados e se 
apresentam obliterados por hemácias; 
‐ Algumas vezes, esses vasos são organizados em 
agregados lobulares — por isso, o termo 
hemangioma capilar lobular; 
‐ Superfície é ulcerada e substituída por uma 
espessa membrana fibrinopurulenta; 
‐ Infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, 
plasmócitos e linfócitos; 
 
 
 Tratamento: excisão cirúrgica conservadora, que 
usualmente é curativa. 
HIPERPLASIA FIBROSA (FIBROMATOSE GENGIVAL 
IRRITATIVA) 
 Conceito: hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, 
semelhante a uma neoplasia, que se desenvolve em 
associação às bordas de uma prótese total ou parcial 
mal adaptada; 
 Características clínicas: 
‐ Uma única prega ou múltiplas pregas de tecido 
hiperplásico no vestíbulo alveolar, 
frequentemente, duas pregas de tecido estão 
presentes, e as bordas da prótese associada se 
encaixam perfeitamente dentro da fissura entre 
as pregas; 
Estomatopatologia Maria Luiza Menezes 
‐ O tecido redundante usualmente é firme e 
fibroso, embora algumas lesões se apresentem 
eritematosas e ulceradas, semelhantes ao 
granuloma piogênico; 
‐ Usualmente se desenvolve na face vestibular do 
rebordo alveolar, embora lesões ocasionais 
possam ser vistas na face lingual do rebordo 
alveolar inferior; 
 
 
 
 
 Prevalência: adultos de meia-idade e em idosos, 
podendo ocorrer tanto na maxila quanto na 
mandíbula; sendo a porção anterior dos ossos 
maxilares é mais afetada do que as porções 
posteriores; dois terços a três quartos dos casos 
submetidos à biopsia ocorrem em mulheres; 
 Características histopatológicas: 
‐ Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso; 
‐ Geralmente, múltiplas pregas e sulcos ocorrem 
no local onde a prótese traumatiza o tecido; 
‐ O epitélio de revestimento frequentemente é 
hiperparaqueratinizado e demonstra hiperplasia 
irregular das cristas epiteliais; 
‐ Em alguns casos, o epitélio exibe hiperplasia 
papilomatosa inflamatória ou hiperplasia 
pseudoepiteliomatosa (pseudocarcinomatosa); 
‐ Um infiltrado inflamatório crônico variável está 
presente; 
‐ Algumas vezes, podem estar presentes 
eosinófilos ou ocorrer a formação de folículos 
linfoides; 
‐ Se as glândulas salivares menores estiverem 
incluídas no espécime, usualmente exibirão 
sialadenite crônica; 
 
 Tratamento: remoção cirúrgica, com o exame 
microscópico do tecido removido, além disso, prótese 
mal-adaptada deve ser refeita ou corrigida para 
prevenir a recidiva da lesão; 
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO 
 Conceito: crescimento gengival relativamente comum 
que é considerado mais como uma lesão de natureza 
reacional do que de natureza neoplásica; 
 Características clínicas: 
‐ Ocorre exclusivamente na gengiva; 
‐ Apresenta-se como um nódulo, séssil ou 
pediculado, que usualmente se origina da papila 
interdental; 
‐ A coloração varia do vermelho ao rosa, e a 
superfície é frequentemente, mas nem sempre, 
ulcerada; 
‐ O crescimento provavelmente se inicia como 
uma lesão ulcerada; 
Estomatopatologia Maria Luiza Menezes 
‐ As lesões mais antigas comumente mostram a 
cicatrização da úlcera e uma superfície intacta; 
 
 
 Prevalência: adolescentes e adultos jovens, com um 
pico de prevalência entre os 10 e os 19 anos de idade, 
quase dois terços de todos os casos ocorrem em 
mulheres; 
 Características histopatológicas: 
‐ Proliferação de fibroblastos associada à 
formação de material mineralizado; 
‐ Se o epitélio estiver ulcerado, a superfície é 
coberta por uma membrana fibrinopurulenta 
com uma zona de tecido de granulação 
subjacente; 
‐ Presença de trabéculas de osteoide não 
mineralizado; 
‐ Tais calcificações distróficas são mais comuns em 
lesões iniciais ulceradas, enquanto as lesões mais 
antigas, não ulceradas, comumente exibem osso 
bem formado ou cemento; 
‐ Em alguns casos, células gigantes multinucleadas 
podem ser encontradas, usualmente em 
associação ao material mineralizado; 
 
 
 
 Tratamento: excisão cirúrgica local, com o envio do 
espécime para o exame histopatológico; 
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES 
 Conceito: é um crescimento semelhante nodular que 
não representa uma neoplasia verdadeira, mas sim 
uma lesão reacional causada por irritação local ou 
trauma; 
 Características clínicas: 
‐ Ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo 
alveolar edêntulo; 
‐ Aumento de volume nodular de coloração que 
varia do vermelho ao vermelho-azulado; 
‐ Séssil ou pediculada; 
‐ Pode ou não ser ulcerada; 
Estomatopatologia Maria Luiza Menezes 
 
 
 Prevalência: 31 aos 46 anos de idade, sendo que 52% 
a 60% dos casos ocorrem em mulheres; 
 Características histopatológicas: 
‐ Proliferação de células gigantes multinucleadas, 
permeadas por células mesenquimais volumosas 
ovoides e fusiformes; 
‐ Hemorragia abundante em toda a lesão, que 
geralmente resulta no depósito de pigmento de 
hemossiderina, especialmente na periferia da 
lesão; 
‐ Superfície da mucosa de revestimento se 
encontra ulcerada em 50% dos casos, 
geralmente, uma zona de tecido conjuntivo 
denso separa a proliferação de células gigantes 
da superfície da mucosa; 
 
 
 Tratamento: excisão cirúrgica local, abaixo do osso 
subjacente;

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