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Problemas Urbanos Brasileiros Geografia IFC - INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE Aluna: Daiane de Souza. Assunto:Problemas urbanos brasileiros. Data de edição: 27 de outubro de 2020. Avaliador: Nildo de Melo. INTRODUÇÃO O processo de urbanização no Brasil se intensificou a partir da década de 1950. As atividades industriais se expandiram, atraindo cada vez mais pessoas para as cidades. Porém, a urbanização sem um devido planejamento tem como consequência vários problemas de ordem social. O inchaço das cidades, provocado pelo acúmulo de pessoas, e a falta de uma infraestrutura adequada gera transtornos para a população urbana. As grandes cidades brasileiras enfrentam diversos problemas, destacam-se as questões da moradia, desemprego, desigualdade social, saúde, educação, violência e exclusão social. O acesso à moradia com as devidas condições de infraestrutura (saneamento ambiental, asfalto, iluminação, etc.) não atinge todas as camadas da população brasileira. É cada vez mais comum o surgimento e ampliação de favelas desprovidas de serviços públicos. Outro agravante são as pessoas que não conseguem obter renda suficiente para ser destinada à habitação, e acabam utilizando as ruas da cidade como espaço de moradia. A educação de baixa qualidade gera vários transtornos, pois parte da população não consegue obter qualificação profissional exigida pelo mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Com isso, ocorre o aumento do desemprego e se intensificam atividades como as desenvolvidas por vendedores ambulantes, coletores de materiais recicláveis, flanelinhas, entre outras do mercado informal. Os serviços públicos de saúde, na sua maioria, apresentam problemas estruturais, com filas imensas e demoradas, ausência de aparelhos e medicamentos, pequeno número de funcionários, ou seja, total desrespeito com o cidadão que necessita desse serviço. Um dos problemas urbanos que mais preocupa a população atualmente é a violência, pois todos estão vulneráveis aos crimes que ocorrem, principalmente nas grandes cidades do Brasil. Diariamente têm-se notícias de assassinatos, assaltos, sequestros, agressões, e outros tipos de violência. Esse fato contribui bastante para que a população fique com medo, e o que é pior, muitos já não confiam na segurança pública. Um dos problemas característicos dos países em desenvolvimento é a desigualdade social, no Brasil não é diferente. Isso ocorre entre as Regiões, Estados, Cidades e Bairros, refletindo em aspectos como a qualidade de vida, educação, segurança, entre outros. Uma pequena parcela da população brasileira é muito rica, enquanto a maioria é pobre; o que é um reflexo da grande desigualdade na distribuição de renda. Políticas públicas devem ser desenvolvidas para proporcionar uma distribuição de renda mais igualitária, diminuindo a disparidade entre a população. Investimentos em serviços públicos se fazem necessários (educação, saúde, moradia, segurança, etc.) de forma que eleve a qualidade de vida e, principalmente, dignidade para os cidadãos brasileiros VIOLÊNCIA NO BRASIL A violência no Brasil é um problema estrutural de nossa sociedade que gera pânico na população, perdas financeiras para o país e que reduz a qualidade de vida do povo brasileiro. O problema da violência no Brasil está relacionado à falência e corrupção das instituições públicas, principalmente a educação e a segurança. Também enfrentamos problemas relacionados à falha do sistema judiciário, que não consegue manter um sistema rígido de punição aos crimes violentos. Na esteira desses problemas, temos uma formação estatal estruturalmente racista, que mantém a população negra à margem da sociedade e no cerne dos crimes violentos. A violência no Brasil é um problema sistêmico que nos acompanha desde os tempos de colonização. Quando os portugueses chegaram às terras brasileiras, já houve uma apropriação indevida das terras que pertenciam aos índios e uma imposição violenta da cultura europeia branca sobre a cultura indígena. Com a escravização de povos africanos, essa imposição cultural violenta continuou e ficou ainda mais intensa. A imposição cultural forçada é, em si, uma forma de violência, pois ela gera a anulação forçada da individualidade do outro, da realidade do outro, da religião do outro e da cultura do outro. Ademais, essa imposição forçada de uma cultura dominante gera uma sociedade violenta. Na medida em que há exclusão de um grupo étnico, esse grupo, que tende a não ter acesso aos mesmos serviços que o grupo dominante, que cresce na miséria, sem expectativa de crescimento, tende também a reproduzir a violência que lhe foi imposta pela exclusão desde criança. O sistema econômico brasileiro sempre foi excludente. Em nossa formação, a exclusão começou com a forma como os colonos tomaram e apropriaram-se das terras indígenas, mantendo-se como donos legítimos em um sistema excludente. Ainda hoje, a exclusão social e o acesso aos bens mantêm-se, sendo essa exclusão o maior problema causador da violência. Na esteira da exclusão, temos um sistema que, além de concentrar a posse das terras, concentra o acesso à educação e à saúde de qualidade nas mãos das elites dominantes. Nesse sistema, é quase impossível a ascensão social, o que mantém uma classe social marginalizada. Quando não há acesso aos serviços básicos e dificuldade de mobilidade social, a violência torna-se um problema crônico. Aliado a esse cenário, temos um sistema de educacional falho, que não consegue dar conta do ensino formal de instrução e dos problemas morais da sociedade. Para entendermos como a exclusão social, motivada também pela etnia, gera violência: no ano de 1888, a escravidão foi abolida no Brasil com a promulgação da Lei Áurea. Os descendentes de africanos que aqui eram escravizados foram libertos. Nenhuma indenização foi dada a eles, pelo contrário, a indenização foi dada aos ex-proprietários de escravos. Os ex-escravizados foram deixados à deriva. Sem educação, sem emprego, sem lugar na sociedade, sem moradia e sem comida, eles foram habitar os locais que ninguém mais queria habitar, formando as favelas e periferias em zonas urbanas. Além disso, pessoas brancas sem moradia também foram para as mesmas periferias. A violência urbana surge a partir do momento em que as condições de vida para uma grande parte da população de um local não são boas. Somam-se a fome, a miséria e a falta de perspectiva e cria-se uma panela de pressão prestes a explodir. Há todo um sistema criado, inclusive, para manter as coisas como estão: manter a riqueza concentrada e impedir que a massa da população atinja uma situação social mais digna. Portanto, ao analisarmos a formação econômica do Brasil em relação a outros países europeus e da América do Norte, o fator fundante dos altos índices de violência está, em suas raízes mais profundas, ligado ao tipo de colonização eao capitalismo predador. ● O Brasil teve uma redução de 22% nas mortes violentas registradas em 2019 em relação a 2018. ● Em 2018, foram registrados 39.527 homicídios entre janeiro e setembro, enquanto 2019 registrou, no mesmo período, 30.864 homicídios. ● O Mapa da Violência organizado pelo Fórum de Segurança da ONU aponta que houve 59.080 homicídios, no Brasil, em 2015. ● O mesmo mapa aponta que 54,1% das vítimas de homicídio eram jovens de 15 a 24 anos de idade em 2015. ● Em 2015, enquanto a média de homicídios da população total era de 28,9 mortes para cada 100 mil habitantes, a taxa de homicídio da população jovem era de 60,9 mortes para cada 100 mil habitantes. ● Enquanto a taxa de homicídio de negros aumentou 18,2% entre 2005 e 2015, a taxa de homicídio de não negros regrediu 12,2% no mesmo período. ● O homicídio de mulheres no período mapeado (2015) foi registrado em 4,5 mortes para cada 100 mil habitantes, o que resulta em 4621 mulheres assassinadas no ano. Esse dado não especifica os casos de feminicídio (quando a morte dá-se exclusivamente pelo fato de a vítima ser mulher em uma relação de poder com um homem), apenas informa o número de mortes de mulheres vítimas de homicídios. ● 71,9% dos homicídios provocados em 2015 foram cometidos com armas de fogo. A cada 1% de aumento da proliferação das armas de fogo, houve um aumento de 2% da taxa de homicídios. A média mundial de homicídios é de 6,4 mortes para cada 100 mil habitantes. O continente americano lidera o ranking entre os demais. Um fator que chama a atenção é que o índice de violência em nosso continente aproxima-se do índice de guerras no mundo. Isso significa que vivemos em um local onde há quase tanta violência quanto em locais onde acontecem guerras duradouras, como em alguns países do Oriente Médio. A América Latina lidera o ranking de violência mundial. Grande parte da violência que ocorre aqui resulta da desigualdade social e de políticas ineficazes de combate às drogas, que, ao invés de diminuírem a violência, acabam alimentando os cartéis do narcotráfico, que são responsáveis pela geração de boa parte da violência urbana. Aliado ao tráfico de drogas, há também o tráfico de armas, o tráfico de pessoas e um ciclo complexo de crimes que, apesar de aparecerem com mais evidência nas periferias, são chefiados por pessoas poderosas. Dados apontam, inclusive, que a violência não cresce por falta de encarceramento, mas apesar do encarceramento, o que demonstra que uma política punitivista e o encarceramento em massa não são eficazes contra a violência. Segundo o World Prison Report, a população carcerária americana (com exceção dos Estados Unidos) cresceu 121% entre 2000 e 2019, mas o crime organizado ganhou cada vez mais força. Isso reforça a tese de que para desmontar a criminalidade é necessário derrubar a chefia do crime organizado. No entanto, quem está por trás da criminalidade não é a pessoa que empunha uma arma e vende drogas na rua, e sim grandes empresários do crime, geralmente poderosos financeira e politicamente, que lavam o dinheiro sujo que ganham e passam-se por cidadãos comuns, empresários, políticos e agricultores de sucesso. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminicidio.htm FOME NO BRASIL Depois de recuar em mais da metade em uma década, a fome voltou a se alastrar pelo Brasil. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 e apontou piora na alimentação das famílias brasileiras. Entram na conta somente os moradores em domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que poderia aumentar ainda mais o rastro da fome pelo país. Além do aumento da população que passa fome no país, a pesquisa mostrou também que: ● O Brasil atingiu o menor patamar de pessoas com alimentação plena e regular ● A fome é mais prevalente nas áreas rurais ● Quase metade dos famintos vive na Região Nordeste do país ● Metade das crianças com até 5 anos vive tem restrição no acesso à alimentação de qualidade ● Mais da metade dos domicílios onde há fome são chefiados por mulheres ● Quanto maior o número de moradores no domicílio, menor é o acesso à alimentação plena Classificado pelo IBGE como segurança alimentar, o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade - em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais - atingiu o menor patamar em 15 anos. https://g1.globo.com/tudo-sobre/ibge/ https://g1.globo.com/tudo-sobre/ibge/ De acordo com a pesquisa, 63,3% dos domicílios no Brasil tinham a chamada segurança alimentar, abaixo dos 65,1% apurados em 2004, quando tem início a série histórica do levantamento. O IBGE destacou que este percentual cresceu, consecutivamente, nas duas pesquisas seguintes, realizadas em 2009 e 2013, mas retrocedeu ao mínimo histórico em 2018. A maior cobertura da segurança alimentar foi registrada em 2013, quando chegou a 77,4% o total de domicílios em que a alimentação podia ser considerada como plena e regular. Na comparação com 2013, o número de domicílios com segurança alimentar teve queda de 13,7%. Em contrapartida, aumentou em 71,5% o número de domicílios com insegurança alimentar. O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis - leve, moderada e grave – da seguinte maneira: ● Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida. ● Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação. ● Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar. Foi a insegurança alimentar moderada a que mais cresceu percentualmente entre os domicílios brasileiros entre 2013 e 2018 - uma alta de 87,53%. A insegurança alimentar leve teve alta de 71,5% no mesmo período, enquanto a grave, que caracteriza a fome, aumentou em 48,8%. Embora o maior número das pessoas em situação de miséria alimentar viva em áreas urbanas, é nas áreas rurais que a fome é mais prevalente. De acordo com o IBGE, dos cerca de 10,3 milhões de famintos no país, 7,7 milhões viviam em perímetro urbano, enquanto 2,6 milhões, em regiões rurais. Todavia, proporcionalmente, estes números representavam, respectivamente, 23,3% do total da população que vivia em área urbana e 40,1% da população rural. "As pessoas que estão em meiourbano conseguem mais alternativas para a sua alimentação, substituindo itens com maior facilidade que na área rural, que tem menor variedade de alimentos disponíveis", apontou o gerente da pesquisa, André Costa. Dos cerca de 10,3 milhões de brasileiros que passaram fome em 2018, 4,3 milhões viviam na Região Nordeste, o que corresponde a 41,5% do total de famintos no país. Em seguida, aparece a Região Sudeste, com 2,5 milhões de habitantes com fome, e o Norte, com pouco mais de 2 milhões de pessoas nesta situação. Ao analisar a situação alimentar por faixa etária, o IBGE identificou que metade das crianças com até 4 anos de idade vivia em domicílios com algum tipo de insegurança alimentar – 34,2% delas em lares com insegurança alimentar leve, 10,6% com insegurança alimentar moderada, e outros 5,1% com insegurança grave, que caracteriza a fome. Na faixa etária entre 5 e 17 anos, passou da metade (50,7%) o total destes jovens vivendo sob algum tipo de insegurança alimentar. Na faixa etária entre 18 e 49 anos, este percentual foi de 41,2%, enquanto no grupo de 50 a 64 anos este percentual caiu para 34,6%. A menor proporção de pessoas vivendo sob algum tipo de insegurança alimentar estava na faixa etária acima de 65 anos – 21,3%. Ao todo, cerca de 2,7% dos idosos com mais de 65 anos tiveram insegurança alimentar grave no período da pesquisa, ou seja, passaram fome entre 2017 e 2018. “À medida que a idade da pessoa aumenta, aumentam também as chances dela ter maior segurança alimentar”, apontou o pesquisador do IBGE, André Costa.O estudo mostrou ainda que, nos domicílios em condição de segurança alimentar, predominam os homens como responsáveis pelo rendimento doméstico. Conforme o levantamento, 61,4% dos domicílios com acesso pleno e regular à alimentação de qualidade eram chefiados por homens. Já as mulheres eram responsáveis por 38,6% dos domicílios nessa situação. “Domicílios cuja mulher é a pessoa de referência estão mais associados à insegurança, assim como domicílios com muitos moradores”, observou o gerente da pesquisa. Entre os domicílios com insegurança alimentar grave, ou seja, em situação de fome, 51,9% eram chefiados por mulheres, de acordo com o levantamento. Ao analisar a situação alimentar dos domicílios por cor ou raça, constatou-se que apenas 36,9% dos lares com segurança alimentar eram chefiados por pessoa autodeclarada preta ou parda. Este percentual passava de 50% para os três níveis de insegurança alimentar - 50,7% para insegurança leve, 56,6% para insegurança moderada e 58,1% para insegurança grave. Ao analisar a situação alimentar considerando a composição do domicílio, o IBGE identificou que quanto menor o número de moradores, maior a segurança alimentar. De acordo com o levantamento, 72,5% dos domicílios com acesso pleno e regular à alimentação adequada de qualidade tinham até três moradores, enquanto 26,3% tinham entre quatro e seis moradores. Apenas 1,1% deles tinham mais de sete habitantes. FEMINICÍDIO O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, fatores que também podem envolver violência sexual) ou em decorrência de violência doméstica. A lei 13.104/15, mais conhecida como Lei do Feminicídio, alterou o Código Penal brasileiro, incluindo como qualificador do crime de homicídio o feminicídio. A Lei do Feminicídio não enquadra, indiscriminadamente, qualquer assassinato de mulheres como um ato de feminicídio. O desconhecimento do conteúdo da lei levou diversos setores, principalmente os mais conservadores, a questionarem a necessidade de sua implementação. Devemos ter em mente que a lei somente aplica-se nos casos descritos a seguir: ● Violência doméstica ou familiar: quando o crime resulta da violência doméstica ou é praticado junto a ela, ou seja, quando o homicida é um familiar da vítima ou já manteve algum tipo de laço afetivo com ela. Esse tipo de feminicídio é o mais comum no Brasil, ao contrário de outros países da América Latina, em que a violência contra a mulher é praticada, comumente, por desconhecidos, geralmente com a presença de violência sexual. ● Menosprezo ou discriminação contra a condição da mulher: quando o crime resulta da discriminação de gênero, manifestada pela misoginia e pela objetificação da mulher. ● Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de uma briga simples entre desconhecidos ou é praticado por outra mulher, não há a configuração de feminicídio. O feminicídio somente qualificará um homicídio nos casos descritos nos tópicos acima. Em razão dos altíssimos índices de crimes cometidos contra as mulheres que fazem o Brasil assumir o quinto lugar no ranking mundial da violência contra a mulher, há a necessidade urgente de leis que tratem com rigidez tal tipo de crime. Dados do Mapa da Violência revelam que, somente em 2017, ocorreram mais de 60 mil estupros no Brasil. Além disso, a nossa cultura ainda se conforma com a discriminação da mulher por meio da prática, expressa ou velada, da misoginia e do patriarcalismo. Isso causa a objetificação da mulher, o que resulta, em casos mais graves, no feminicídio. A imensa quantidade de crimes cometidos contra as mulheres e os altos índices de feminicídio apresentam justificativas suficientes para a implantação da lei 13.104/15. Além disso, são necessárias políticas públicas que promovam a igualdade de gênero por meio da educação, da valorização da mulher e da fiscalização das leis vigentes. Os tipos de feminicídio são, basicamente, aqueles apresentados pela lei (em decorrência da violência doméstica e da misoginia com ou sem violência sexual). Porém, a pesquisadora Jackeline Aparecida Ferreira Romio, doutora em Demografia pela Unicamp, qualifica em sua pesquisa outro tipo de feminicídio, o feminicídio reprodutivo, que decorre de abortos clandestinos feitos em clínicas ilegais ou por meio de métodos caseiros. Essa polêmica classificação de Jackeline Romio é importante por chamar a atenção para o fato de que o feminicídio também decorre, estruturalmente, de um sistema legal que imprime a misoginia na forma de controle social sobre a mulher. A proibição do aborto é uma forma de controlar o corpo e, concomitantemente, de manter um certo tipo de poder sobre as mulheres, além de não ser uma medida eficaz contra a prática. O que vemos, em geral, é que a proibição legal não cessou o número de abortos cometidos, mas fez com que as mulheres procurassem as clínicas ilegais, geralmente locais sem condições sanitárias mínimas para realizar qualquer procedimento de saúde, ou as aborteiras, que se utilizam de métodos caseiros igualmente perigosos. A Lei 13.104/15, mais conhecida como Lei do feminicídio, introduz um qualificador na categoria de crimes contra a vida e altera a categoria dos chamados crimes hediondos, acrescentando nessa categoria o feminicídio.Confira a lei: Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) VI – contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. § 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), entre 2007 e 2011, ocorreu, em média, um feminicídio a cada uma hora e meia no Brasil, o que resultou em um total de 28.800 feminicídios registrados no período. O Mapa da Violência de 2015 aponta a ocorrência de 13 feminicídios por dia no Brasil contra os 16 apontados na amostragem do IPEA de 2007 a 2011. A maior parte desses crimes é praticada por homens que vivem ou viveram com a vítima, sendo namorados, parceiros sexuais ou maridos. Além dos altos índices de feminicídio, existem ainda muitos casos de estupro e lesão corporal gerada por violência doméstica. Diante de tantos dados de crimes cometidos contra as mulheres e do fato de o Brasil ocupar o quinto lugar no ranking de violência contra a mulher (ficando à frente de países árabes em que a Lei Islâmica é incorporada no sistema legal oficial), é necessário pensar a origem de tanta violência. Como afirmam algumas teorias feministas, a origem dessa violência está na cultura patriarcal e misógina que ainda permeia a nossa sociedade. Esse tipo de cultura somente pode ser revertido com políticas que promovam a educação, a igualdade de gênero e a fiscalização da lei, além de leis, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, que criminalizam e propõem punições específicas e mais severas para quem pratica crimes de violência contra as mulheres. Como afirmam algumas teorias feministas, a origem dessa violência está na cultura patriarcal e misógina que ainda permeia a nossa sociedade. Esse tipo de cultura somente pode ser revertido com políticas que promovam a educação, a igualdade de gênero e a fiscalização da lei, além de leis, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, que criminalizam e propõem punições específicas e mais severas para quem pratica crimes de violência contra as mulheres. SAÚDE PÚBLICA Durante o período da colonização e império do Brasil não existiam políticas públicas voltadas para a saúde. No início da colonização, muitos indígenas morreram em virtude das "doenças do homem branco", aquelas trazidas pelos europeus e para as quais a população indígena não tinha resistência. O acesso a saúde era determinado pela classe social do indivíduo. Os nobres tinham fácil acesso aos médicos, enquanto os pobres, escravos e indígenas não recebiam nenhum tipo de atenção médica. Essa parte da população era dependente da filantropia, caridade e crenças. Uma das formas de conseguir atendimento era através de centros médicos ligados as instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia. Esses espaços eram mantidos por meio de doações da comunidade e por muito tempo representam a única opção para as pessoas sem condições financeiras. O ano de 1808 marca a chegada da família real ao Brasil e também da criação dos primeiros cursos de Medicina. Assim, foram formados os primeiros médicos brasileiros, os quais lentamente começaram a substituir os médicos estrangeiros. Após a Independência do Brasil, em 1822, D. Pedro II determinou a criação de órgãos para inspecionar a saúde pública, como forma de evitar epidemias e melhorar a qualidade de vida da população. Também foram adotadas medidas voltadas para o saneamento básico. No final do século XIX e início do XX, a cidade do Rio de Janeiro contou com diversas ações de saneamento básico e campanha de vacinação contra a varíola. Ainda nessa época, o esgoto corria a céu aberto e o lixo não tinha o destino adequado, assim, a população estava sujeita a uma série de doenças. O Ministério da Saúde foi criado em 1953, foi quando também iniciaram-se as primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil. Daí, surgiu a ideia de criação de um sistema único de saúde, que pudesse atender toda a população. Porém, com a ditadura militar, a saúde sofreu cortes orçamentários e muitas doenças voltaram a se intensificar. Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao mesmo tempo, surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da saúde, intelectuais e partidos políticos. Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil. Uma das conquistas do grupo foi a realização da 8ª Conferência Nacional da Saúde, em 1986. O documento criado ao final do evento era um esboço para a criação do Sistema Nacional de Saúde - SUS. A constituição de 1988 traz a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. Outra importante conquista foi que o sistema de saúde público deve ser gratuito, de qualidade e acessível a todos os brasileiros e/ou residentes no Brasil. A Lei Federal 8.080 de 1990 regulamenta o Sistema Único de Saúde. De acordo com a legislação, os objetivos do SUS são: ● Identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde; ● Formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para diminuir o risco de agravos à saúde; ● Fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações assistenciais e preventivas. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma grande conquista da população brasileira, sendo reconhecido como um dos maiores do mundo e usado como modelo em muitos outros países. Entretanto, a saúde pública no Brasil sofre desafios do mau gerenciamento e de falta de investimentos financeiros. Como resultado, temos um sistema em colapso, na maioria das vezes insuficiente e com pouca qualidade para atender a população. Os principais desafios da saúde pública no Brasil são: https://www.todamateria.com.br/saneamento-basico/ https://www.todamateria.com.br/variola/ https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1988/ ● Falta de médicos: O Conselho Federal de Medicina estima que exista 1 médico para cada 470 pessoas. ● Falta de leitos: Em muitos hospitais faltam leitos para os pacientes. A situação é ainda mais complicada quando trata-se de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). ● Falta de investimentos financeiros: Em 2018, apenas 3,6% do orçamento do governo federal foi destinado à saúde. A média mundial é de 11,7%. ● Grande espera para atendimento: Agendar consultas com médicos especialistas pode demorar até meses, mesmo para os pacientes de precisam de atendimento imediato. O mesmo acontece com a marcação de exames. As pessoas que precisam de atendimento médico muitas vezes sofrem com a demora ou desistem do atendimento e voltam paracasa. Em muitos hospitais, é comum ver pessoas sendo atendidas em corredores, longas filas de espera e/ou precárias condições de estrutura e higiene. Aliado a isso, muitos hospitais e centros de pesquisas estão ameaçados de encerrar suas atividades por conta da falta de investimentos e mão de obra. Como forma de ter acesso ao atendimento médico, muitas pessoas recorrem a saúde suplementar, ou seja, aos planos de saúde privados. Porém, os preços praticados são altos, o que faz com que 75% da população dependa apenas do SUS. Uma pesquisa realizada e divulgada em 2018, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), demonstrou que 89% da população brasileira classifica a saúde pública ou privada como péssima, ruim ou regular. EDUCAÇÃO Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais: O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia). Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação. Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais. Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina. O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente. É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem. No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, passou de 47,4%, em 2018, para 48,8%, em 2019. Direito estabelecido pela Constituição a toda a população, o ensino fundamental ainda não é garantido a todos. Tanto que o analfabetismo ainda persiste. No ano passado, havia 11,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais ainda não alfabetizadas, o que perfaz uma taxa de 6,8%. Quanto mais velha a população, maior o índice de analfabetismo. A dívida histórica do país com a educação de seu povo é ainda maior com a população negra. Enquanto 3,9% da população branca com 15 anos ou mais é iletrada, o percentual sobe para 9,1% entre os negros. Entre os brasileiros analfabetos com mais de 60 anos, 10,3% são brancos. E 27,5% são negros. Entre outros dados negativos, 40% das pessoas com mais de 25 anos não chegaram a concluir essa etapa da educação básica; 30,7% dos alunos do ensino médio estavam defasados em relação idade/série ou fora da escola. E outros 46% não trabalhavam, não se qualificaram para o trabalho e muito menos trabalhavam. Embora tenha aumentado de 46,2% para 47,4% o índice de pessoas com 25 anos ou mais que tenham finalizado o ensino médio, essa variação não foi acompanhada de redução na desigualdade racial. Enquanto os brancos constituem 55,5% desse universo, os negros correspondem a 40,3%. https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/2013/04/divida-historica/ https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/2013/04/divida-historica/ Parte integrante do ensino básico, a educação infantil ainda é para poucos. Segundo o IBGE, 34,3% das crianças de 0 a 3 anos frequentavam creches. E da faixa etária de 4 a 5 anos, 92,4% frequentavam a pré-escola. MORADIA PRECÁRIA As moradias precárias, como as favelas, são acompanhadas pela ausência de infraestrutura. Para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros. As áreas urbanas onde vivem as famílias pobres, geralmente, são desprovidas de escolas, postos de saúde, policiamento e demais infraestruturas. Em geral, favelas e demais bairros marginalizados surgem de modo gradativo em áreas de terceiros, especialmente do governo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os oito municípios detentores do maior número de favelas são: São Paulo, com 612; Rio de Janeiro, com 513; Fortaleza, 157; Guarulhos, 136; Curitiba, 122; Campinas, 117; Belo Horizonte, 101; e Osasco, 101. No início do século XX existiam no Rio de Janeiro e, posteriormente, em São Paulo os cortiços, habitações que abrigavam várias pessoas, os quais eram constituídos por muitos cômodos alugados. Os cortiços eram velhas mansões que se localizam próximas ao centro da cidade. Hoje, a alternativa de moradia para as pessoas carentes é a ocupação de terrenos periféricos de grandes cidades, onde o valor é baixo. Isso é provocado pelo fato dos moradores possuírem pequeno poder aquisitivo, desse modo, não podem pagar um aluguel em um bairro estruturado e muito menos adquirir uma casa ou apartamento nele. Além disso, nas grandes cidades os imóveis têm alcançado valores extremamente elevados, distantes da realidade de grande parte da população. Naturalmente, a configuraçãodas grandes cidades brasileiras é excludente, tendo em vista que marginaliza um grupo social desfavorecido, enquanto em algumas periferias formam-se bairros dotados de luxo, os condomínios fechados - que se constituem como verdadeiros guetos. Resultado de uma nação capitalista. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que há no país mais de 5,1 milhões de domicílios em condições precárias. Eles fazem parte de mais de 13,1 mil Aglomerados Subnormais, que são formas de ocupação irregular de terrenos. Um mapa interativo mostra a distância deles para uma unidade de saúde. Distribuídos em 734 municípios do país, estes aglomerados são, segundo o IBGE, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. Para classificá-los, o IBGE considerou a ausência do título de propriedade dos imóveis aos moradores e pelo menos uma das seguintes características: ● inadequação de um ou mais serviços, a saber: abastecimento de água, fornecimento de energia, coleta de lixo, destino de esgoto e/ou; ● padrão urbanístico irregular e/ou; ● restrição de ocupação do solo. O IBGE destacou que os aglomerados subnormais são conhecidos no Brasil por denominações que variam de acordo com a região. Favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita, loteamento, ressaca e vila são algumas das denominações populares pelas quais eles são conhecidos. O levantamento foi feito, inicialmente, para preparação da operação do Censo Demográfico 2020, cujo processo foi suspenso devido à pandemia do novo coronavírus. A divulgação dos aglomerados subnormais, no entanto, foi antecipada como forma de ajudar o https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/03/17/censo-e-adiado-para-2021.ghtml poder público na elaboração de políticas para o enfrentamento à Covid-19. “Os resultados definitivos dos Aglomerados Subnormais serão divulgados após a realização da operação censitária, podendo sofrer ajustes”, enfatizou o IBGE. Na comparação com o Censo de 2010, mais que dobrou o número de aglomerados subnormais, bem como o número de municípios em que eles são encontrados – naquele ano, havia cerca de 6,3 mil aglomerados distribuídos em 323 municípios, somando aproximadamente 3,2 milhões de domicílios nesta condição. O estado de São Paulo é o que reúne o maior número de domicílios em aglomerados Subnormais no país: são quase 1,1 milhão de domicílios nesta condição no estado. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com mais de 717 mil domicílios em aglomerados, seguido pela Bahia (470 mil), Pernambuco (327 mil) e Espírito Santo (306 mil). Proporcionalmente, porém, é o estado do Amazonas que tem o maior percentual de domicílios em aglomerados em relação ao total de domicílios. Lá, 34,59% dos domicílios estão em aglomerados. Na capital, Manaus, este percentual salta para 53,38%. Neste ranking, o estado de São Paulo aparece somente na 12ª posição. REFERÊNCIAS PORFíRIO, Francisco. "Violência no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-no-brasil.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. SILVA, Thamires Olimpia. "Violência no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/violencia-no-brasil.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. REZENDE, Milka de Oliveira. "Violência contra a mulher"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Crescimento da população brasileira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-crescimento-da-populacao-brasileira.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. PORFíRIO, Francisco. "Organização social"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-organizacao-social.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. PORFíRIO, Francisco. "Democracia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/democracia.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Crescimento da população brasileira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-crescimento-da-populacao-brasileira.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. PORFíRIO, Francisco. "Feminicídio"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminicidio.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. PORFíRIO, Francisco. "Direitos Humanos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/direitos-humanos.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. PENA, Rodolfo F. Alves. "Pirâmide Etária da População Brasileira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/piramide-etaria-populacao-brasileira.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020. CAMARGO, Orson. "Censo, a contagem da população"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/censo-contagem-populacao.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020.
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