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Processo Penal Resumo Aula 17 e 18

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Magistratura e MP 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Processo Penal 
Professor: Guilherme Madeira 
Aulas: 13 e 14 | Data: 21/03/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
PRISÃO 
1. Modalidades de prisão 
2. Princípios relativos à prisão 
3. Imunidades prisionais 
 
PRISÕES EM ESPÉCIE 
1. Prisão temporária 
2. Prisão preventiva 
 
 
PRISÃO 
 
Sobre o tema, vimos em nossa última aula os seguintes pontos: 
 
1. Modalidades de prisão 
a) Prisão pena  existe após o transito em julgado (mesmo após a decisão do STF esse conceito ainda vale). 
b) Prisão administrativa  prisão disciplinar do militar 
c) Prisão civil  devedor de alimentos 
d) Prisão provisória 
o Prisão em flagrante 
o Prisão preventiva 
o Prisão temporária 
2. Princípios relativos à prisão 
a) Respeito à integridade física e moral do preso. 
b) Comunicação imediata da prisão ao juiz e à família do preso. 
 
Hoje daremos sequência a nosso estudo a partir deste ponto. 
 
c) Audiência de custódia 
Foi criada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). 
É o art. 7º, item 5 do Pacto de San Jose da Costa Rica. 
 
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS 
Artigo 7. Direito à liberdade pessoal 
5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à 
presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer 
funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo 
razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o 
processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que 
assegurem o seu comparecimento em juízo. 
 
É uma criação reiterada em diversos casos, como o caso Bolacio vs Argentina (2003). 
 
 
 
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No Brasil é incorporado por meio de convênios entre o CNJ e os diversos tribunais. O 1º foi com São Paulo - 
provimento conjunto 3 de 20151  este caso chegou ao STF, que o considerou válido (ADI 5240) 
 
EMENTA 
Processo: ADI 5240 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator: MIN. LUIZ FUX 
Julgamento: 31/8/2015 
Publicação: DJE 01/02/2016 
Decisão 
O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, conheceu em parte da ação e, na parte conhecida, julgou 
improcedente o pedido, vencido o Ministro Marco Aurélio, que preliminarmente julgava extinta a ação e, no mérito, 
julgava procedente o pedido formulado. Falaram, pelo amicus curiae Defensoria Pública da União, o Dr. Antonio 
Ezequiel Inácio Barbosa, Defensor Público Federal, e, pelo amicus curiae Defensoria Pública do Estado do Espírito 
Santo, o Defensor Público-Geral do Estado, Dr. Leonardo Oggioni Miranda. Ausentes, justificadamente, o Ministro 
Dias Toffoli, participando, na qualidade de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, da 2ª Assembleia Geral e 
Conferência Internacional da Associação Mundial de Órgãos Eleitorais, organizadas pela Associação Mundial de 
Órgãos Eleitorais (AWEB), e a Ministra Cármen Lúcia, participando do 11º Fórum Brasileiro de Controle da 
Administração Pública, no Rio de Janeiro/RJ. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. 
 
 
d) Direito ao Silêncio 
(Miranda Warning = aviso de Miranda = Direito de Miranda = advertência de Miranda) 
Surge do caso Miranda vs. Arizona 
Trata-se dos direitos que devem ser informados ao preso no momento de sua prisão. (art. 5º, LXIII e LXIV, CF e art. 
289-A, parágrafo 4, CPP) 
 
CF/88 - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua 
prisão ou por seu interrogatório policial; 
 
CPP - Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro 
do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho 
Nacional de Justiça para essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso 
LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe 
o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
1 http://www2.oabsp.org.br/asp/clipping_jur/ClippingJurDetalhe.asp?id_noticias=23278 
 
 
 
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3. Imunidades prisionais 
a) Imunidade do Presidente da República  não poder ser preso. 
Trata-se de uma imunidade que não se estende ao governador. 
(Art, 86, parágrafo 3º, CF) 
 
CF/88 - Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, 
por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a 
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais 
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de 
responsabilidade. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações 
comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
 
 
(Inq. 650/DF – Fernando Gonçalves.) 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: INQUÉRITO nº 650 - DF (2009/0188666-5) 
Relator: Ministro FERNANDO GONÇALVES 
Julgamento: 11/02/2010 
Publicação: DJe 15/04/2010 
Decisão 
PRISÃO PREVENTIVA. GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL. POSSIBILIDADE. IMUNIDADE PENAL RELATIVA 
GARANTIDA SOMENTE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. RESERVA DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO FEDERAL. 
AUTORIZAÇÃO DA CÂMARA LEGISLATIVA. PRESCINDIBILIDADE. MEDIDA CAUTELAR. PECULIARIDADES DO CASO 
CONCRETO. TENTATIVA DE FRUSTRAR A INSTRUÇÃO CRIMINAL. CORRUPÇÃO DE TESTEMUNHA. FALSIDADE 
IDEOLÓGICA DE DOCUMENTO PRIVADO. MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA. NECESSIDADE. 
1. Os Governadores dos Estados e do Distrito Federal não gozam de imunidade à prisão cautelar, prerrogativa 
extraordinária garantida somente ao Presidente da República, na qualidade de Chefe de Estado. Reserva de 
competência da União Federal. Precedente do Supremo Tribunal Federal. 2. A apreciação do pedido de prisão 
preventiva por esta Corte prescinde da autorização da Câmara Distrital tendo em vista a natureza cautelar da 
providência, bem como o suposto envolvimento de membros da Casa Legislativa no esquema de corrupção. 
3. Tentativa de frustrar a instrução criminal mediante corrupção de testemunha e falsificação ideológica de 
documento privado, crimes tipificados nos arts. 343 e 299 do Código Penal. 4. Necessidade de concessão da medida 
restritiva para preservação da ordem pública e garantia da instrução criminal. 5. Prisão decretada. 
 
b) Chefe de governo estrangeiro, Estado estrangeiro, embaixadores, funcionários estrangeiros do corpo 
diplomático 
Art. 29 e 32, da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas; art. 41 e 42 da Convenção de Viena sobre relações 
Consulares (para crimes funcionais). 
 
Atenção: o Estado acreditante pode renunciar a imunidade. 
 
 
 
 
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Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (DECRETO Nº 
56.435, DE 8 DE JUNHO DE 1965.) - Artigo 29 - A pessoa do agente 
diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de 
detenção ou prisão. O Estado acreditado trata-lo-á com o devido 
respeito e adotará tôdas as medidas adequadas para impedir qualquer 
ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade. 
Artigo 32 - 1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de 
jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de 
imunidade nos têrmos do artigo 37. 
 2. A renuncia será sempre expressa. 
 3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de 
imunidade de jurisdição nos têrmos do artigo 37 inicia uma ação 
judicial, não lhe será permitido invocara imunidade de jurisdição no 
tocante a uma reconvenção ligada à ação principal. 
 4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis 
ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as 
medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é 
necessária. 
 
Convenção de Viena sobre relações Consulares (DECRETO Nº 61.078, 
DE 26 DE JULHO DE 1967) - ARTIGO 41º 
Inviolabilidade pessoal dos funcionário consulares 
1. Os funcionários consulares não poderão ser detidos ou presos 
preventivamente, exceto em caso de crime grave e em decorrência de 
decisão de autoridade judiciária competente. 
2. Exceto no caso previsto no parágrafo 1 do presente artigo, os 
funcionários consulares não podem ser presos nem submetidos a 
qualquer outra forma de limitação de sua liberdade pessoal, senão em 
decorrência de sentença judiciária definitiva. 
3. Quando se instaurar processo penal contra um funcionário consular, 
êste será obrigado a comparecer perante as autoridades competentes. 
Todavia, as diligências serão conduzidas com as deferências devidas à 
sua posição oficial e, exceto no caso previsto no parágrafo 1 dêste 
artigo, de maneira a que perturbe o menos possível o exercício das 
funções consulares. Quando, nas circunstâncias previstas no parágrafo 
1 dêste artigo, fôr necessário decretar a prisão preventiva de um 
funcionário consular, o processo correspondente deverá iniciar-se sem 
a menor demora. 
ARTIGO 42º -Notificação em caso de detenção, prisão preventiva ou 
instauração de processo 
Em caso de detenção, prisão preventiva de um membro do pessoal 
consular ou de instauração de processo penal contra o mesmo, o 
Estado receptor deverá notificar imediatamente o chefe da repartição 
consular. Se êste último fôr o objeto de tais medidas, o Estado receptor 
levará o fato ao conhecimento do Estado que enviar, por via 
diplomática. 
 
 
 
 
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c) Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais, Deputados distritais 
Art. 53, parágrafo 2 e art. 27, parágrafo 1, CF 
 
CF/88 – Art. 27. O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a 
Presidência do Supremo Tribunal Federal. 
§ 1º Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo 
Tribunal Federal exercerá as atribuições e competências definidas na 
ordem constitucional precedente. 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, 
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso 
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime 
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e 
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus 
membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001) 
 
Só cabe a prisão em flagrante dessas pessoas. Não cabe outro tipo de prisão. Os autos deverão ser encaminhados 
para a casa respectiva em 24 horas. 
Freedom from arrest  o Min. Celso de Mello trouxe essa expressão do direito Americano no inquérito 510-DF, 
julgado 01.02.92. 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: Inq 510 DF 
Relator(a): CELSO DE MELLO 
Julgamento: 01/02/1991 
Publicação: DJ 19-04-1991 PP-04581 EMENT VOL-01616-01 PP-00086 RTJ VOL-00135-02 PP-00509 
INQUERITO - CRIME CONTRA A HONRA - SENADOR DA REPUBLICA - IMUNIDADE PARLAMENTAR MATERIAL - 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - EVOLUÇÃO DO CONSTITUCIONALISMO BRASILEIRO - ASPECTOS DO INSTITUTO 
DA IMUNIDADE PARLAMENTAR - INVIOLABILIDADE E IMPROCESSABILIDADE - "FREEDOM FROM ARREST" - 
DISCURSO PARLAMENTAR - IRRELEVÂNCIA DO LOCAL EM QUE PROFERIDO - INCIDENCIA DA TUTELA 
CONSTITUCIONAL - PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DO CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO - IRRECUSABILIDADE - 
MONOPOLIO CONSTITUCIONAL DA AÇÃO PENAL PÚBLICA - INQUERITO ARQUIVADO 
 - O instituto da imunidade parlamentar atua, no contexto normativo delineado por nossa Constituição, como 
condição e garantia de independência do Poder Legislativo, seu real destinatario, em face dos outros poderes do 
Estado. Estende-se ao congressista, embora não constitua uma prerrogativa de ordem subjetiva deste. Trata-se de 
prerrogativa de caráter institucional, inerente ao Poder Legislativo, que só e conferida ao parlamentar "ratione 
muneris", em função do cargo e do mandato que exerce. E por essa razão que não se reconhece ao congressista, 
em tema de imunidade parlamentar, a faculdade de a ela renunciar. Trata-se de garantia institucional deferida ao 
Congresso Nacional. O congressista, isoladamente considerado, não tem, sobre ela, qualquer poder de disposição 
 - O exercício do mandato parlamentar recebeu expressiva tutela jurídica da ordem normativa formalmente 
consubstanciada na Constituição Federal de 1988. Dentre as prerrogativas de caráter político-institucional que 
inerem ao Poder Legislativo e aos que o integram, emerge, com inquestionavel relevo jurídico, o instituto da 
imunidade parlamentar, que se projeta em duas dimensões: a primeira, de ordem material, a consagrar a 
 
 
 
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inviolabilidade dos membros do congresso Nacional, por suas opinioes, palavras e votos (imunidade parlamentar 
material), e a segunda, de caráter formal (imunidade parlamentar formal), a gerar, de um lado, a 
improcessabilidade dos parlamentares, que só poderao ser submetidos a procedimentos penais acusatorios 
mediante previa licenca de suas Casas, e, de outro, o estado de relativa incoercibilidade pessoal dos congressistas 
(freedom from arrest), que só poderao sofrer prisão provisoria ou cautelar numa única e singular hipótese: situação 
de flagrancia em crime inafiancavel 
 - Dentro do contexto normativo delineado pela Constituição, a garantia jurídico-institucional da imunidade 
parlamentar formal não obsta, observado o "due process of law", a execução de penas privativas da liberdade 
definitivamente impostas ao membro do Congresso Nacional. Precedentes: RTJ 70/607 
 - A imunidade parlamentar material só protege o congressista nos atos, palavras, opinioes e votos proferidos no 
exercício do oficio congressual. São passiveis dessa tutela jurídico-constitucional apenas os comportamentos 
parlamentares cuja pratica seja imputavel ao exercício do mandato legislativo. A garantia da imunidade material 
estende-se ao desempenho das funções de representante do Poder Legislativo, qualquer que seja o âmbito, 
parlamentar ou extraparlamentar, dessa atuação, desde que exercida ratione muneris 
- O monopolio da ação penal pública, incondicionada ou condicionada, pertence ao Ministério Público. Trata-se de 
função institucional que lhe foi deferida, com exclusividade, pela Constituição Federal de 1988. E incontrastavel o 
poder jurídico-processual do Chefe do Ministério Público que requer, na condição de "dominus litis", o 
arquivamento judicial de qualquer inquérito ou peca de informação. Inexistindo, a critério do Procurador-Geral 
elementos que justifiquem o oferecimento de denuncia, não pode o Tribunal, ante a declarada ausência de 
formação da "opinio delicti", contrariar o pedido de arquivamento deduzido pelo Chefe do Ministério Público. 
Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 
 
Na operação dominó o STF permitiu que fossem presos preventivamente 23 deputados estaduais de 24 possíveis. 
(HC 89417/RO, Carmem Lúcia, julgado em 22.08.06). 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: HC 89417 RO 
Relator(a): CÁRMEN LÚCIA 
Julgamento: 22/08/2006 
Publicação: DJ 15-12-2006 PP-00096 EMENT VOL-02260-05 PP-00879 
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO DECRETADA EM AÇÃO PENAL POR MINISTRA DO SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DEPUTADO ESTADUAL. ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DA AUTORIDADE COATORA E 
NULIDADE DA PRISÃO EM RAZÃO DE NÃO TER SIDO OBSERVADA A IMUNIDADE PREVISTA NO § 3º DO ART. 53 C/C 
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 27, § 1º, DA CONSTITUIÇÃODA REPÚBLICA. COMUNICAÇÃO DA PRISÃO À ASSEMBLÉIA 
LEGISLATIVA DO ESTADO. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO À ESPÉCIE DA NORMA 
CONSTITUCIONAL DO ART. 53, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO 
CONFIGURADO. 
1. A atração do caso ao Superior Tribunal de Justiça Tribunal é perfeitamente explicada e adequadamente 
fundamentada pela autoridade coatora em razão da presença de um Desembargador e de um Conselheiro do 
Tribunal de Contas do Estado nos fatos investigados na ação penal, todos interligados entre si, subjetiva e 
objetivamente. Conexão entre os inquéritos que tramitaram perante o Superior Tribunal de Justiça, que exerce a 
vis atractiva. Não configuração de afronta ao princípio do juiz natural. Decisão em perfeita consonância com a 
jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal. Súmula 704. 
2. Os elementos contidos nos autos impõem interpretação que considere mais que a regra proibitiva da prisão de 
parlamentar, isoladamente, como previsto no art. 53, § 2º, da Constituição da República. Há de se buscar 
interpretação que conduza à aplicação efetiva e eficaz do sistema constitucional como um todo. A norma 
 
 
 
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constitucional que cuida da imunidade parlamentar e da proibição de prisão do membro de órgão legislativo não 
pode ser tomada em sua literalidade, menos ainda como regra isolada do sistema constitucional. Os princípios 
determinam a interpretação e aplicação corretas da norma, sempre se considerando os fins a que ela se destina. A 
Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, composta de vinte e quatro deputados, dos quais, vinte e três estão 
indiciados em diversos inquéritos, afirma situação excepcional e, por isso, não se há de aplicar a regra constitucional 
do art. 53, § 2º, da Constituição da República, de forma isolada e insujeita aos princípios fundamentais do sistema 
jurídico vigente. 
3. Habeas corpus cuja ordem se denega. 
 
Atenção: o STF entendeu que “presentes situação de flagrância e os requisitos do art. 312 é possível decretar a 
prisão cautelar de Senador (AC 4039, Teori Zavascki, julgado 25.11.15). 
 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: AC 4039 - AÇÃO CAUTELAR (Segredo de Justiça) 
Relator (a): MIN. TEORI ZAVASCKI. 
Julgamento: 25.11.2015 
Decisão: A Turma, por votação unânime, referendou a decisão proferida pelo Relator, por seus próprios 
fundamentos, e determinou que, juntado o comprovante do cumprimento da ordem, sejam os autos 
imediatamente remetidos ao Senado Federal, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a 
prisão, como prevê o art. 53, § 2º, da Constituição da República, nos termos do voto do Relator. Presidência do 
Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 25.11.2015. 
 
 
d) Juízes e membros do MP 
Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. 
- LC 35/79, art 33, II no caso do juiz. 
- Lei 8625/93, art. 40, III. 
 
LC 35/79 - Art. 33 - São prerrogativas do magistrado: 
II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão 
especal competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime 
inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e 
apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja 
vinculado (vetado); 
 
Lei 8625/93 - Art. 40. Constituem prerrogativas dos membros do 
Ministério Público, além de outras previstas na Lei Orgânica: 
III - ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante 
de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará, no prazo máximo 
de vinte e quatro horas, a comunicação e a apresentação do membro 
do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça; 
 
 
e) Advogado 
Por motivo ligado à profissão só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável. 
 
 
 
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(Lei 8906/94, art. 7º, parágrafo 3º) 
 
Lei 89066/94 - Art. 7º São direitos do advogado: 
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo 
de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o 
disposto no inciso IV deste artigo. 
 
 
PRISÕES EM ESPÉCIE 
 
1. Prisão temporária 
(Lei 7960/89) 
 
 Regras gerais 
 Só existe no inquérito policial 
 O juiz não decreta de ofício. 
 Possui prazo determinado. 
5 dias prorrogáveis por mais 5 dias 
30 dias prorrogáveis por mais 30 dias 
 
 
 
 
 
O juiz deve dizer no que consiste a extrema e comprovada necessidade. 
Juiz não pode prorrogar de ofício. 
 
 Cabimento (Art. 1º , Lei 7960/89) 
 
Lei 7960/89 - Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova 
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com 
o art. 223, caput, e parágrafo único); 
Crime hediondo ou 
equiparado 
Prorrogação em caso de extrema e 
comprovada necessidade. 
 
 
 
 
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h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e 
parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou 
medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 
285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 
1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 
1986). 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, 
de 2016) 
 
 
 
 
 
 
I III 
 
 II 
 
 
 
 
 
 
O juiz precisa indicar o motivo pelo qual a prisão temporária é imprescindível para as investigações. 
 
2. Prisão preventiva 
(art. 311 a 316) 
 
CPP - Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de 
ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério 
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da 
autoridade policial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução 
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver 
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada 
em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por 
Imprescindível para as 
investigações 
 
* sem residência fixa OU 
*não comprova identidade 
* sem residência fixa OU 
*não comprova identidade 
Rol taxativo 
(decorar!) 
 
OU 
 
 
 
 
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força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a 
decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro)anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença 
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do 
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando 
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não 
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se 
outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz 
verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o 
fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão 
preventiva será sempre motivada. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do 
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de 
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
(Redação dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967). 
 
CP - Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular 
de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
1. Art. 312 
– indícios suficientes de autoria (não precisa estar provada. Basta indícios) 
 
 
 
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- prova da existência do crime (materialidade) 
2. Art. 314 
 – em nenhum caso será decretada se praticado nas hipóteses do art. 23 do CP. 
3. Art. 312 
- garantia da ordem pública, 
- garantia da ordem econômica 
- conveniência da instrução criminal 
- assegurar a aplicação da lei penal 
4. Art. 313 
- Crime com pena máxima maior de 4 anos 
- Reincidente em crime doloso 
- para garantir execução de medida protetiva de urgência. 
 
Sobre o tópico 1 
Para decretar a prisão preventiva deve haver a presença de 2 elementos do tópico 1, não pode haver elemento do 
tópico 2, deve haver um elemento do tópico 3 e um elemento do tópico 4. 
 
Sobre o tópico 2 
Atenção 1: não precisa de comprovação plena da legítima defesa, pois se trata de cautelar. 
Atenção 2: não se aplica o 314 para causas excludentes da culpabilidade por ausência de previsão legal. 
 
Sobre o tópico 3 
 garantia da ordem pública, 
Ordem pública não é sinônimo de clamor pública. Clamor público não permite decretação da preventiva. 
Ordem pública significa: 
 Probabilidade de reiteração de condutas perigosas 
 Gravidade em concreto do crime 
(atenção, não é abstrato! A gravidade em abstrato não autoriza o decreto de preventiva. Ex: roubo é gravidade em 
abstrato.) 
 Periculosidade do agente 
(ligada a ideia de probabilidade de reiteração) 
 Gravidade em concreto pelo modus operandi 
 Gravidade em concreto pela quantidade de droga 
 Garantia da ordem econômica 
É a ordem pública voltada à economia. Probabilidade de reiteração de conduta criminosa que afete a ordem 
econômica. 
Se aplica apenas aos crimes econômicos ou a qualquer crime? 
Ex.: estelionato se aplica também garantia da ordem econômica? 
Pode! Não se aplica apenas aos crimes contra a ordem econômica, podendo ser aplicado também para o 
estelionato. 
O STJ autoriza o decreto de preventiva pela magnitude da lesão. (RHC 49062/RJ, Rogério schietti, julgado 02.10.14) 
 conveniência da instrução criminal 
Se houver indícios concretos de que o acusado esteja praticando atos para atrapalhar a produção probatória. 
Uma vez encerrada a instrução deve ser revogada essa prisão. 
 assegurar a aplicação da lei penal 
Significa a existência de indícios concretos de fuga. 
 
 
 
 
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EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: RHC 49062 RJ 2014/0147331-0 
Relator(a): Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ 
Julgamento: 02/10/2014 
Publicação: DJe 23/10/2014 
Decisão: 
RECURSO EM HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO TRANSNACIONAL DE DROGAS E LAVAGEM DE 
DINHEIRO. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. GRAVIDADE CONCRETA DOS DELITOS. ELEVADA QUANTIDADE 
DE DROGAS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA. 
CUSTÓDIA CAUTELAR DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. MANIFESTO CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 
1. A prisão cautelar do recorrente está devidamente justificada na necessidade de se garantir a ordem pública, haja 
vista a gravidade concreta dos delitos perpetrados, bem evidenciada pela natureza e pela elevada quantidade de 
drogas apreendidas (300 quilos de cocaína, dotada de alto poder viciante), pelo exorbitante valor oriundo da 
associação para o narcotráfico que foi ocultado e dissimulado e pela sofisticada organização criminosa, voltada 
especialmente para o tráfico transnacional de drogas e para o delito de lavagem de dinheiro, com ramificações 
inclusive na Europa e na Austrália. 
2. Reconhecida a existência de fortíssimos indicativos de que, desde 2009, o recorrente atua no mercado de tráfico 
transnacional de drogas, liderando estrutura hierarquizada e bem estruturada de envio de cocaína para a Europa, 
não há ilegalidade na manutenção de sua cautela provisória, porquanto, na dicção do Supremo Tribunal Federal, 
"A custódia cautelar visando à garantia da ordem pública legitima-se quando evidenciada a necessidade de se 
interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa. Precedentes." (RHC n. 122.182/SP, 
Relator Ministro Luiz Fux, 1ªT., DJe 15/9/2014). 
3. A negativa do direito de recorrer em liberdade também se faz necessária para a garantia da ordem econômica, 
tendo em vista a magnitude dos valores oriundos da associação para o narcotráfico que foram ocultados e 
dissimulados, versando a espécie sobre um sofisticado esquema criminoso voltado à reciclagem de dinheiro, por 
meio da utilização de laranjas, de vultosa quantia de dinheiro movimentada e de elevada quantidade de bens 
adquiridos por meio dos lucros auferidos com o tráfico transnacional de drogas. 
4. A manutenção da atuação de grupos organizados como o dos autos interfere, sobremaneira, no desenvolvimento 
econômico do País, seja em termos macroeconômicos, prejudicando as políticas estabelecidas e a estabilidade do 
mercado, seja em termos microeconômicos, em que a atuação criminosa dá azo a situações de concorrência desleal 
e de perturbação na circulação de bens no mercado. 
5. Recurso em habeas corpus não provido. 
 
Sobre o tópico 4 
Art. 313 
 Crime com pena máxima maior de 4 anos 
Reincidente em crime doloso 
para garantir execução de medida protetiva de urgência 
(Este último inciso do 313, remete à Maria da Penha.) 
No caso do art. 313, inciso III, independe da quantidade de pena. 
Neste inciso III, não cabe processo por crime de desobediência, mas apenas a prisão preventiva. (AgRg no HC 
285844/RS, Felix Fischer, julgado em 04.08.15) 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: AgRg no HC 285844 / RSPágina 13 de 13 
 
Relator (a): Min. Rel. Felix Fischer 
Julgamento: 04/08/2015 
Publicação: Diário da Justiça Eletrônico. 12/08/2015. 
Decisão: PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CRIME DE DESOBEDIÊNCIA POR 
DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA PREVISTA NA LEI MARIA DA PENHA. CONDUTA ATÍPICA. EXISTÊNCIA 
DE SANÇÕES ESPECÍFICAS NA LEI DE REGÊNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. I - Segundo a orientação 
jurisprudencial firmada no âmbito desta eg. Corte Superior de Justiça, o descumprimento da decisão que impõe 
medida protetiva de urgência prevista na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) importa a imposição de outras 
medidas legais cabíveis, tais como requisição policial ou multa, e não crime de desobediência previsto no Código 
Penal. II - Nos termos do art. 313, inciso III, do Código de Processo Penal, é admitida a decretação de prisão 
preventiva "se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência". Agravo 
regimental desprovido 
 
Polêmica da prisão preventiva (art. 312, parágrafo único)  Caberá a prisão preventiva quando houver o 
descumprimento de cautelar. 
 
Problema: precisa combinar com 313? 
a) Hely Lopes Junior  precisa, se o crime tiver pena máxima menor ou igual a 4 anos (não sendo Maria da Penha) 
 não adotar para Magis/MP 
b) Guilherme Madeira Dezem e Antonio Scarance Fernandes – é possível decretar a prisão preventiva como última 
hipótese (contemp of court). 
Jurisprudência ainda não se manifestou sobre o tema.

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