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Página 1 de 19 Administração de Medicamentos e Vias de Acesso Disciplina: PM IV 14/09/2020 – Prof. Rosângela Diretores: Ewerton Parte 1 – José Álvaro Iremos discutir hoje sobre o elo de interação onde vocês prescrevem a medicação, nós diluímos (de acordo com toda a técnica asséptica) e administramos. Realiza-se a análise toxicológica ao escolher a droga; a enfermagem então irá efetivar essa demanda de prescrição, mas no meio de tudo está a inserção de um profissional que não pode ser esquecido: o farmacêutico. Atualmente precisamos conhecer as drogas prescritas, os mecanismos de ação. É um direito do paciente saber o que ele está tomando. Quando o médico prescreve o medicamento, é necessário explicar ao paciente o que ele vai usar, pois ele precisa se sentir inserido no tratamento. Até porque esse sentimento de inserção é um dos critérios para o sucesso no que se vai prescrever e na resolução da enfermidade. Temos que verificar os certos da administração. Antigamente se falava em 5 certos: o paciente certo, o medicamento certo, a dose certa, a hora certa e a via certa. Hoje, nós temos 11 certos. Ou seja, temos muitos critérios na hora de prescrever, manipular e administrar as drogas, e quanto mais critérios de administração, maior a segurança para conseguir atingir o objetivo. Quanto mais certezas eu tenho, menor a probabilidade de se errar e termos problemas. Página 2 de 19 Então é importante administrar os medicamentos de maneira segura. Quem prescreve são os médicos, mas os profissionais da enfermagem ainda observam que alguns medicamentos são prescritos sem uma atenção maior, e isso não pode acontecer. Precisa-se saber calcular a quantidade e a dose correta para cada paciente. Então essa interação profissional é de suma importância. Na passaram pela estratégia de saúde da família é quando se percebe a necessidade da interação multiprofissional. Enquanto vocês prescrevem vocês conseguem vislumbrar o trabalho de outros profissionais. E nunca prescrevam nada que paire em algum tipo de dúvida. Pare e pergunte, que isso não é problema nenhum. Ruim é você prescrever sem saber, sem ter a gama de saber que embasa a terapêutica e a sistematização do cuidado com o paciente. Questão de prova: Quais são os certos: começa pelo PACIENTE CERTO, quanto mais eu aumento o nome do paciente (NOME COMPLETO) maior a segurança (Rosangela Simaria Lima Araujo e não só Rosangela; não é só Dona Maria, é Dona Maria da Luiz Dias). Então temos que garantir a segurança do paciente e garantir que sempre confirmemos o nome completo do paciente seja em uma cirurgia, seja na administração de uma medicação. O segundo certo é: MEDICAMENTO CERTO, DOSE CERTA, VIA CORRETA (Dipirona, 2mL), eu preciso ter esse mix de características que faze parte da caracterização dos certos na administração de medicamentos – medicamento, dose, via e HORA CERTA. E se acontecer de atrasar? Isso pode acontecer. Digamos que eu dê conta de 20 pacientes, se eu abrir o horário dos pacientes da mesma maneira existe grande chance de uns 5 pacientes terem medicação no mesmo horário. Se eu tiver 2 ou 3 técnicos de Página 3 de 19 enfermagem, eu vou ter uma menor probabilidade de atraso. Mas se eu tiver um número limitado de técnicos ou excessivo de pacientes, o que eu posso fazer para justiçar que os medicamentos dos pacientes tenham sido administrados com atraso de 10, 15 ou 20 minutos? Eu preciso entender de farmacologia, se o médico prescrever uma medicação de 6 em 6 horas, eu sei que eu tenho uma lacuna de 30 minutos pré e pós horário fixo para contar com esses atrasos de medicamentos. Isso não justifica, mas posso alegar em caso de reclamação de atraso de horário. A via certa eu sempre tenho que checar. Se foi prescrito Dipirona veia, endovenosa eu vou tentar administrar dessa maneira. Mas se o paciente está com dificuldade de acesso, muito fragilizado, se ele é idoso, se não tem veia periférica que permita eu puncionar, só a MEDICA tem AUTONOMIA PARA MUDAR A VIA, então a enfermagem tem que comunicar ao médico. VIAS ENDOVENOSA, INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEAS Temos que checar a DOSE, nem mais e nem menos, sempre a procurar administrar a DOSE CERTA para garantir a segurança. Outra coisa que acontece é entender sobre farmacologia e checar sobre a compatibilidade das drogas: se foram prescritos 3 antibióticos para o paciente, na hora que o enfermeiro abre os horários da medicação ele precisa saber ou entender de farmacologia para não abrir os horários em horários próximos casa haja possibilidade de interação/compatibilidade das drogas de modo que vá neutralizar um ao outro. Caso eu não saiba, tenho que acionar a equipe, pergunta para a médica que prescreveu ou ao próprio farmacêutico. Dentro de tudo isso eu preciso orientar o paciente sobre o que ele está recebendo, checando os sintomas e confirmando as medicações que forma prescritas. LEMBREM DE PERGUNTAR DE ALERGIAS NOS ATENDIMENTOS DE VOCÊS. Quando o paciente chegar para enfermagem os profissionais tem que checar os certos e reafirmar sobre alergia e a medicação que vai ser usar. Dúvida: como proceder caso a equipe de enfermagem identifique um erro? Estamos trabalhando em equipe e por isso temos que saber lidar e conversar em equipe, sem fazer críticas destrutivas, é tudo em prol do paciente, tudo em prol do conforto. Então você pode chegar no consultório e conversar com o colega médico, tentar confirmar se a medicação era dessa maneira mesmo. Página 4 de 19 Parte 2 – Lucas Jordão Faria OS CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Aluna pergunta: Se um erro na prescrição médica for detectado por outra pessoa da equipe, um (a) enfermeiro (a), por exemplo, como ele (a) deve proceder? Resposta: A equipe médica de um paciente é multiprofissional. Inclui enfermeiros, nutricionistas, médicos, técnicos etc. Todos têm um único objetivo: O atendimento bom e seguro do paciente. A professora relata uma experiência – que vem se repetindo – de erros de prescrição. Um colega prescreveu 7 ml de dipirona intramuscular para um paciente com queixa de cefaleia. A dose estava evidentemente errada e foi percebido por um técnico de enfermagem que levou a dúvida à professora, afinal o músculo não é capaz de comportar esse volume de medicação, além de a dosagem ser incoerente com a posologia usual da dipirona. Nesse caso, ela questionou a prescrição médica, deixando claro que isso deve ser feito de forma educada buscando corrigir o erro para atender bem o paciente, não como uma crítica destrutiva. O médico confirmou que a dosagem correta era de 0,7 ml. O erro foi corrigido e preveniu uma possível hipotensão arterial – principal reação a doses elevadas de dipirona. Página 5 de 19 Também é importante que a prescrição seja legível. O prontuário eletrônico é uma boa alternativa, basta digitar. Independente do meio, escrito ou digitado, a prescrição deve ser redigida de forma clara. Não pode haver dúvidas sobre nenhuma informação na leitura. É importante que toda equipe médica domine o conhecimento sobre anatomia e fisiologia pertinente a sua atuação. Saber a capacidade de volume de medicamento comportado por um músculo, por exemplo, é fundamental ao escrever ou administrar uma prescrição. Em geral, um músculo comporta em torno de 5 ml. Porém, se o paciente for idoso, subnutrido ou caquético, por exemplo, seus músculos têm capacidade menor que a média. Assim, o profissional deve avaliar cada casa individualmente usando os conhecimentos que tem de anatomia, fisiologia e dos princípios de semiotécnica. Caso uma droga seja administrada de forma inadequada – como a dose exagerada de dipirona, por exemplo – toda a equipe médica do paciente é responsabilizada, do prescritor, passando pelo farmacêutico, até o administrador da dosagem. Deve-se sempre orientar o pacientesobre a medicação a ser administrada e questionar sobre possíveis alergias e a preferência da via administração ou punção se houverem alternativas – braço esquerdo ou direito, por exemplo. Lembre-se que o paciente tem direito de recusa. Em caso de recusa, cabe ao profissional tentar convencer o paciente da necessidade da medicação a partir da lógica médica e sensibilidade sobre a natureza da resistência do paciente. Se ele não for convencido de imediato, é importante voltar ao consultório médico para esclarecer suas dúvidas na tentativa de seguir com o tratamento. Além disso, todas as informações sobre a administração da medicação devem ser anotadas com precisão (princípio ativo, apresentação, dose, via de administração, tempo de administração (periodicidade) e ação). Essa informação é importante, por exemplo, no esclarecimento de uma eventual reação adversa, como um abscesso, por exemplo. No atendimento ao paciente, sempre se identificar. Página 6 de 19 PARTES DA PRESCRIÇÃO MÉDICA Questione se o paciente é alfabetizado e procure deixar claro para ele como a medicação será aplicada. Se houver acompanhantes na consulta, explique para os dois. Parte 3 – Ludmilla Lopes PARTES DA PRESCRIÇÃO MÉDICA 1. Nome completo do usuário; 2. Nome do medicamento e dose; 3. Via de administração; 4. Tempo de administração e frequência; 5. Instruções especiais: Ex: “O senhor vai usar esse medicamento aqui em jejum. Que horas o senhor acorda? 6. Assinatura, data e carimbo do médico. OBS.: Há medicamentos que a prescrição deve conter o endereço. São os psicotrópicos, medicamentos de alerta, de uso crônico. Tem que ter endereço, CPF, RG, principalmente de quem está comprando. Página 7 de 19 Analisando essa prescrição: Vemos que a pessoa que a fez colocou no nome “Sr. José”, não colocou o nome completo do paciente. Ele coloca “uso interno”, mas interno aonde? Em que sentido? Primeiro item: Captopril 25mg. E depois? 60 comprimidos, gotas? Não ficou claro. Tomar 1... 1 o que? 1 grama? Mas se em cima ele colocou mg, haja comprimido para completar 1g. Portanto, cuidado com abreviações, é melhor só usar as clássicas (comprimido: comp ou cp). Mais à frente, vemos algo que se parece com um “@”. 2x/d (2 vezes por dia) cedo/noite. Mas ele não especifica o “cedo”, qualquer um pode interpretar um cedo diferente. Seguindo, ele coloca a cada 12/12 horas. Segundo item: hidroclorotiazida 25mg... 30 comprimidos, 3 gramas? Não fica claro. Tomar um comprimido ao dia? Ainda há rasura, que é crime. E não especifica a hora. Dúvida: Em relação àquelas receitas que a gente tem na forma digital, ela ficaria organizada mais ou menos de que forma? Alguns médicos já deixam organizado e vão marcando só um “X” de acordo com o necessário, a fim de evitar rasuras e até para melhorar o tempo. Resposta: (opinião da professora) eu não gosto, porque aquele X tem que ficar exatamente naquele quadradinho que as vezes é minúsculo, e se o X do médico for bem exagerado, pode acabar pegando o espaço de 2 medicamentos. Há médicos que, dependendo da especialidade, já deixam os medicamentos prescritos, já deixam as solicitações de exames laboratoriais feitas. O grande problema disso é que não é seguro. E ainda, o mais grave, se fosse o médico que estivesse prescrevendo, tudo bem, mas essa atitude as vezes é designada a um secretário, recepcionista. No hospital é assim. É uma rede hoteleira para doentes. E tem hora para rodar aquela prescrição. A prescrição é uma diária (são 24 horas). Se o médico prescreve hoje, essa prescrição que ela prescreveu agora vai rodar 24 horas. Se o médico não passar amanhã, nesse horário que ela prescreveu hoje (preferencialmente antes do meio-dia, Página 8 de 19 porque a farmácia tem todo o controle desses medicamentos e sobre essas prescrições), a prescrição na íntegra é repetida, e isso é muito grave. Existem softwares que dão disparos, principalmente de medicamentos de alta vigilância. Por exemplo, a médica prescreveu um Diazepam. Se for eletrônico ou não eletrônico, esse Diazepam só é dispensado da farmácia se ela tiver preenchido uma comunicação interna, um “check”, que vai dispensar, liberar esse psicotrópico da farmácia e cair direto na conta do paciente. Quando esses medicamentos de alta vigilância são digitados aqui, automaticamente já entra um alerta do próprio software (alerta de cor ou sonoro) para o farmacêutico, que recebe no computador da farmácia o nome do paciente que está prescrito, o nome do doutor que está prescrevendo e se ele tem toda a parte burocrática de receituário. Dúvida: Com relação a algumas prescrições que vimos na internet que são para pessoas analfabetas, surdas, cegas, enfim, que precisam ser feitas de maneira especial, como que fica essa questão mais associada a uma legalidade dentro disso, já que a receita para ela vai ter que ser diferente? Resposta: Se é para uma pessoa cega, para ele ter acesso a essa prescrição especial, ele tem que provar que sabe fazer a leitura em braile por exemplo. Caso contrário, ele tem que ter um responsável por ele, um acompanhante. Você pode usar o que for de alternativa, se o paciente não conhece o mecanismo, se ele não conhece aquela terapêutica que ele solicitou, se ele não dominar, não é liberado. Nos hospitais e clínicas, tem-se um corpo que responde por isso, via advogados. Só é liberado se o paciente tiver acompanhante. Tanto é que esses pacientes precisam ser atendidos com acompanhantes, e esses acompanhantes devem ser maiores de idade. Dúvida: Professora, em qual âmbito vemos mais casos de prescrições malfeitas, hospital, UBS, urgência? Resposta: Infelizmente, em todos os ambientes temos. Se tem protocolo, se no Ministério da Saúde está dizendo que a letra tem que ser legível, ela tem que ser. Quem tem letra ruim, tem que fazer digitado. Todos os hospitais e clínicas tem computador. A prescrição tem que ser segura. Parte 4 - Luiz Eduardo Menezes Basicamente iremos estudar a via parenteral, onde temos as vias subcutânea, intramuscular e intradérmica. Essas vias são indicadas em situações onde se quer uma ação rápida, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo, assim como em pacientes que não possuem a capacidade de deglutir (idosos, inconscientes) ou com problemas gastrointestinais. Portanto, é largamente utilizada em pronto atendimento, terapias intensivas e ambiente cirúrgico. Página 9 de 19 Temos aqui o arsenal de materiais, desde os dispositivos rígidos, que são chamados de escalpe, seringas, jelcos (flexíveis - cateter intravenoso), garrotes, fitas, álcool 70%, esparadrapo (micropore). Na outra metade do slide temos os ângulos de aplicação de cada via de administração. Na via parenteral utilizamos as vias subcutânea, endovenosa e intramuscular. Porém, para o dispositivo adentrar na hipoderme (subcutâneo), no músculo (intramuscular) ou para chegar no lúmen de uma veia (endovenosa), deverá ter o percurso do conjunto agulha e seringa dado com diferentes angulações. A manipulação da seringa (como pegar na seringa) deve ser como se o administrador estivesse segurando uma caneta, como se estivesse escrevendo, de forma sutil. Se a administração for ocorrer no músculo, a angulação correta deve ser de 90°, devendo-se introduzir a agulha por completo, e para acompanhar as fibras musculares o bisel (ponta amolada da agulha) deve estar sempre lateralizado. Pergunta: Como saber quando a agulha chegou no músculo? Resposta: Quando a agulha for totalmente introduzida. Um dos critérios é introduzir o dispositivo em ângulo de 90°, com o bisel lateralizado, acompanhando as fibras, a fim de diminuir o trauma nas fibras musculares e a dor. Para saber se chegou no músculo, introduz-se toda a agulha e antes de administrar,aspira-se de 0,1 a 0,2 ml. É necessário aspirar para formar um vácuo e verificar se sairá sangue. Se a seringa aspirar sangue é porque um vaso foi puncionado, e não o músculo. Ao introduzir a agulha, essa passará por diferentes tecidos: Primeiro pela primeira camada da pele que é a epiderme, abaixo dela já adentramos a derme, depois alcançamos a hipoderme com metade da agulha já introduzida, e quando se introduz totalmente, chega no músculo. Página 10 de 19 Os tamanhos das agulhas são compatíveis com as 3 camadas da pele. OBS.: Caso tenha-se um paciente caquético, com um músculo muito fininho, deve-se fazem uma prega (segurar a pele, aumentando o caminho percorrido pela agulha), a fim de evitar que o bisel toque no osso. Caso venha sangue durante a aspiração, recua-se um pouco e aspira-se novamente. Após isso, se vier sangue novamente, retira tudo, pois aí você estará dentro de um vaso. Se a via de administração for subcutânea, como, por exemplo, na utilização de heparina e insulina, a agulha é mais curta que a utilizada na IM, por isso, para se chegar na hipoderme (local onde será administrado) não é necessário realizar angulação. Só é necessário angular 45° se a agulha for longa, se a agulha for curta (13 x 4,5), que é a que vem na seringa de 1cc, na qual os pacientes administram insulina, não precisa de angulação, ela é introduzida com ângulo de 90°. O bisel deve entrar apontado para cima durante a aplicação, a única via em que o bisel é introduzido lateralizado é a intramuscular, em todas as outras (intradérmica, subcutânea e endovenosa) o bisel é sempre para cima. Parte 5 – Malu Collier VIA SUBCUTÂNEA OU HIPODÉRMICA Introdução de solução na tela, hipoderme, entre a epiderme e o músculo, por meio de punção; Solução isotônica, solúvel e cristalina; Agulha fina (cabelo de rato) = preferencialmente 13:4,5; Se utilizar agulha curta = Ângulo 90º; Se utilizar agulha longa = Ângulo 45º; Regiões: Página 11 de 19 OBS.: Orienta o paciente a fazer rodizio da área injetada, como por exemplo um dia no braço, outro no abdome. LIPODISTROFIA: Doença causada pela aplicação repetidamente aplicadas na mesma região, devido a fármaco compactar o local, formando um nódulo Consequências: Dor; Inflamação; Atrofia do local; Princípio ativo do medicamento não terá a mesma ação, fica lento. OBS.: Pacientes que possuem trombofilia fazem tratamento subcutâneo. HIPODERMÓCLISE: Infusão de fluidos no tecido subcutâneo através da instalação de um cateter, agulhado; Punciona com escalpe; Medicação para dor; Hidratação de pacientes. OBS.: Agulha não deve ficar aparecendo, e sim enfiar a agulha toda. Ex.: Paciente com osteossarcoma (tumor ósseo) = Paciente apresenta dor muito elevada, sendo considerado mandá-lo para casa com bomba de morfina. A bomba é puncionada com um escalpe, angulado em 45 graus. Acopla o cateter à seringa, e a mesma ao dispositivo. Geralmente colocada na região do abdome, e o paciente fica 24/48h com essa terapêutica em sua residência. Diferença subcutânea para intramuscular e endovenosa: Tecido OBS.: O que define o acesso é o problema que o paciente possui, medicamento escolhido pelo médico em questão e se o mesmo será mais rápido ou mais lento. Se for desejado um tempo de ação muito rápido, utiliza-se a endovenosa; Se desejar um tempo de ação menor, subcutâneo; Tempo de duração médio, utilizar o intramuscular. VIA INTRAMUSCULAR Via bastante utilizada mundialmente Página 12 de 19 Rápida absorção Deve-se angular a seringa e a agulho, para chegar ao músculo, em 90º, com nenhuma parte da agulha para fora Músculos: Deltoide, dorso glúteo, ventro glúteo e vasto lateral Mm. Utilizado em crianças: Vasto lateral da coxa (preferencialmente se a mesma tiver até 2 anos) Mm. Deltoide apenas em campanha de vacinação o Suporta até 2ml teoricamente, porém na prática no máximo 1ml (mas utilizamos apenas 0,5ml) o Evita para não causar abcessos, plegias e nódulos OBS.: Sempre deve administrar no centro do músculo. Parte 6 – Maria Beatriz Toda injeção intramuscular é administrada no meio do músculo, no corpo, com ângulo de 90° e com o bisel lateralizado para o lado com mais músculo, por exemplo no glúteo seria para o lado interno. Para adultos, o padrão ouro de músculo é o ventroglúteo, depois o vastolateral e, por último, dorsoglúteo. Já para crianças, o padrão é o vasto lateral. Deltóide: sem vantagens que justifica o uso, então é usado apenas para vacinação Delimitação: epífise proximal do acrômio, abaixo dela abraça e pinça na região mediana Desvantagens: dificuldade de absorção do medicamento (é um músculo pequeno) e tem dor local de grande intensidade. Página 13 de 19 DORSOGLÚTEO: Vantagens – absorção total do medicamento (é um músculo grande e com grande vascularização), efeito rápido e é de fácil delimitação anatômica; Desvantagens – variação de espessura do tecido subcutâneo, possibilidade de lesão de vasos e nervos (presença do nervo ciático próximo); Delimitação – o glúteo começa a partir da fenda interglútea. O local mais adequado é no quadrante superior externo, imagina uma cruz para conseguir definir o local. OBS.: Até 2 anos ~ 2 anos e meio, o glúteo da criança não foi totalmente formado, mas na prática usa-se mais o vasto lateral em crianças de qualquer idade. OBS.: Antes realiza-se a antissepsia da área com algodão embebido em álcool 70, de forma unidirecional e de preferência de baixo para cima (contra os poros – aumenta a limpeza). Todo músculo precisa ser pinçado (segura o músculo) com uma mão e a outra mão segura a seringa, e não solta. A mão que estava pinçando o músculo vai aspirar o êmbolo, e se não visualiza sangue, pode aplicar o conteúdo da seringa. Página 14 de 19 Parte 7 – Maria Eduarda Nóbrega REGIÃO VENTROGLÚTEA: O músculo ventroglúteo está localizado na região trocantérica, protegendo a epífise proximal do fêmur (cabeça do fêmur). Tal administração não apresenta relatos de complicações. - Técnica de Hochstetter: Deita-se o paciente na posição decúbito lateral; segura a seringa com a mão dominante (exemplo: profissional destro – mão direita); delimita-se o músculo ventroglúteo, localizado na região lateral/trocantérica; com o indicador da mão não dominante, apalpa-se a crista ilíaca anterior; com a palma dessa mão, abraça a região trocantérica e segura “em V” o espaço entre o dedo indicador e o dedo médio; aplica-se a pinça entre eles. Lembrar de fazer a antissepsia da área e administrar o medicamento no ângulo de 90°, com o bisel lateralizado. Não atinge o osso? Não, esse músculo pode chegar até 10cm de espessura. Na imagem: paciente está deitado em decúbito lateral esquerdo. - Dúvida: Professora, em um caso extremo, por exemplo de guerra, a assepsia pode ser realizada até com bebidas alcoólicas ou não? Em casos de guerra sim, porém caberá a você a escolha de fazer com bebidas alcoólicas ou de não fazer antissepsia. Por exemplo, nas campanhas de vacinação, decidiu-se que em nenhuma imunização deveria ser feita a antissepsia da pele, pois de certa forma o álcool competiria com o fármaco. Além disso, por estar em um cenário de guerra, deve-se levar em conta o fator tempo, se há dele disponível, faça, caso contrário, não. OBS.: Esse deveria ser o músculo padrão de escolha; não apresenta contraindicação nem mesmo para crianças. - Vantagens: 1. Músculo de grande espessura, em média, 4-5cm; Página 15 de 19 2. Livre de estruturas importantes (nervos; artérias; veias); 3. Região limitada por osso (ilíaco) que separa as estruturas profundas; 4. Completa absorçãodo medicamento; 5. Sem contraindicação também para pacientes magros; 6. Notoriamente região menos dolorosa. OBS.: Caso não se consiga apalpar a crista ilíaca anterior com o dedo indicador, deve-se fazer o vastolateral ou, por último, dorsoglúteo. VASTOLATERAL: O medicamento será injetado no corpo do músculo, na região mediana. É fantástico para crianças, devendo-se apenas ter cuidado com os distúrbios sensoriais que causam dor (aos adultos também). Lembrar do cuidado com o uso de EPIs, da antissepsia imediatamente pré-aplicação e do ângulo de 90°, com o bisel lateralizado, na administração do medicamento. - Vantagens: Região livre de vasos e nervos; e de fácil acesso. Sequência: delimitar - realizar antissepsia - administrar o medicamento. VIA INTRAVENOSA: Sigla: tanto EV (endovenosa), como IV (intravenosa). É mundialmente utilizada, principalmente, em prontos-socorros e centros cirúrgicos; uso ideal para os casos com necessidade de ação imediata; punção da veia através de dispositivos de uso único (descartáveis). Página 16 de 19 - Vantagens: Efeito imediato; possibilidade de introdução de grandes volumes de líquidos (atentar-se à patologia do paciente, por exemplo, renal); administração de líquidos e medicamentos de forma contínua (importante para os casos de internação); via de veículo para medicamentos que precisam de diluição. - Desvantagens: Lesões na pele e risco de infecção; risco de choque pirogênico (mãos não foram corretamente higienizadas ou a antissepsia não foi feita adequadamente: abre- se uma porta de entrada para os microrganismos na veia do paciente). - Técnica de Punção: Requer muita habilidade de garrotear. Uso dos EPIs - palpação - garrotear - escolha da veia. Para classificar a melhor veia, deve-se buscar: a mais visível; mais calibrosa; mais superficial; mais reta; em que se faça palpação e consiga permanecer no trajeto; e, preferencialmente, que seja possível de começar a puncionar da periferia (dorso da mão) para o centro. Há risco de embolia? Sim e, além disso, desobstrução do acesso venoso periférico (proibido). O paciente adora quando o profissional salva uma veia para evitar que ele seja furado novamente, entretanto, deve-se lembrar da possibilidade do trombo ou coágulo ficar no bisel do dispositivo. OBS.: Existem os dispositivos fixos, de parede rígida e agulha curta, e os dispositivos longos. OBS.: Pacientes obesos/edemaciados em que não é possível a visualização, deve-se procurar pelo conhecimento anatômico mesmo. Tipos de Fixação: O tipo de fixação é algo muito subjetivo, pode ser borboletinha, em H, em U, ou o adesivo transparente (melhor). Página 17 de 19 Independentemente de ser com micropore ou com esparadrapo, não se pode deixar espaços entre o furo e o dispositivo - a agulha deve ser totalmente introduzida, assim como na intramuscular e na subcutânea. Além disso, o sítio de punção tem que ser ocluído com esparadrapo, micropore ou com os dispositivos transparentes (estes últimos não apresentam a necessidade de serem trocados por, pelo menos, uns 3 dias). Parte 8 – Maria Fernanda Tipos de Fixação A agulha precisa ser completamente introduzida e o sítio de punção precisa ser ocluído, com micropore, esparadrapos ou os dispositivos transparentes. Os dispositivos transparentes são interessantes pois consegue deixar o paciente com ele 3 a 4 dias, diferente do micropore ou esparadrapo pois esses são curativos precisam ser trocados diariamente. É necessário ter na fixação no rótulo: a identificação de quem puncionou, a data e a hora, pois todos os dispositivos endovenosos têm um tempo para ficar instalado no organismo do paciente. Até o tipo da agulha pode ser identificado. Os dispositivos gel que são os flexíveis são caracterizados pela indústria farmacêutica em números pares e quanto maior o número menor o calibre e o menor calibre usado na neomatologia é o azul escuro é o 24, e tem o 22, 20, 18, 16. É importante colocar nos rótulos o diâmetro, se foi um gel 14, 18 além disso tem um tempo para ficar, geralmente são 96 horas e sabe o tempo através dos protocolos nos hospitais. O butterfly fica 24 horas. Os enfermeiros têm uma escala chamada escala de Maddox, onde acompanham a vida do dispositivo para saber quando o trocar. Os rótulos mais atuais possuem o nome do paciente, data e hora e o nome do profissional. Página 18 de 19 No dispositivo tem a utilização bifurcada de polifix, tem trifurcado, a de quatro vias, pois numa via pode ficar o soro, na outra administrar medicamentos, para evitar ficar descontando, quando menor desconectar melhor, menor o risco de infecções. As pincetas servem para abrir e fechar os dispositivos assim como as torneirinhas, podendo inclusive acoplar seringar. OBS.: O ajuste da torneira com o equipo deve ser perfeito para evitar vazamento, o acionamento deve ser fácil preciso e suave de forma a prevenir ocorrência de movimentos acidentais. NÃO PODE HAVER DE FORMA ALGUMA CONTAMINAÇÃO DO DISPOSITIVO. ESCALA DE MADDOX É utilizada para fazer um acompanhamento da área puncionada. No sítio de punção onde tem todo cuidado, técnica asséptica, uso dos EPIS, ali não é uma área para se ter dor, calor, rubor e edema. Porém existem algumas drogas prescritas pelos médicos e que a enfermagem controla, mas o paciente pode ser que abra a pinceta mas nisso pode ser que o paciente venha a reclamar de sintomas e isto precisa ser averiguado pois a punção não deve ser dolorosa. Essa escala é medida pela gravidade da dor dos sintomas. Gravidade 0: não há reações e sinais de inflamações; ausência de dor Gravidade 1+: sensibilidade ao toque sobre a punção intravenosa, pode ser que o bisel não tenha ficado no lúmen do vaso, mas sim na parede e qualquer movimento vai gerar dor. Gravidade 2+: até onde é admitido na prática. Dor continua sem eritema (região fica vermelha). Gravidade 3+ 4+ 5+: dor contínua com eritema e com edema, veia dura e palpável a menos de 8cm acima do local intravenoso na cânula. De 3+ para frente já é sinal de inflamação. Tem sinais de dor, e se tem dor está errado e pode ter entrado numa técnica errada de assepsia podendo causar microrganismos (bactérias), o que deve ser feito é retirar a punção e fazer uma nova, principalmente se tiver edema presente. OBS.: se a dor é continua e sem eritema pode deixar, pois pode ser porque passou medicamento, ou grande fluxo, a dica é então diminuir o gotejamento. Já se tiver eritema, é necessário fazer a retirada pois é sinal de inflamação e possível perda da assepsia. Página 19 de 19