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Administração de Medicamentos e Vias de Acesso 
Disciplina: PM IV 
14/09/2020 – Prof. Rosângela 
Diretores: Ewerton 
Parte 1 – José Álvaro 
 
 
Iremos discutir hoje sobre o elo de interação onde vocês prescrevem a medicação, 
nós diluímos (de acordo com toda a técnica asséptica) e administramos. 
Realiza-se a análise toxicológica ao escolher a droga; a enfermagem então irá 
efetivar essa demanda de prescrição, mas no meio de tudo está a inserção de um 
profissional que não pode ser esquecido: o farmacêutico. 
Atualmente precisamos conhecer as drogas prescritas, os mecanismos de ação. É 
um direito do paciente saber o que ele está tomando. Quando o médico prescreve o 
medicamento, é necessário explicar ao paciente o que ele vai usar, pois ele precisa se 
sentir inserido no tratamento. Até porque esse sentimento de inserção é um dos critérios 
para o sucesso no que se vai prescrever e na resolução da enfermidade. 
Temos que verificar os certos da administração. Antigamente se falava em 5 certos: 
o paciente certo, o medicamento certo, a dose certa, a hora certa e a via certa. Hoje, nós 
temos 11 certos. Ou seja, temos muitos critérios na hora de prescrever, manipular e 
administrar as drogas, e quanto mais critérios de administração, maior a segurança para 
conseguir atingir o objetivo. Quanto mais certezas eu tenho, menor a probabilidade de se 
errar e termos problemas. 
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Então é importante administrar os medicamentos de maneira segura. Quem 
prescreve são os médicos, mas os profissionais da enfermagem ainda observam que 
alguns medicamentos são prescritos sem uma atenção maior, e isso não pode acontecer. 
Precisa-se saber calcular a quantidade e a dose correta para cada paciente. 
Então essa interação profissional é de suma importância. Na passaram pela 
estratégia de saúde da família é quando se percebe a necessidade da interação 
multiprofissional. Enquanto vocês prescrevem vocês conseguem vislumbrar o trabalho 
de outros profissionais. 
E nunca prescrevam nada que paire em algum tipo de dúvida. Pare e pergunte, que 
isso não é problema nenhum. Ruim é você prescrever sem saber, sem ter a gama de saber 
que embasa a terapêutica e a sistematização do cuidado com o paciente. 
Questão de prova: 
 
Quais são os certos: começa pelo PACIENTE CERTO, quanto mais eu aumento o 
nome do paciente (NOME COMPLETO) maior a segurança (Rosangela Simaria Lima 
Araujo e não só Rosangela; não é só Dona Maria, é Dona Maria da Luiz Dias). Então 
temos que garantir a segurança do paciente e garantir que sempre confirmemos o nome 
completo do paciente seja em uma cirurgia, seja na administração de uma medicação. O 
segundo certo é: MEDICAMENTO CERTO, DOSE CERTA, VIA CORRETA 
(Dipirona, 2mL), eu preciso ter esse mix de características que faze parte da 
caracterização dos certos na administração de medicamentos – medicamento, dose, via e 
HORA CERTA. 
E se acontecer de atrasar? Isso pode acontecer. Digamos que eu dê conta de 20 
pacientes, se eu abrir o horário dos pacientes da mesma maneira existe grande chance de 
uns 5 pacientes terem medicação no mesmo horário. Se eu tiver 2 ou 3 técnicos de 
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enfermagem, eu vou ter uma menor probabilidade de atraso. Mas se eu tiver um número 
limitado de técnicos ou excessivo de pacientes, o que eu posso fazer para justiçar que os 
medicamentos dos pacientes tenham sido administrados com atraso de 10, 15 ou 20 
minutos? Eu preciso entender de farmacologia, se o médico prescrever uma medicação 
de 6 em 6 horas, eu sei que eu tenho uma lacuna de 30 minutos pré e pós horário fixo para 
contar com esses atrasos de medicamentos. Isso não justifica, mas posso alegar em caso 
de reclamação de atraso de horário. 
A via certa eu sempre tenho que checar. Se foi prescrito Dipirona veia, endovenosa 
eu vou tentar administrar dessa maneira. Mas se o paciente está com dificuldade de 
acesso, muito fragilizado, se ele é idoso, se não tem veia periférica que permita eu 
puncionar, só a MEDICA tem AUTONOMIA PARA MUDAR A VIA, então a enfermagem 
tem que comunicar ao médico. 
VIAS ENDOVENOSA, INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEAS 
Temos que checar a DOSE, nem mais e nem menos, sempre a procurar administrar 
a DOSE CERTA para garantir a segurança. Outra coisa que acontece é entender sobre 
farmacologia e checar sobre a compatibilidade das drogas: se foram prescritos 3 
antibióticos para o paciente, na hora que o enfermeiro abre os horários da medicação 
ele precisa saber ou entender de farmacologia para não abrir os horários em horários 
próximos casa haja possibilidade de interação/compatibilidade das drogas de modo que 
vá neutralizar um ao outro. Caso eu não saiba, tenho que acionar a equipe, pergunta 
para a médica que prescreveu ou ao próprio farmacêutico. 
Dentro de tudo isso eu preciso orientar o paciente sobre o que ele está recebendo, 
checando os sintomas e confirmando as medicações que forma prescritas. LEMBREM 
DE PERGUNTAR DE ALERGIAS NOS ATENDIMENTOS DE VOCÊS. Quando o 
paciente chegar para enfermagem os profissionais tem que checar os certos e reafirmar 
sobre alergia e a medicação que vai ser usar. 
Dúvida: como proceder caso a equipe de enfermagem identifique um erro? 
Estamos trabalhando em equipe e por isso temos que saber lidar e conversar em 
equipe, sem fazer críticas destrutivas, é tudo em prol do paciente, tudo em prol do 
conforto. Então você pode chegar no consultório e conversar com o colega médico, tentar 
confirmar se a medicação era dessa maneira mesmo. 
 
 
 
 
 
 
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Parte 2 – Lucas Jordão Faria 
OS CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
 
 
Aluna pergunta: Se um erro na prescrição médica for detectado por outra pessoa da 
equipe, um (a) enfermeiro (a), por exemplo, como ele (a) deve proceder? 
Resposta: A equipe médica de um paciente é multiprofissional. Inclui enfermeiros, 
nutricionistas, médicos, técnicos etc. Todos têm um único objetivo: O atendimento bom 
e seguro do paciente. 
A professora relata uma experiência – que vem se repetindo – de erros de 
prescrição. Um colega prescreveu 7 ml de dipirona intramuscular para um paciente com 
queixa de cefaleia. A dose estava evidentemente errada e foi percebido por um técnico de 
enfermagem que levou a dúvida à professora, afinal o músculo não é capaz de comportar 
esse volume de medicação, além de a dosagem ser incoerente com a posologia usual da 
dipirona. Nesse caso, ela questionou a prescrição médica, deixando claro que isso deve 
ser feito de forma educada buscando corrigir o erro para atender bem o paciente, não 
como uma crítica destrutiva. O médico confirmou que a dosagem correta era de 0,7 ml. 
O erro foi corrigido e preveniu uma possível hipotensão arterial – principal reação a doses 
elevadas de dipirona. 
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Também é importante que a prescrição seja legível. O prontuário eletrônico é uma 
boa alternativa, basta digitar. Independente do meio, escrito ou digitado, a prescrição deve 
ser redigida de forma clara. Não pode haver dúvidas sobre nenhuma informação na 
leitura. 
É importante que toda equipe médica domine o conhecimento sobre anatomia e 
fisiologia pertinente a sua atuação. Saber a capacidade de volume de medicamento 
comportado por um músculo, por exemplo, é fundamental ao escrever ou administrar uma 
prescrição. 
Em geral, um músculo comporta em torno de 5 ml. Porém, se o paciente for idoso, 
subnutrido ou caquético, por exemplo, seus músculos têm capacidade menor que a média. 
Assim, o profissional deve avaliar cada casa individualmente usando os conhecimentos 
que tem de anatomia, fisiologia e dos princípios de semiotécnica. 
Caso uma droga seja administrada de forma inadequada – como a dose exagerada 
de dipirona, por exemplo – toda a equipe médica do paciente é responsabilizada, do 
prescritor, passando pelo farmacêutico, até o administrador da dosagem. 
Deve-se sempre orientar o pacientesobre a medicação a ser administrada e 
questionar sobre possíveis alergias e a preferência da via administração ou punção se 
houverem alternativas – braço esquerdo ou direito, por exemplo. 
Lembre-se que o paciente tem direito de recusa. Em caso de recusa, cabe ao 
profissional tentar convencer o paciente da necessidade da medicação a partir da lógica 
médica e sensibilidade sobre a natureza da resistência do paciente. Se ele não for 
convencido de imediato, é importante voltar ao consultório médico para esclarecer suas 
dúvidas na tentativa de seguir com o tratamento. 
Além disso, todas as informações sobre a administração da medicação devem ser 
anotadas com precisão (princípio ativo, apresentação, dose, via de administração, tempo 
de administração (periodicidade) e ação). Essa informação é importante, por exemplo, no 
esclarecimento de uma eventual reação adversa, como um abscesso, por exemplo. 
No atendimento ao paciente, sempre se identificar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTES DA PRESCRIÇÃO MÉDICA 
 
Questione se o paciente é alfabetizado e procure deixar claro para ele como a 
medicação será aplicada. 
Se houver acompanhantes na consulta, explique para os dois. 
 
Parte 3 – Ludmilla Lopes 
PARTES DA PRESCRIÇÃO MÉDICA 
1. Nome completo do usuário; 
2. Nome do medicamento e dose; 
3. Via de administração; 
4. Tempo de administração e frequência; 
5. Instruções especiais: Ex: “O senhor vai usar esse medicamento aqui em jejum. 
Que horas o senhor acorda? 
6. Assinatura, data e carimbo do médico. 
OBS.: Há medicamentos que a prescrição deve conter o endereço. São os psicotrópicos, 
medicamentos de alerta, de uso crônico. Tem que ter endereço, CPF, RG, principalmente 
de quem está comprando. 
 
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Analisando essa prescrição: 
 Vemos que a pessoa que a fez colocou no nome “Sr. José”, não colocou o nome 
completo do paciente. 
 Ele coloca “uso interno”, mas interno aonde? Em que sentido? 
 Primeiro item: Captopril 25mg. E depois? 60 comprimidos, gotas? Não ficou 
claro. Tomar 1... 1 o que? 1 grama? Mas se em cima ele colocou mg, haja 
comprimido para completar 1g. Portanto, cuidado com abreviações, é melhor só 
usar as clássicas (comprimido: comp ou cp). Mais à frente, vemos algo que se 
parece com um “@”. 2x/d (2 vezes por dia) cedo/noite. Mas ele não especifica o 
“cedo”, qualquer um pode interpretar um cedo diferente. Seguindo, ele coloca a 
cada 12/12 horas. 
 Segundo item: hidroclorotiazida 25mg... 30 comprimidos, 3 gramas? Não fica 
claro. Tomar um comprimido ao dia? Ainda há rasura, que é crime. E não 
especifica a hora. 
Dúvida: Em relação àquelas receitas que a gente tem na forma digital, ela ficaria 
organizada mais ou menos de que forma? Alguns médicos já deixam organizado e vão 
marcando só um “X” de acordo com o necessário, a fim de evitar rasuras e até para 
melhorar o tempo. 
Resposta: (opinião da professora) eu não gosto, porque aquele X tem que ficar 
exatamente naquele quadradinho que as vezes é minúsculo, e se o X do médico for bem 
exagerado, pode acabar pegando o espaço de 2 medicamentos. Há médicos que, 
dependendo da especialidade, já deixam os medicamentos prescritos, já deixam as 
solicitações de exames laboratoriais feitas. O grande problema disso é que não é seguro. 
E ainda, o mais grave, se fosse o médico que estivesse prescrevendo, tudo bem, mas essa 
atitude as vezes é designada a um secretário, recepcionista. 
No hospital é assim. É uma rede hoteleira para doentes. E tem hora para rodar 
aquela prescrição. A prescrição é uma diária (são 24 horas). Se o médico prescreve hoje, 
essa prescrição que ela prescreveu agora vai rodar 24 horas. Se o médico não passar 
amanhã, nesse horário que ela prescreveu hoje (preferencialmente antes do meio-dia, 
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porque a farmácia tem todo o controle desses medicamentos e sobre essas prescrições), a 
prescrição na íntegra é repetida, e isso é muito grave. 
Existem softwares que dão disparos, principalmente de medicamentos de alta 
vigilância. Por exemplo, a médica prescreveu um Diazepam. Se for eletrônico ou não 
eletrônico, esse Diazepam só é dispensado da farmácia se ela tiver preenchido uma 
comunicação interna, um “check”, que vai dispensar, liberar esse psicotrópico da 
farmácia e cair direto na conta do paciente. 
Quando esses medicamentos de alta vigilância são digitados aqui, automaticamente 
já entra um alerta do próprio software (alerta de cor ou sonoro) para o farmacêutico, que 
recebe no computador da farmácia o nome do paciente que está prescrito, o nome do 
doutor que está prescrevendo e se ele tem toda a parte burocrática de receituário. 
Dúvida: Com relação a algumas prescrições que vimos na internet que são para pessoas 
analfabetas, surdas, cegas, enfim, que precisam ser feitas de maneira especial, como que 
fica essa questão mais associada a uma legalidade dentro disso, já que a receita para ela 
vai ter que ser diferente? 
Resposta: Se é para uma pessoa cega, para ele ter acesso a essa prescrição especial, ele 
tem que provar que sabe fazer a leitura em braile por exemplo. Caso contrário, ele tem 
que ter um responsável por ele, um acompanhante. Você pode usar o que for de 
alternativa, se o paciente não conhece o mecanismo, se ele não conhece aquela terapêutica 
que ele solicitou, se ele não dominar, não é liberado. Nos hospitais e clínicas, tem-se um 
corpo que responde por isso, via advogados. Só é liberado se o paciente tiver 
acompanhante. Tanto é que esses pacientes precisam ser atendidos com acompanhantes, 
e esses acompanhantes devem ser maiores de idade. 
Dúvida: Professora, em qual âmbito vemos mais casos de prescrições malfeitas, hospital, 
UBS, urgência? 
Resposta: Infelizmente, em todos os ambientes temos. 
Se tem protocolo, se no Ministério da Saúde está dizendo que a letra tem que ser 
legível, ela tem que ser. Quem tem letra ruim, tem que fazer digitado. Todos os hospitais 
e clínicas tem computador. A prescrição tem que ser segura. 
 
Parte 4 - Luiz Eduardo Menezes 
Basicamente iremos estudar a via parenteral, onde temos as vias subcutânea, 
intramuscular e intradérmica. Essas vias são indicadas em situações onde se quer uma 
ação rápida, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato 
com o suco digestivo, assim como em pacientes que não possuem a capacidade de deglutir 
(idosos, inconscientes) ou com problemas gastrointestinais. Portanto, é largamente 
utilizada em pronto atendimento, terapias intensivas e ambiente cirúrgico. 
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Temos aqui o arsenal de materiais, desde os dispositivos rígidos, que são chamados 
de escalpe, seringas, jelcos (flexíveis - cateter intravenoso), garrotes, fitas, álcool 70%, 
esparadrapo (micropore). Na outra metade do slide temos os ângulos de aplicação de cada 
via de administração. 
 
Na via parenteral utilizamos as vias subcutânea, endovenosa e intramuscular. 
Porém, para o dispositivo adentrar na hipoderme (subcutâneo), no músculo 
(intramuscular) ou para chegar no lúmen de uma veia (endovenosa), deverá ter o percurso 
do conjunto agulha e seringa dado com diferentes angulações. A manipulação da seringa 
(como pegar na seringa) deve ser como se o administrador estivesse segurando uma 
caneta, como se estivesse escrevendo, de forma sutil. Se a administração for ocorrer no 
músculo, a angulação correta deve ser de 90°, devendo-se introduzir a agulha por 
completo, e para acompanhar as fibras musculares o bisel (ponta amolada da agulha) deve 
estar sempre lateralizado. 
 
Pergunta: Como saber quando a agulha chegou no músculo? 
Resposta: Quando a agulha for totalmente introduzida. Um dos critérios é introduzir o 
dispositivo em ângulo de 90°, com o bisel lateralizado, acompanhando as fibras, a fim de 
diminuir o trauma nas fibras musculares e a dor. Para saber se chegou no músculo, 
introduz-se toda a agulha e antes de administrar,aspira-se de 0,1 a 0,2 ml. É necessário 
aspirar para formar um vácuo e verificar se sairá sangue. Se a seringa aspirar sangue é 
porque um vaso foi puncionado, e não o músculo. Ao introduzir a agulha, essa passará 
por diferentes tecidos: Primeiro pela primeira camada da pele que é a epiderme, abaixo 
dela já adentramos a derme, depois alcançamos a hipoderme com metade da agulha já 
introduzida, e quando se introduz totalmente, chega no músculo. 
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Os tamanhos das agulhas são compatíveis com as 3 camadas da pele. 
OBS.: Caso tenha-se um paciente caquético, com um músculo muito fininho, deve-se 
fazem uma prega (segurar a pele, aumentando o caminho percorrido pela agulha), a fim 
de evitar que o bisel toque no osso. 
Caso venha sangue durante a aspiração, recua-se um pouco e aspira-se novamente. 
Após isso, se vier sangue novamente, retira tudo, pois aí você estará dentro de um vaso. 
Se a via de administração for subcutânea, como, por exemplo, na utilização de 
heparina e insulina, a agulha é mais curta que a utilizada na IM, por isso, para se chegar 
na hipoderme (local onde será administrado) não é necessário realizar angulação. Só é 
necessário angular 45° se a agulha for longa, se a agulha for curta (13 x 4,5), que é a que 
vem na seringa de 1cc, na qual os pacientes administram insulina, não precisa de 
angulação, ela é introduzida com ângulo de 90°. O bisel deve entrar apontado para cima 
durante a aplicação, a única via em que o bisel é introduzido lateralizado é a 
intramuscular, em todas as outras (intradérmica, subcutânea e endovenosa) o bisel é 
sempre para cima. 
 
Parte 5 – Malu Collier 
VIA SUBCUTÂNEA OU HIPODÉRMICA 
 Introdução de solução na tela, hipoderme, entre a epiderme e o músculo, por meio 
de punção; 
 Solução isotônica, solúvel e cristalina; 
 Agulha fina (cabelo de rato) = preferencialmente 13:4,5; 
 Se utilizar agulha curta = Ângulo 90º; 
 Se utilizar agulha longa = Ângulo 45º; 
 Regiões: 
 
 
 
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OBS.: Orienta o paciente a fazer rodizio da área injetada, como por exemplo um dia no 
braço, outro no abdome. 
LIPODISTROFIA: 
Doença causada pela aplicação repetidamente aplicadas na mesma região, devido a 
fármaco compactar o local, formando um nódulo 
Consequências: 
 Dor; 
 Inflamação; 
 Atrofia do local; 
 Princípio ativo do medicamento não terá a mesma ação, fica lento. 
OBS.: Pacientes que possuem trombofilia fazem tratamento subcutâneo. 
HIPODERMÓCLISE: 
 Infusão de fluidos no tecido subcutâneo através da instalação de um cateter, 
agulhado; 
 Punciona com escalpe; 
 Medicação para dor; 
 Hidratação de pacientes. 
OBS.: Agulha não deve ficar aparecendo, e sim enfiar a agulha toda. 
Ex.: Paciente com osteossarcoma (tumor ósseo) = Paciente apresenta dor muito elevada, 
sendo considerado mandá-lo para casa com bomba de morfina. A bomba é puncionada 
com um escalpe, angulado em 45 graus. Acopla o cateter à seringa, e a mesma ao 
dispositivo. 
Geralmente colocada na região do abdome, e o paciente fica 24/48h com essa 
terapêutica em sua residência. 
Diferença subcutânea para intramuscular e endovenosa: Tecido 
OBS.: O que define o acesso é o problema que o paciente possui, medicamento escolhido 
pelo médico em questão e se o mesmo será mais rápido ou mais lento. 
Se for desejado um tempo de ação muito rápido, utiliza-se a endovenosa; 
Se desejar um tempo de ação menor, subcutâneo; 
Tempo de duração médio, utilizar o intramuscular. 
 
VIA INTRAMUSCULAR 
 Via bastante utilizada mundialmente 
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 Rápida absorção 
 Deve-se angular a seringa e a agulho, para chegar ao músculo, em 90º, com 
nenhuma parte da agulha para fora 
 Músculos: Deltoide, dorso glúteo, ventro glúteo e vasto lateral 
 Mm. Utilizado em crianças: Vasto lateral da coxa (preferencialmente se a 
mesma tiver até 2 anos) 
 Mm. Deltoide apenas em campanha de vacinação 
o Suporta até 2ml teoricamente, porém na prática no máximo 1ml (mas 
utilizamos apenas 0,5ml) 
o Evita para não causar abcessos, plegias e nódulos 
 
OBS.: Sempre deve administrar no centro do músculo. 
 
Parte 6 – Maria Beatriz 
Toda injeção intramuscular é administrada no meio do músculo, no corpo, com 
ângulo de 90° e com o bisel lateralizado para o lado com mais músculo, por exemplo no 
glúteo seria para o lado interno. 
 
Para adultos, o padrão ouro de músculo é o ventroglúteo, depois o vastolateral e, por 
último, dorsoglúteo. Já para crianças, o padrão é o vasto lateral. 
 Deltóide: sem vantagens que justifica o uso, então é usado apenas para 
vacinação 
Delimitação: epífise proximal do acrômio, abaixo dela abraça e pinça na 
região mediana 
Desvantagens: dificuldade de absorção do medicamento (é um músculo 
pequeno) e tem dor local de grande intensidade. 
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DORSOGLÚTEO: 
 Vantagens – absorção total do medicamento (é um músculo grande e com 
grande vascularização), efeito rápido e é de fácil delimitação anatômica; 
 Desvantagens – variação de espessura do tecido subcutâneo, possibilidade de 
lesão de vasos e nervos (presença do nervo ciático próximo); 
 Delimitação – o glúteo começa a partir da fenda interglútea. O local mais 
adequado é no quadrante superior externo, imagina uma cruz para conseguir 
definir o local. 
OBS.: Até 2 anos ~ 2 anos e meio, o glúteo da criança não foi totalmente formado, mas 
na prática usa-se mais o vasto lateral em crianças de qualquer idade. 
OBS.: Antes realiza-se a antissepsia da área com algodão embebido em álcool 70, de 
forma unidirecional e de preferência de baixo para cima (contra os poros – aumenta a 
limpeza). 
Todo músculo precisa ser pinçado (segura o músculo) com uma mão e a outra mão 
segura a seringa, e não solta. A mão que estava pinçando o músculo vai aspirar o êmbolo, 
e se não visualiza sangue, pode aplicar o conteúdo da seringa. 
 
 
 
 
 
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Parte 7 – Maria Eduarda Nóbrega 
REGIÃO VENTROGLÚTEA: 
O músculo ventroglúteo está localizado na região trocantérica, protegendo a epífise 
proximal do fêmur (cabeça do fêmur). Tal administração não apresenta relatos de 
complicações. 
- Técnica de Hochstetter: Deita-se o paciente na posição decúbito lateral; segura a 
seringa com a mão dominante (exemplo: profissional destro – mão direita); delimita-se o 
músculo ventroglúteo, localizado na região lateral/trocantérica; com o indicador da mão 
não dominante, apalpa-se a crista ilíaca anterior; com a palma dessa mão, abraça a região 
trocantérica e segura “em V” o espaço entre o dedo indicador e o dedo médio; aplica-se 
a pinça entre eles. 
Lembrar de fazer a antissepsia da área e administrar o medicamento no ângulo de 
90°, com o bisel lateralizado. 
Não atinge o osso? Não, esse músculo pode chegar até 10cm de espessura. 
 
Na imagem: paciente está deitado em decúbito lateral esquerdo. 
- Dúvida: Professora, em um caso extremo, por exemplo de guerra, a assepsia pode ser 
realizada até com bebidas alcoólicas ou não? 
Em casos de guerra sim, porém caberá a você a escolha de fazer com bebidas 
alcoólicas ou de não fazer antissepsia. Por exemplo, nas campanhas de vacinação, 
decidiu-se que em nenhuma imunização deveria ser feita a antissepsia da pele, pois de 
certa forma o álcool competiria com o fármaco. Além disso, por estar em um cenário de 
guerra, deve-se levar em conta o fator tempo, se há dele disponível, faça, caso contrário, 
não. 
OBS.: Esse deveria ser o músculo padrão de escolha; não apresenta contraindicação nem 
mesmo para crianças. 
- Vantagens: 
1. Músculo de grande espessura, em média, 4-5cm; 
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2. Livre de estruturas importantes (nervos; artérias; veias); 
3. Região limitada por osso (ilíaco) que separa as estruturas profundas; 
4. Completa absorçãodo medicamento; 
5. Sem contraindicação também para pacientes magros; 
6. Notoriamente região menos dolorosa. 
OBS.: Caso não se consiga apalpar a crista ilíaca anterior com o dedo indicador, deve-se 
fazer o vastolateral ou, por último, dorsoglúteo. 
VASTOLATERAL: 
O medicamento será injetado no corpo do músculo, na região mediana. 
É fantástico para crianças, devendo-se apenas ter cuidado com os distúrbios 
sensoriais que causam dor (aos adultos também). 
Lembrar do cuidado com o uso de EPIs, da antissepsia imediatamente pré-aplicação 
e do ângulo de 90°, com o bisel lateralizado, na administração do medicamento. 
- Vantagens: Região livre de vasos e nervos; e de fácil acesso. 
 
Sequência: delimitar - realizar antissepsia - administrar o medicamento. 
VIA INTRAVENOSA: 
Sigla: tanto EV (endovenosa), como IV (intravenosa). 
É mundialmente utilizada, principalmente, em prontos-socorros e centros 
cirúrgicos; uso ideal para os casos com necessidade de ação imediata; punção da veia 
através de dispositivos de uso único (descartáveis). 
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- Vantagens: Efeito imediato; possibilidade de introdução de grandes volumes de 
líquidos (atentar-se à patologia do paciente, por exemplo, renal); administração de 
líquidos e medicamentos de forma contínua (importante para os casos de internação); via 
de veículo para medicamentos que precisam de diluição. 
- Desvantagens: Lesões na pele e risco de infecção; risco de choque pirogênico (mãos 
não foram corretamente higienizadas ou a antissepsia não foi feita adequadamente: abre-
se uma porta de entrada para os microrganismos na veia do paciente). 
 
- Técnica de Punção: Requer muita habilidade de garrotear. 
Uso dos EPIs - palpação - garrotear - escolha da veia. 
Para classificar a melhor veia, deve-se buscar: a mais visível; mais calibrosa; mais 
superficial; mais reta; em que se faça palpação e consiga permanecer no trajeto; e, 
preferencialmente, que seja possível de começar a puncionar da periferia (dorso da mão) 
para o centro. 
Há risco de embolia? Sim e, além disso, desobstrução do acesso venoso periférico 
(proibido). O paciente adora quando o profissional salva uma veia para evitar que ele seja 
furado novamente, entretanto, deve-se lembrar da possibilidade do trombo ou coágulo 
ficar no bisel do dispositivo. 
OBS.: Existem os dispositivos fixos, de parede rígida e agulha curta, e os dispositivos 
longos. 
OBS.: Pacientes obesos/edemaciados em que não é possível a visualização, deve-se 
procurar pelo conhecimento anatômico mesmo. 
Tipos de Fixação: 
O tipo de fixação é algo muito subjetivo, pode ser borboletinha, em H, em U, ou o 
adesivo transparente (melhor). 
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Independentemente de ser com micropore ou com esparadrapo, não se pode deixar 
espaços entre o furo e o dispositivo - a agulha deve ser totalmente introduzida, assim 
como na intramuscular e na subcutânea. Além disso, o sítio de punção tem que ser ocluído 
com esparadrapo, micropore ou com os dispositivos transparentes (estes últimos não 
apresentam a necessidade de serem trocados por, pelo menos, uns 3 dias). 
 
 
 
Parte 8 – Maria Fernanda 
Tipos de Fixação 
A agulha precisa ser completamente introduzida e o sítio de punção precisa ser 
ocluído, com micropore, esparadrapos ou os dispositivos transparentes. Os dispositivos 
transparentes são interessantes pois consegue deixar o paciente com ele 3 a 4 dias, 
diferente do micropore ou esparadrapo pois esses são curativos precisam ser trocados 
diariamente. 
É necessário ter na fixação no rótulo: a identificação de quem puncionou, a data e 
a hora, pois todos os dispositivos endovenosos têm um tempo para ficar instalado no 
organismo do paciente. Até o tipo da agulha pode ser identificado. 
Os dispositivos gel que são os flexíveis são caracterizados pela indústria 
farmacêutica em números pares e quanto maior o número menor o calibre e o menor 
calibre usado na neomatologia é o azul escuro é o 24, e tem o 22, 20, 18, 16. É importante 
colocar nos rótulos o diâmetro, se foi um gel 14, 18 além disso tem um tempo para ficar, 
geralmente são 96 horas e sabe o tempo através dos protocolos nos hospitais. O butterfly 
fica 24 horas. 
Os enfermeiros têm uma escala chamada escala de Maddox, onde acompanham a 
vida do dispositivo para saber quando o trocar. 
Os rótulos mais atuais possuem o nome do paciente, data e hora e o nome do 
profissional. 
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No dispositivo tem a utilização bifurcada de polifix, tem trifurcado, a de quatro 
vias, pois numa via pode ficar o soro, na outra administrar medicamentos, para evitar ficar 
descontando, quando menor desconectar melhor, menor o risco de infecções. 
As pincetas servem para abrir e fechar os dispositivos assim como as torneirinhas, 
podendo inclusive acoplar seringar. 
OBS.: O ajuste da torneira com o equipo deve ser perfeito para evitar vazamento, o 
acionamento deve ser fácil preciso e suave de forma a prevenir ocorrência de movimentos 
acidentais. NÃO PODE HAVER DE FORMA ALGUMA CONTAMINAÇÃO DO 
DISPOSITIVO. 
ESCALA DE MADDOX 
É utilizada para fazer um acompanhamento da área puncionada. No sítio de punção 
onde tem todo cuidado, técnica asséptica, uso dos EPIS, ali não é uma área para se ter 
dor, calor, rubor e edema. Porém existem algumas drogas prescritas pelos médicos e que 
a enfermagem controla, mas o paciente pode ser que abra a pinceta mas nisso pode ser 
que o paciente venha a reclamar de sintomas e isto precisa ser averiguado pois a punção 
não deve ser dolorosa. Essa escala é medida pela gravidade da dor dos sintomas. 
 Gravidade 0: não há reações e sinais de inflamações; ausência de dor 
 Gravidade 1+: sensibilidade ao toque sobre a punção intravenosa, pode ser que o 
bisel não tenha ficado no lúmen do vaso, mas sim na parede e qualquer movimento 
vai gerar dor. 
 Gravidade 2+: até onde é admitido na prática. Dor continua sem eritema (região 
fica vermelha). 
 Gravidade 3+ 4+ 5+: dor contínua com eritema e com edema, veia dura e palpável 
a menos de 8cm acima do local intravenoso na cânula. De 3+ para frente já é sinal 
de inflamação. Tem sinais de dor, e se tem dor está errado e pode ter entrado numa 
técnica errada de assepsia podendo causar microrganismos (bactérias), o que deve 
ser feito é retirar a punção e fazer uma nova, principalmente se tiver edema 
presente. 
OBS.: se a dor é continua e sem eritema pode deixar, pois pode ser porque passou 
medicamento, ou grande fluxo, a dica é então diminuir o gotejamento. Já se tiver eritema, 
é necessário fazer a retirada pois é sinal de inflamação e possível perda da assepsia. 
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