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Família Endamoebidae Gênero: Entamoeba sp. Se diferenciam: Pelos trofozoítos e cistos * Entamoeba histolytica: TROFOZOÍTO: 20 a 40 micras, podendo chegar a 60 micras em lesões tissulares. Geralmente tem 1 núcleo, que possui uma linha continua de cromatina periférica. Citoplasma finalmente granular. Libera enzimas líticas tecidos. Mucosa intestinal diarreia muco sanguinolenta eritrócitos no citoplasma. CISTO: Esféricos ou ovais, medem de 8 a 10 micras. À fresco sem Coloração: claros, palhas, com paredes refringentes núcleos não visíveis. Coloração: lugol ou H.F. visíveis variam de 1 a 4. Entamoeba coli TROFOZOÍTO: 20 a 50 micras. CISTO: esféricos, com 15 a 20 micras. Contém até 8 núcleos, com corpos cromátides em feixes ou agulhas. Família Trichomonadidae Gênero: Tritrichomonas foetus Morfologia: Não possui a forma cística Ativo- móvel e anaeróbio; Aspecto do trofozoíto é piriforme ou ovóide; Tamanho: comprimento 10 a 25 m largura: de 3 a 13 m Núcleo oval (localizado no terço anterior do corpo); Axóstilo: constituintes do citoesqueleto. Ciclo biológico: Simples’: Reprodução assexuada por divisão binária ou cissiparidade Autolimitante: (3-4 meses) Transmissão sexual (ou oral para as espécies intestinais) Transmissão iatrogênica: espéculos vaginais, Sêmen, Manipulação irresponsável. Hospedeiro: Bovino Família Monocercomonadidae Estrutura • Pleomórfico: Varia a forma de acordo com o período do ciclo de vida. • Varia de formato de acordo com a localização e estágio evolutivo. • Mitocôndria ausente. Estágios de Vida • Invasor - Encontrado nas lesões de ceco e fígado. - Tem pseudópodes e nutre-se por fagocitose. • Vegetativo - Centro das lesões do ceco e fígado. - Formas grandes que destroem tecidos. • Resistente - Não forma cisto. • Flagelado - Luz dos cecos. - Estágio de trofozoíta (com flagelo). Hospedeiros • Definitivos: AVES (Perus, faisões, galinhas, perdizes, codornas, etc.) • Transportador: Heterakis gallinarum (helminto do intestino grosso). Ciclo Biológico 1. A transmissão mais comum ocorre através do verme Heterakis gallinarum (adultos), que se infecta com o protozoário ao se alimentar da mucosa do ceco das aves. 2. O protozoário (Histomonas) passa do trato digestivo para o trato reprodutor do helminto. 3. Quando o helminto elimina os ovos para o ambiente, os trofozoítos de Histomonas já estão dentro dos ovos de Heterakis gallinarum. 4. A ave ingere ovos embrionados de Heterakis gallinarum contendo cisto de Histomonas (Infecção concomitante). 5. O Histomonas coloniza, então, a mucosa do ceco dos perus e posteriormente o fígado. 6. Reprodução assexuada por fissão binária na mucosa intestinal. Família Hexamididae Gênero: Giardia duodenalis Hospedeiro: infecta mamíferos, aves e répteis. Morfologia: O trofozoíto tem forma de pera, com simetria bilateral, medindo cerca de 20 µm de comprimento por 10 µm de largura. Em seu interior são encontrados dois núcleos. Possui quatro pares de flagelos. O cisto tem forma oval, medindo cerca de 12 µm de comprimento por 8 µm de largura. Encontra-se dois ou quatro núcleos em seu interior. Ciclo biológico A contaminação ocorre por ingestão de alimentos contaminados com cistos de Giardia. 2. No estômago (meio ácido) inicia-se o desencistamento e termina no duodeno e jejuno. 3. Colonização do intestino delgado pelas formas trofozoítas, que se aderem ao epitélio duodenal através de discos adesivos, impedindo a absorção de nutrientes. 4. Encistamento do parasita na região do ceco. 5. Eliminação do parasito para o meio externo juntamente com as fezes. Família Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma Hospedeiro invertebrado- Vetores: – Insetos hematófagos (machos e fêmeas) da subfamília Triatominae. – Existem diferentes espécies com hábitos silvestres e domiciliares. Alimentam-se a noite e ingerem várias vezes o peso do corpo. Morfologia: Medem aproximadamente de 1 a 4 cm de comprimento. – Possuem probóscida reta , com apenas três segmentos e curta , não ultrapassando o 1º par de patas. – Presença de sulco estridulatório na base do esterno. – Pescoço nítido unindo cabeça ao tórax. – Possuem hábitos noturnos. – Hematofagismo em todos os estádios. – Hemimetábolos : ovo, ninfas (1º a 5º estádio) e estádio adulto. Ciclo biológico: 1. Durante uma refeição de sangue, um inseto vetor Triatominae infectado (ou barbeiro) libera tripomastigotas em suas fezes, perto do local da ferida da mordida. 2. Tripomastigotas entram no hospedeiro através da ferida ou através das membranas mucosas intactas (p. ex., conjuntiva). Dentro do hospedeiro, os tripomastigotas invadem as células próximas ao local da inoculação, onde se diferenciam em amastigotas intracelulares. 3. As amastigotas se multiplicam por fissão binária. 4. Eles se diferenciam em tripomastigotas, em seguida, eclodem para fora da célula e entram na corrente sanguínea. Tripomastigotas na corrente sanguínea podem infectar células em vários tecidos; lá, transformam-se em amastigotas intracelulares e causam infecção sintomática. Na corrente sanguínea, tripomastigotas, ao contrário de tripanossomas africanos, não se multiplicam. A multiplicação só recomeça quando os parasitas entram em outra célula ou são ingeridos por outro vetor. 5. O barbeiro torna-se infectado alimentando-se de sangue humano ou animal que contenha parasitas circulantes. 6. Os tripomastigotas ingeridos se transformam em epimastigotas no intestino médio do vetor. 7. Os parasitas se multiplicam no intestino médio. 8. No intestino grosso, eles se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos infectantes, que são excretados nas fezes. Gênero: Leishmania Doença transmitida ao homem através de insetos flebotomíneos que inoculam através de picada, o parasito do gênero Leishmania. • Afetam o sistema fagocítico mononuclear Leishmaniose cutânea • Produzem exclusivamente lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas. • Leishmaniose cutaneomucosa • Aparecimento de lesões ulcerosas destrutivas das mucosas do nariz, boca e faringe. • Leishmaniose cutânea difusa – Formas disseminadas, não ulcerosas que aparecem tardiamente em pacientes tratados de calazar. • Leishmaniose visceral ou calazar • Parasitos apresentam tropismo pelo SFM do baço, fígado, medula óssea e tecidos linfóides. Morfologia • Formas amastigotas – Habitat: vacúolo digestivo das células do SMF do hospedeiro vertebrado – Cinetoplasto em forma de bastão e próximo ao núcleo – São pequenos, ovais e levemente achatados – Não possuem flagelo livre – Bolsa flagelar – invaginação da superfície do parasito – Reprodução por divisão binária – 1,5 μm a 3,0μm x 3,0 μm a 6,5 μm Morfologia • Promastigotas – São extracelulares – Habitat: intestino do hospedeiro invertebrado – Possuem cinetoplasto oval na região anterior e distante do núcleo – Possuem flagelo livre na região anterior – Tamanho variável: 16 μm a 40 μm x 1,5 μm a 3,0μm Morfologia • Paramastigotas – Ovais ou arredondadas – Pequeno flagelo livre – Cinetoplasto na região mediana próximo ao núcleo – Ficam aderidas pelo flagelo ao trato digestivo do hospedeiro invertebrado. – 5,0 μm a 10 μm x 4,0 μm a 6,0 μm Ciclo evolutivo • O parasito é transmitido através da picada da fêmea do flebotomíneo infectado. • A saliva do inseto apresenta substâncias quimiotáticas para monócito, neuropeptídeos vasodilatadores que facilitam a ingesta ao mesmo tempo que imunossuprimem a resposta do hospedeiro inibindo a apresentação de antígenos. • Na hora do repasto, a fêmea inocula as formas promastigotas metacíclicas provenientes da região anterior do trato digestivo. Família EimeriidaeGênero: Eimeria Morfologia Esquizontes de formato esférico ou alongado; Localiza-se no citoplasma das células do hospedeiro; Possui número variado de merozoítos Macrogametócitos de formato esférico ou alongado com núcleo desenvolvido e central, citoplasma com numerosos grânulos de glicoproteínas de tamanho variado; Microgametócito de formato esférico ou alongado contendo vários microgametas. Ciclo biológico: O ciclo de vida das espécies de Eimeria possui três fases distintas: esporogonia que ocorre no meio exterior; merogonia e gametogonia que ocorrem dentro das células dos tubos digestivos das aves domesticadas, sendo necessário o desenvolvimento completo das três fases para haver a formação final de oocitos (forma de resistência)."São consideradas sete espécies que parasitam galinhas domésticas: Eimeria acervulina, E. brunetti, E. maxima, E. mitis, E. necatrix, E. praecox e E. tenella. A drogas anticoccidianas são de dois tipos: compostos quimicos sintéticos e compostos ionóforos. Sendo que os compostos ionóforos (monensina, salinomicina, narasina, lasalocida, maduramicina e senduramicina) são os mais usados atualmente. Contudo, há desenvolvimento de resistência por parte do protozoário, "mas os mecanismos pelos quais ocorrem a resistência ainda permanecem desconhecidos". As perdas econômicas em decorrência desta doença levaram à busca e ao desenvolvimento de diversos medicamentos anticoccidianos. Gênero: Isospora sp. isseminado de mamíferos e aves e que esporadicamente infecta o homem. Morfologia: Os oocistos medem 20 a 30 micra de comprimento por 10 a 20 de largura. Uma de suas extremidades é mais delgada, com aparência de pescoço. Contem uma massa central granulosa de citoplasma que representa realmente o parasito (esporoblasto). Em meio favorável, esta massa central divide-se em 2 esporoblastos, cercando-se cada qual de uma parede cística de duplo contorno. Depois irão produzir dois esporocistos no interior dos quais formam-se 4 esporozoítas. Os esporozoítas são longos e delgados e dispõem-se um ao lado do outro. Ciclo biológico: Esses parasitos multiplicam-se sexual (esporogonia) e assexuadamente (esquizogonia) nas células do hospedeiro. Os esporozoitos penetram nas células epiteliais da mucosa intestinal do hospedeiro. Tornando-se parasito endocelular, nutre-se e cresce. No fim do crescimento o núcleo começa a dividir-se várias vezes resultando na forma multinucleada ou esquizonte. Depois o citoplasma se divide para dar origem simultaneamente a um certo número de elementos filhos (merozoítas). A partir de cada merozoíta, o ciclo assexuado pode repetir-se ou a evolução encaminha-se para um processo de reprodução sexuada, formando gametócitos masculinos (flagelados menores e dotados de mobilidade) ou femininos (maiores e imóveis). Quando os dois gametas se unem forma-se o ovo ou zigoto que logo se encista (oocisto) Família Cryptosporidiidae Genero: Cryptosporidium sp. Morfologia São monoxênicos e se diferem de outros coccídios por apresentarem características próprias, tais como oocistos sem esporocistos e pela presença de quatro esporozoítos. São capazes de realizar auto-infecção por meio de excistação de oocistos de parede fina, enquanto que os oocistos que apresentam parede espessa são eliminados no ambiente.A maioria das espécies de Cryptosporidium apresenta morfologia muito semelhante e, portanto, a taxonomia deste gênero tem sido padronizada com o uso de métodos moleculares em conjunto com estudos morfológicos, biológicos ou de especificidade por hospedeiros, que auxiliam na validação das espécies descritas Ciclo biológico O ciclo de vida de Cryptosporidium possui seis estágios de desenvolvimento no hospedeiro, sendo muito semelhante ao de outros coccídios pertencentes à subordem Eimeriorina. O ciclo de vida deste protozoário é realizado em um único hospedeiro e, portanto, são considerados monoxenos. O processo de infecção é composto por: excistação dos oocistos, merogonia, gametogonia, fertilização, formação da parede dos oocistos e esporogonia. O ciclo se inicia com a eliminação de oocistos já esporulados nas fezes de um hospedeiro infectado. O hospedeiro susceptível se infecta pela ingestão de oocistos que geralmente são encontrados na água e alimentos ou, em menor escala, podem se infectar pela inalação de oocistos em suspensão Família Sarcocystidae Genero: Neospora sp. O gênero Neospora apresenta como espécies importantes no âmbito médico- veterinário Neospora caninum e Neospora hughesi, sendo o último descrito como um protozoário parasita de eqüideos. Neospora caninum realiza invasão ativa do hospedeiro e multiplica-se pelo processo descrito como endogenia. Pode ser uma infecção assintomática em bovinos e causar aborto (observado primeiramente em gado leiteiro). Os canídeos, hospedeiros definitivos, infectam-se comendo tecido contaminado proveniente de hospedeiros intermediários, embora seja também possível que ocorra auto-contaminação ao comer suas próprias fezes (lembrando que também pode ocorrer a ingestão das fezes de outros cães possivelmente contaminados), sendo a via transplacentária a principal via de transmissão conhecida. Os taquizoítos encontram-se em células neurais, macrófagos, fibroblastos, endotélio vascular, monócitos, epitélio de túbulos renais e hepatócitos, além de células musculares do coração e da língua. Ao multiplicarem-se assexuadamente nessas células, o taquizoíto realiza um processo de brotamento ou endodiogenia, no qual são formados dois indivíduos na célula mãe, sendo a película da última utilizada pelas células filhas. Ciclo Biológico No ciclo, o hospedeiro definitivo ingere tecido contaminado com cistos teciduais. No trato digestivo, há o processo de formação do oocisto (que é liberado não esporulado, esporulando no ambiente). O hospedeiro intermediário ou mesmo o próprio hospedeiro definitivo ingere oocistos esporulados pela água ou pelo contato oral com as fezes desse. Caso bovinos tenham esse contato oral, infectam-se e há formação de cisto tecidual. Em imunodepressão (como na gravidez), bradizoítos 15 são liberados dos cistos e migram para a placenta, infectando o feto. Este pode aparentemente não estar infectado ao nascer, mas pode possuir o parasita em seu organismo. Além disso, o animal ainda pode nascer morto ou sem o protozoário em seu organismo, sendo que em muitos casos ocorre aborto ou reabsorção fetal. É importante salientar que não há tratamento para Neospora caninum em bovinos. O diagnostico pode ser feito pelo teste de Eliza e também por imunofluorescência. Gênero: Isospora Isospora é um género de endoparasitas intestinais monoxênicos de aves, responsável pela isosporíase. A identificação é feita por meio dos oocistos não esporulados eliminados nas fezes do animal. Após a meiose do zigoto, os cistos de Isospora apresentam dois esporocistos dotados de corpo de Stieda, cada um contendo quatro esporozoítos, sendo, portanto, claramente diferenciável de Eimeria. Não deve ser confundido com Cystoisospora, estes parasitas de mamíferos Uma espécie bem conhecida, I. serini é um parasita do canário (Serinus canarius). Diferente de espécies de Eimeria, I. serini apresenta um ciclo extra-intestinal[2]. Gênero: Sarcocystis Ciclo evolutivo As diferentes espécies de Sarcocystis estão associadas ao ciclo presapredador (LOPES, 2004). Assim, seu ciclo de vida é heteroxeno, com estágios assexuados nos hospedeiros intermediários (presa) e um estágio sexuado nos hospedeiros definitivos (predador) (RUAS et al., 2000). Este protozoário tem como hospedeiros definitivos animais carnívoros como o cão, o gato ou seres humanos e possuem vários hospedeiros intermediários com as aves, os répteis, pequenos roedores, herbívoros e suínos (CARLTON & MCGAVIN, 1995). Nos hospedeiros definitivos, o parasito desenvolve umafase intestinal que culmina com a produção de oocistos, contendo em seu interior dois esporocistos similares, com quatro esporozoítos cada. Nos hospedeiros intermediários, a infecção por Sarcocystis causa cistos nos tecidos que quando maduros apresentam grande número de merozoítos (RUAS et al., 2000). Quando um herbívoro ingere os oocistos, os esporozoítos são liberados de esporocistos no intestino. Então, esses esporozoítos invadem os tecidos e os esquizontes são formados nas células endoteliais dos vasos sanguíneos da maioria dos órgãos (CARLTON & MCGAVIN, 1995). Desta forma, a doença é considerada muito importante, principalmente em animais de produção, pois está associada ao efeito dos esquizontes nos vasos sanguíneos (LOPES, 2004). A formação de cistos no tecido muscular, geralmente, não é patogênico. Pouco se conhece sobre sua etiologia, mas pela alta prevalência de infecções assintomáticas observadas em abatedouros, está claro que onde cães e gatos são mantidos em íntima associação com animais pecuários ou com suas rações, há probabilidade de transmissão (CARLTON & MCGAVIN, 1995). https://pt.wikipedia.org/wiki/Isospora#cite_note-2 Classificação e etiologia O gênero Sarcocystis pertence ao Filo Protozoa e a Família Sarcocystidae, são coccídeos obrigatórios e/ou facultativos (PESCADOR et al., 2007). Os bovinos são os hospedeiros intermediários para três espécies de sarcosporídeos, Sarcocystis cruzi, Sarcocystis hirsuta e Sarcocystis hominis, cujos hospedeiros definitivos são o cão, o gato e os primatas, respectivamente. As espécies de Sarcocystis do homem (S. hominis) e do gato (S. hirsuta) são pouco patogênicas para os bovinos, praticamente não causando sinais clínicos. Por outro lado, o S. cruzi, cujo hospedeiro definitivo é o cão, provoca sinais clínicos e doença severa em bovinos (RUAS et al., 2000). Gênero: Toxoplasma gondii O Toxoplasma gondii (toxon = arco, plasma = forma, grego) é um protozoário do reino chromalvelata na classificação dos 8 reinos, microscópico do filo Apicomplexa, de ciclo de vida facultativamente heterogéneo, tendo os felídeos como hospedeiros definitivos, enquanto que as outras espécies de mamíferos e as aves funcionam como hospedeiros intermediários[1]. O Toxoplasma gondii é a única espécie conhecida do gênero Toxoplasma. O T. gondii é o agente causador da toxoplasmose, uma protozoonose de distribuição mundial. É uma doença infecciosa, congênitirida. Ela causa mudanças comportamentais nos seus hospedeiros, para que os mesmo sejam predados por felinos, os hospedeiros definitivos da espécie T. gondii. Umas das principais é a perda da aversão natural ao cheiro de urina de felinos, por exemplo, pelos ratos e chimpanzés, que tem felinos como principais predadores naturais. Isso também ocorre com seres humanos, que perdem a aversão a urina de gato, por exemplo[2]. As principais espécies que são infectadas pelo T. gondii são as aves e os mamíferos, inclui o Homem e o gato, o principal felino hospedeiro da espécie[3]. Possui três formas infetantes: oocistos, bradizoítos e taquizoítos[3] ciclo de vida do T. gondii é heteróxeno facultativo (hetero = outros, xenos = estrangeiros) e eurixeno (eurys = largo). Possui reprodução assexuado nos hospedeiros definitivos e intermediários, e sexuada apenas nos felinos, incluindo o gato doméstico.[9] Os hospedeiros intermediários se infectam através da ingestão de oocistos esporulados nos alimentos contaminados. Estes oocistos, uma vez no organismo, invadem o epitélio intestinal entre outras células, desde que sejam mononucleares. Multiplicam-se por reprodução assexuada, formando taquizoitos. Os troquizoitos livres, quando na fase inicial, podem ser transmitidos de forma vertical para os fetos. Os troquizoitos se aderem ao epitélio, não sendo assim arrastado pelas fezes, mas alguns se transformam em cistos, que são formas resistentes inativas, que são eliminados nas fezes. Já nos hospedeiros definitivos, além da forma assexuada, o T. gondii também pode assumir a forma sexuada. Esta fase ocorre no intestino https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasma_gondii#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasma_gondii#cite_note-super1-2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasma_gondii#cite_note-T.g.-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasma_gondii#cite_note-T.g.-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasma_gondii#cite_note-9 dos felinos. Os felinos se contaminam através da ingestão de animais contaminados por troquizoitos ou bradizoitos. Menos de 50% dos felinos que ingerem traquizoitos eliminam oocistos, e 100% quando ingerem bradizoitos eliminam oocistos nas fezes. Na fase assexuada, o parasita passa por um processo chamado esquizogonia, onde o núcleo do parasita se divide várias vezes formando o esquizonte. Este passa por um outro processo chamado gametogonia, onde esses esquizontes se dividirão em gametas, gerando zigotos (oocistos). Família Hepatozoidae Gênero: Hepatozoon canis Hepatozoon canis é uma espécie de protozoário que parasita leucócitos circulantes de cães. A infecção é adquirida através da transmissão por carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus em áreas urbanas e do gênero Amblyoma em áreas rurais. Ciclo biológico Carrapato - hospedeiro invertebrado: O carrapato ingere gametócitos de H. canis juntamente com o sangue de animais infectados durante a alimentação. Os gametócitos se desenvolvem na luz do intestino do hospedeiro invertebrado. O gametócito masculino fecunda o feminino, formando o zigoto (móvel). O zigoto atravessa o intestino e chega na cavidade celomática (abdominal) do carrapato, se desenvolve em oocineto e posteriormente em oocisto. Cada oocisto possui, em média, de 8 a 16 esporozoítos. Cão - hospedeiro vertebrado: A picada do carrapato gera uma reação inflamatória e faz com que o cão morda a região da picada e acabe por ingerir o carrapato ou os parasitas que eventualmente são depositados no local da picada. Na circulação, o oocisto se rompe liberando os esporozoítos, que se desenvolverão em macromerontes no endotélio vascular do baço, fígado e medula óssea. Os macromerontes, após rompidos, liberarão merozoítos que se desenvolverão em micromerontes, também no endotélio. Os microzoítos liberados pelos micromerontes irão invadir os leucócitos circulantes, principalmente os monócitos e irão se diferenciar em gametócitos masculinos e femininos. Família Babesiidae Gênero: Babesia sp. Babesia é um gênero de protozoários transmitidos por carrapatos que parasitam vários animais, entre eles equinos, bovinos, canídeos, felinos e também humanos e outros primatas[1]. Infectam as hemácias na forma de merozoítos. As espécies que mais infectam humanos são: B. microti (usa roedores como reservatório), B. divergens (usa bovinos como reservatório) e B. duncani (usa cachorros como reservatório). Ciclo biológico Ciclo da babesia Carrapato - hospedeiro invertebrado: Os gametócitos são ingeridos juntamente com o sangue do animal infectado durante a alimentação. No trato gastrointestinal do carrapato, o gameta masculino fecunda o feminino, dando origem a um zigoto móvel, capaz de migrar para a corrente circulatória, se desenvolvendo em oocineto, e, no caso da fêmea, penetrar nos ovários e oócitos formados. No desenvolvimento desses oócitos em novos carrapatos, o parasita acaba por se desenvolver em células que darão origem às glândulas salivares. As ninfas nascerão já infectadas. O oocineto dá origem a esporozoítos que são liberados no hospedeiro vertebrado juntamente com a saliva no ato da picada. Hospedeiros vertebrados: Os esporozoítos entram na corrente circulatória e penetram nas hemácias e se multiplicam dentro delas. Durante seu desenvolvimento, a hemácia acaba por se distender e rebentar, liberando merozoítos. Surge então um círculo vicioso a partir do momento que esses merozoítos são capazes também de penetrarna hemácia, se desenvolverem e a lisarem sem a necessidade de voltarem ao hospedeiro invertebrado. Alguns merozoítos podem se desenvolver em gametócitos masculinos e femininos dentro da hemácia e serem ingeridos pelo carrapato. Família Theileriidae Gênero: Theileria equi Theileria equi é um protozoário pertencente ao Filo Apicomplexa, sendo um parasito intracelular obrigatório. Juntamente com Babesia caballi, são causadores da piroplasmose equina, uma infecção parasitária mista e bastante complexa. Quando T. equi é o único agente causador da infecção, a doença é denominada teileriose. A piroplasmose recebeu este nome devido ao do formato piriforme que ambos os parasitos apresentam quando estão infectando hemácias CICLO DE VIDA O ciclo de vida de T. equi é bifásico no hospedeiro mamífero, com uma fase de desenvolvimento extraeritrocitária seguida de uma fase intraeritrocitária. A fase extraeritrocitária inclui a infecção de linfócitos B e T e monócitos/macrófagos. As formas infectantes, esporozoítos, penetram nos leucócitos do hospedeiro vertebrado dando origem a esquizogonia com a formação macroesquizontes e microesquizontes, resultando em aproximadamente 200 merozoítos por célula infectada. Após, os merozoítos penetram nos eritrócitos, tornam-se globosos e iniciam a divisão por fissão binária (merogonia), originando as formas piriformes, que podem agrupar-se pela porção apical em quatro formando a “Cruz de Malta”. Depois da ruptura do eritrócito, os merozoítos penetram em novos eritrócitos, no entanto, algumas destas formas tornam-se ovoides e são consideradas gametócitos, dando início a fase de gametogonia. Após a 16 ingestão dos eritrócitos pelo carrapato, os gametócitos crescem rapidamente, formano microgametas e macrogametas que se fundem formando o zigoto que se diferencia na forma móvel chamada cineto. O cineto é móvel e migra através da https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADrculo_vicioso https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Babesia_microti_life_cycle_numbered.svg hemolinfa até as glândulas salivares dos carrapatos. A esporogonia inicia-se com a penetração dos cinetos nas glândulas salivares dos carrapatos dando origem aos esporoblastos e, por fim, aos esporozoítos que serão inoculados juntamente com a saliva quando o carrapato iniciar seu repasto. Família Anaplasmataceae Gênero: Anaplasma - Parasito intra-eritrocítico, forma esférica constituída de 1-8 corpúsculos iniciais. Anaplasma é um gênero de bactérias gram-negativas da família Anaplasmataceae. transmissão é feita principalmente por carrapatos R. microplus e também por moscas, mosquitos e outros insetos picadores, como os Tabanídeos (mutuca) (Figura 3) e os Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo) (Figura 2) (MARQUES, 2003; ARTECHE et.al., 1992). Segundo Scoles et al. (2005) a transmissão biológica feita por carrapatos é pelo menos duas vezes mais eficiente que a transmissão mecânica feita pela mosca de estábulo. O A. marginale, é uma rickettisia que faz multiplicação nas células do epitélio intestinal do carrapato e este pode infectar-se em qualquer estágio. A transmissão para o bovino ocorre de estágio para estágio e os machos, por sua maior longevidade e mobilidade, são considerados mais importantes na transmissão da anaplasmose. Nas regiões onde o inverno e/ou seca é mais rigoroso ocorre uma redução na população de vetores (mosquitos e moscas hematófagos e carrapatos), conforme descrição de Magalhães (1989) e Rodrigues (1998). Sendo assim, 70% dos animais nascidos no período da seca adquirem a infecção por A. marginale somente na época chuvosa, devido à baixa população de vetores na época de seca. (MELO et. al., 2001) A transmissão do Anaplasma por insetos hematófagos se faz de forma mecânica, mediante a transferência de hemácias infectadas a um animal susceptível, sendo realizada em poucos minutos, enquanto o sangue permanece fresco no aparelho bucal do inseto. (MARQUES, 2003) Gênero Ehrlichia - Parasitos intracelulares de leucócitos; colônias em forma de mórulas. Ehrlichia é um gênero de bactérias gram-negativas da família Rickettsiaceae. Seu nome foi dado em homenagem ao microbiologista Paul Ehrlich. São bactérias intracelulares, infectando monócitos e macrófago. Possuem uma parede estruturalmente semelhante à das bactérias gram-negativas, daí a sua classificação, mas não apresentam LPS nem camada de peptidoglicanos. Contrariamente à Rickettsia, estas bactérias permanecem no vacúolo do leucócito, fato que propicia à formação de mórulas visíveis ao microscópio. A Erliquiose é uma das principais doenças infecto-contagiosas, causada por um hemoparasita da ordem Rickettsiales e do gênero Ehrlichia spp., são parasitas intracelulares obrigatórios de células hematopoiéticas maduras ou imaturas. A principal espécie que acomete os cães é a Ehrlichia canis. Sua transmissão pode ocorrer pela participação de um vetor, o carrapato Rhipicephalus sanguineus, ou por transfusão sanguínea. Os cães infectados com E. canis podem desenvolver sinais brandos a intensos ou mesmo não apresentar sinais, dependendo da fase da doença em que se encontram. O diagnóstico clínico geralmente não é o suficiente para confirmação da doença, devido aos sinais clínicos inespecíficos, portanto há a necessidade de diagnóstico complementar. Apesar de ser uma doença que pode ser bem severa, o tratamento é simples, e consiste na administração de antibióticos; sendo a doxiciclina o antibiótico de escolha. Sua incidência vem aumentando significativamente nos últimos anos, em todas as regiões do Brasil, por isso a necessidade de maior estudo e entendimento sobre esta enfermidade. Família Rickettsiaceae Os microrganismos da Família Rickettsiaceae, referidos como riquétsias, são parasitos de células endoteliais. Assim como as demais bactérias Gram-negativas, eles possuem peptideoglicanos em sua parede celular. O gênero Rickettsia inclui diversas espécies que são exclusivamente patógenos humanos, como R. prowazekii, R. typhi e R. tsutsugamushi. No entanto, os agentes da riquetsiose conhecida como Febre Maculosa das Montanhas Rochosas também provocam doença nos cães. No grupo das riquétsias causadoras da Febre Maculosa há mais de 20 espécies classificadas, todas transmitidas aos animais e ao homem através de carrapatos. No Brasil, onde esta enfermidade é tratada com o nome de Febre Maculosa Brasileira ou simplesmente pela sigla FMB, algumas espécies de Rickettsia foram identificadas em carrapatos e animais, entre elas R. rickettsii, R. parkeri e R. felis. A espécie R. bellii, que não faz parte do grupo febre maculosa, foi descrita em carrapatos de São Paulo, mas se desconhece sua patogenicidade em cães e humanos.
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