Estudo de Caso - Módulo A Fase I (Performance)

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Yayoi Kusama, artista japonesa, reflete em seu trabalho questões sobre obsessão e infinidade, em 1966 na bienal de Veneza a Yayoi montou a instalação Narcissus Garden, fora da programação oficial da bienal, a instalação (que dialoga com a performance) foi composta por 1500 bolas de plástico espelhadas, ela manteve-se entre as esferas, onde as vendia por cerca de 2 dólares ao público que transitava na bienal. Refletiu sobre o indivíduo e o ambiente que os cercava, questionando as tendências narcisistas e o acumulo da arte que para Yayoi, vem de um lugar egóico de quem as consome, a artista foi detida durante sua instalação. Em 1964, Yoko Ono, examinou o gênero e questionou/expôs a natureza humana. Sentada, com um vestido preto simples e uma tesoura a sua frente, encorajou os espectadores a cortar o seu vestido, começando de maneira tímida e aos poucos se soltando, a plateia cortou completamente seu vestido. Uma interpretação da performance de Yoko seria uma crítica ao poder externo sobre o corpo feminino, pois a artista, que em estado performático, manteve-se imóvel e passiva as interferências externas que as despiam, o que reflete sobre as condições que o corpo feminino existe na sociedade.
Flavio de Carvalho, precursor da performance no Brasil, em 1931, realizou o Exp. Nº 3, desafiando a construção de gênero ao caminhar contra uma procissão de Corpus Christi vestido com roupas que ele mesmo havia criado, uma minissaia e camisa bufante, se tornando o primeiro registro do país de alguém questionando a ideia do gênero. Hélio Oiticica, em colaboração com a Estação 1ª de Mangueira, cria sua obra Parangolé, indumentárias que ganhavam vida através da dança e movimentos dos participantes, um trabalho em conjunto entre o artista e o público.
Uma proposta de performance, que pode ser relevante atualmente, consistiria em um indivíduo ou grupo em praça pública, coberto de máscaras (EPI) cobrindo todo seu corpo exceto nariz e boca, parado enquanto as pessoas transitam, com uma respiração ofegante crescendo em intensidade e tom, trazendo assim uma tentativa de questionar o comportamento humano atual em relação a diretrizes impostas para o bem comum.