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Fichamento 3 - Cap 11 - Criação e Formação

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REFERÊNCIA: CUPERTINO, C. M. B. O desalojamento e o 
aprender “em”. In: Criação e Formação: fenomenologia de uma 
oficina. São Paulo: Arte e Ciência, 2001. Cap. 11, p 227-241. 
Texto 3 
 
 
Nome: 
RA: 
Data: 10/09/2020 
 
 
 Em complemento aos capítulos anteriores a autora nos apresenta o 
conceito de aprender “em”, construindo o raciocínio interligando os 
apresentados anteriormente, aprender “sobre”, que faz menção ao aprendizado 
teórico e processos sistemáticos existentes no modelo tecnicista de ensino, 
que se dão no conhecimento tácito; e o aprender “com” que surge no encontro 
dos entes, abrindo a possibilidade para o inesperado. Ambos os conceitos são 
retomados para a apresentação do aprender “em”, que consiste no 
aprendizado em suspensão e em transito enquanto relacionando-se com o 
mundo. 
 O estágio em Oficinas de Criatividade tem em sua fundamentação, 
possibilitar a sensibilização dos participantes, de modo que seja possível 
articular o conhecimento adquirido no percurso da formação afim de produzir 
prática ativamente criativa em contato com a alteridade, tendo ainda uma 
ampla abertura para o aprendizado com o outro e em virtude desse encontro 
de alteridades, o acolhimento em sua integralidade. O sentido do aprender 
“em”, trata de da experiência de deslocamento da experiência do aprendizado, 
sendo que o conhecimento suspenso em conjunto com o aprender em transito 
possibilita o exercício de uma prática que leva ao participante transformar a 
própria experiência colocando o conhecimento teórico em sua própria 
experiência. 
 O processo do aprender “em”, ainda requer um estado de 
estranhamento, para que seja produzido a articulação do conhecimento com a 
prática, pois aquilo que nos é familiar, não ocasiona novidade. 
 A prática Psicológica, caminha na necessidade do âmbito da surpresa, 
por ser uma ciência que incumbe ao profissional a articulação do conhecimento 
com a prática, em busca de compreender o fenômeno como um todos, 
evitando categorização prévia, pois este movimento de categorização leva ao 
conteúdo á conhecido. A prática em suspensão possibilita um aprender dentro 
da surpresa e estranhamento, podendo, assim, encontrar-se com o fenômeno 
como ele se apresenta sem enquadrá-lo em nossos preceitos antes de sua 
própria apresentação. 
 O aprender “em” além de ser em suspensão, também é evidenciado 
como um aprendizado em transito, de forma que se aprende com e na 
experiência enquanto ela acontece, surgindo a própria experiência do sujeito. O 
aprendizado na presença do estranhamento difere-se do habitual, que para ser 
atingido o indivíduo transita em um patamar sem referência, tanto do novo 
quanto do preconcebido. 
 Esse transito de um ponto a outro permite a abertura para a experiência 
com o outro em sua integralidade, que ele por si se manifeste, e que em um 
contato de mútuo desconforto da surpresa no encontro de alteridades, haja o 
surgimento do conhecimento único do aprendizado altere e transformador ao 
torna-lo próprio no experienciar.

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