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SP2-UNIDADE II- A escola na UBS

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CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA 2a ETAPA 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 2: “A escola na UBS...” 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINEIROS/GO 
2020 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA II 
 
 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 2: “A escola na UBS...” 
 
 
Matheus Gomes de Rezende 
Matheus Rodrigues Cordeiro 
Murilo Biato Assunção 
Mydian Gabriela (coordenadora) 
Natália Hugueney Hidalgo (ralatora) 
 Nathalia Martins Carneiro 
 Nei Gustavo Caetano 
Pedro Oliveira Fleury 
Raffaela Ciconello 
 
Docente: Vinícius 
 
 MINEIROS/GO 
 2020 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4 
2.OBJETIVOS............................................................................................................................4 
2.1 Objetivo geral........................................................................................................................4 
2.2 Objetivos específicos.............................................................................................................4 
3.DESENVOLVIMENTO..........................................................................................................5 
3.1 Compreender o ciclo menstrual e a gametogênese feminina................................................5 
3.2 Compreender a formação do feto desde a fecundação............................................................8 
3.3 Descrever as fases da fertilização...........................................................................................9 
3.4 Entender as mudanças que ocorrem no corpo feminino com o início da puberdade (telarca, 
pubarca e menarca) e durante a gravidez...................................................................................11 
3.5 Entender os marcadores laboratoriais para identificar o início da puberdade.......................12 
3.6 Compreender as diferenças entre os riscos de uma gravidez precoce e a gravidez 
planejada...................................................................................................................................13 
3.7 Compreender métodos de prevenção contra as ISTs e métodos contraceptivos...................14 
3.8 Compreender os fatores biopsicossociais que influenciam na gravidez precoce e suas 
consequências na vida da adolescente.......................................................................................15 
3.9 Entender os marcadores laboratoriais e testes simples que comprovam a gravidez..............16 
3.10 Compreender as principais ISTs........................................................................................16 
3.11 Entender os diversos aparelhos e hormônios que participam do processo de 
desenvolvimento feminino........................................................................................................17 
3.12 Compreender os aspectos gerais acerca do DNA...............................................................18 
3.13 Compreender o que é epidemia..........................................................................................19 
3.14 Definir e caracterizar: sexualidade, reprodução, fertilidade e hereditariedade.................19 
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................19 
5.REFÊRENCIAS.....................................................................................................................20 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho visa entender sobre questões do desenvolvimento sexual feminino 
e discute formas para prevenir uma gravidez indesejada e doenças que podem vir acometer 
pessoas que praticam relações sexuais inseguras. 
 Nesse sentido, ao longo deste trabalho discorremos por meio de objetivos, sobre alguns 
pontos do desenvolvimento sexual, dando mais enfoque no que diz respeito ao gênero feminino. 
Dessa forma, abordamos temas como o ciclo menstrual da mulher e como funciona a 
gametogênese feminina, a formação do feto e como acontece a fertilização, discutimos sobre 
as mudanças no corpo feminino no período da puberdade e da gestação, citamos os marcadores 
laboratorias para identificar a puberdade e a gravidez. 
Além disso, comentamos sobre os métodos contraceptivos e métodos de prevenção 
contra ISTs, também falamos sobre os riscos de uma gestação precoce em contrapartida à 
normal. Outro fator importante que abordamos foi sobre os hormônios e órgão que fazem parte 
do desenvolvimento da mulher. Os aspecto gerais acerca do DNA também foi incluído como 
objetivo do presente trabalho. 
Ao final deste trabalho nós caracterizamos e definimos epidemia, sexualidade, 
reprodução, fertilidade e por fim a hereditariedade. 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral: Entender o desenvolvimento sexual feminino e os meios de prevenção de 
uma gravidez inesperada e ISTs. 
 
2.2 Objetivos Específicos: 
 
1) Compreender o ciclo menstrual e a gametogênese feminina; 
2) Compreender a formação do feto desde a fecundação; 
3) Descrever as fases da fertilização; 
4) Entender as mudanças que ocorrem no corpo feminino com o inicio da puberdade 
(telarca, pubarca, menarca) e durante a gravidez; 
5) Entender os marcadores laboratoriais para identificar o início da puberdade; 
6) Compreender as diferença entre os riscos de uma gravidez precoce e a gravidez 
planejada; 
7) Compreender métodos de prevenção contra as ISTs e métodos contraceptivos e como 
ter acesso à informação; 
8) Compreender os fatores biopsicossociais que influenciam na gravidez precoce e suas 
consequências na vida da adolescente; 
9) Entender os marcadores laboratoriais e testes simples que comprovam a gravidez; 
10) Compreender as principais ISTs; 
11) Entender os diversos aparelhos e hormônios que participam do processo de 
desenvolvimento feminino; 
12) Compreender os aspectos gerais acerca do DNA (transcrição, tradução e duplicação); 
13) Compreender o que é epidemia; 
14) Definir e caracterizar: sexualidade, reprodução, fertilidade e hereditariedade. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1. Compreender o ciclo menstrual e a gametogênese feminina 
 
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-
estimulante e luteinizante, pela pituitária (hipófise) anterior (adenohipófise), e dos estrogênios 
e progesterona, pelos ovários. 
No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a pituitária 
anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com 
pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o 
crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de 
estrogênio (estrógeno). Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos sequenciais sobre 
a secreção da pituitária anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-
estimulante e luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do 
décimo dia do ciclo. Depois, subitamente a pituitária anterior começaria a secretar quantidades 
muito elevadas de ambos os hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa 
fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos 
folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias. 
O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal 
de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta 
quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio. O estrogênio 
e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a pituitária anterior, diminuindo 
a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormôniospara 
estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai 
para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada por esse 
súbito declínio na secreção de ambos os hormônios. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que 
estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grandes 
quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua 
durante toda a vida reprodutiva da mulher. 
A gametogênese feminina é denominada oogênese ou ovogênese e inicia-se no interior 
dos folículos ovarianos, que são as unidades funcionais e fundamentais dos ovários. Tem início 
ainda na vida intrauterina, quando as células germinativas, derivadas do embrião feminino, 
passam pela fase de multiplicação até aproximadamente a 15ª semana da vida fetal2 , sofrendo 
divisões mitóticas dando origem as oogônias. As oogônias a seguir passam por uma fase de 
crescimento dando origem aos oócitos primários. Os oócitos primários passarão pelas fases de 
maturação que correspondem às divisões meióticas. Nas recém-nascidas, parte deste processo 
de maturação já ocorreu, isto é, a primeira divisão da meiose já se iniciou e o oócito primário 
encontra-se estacionado em prófase I na subfase de diplóteno3 . Alguns estudos sugerem que o 
processo meiótico fica inibido pela ação de um fator inibidor da maturação do oócito (OMI).
 Além deste fator é importante também à ação do fator promotor da maturação (MPF), 
que é um dímero, complexo protéico formado por duas subunidades denominadas Cdc (proteína 
quinase) e a ciclina, que é uma proteína reguladora, que controla a capacidade da Cdc fosforilar 
proteínas – alvo adequadas4. A atividade do MPF é controlada pelo padrão cíclico de acúmulo 
e degradação da ciclina, que é um de seus componentes. A montagem do dímero Cdc-ciclina, 
sua ativação e posterior degradação são processos centrais que controlam o ciclo celular. No 
diplóteno da prófase I os cromossomos estão duplicados e apresentam duas cromátides. Nessa 
fase podem ser observados os quiasmas (pontos de cruzamentos entre cromátides não irmãs), 
devido à ocorrência do crossing - over. O oócito neste estágio é identificado morfologicamente 
pela visualização da vesícula germinativa, que caracteriza o oócito com núcleo bem 
desenvolvido, imaturo e em final de prófase I. A quebra da vesícula germinativa marcará a 
continuidade da meiose e do processo de maturação oocitária5. Os oócitos ficam neste estágio 
de prófase I (diplóteno) até a mulher atingir a puberdade e o processo se completará apenas na 
adolescência por influência das gonadotrofinas hipofisárias. Os ovários apresentam nas 
mulheres recém nascidas uma média de um a dois milhões de folículos primordiais6. Os 
folículos primordiais são unidades formadas por uma camada de células achatadas que 
envolvem o oócito primário. A partir do folículo primordial forma-se o folículo secundário e 
em seguida o folículo pré-antral, caracterizado pela proliferação de células da granulosa, que 
ficam evolvidas pelas células da teca. Entre as células da granulosa é secretado o fluído folicular 
que se acumula no espaço intersticial promovendo a formação da cavidade antral, 
caracterizando o folículo antral. Com a formação do antro, o oócito primário passa a ocupar 
uma posição deslocada para um dos lados do folículo ficando rodeado por várias camadas de 
células denominadas de cumulus oophorus. O fluído folicular acumulado na cavidade antral é 
importante na nutrição das células da granulosa e do oócito. 
Em ciclos naturais, o desenvolvimento folicular desde a fase de folículo secundário, 
quando o folículo atinge 2 a 5 mm, até a fase antral sofre influência do Hormônio Folículo 
Estimulante (FSH) secretado pela hipófise anterior. Nesta fase os folículos tornam-se 
gonadotrofina – dependentes para seu desenvolvimento. Sob a ação do FSH, ocorre o 
crescimento e o desenvolvimento folicular e o folículo antral chega à fase de folículo pré – 
ovulatório7. Próxima à ovulação, o pico do Hormônio Luteinizante (LH) induz a quebra da 
vesícula germinativa e o processo de meiose é reiniciado. O oócito primário que estava 
estacionado em diplóteno, que é a fase mais longa da prófase I, podendo durar ao redor de 40 
anos, entra em diacinese, finalizando a prófase I. A seguir o oócito I atinge a metáfase I em que 
os pares de cromossomos homólogos duplicados, pareados e num grau de condensação maior 
distribuem-se na placa equatorial da célula. A continuidade da maturação oocitária é 
caracterizada pela chegada do oócito I a anáfase I. Nesta fase os pares de cromossomos 
homólogos que estão pareados migram para os pólos opostos da célula. A orientação da 
disjunção dos cromossomos homólogos para os pólos da célula é realizada pelo encurtamento 
das fibras do fuso meiótico. Esta separação dos cromossomos homólogos na anáfase I 
caracteriza a meiose como um processo reducional em que a ploidia da célula é reduzida à 
metade, isto é, o número de cromossomos 2N = 46 cromossomos passa para N = 23 
cromossomos. A redução do número de cromossomos à metade da ploidia nos gametas é 
fundamental para a estabilidade do número de cromossomos da espécie. A ploidia é 
reconstituída no momento da fecundação. Quando o oócito I atinge a telófase I, estará terminada 
a primeira divisão da meiose sendo formado o oócito secundário (N) e um corpúsculo polar 
(N). O oócito secundário é o verdadeiro gameta feminino que é liberado com o rompimento do 
folículo ovulatório. 
A ação do LH é importante para a formação do corpo lúteo a partir do folículo 
ovulatório8, que sofre degeneração se não ocorrer à fecundação. A Figura 2 mostra os vários 
estágios do processo de maturação folicular desde o estágio de folículo primordial até a 
liberação do oócito secundário no fenômeno da ovulação. No ciclo ovulatório muitos folículos 
podem passar pelos processos de crescimento e diferenciação, mas é comum que apenas um 
deles chegue à ovulação ocorrendo o processo de atresia para os folículos menores. Ao longo 
da vida da mulher o processo de atresia é responsável pela redução de milhões de folículos. 
Uma mulher durante a vida reprodutiva produz a partir da puberdade um oócito secundário a 
cada ciclo de ovulação, que em média ocorre a cada 28 dias, assim aproximadamente 400 
folículos é que efetivamente vão liberar o oócito secundário a partir da menarca até a 
menopausa6. O oócito secundário, agora com um conjunto haplóide (N) de cromossomos inicia 
a segunda divisão da meiose passando pela prófase II, atingindo a metáfase II. A segunda 
divisão da meiose é novamente bloqueada em metáfase II e será concluída se ocorrer a 
fertilização. Ao longo da maturação oocitária a formação do primeiro corpúsculo polar é um 
sinal da finalização da meiose I, e a formação do segundo corpúsculo polar é um indicativo da 
fertilização do oócito. 
 
3.2. Compreender a formação do feto desde a fecundação 
 
 A formação e desenvolvimento do feto é um longo processo o qual tem início com a 
fecundação, essa compreende-se no momento em que o espermatozoide entra em contato com 
o oócito secundário formando o zigoto, com este formado inicia-se o processo de clivagem, no 
qual ele se replica até um número de 8 a 12 células, seguido pelo processo de mórula e a 
blastulação, no qual o feto ainda está em estado primordial e fixado no endométrio do útero, 
em seguida, o feto passa por um grande processo de mitoses consecutivas seguidas por 
processos de diferenciação até que o feto esteja pronto para nascer com seus órgãos e tecidos 
formados. Ao longo deste processo, muitos agentes estão envolvidos, como hormônios enzimas 
neurotransmissores entre outros. Vale ressaltar a grande influência dos hormônios HCG, FSH 
e LH. 
 
3.3. Descrever as fases da fertilização 
 
 A fertilização não se restringe ao encontro dos gametas masculino e feminino.Ela 
envolve processos anteriores e posteriores a esse momento, importantes para o sucesso do 
evento. Em humanos, leva em torno de 24 horas. Durante a passagem dos espermatozoides pelo 
trato reprodutor feminino, ocorre a capacitação. Ao migrar pelas secreções femininas, como o 
muco cervical e o fluido folicular, há o desprendimento de uma cobertura superficial de 
glicoproteínas e proteínas oriundas do líquido seminal e a alteração dos componentes da 
membrana plasmática do espermatozoide. 
Em muitas espécies, foi verificada a diminuição na quantidade de colesterol e a perda 
de proteínas e carboidratos da membrana plasmática. É possível que essas mudanças aumentem 
a atividade respiratória e a motilidade do espermatozoide e desbloqueiem as proteínas que se 
ligam à zona pelúcida. Uma vez capacitado, o espermatozoide sofre a reação acrossômica nas 
vizinhanças do oócito. Um influxo de Ca2+ provoca a fusão da membrana externa do 
acrossomo com a membrana plasmática do espermatozoide em vários pontos. Nesses locais, as 
membranas rompem-se, liberando as enzimas do acrossomo. A hialuronidase, por exemplo, 
degrada o ácido hialurônico, um glicosaminoglicano da matriz extracelular da corona radiata. 
A protease acrosina, situada na membrana acrossômica interna, fica exposta e digere as 
glicoproteínas da zona pelúcida. Os movimentos da cauda também contribuem para a passagem 
dos espermatozoides pela corona radiata e pela zona pelúcida. Há a interação entre os gametas. 
A zona pelúcida é constituída por quatro glicoproteínas sulfatadas e secretadas pelo oócito: a 
ZP1, a ZP2, a ZP3 e a ZP4. A ZP2 e a ZP3 interagem para formar complexos filamentosos 
longos, interconectados por dímeros de ZP1 e de ZP4. Uma glicoproteína presente na 
membrana do espermatozoide, a β-1,4-galactosiltransferase, liga-se aos resíduos 
oligossacarídicos da ZP3 em uma ligação específica da espécie. A ZP2 mantém o 
espermatozoide ligado ao ovo. 
O espermatozoide de mamífero faz um contato tangencial com o oócito, já que, após a 
reação acrossômica, somente a membrana plasmática da porção posterior da cabeça permanece 
intacta para se fusionar com a membrana do oócito. A fusão das membranas é promovida pela 
fertilina, uma glicoproteína transmembrana do espermatozóide, com um domínio que se liga à 
integrina da membrana do oócito e uma região extracelular hidrofóbica, semelhante à proteína 
fusogênica responsável pela fusão dos vírus às células hospedeiras. Com a fusão do 
espermatozoide no oócito, há o bloqueio à polispermia. Em 3segundos, ocorre a despolarização 
da membrana do oócito, devido a um influxo de Ca2+, e o potencial de repouso muda de -70mV 
para +10mV. A voltagem positiva é mantida por um aumento lento na permeabilidade de Na+. 
Com a membrana plasmática positiva, outro espermatozoide não consegue inserir a proteína 
fusogênica, também de carga positiva. Esse bloqueio tem curta duração: cerca de 1minuto, mas 
é o tempo suficiente para um bloqueio definitivo ser desencadeado. A fosfolipase C isoforma 
(zeta), trazida pelo espermatozoide, hidrolisa o fosfatidilinositol, lipídio da membrana, em 
diacilglicerol e 1,4,5-trifosfato inositol (IP3). O diacilglicerol permanece na membrana 
plasmática, onde ativa a bomba de Na+ /H+. Há uma troca de Na+ extracelular por H+ 
intracelular, levando a um aumento do pH. O IP3 é liberado da membrana e liga-se ao retículo 
endoplasmático, promovendo a liberação de Ca2+ para o citoplasma (nos moluscos e nos 
anelídeos, o Ca2+ origina-se de fora do ovo). O aumento dos níveis citoplasmáticos de Ca2+ 
provoca a exocitose dos grânulos corticais. A reação cortical é o bloqueio definitivo à 
polispermia. Dos grânulos são liberados enzimas e glicosaminoglicanos. As enzimas hidrolisam 
os resíduos de açúcar da ZP3, impossibilitando a ligação de outros espermatozoides, e clivam 
parcialmente a ZP2, causando sua mudança conformacional, o que modifica a estrutura da zona 
pelúcida e transforma-a na membrana hialina, de difícil penetração. 
Os glicosaminoglicanos, devido à sua carga negativa, atraem Na+, que, por ser 
osmoticamente ativo, atrai água, afastando a membrana hialina da membrana plasmática do 
oócito secundário. A onda de Ca2+ promovida pela entrada do espermatozoide resulta na 
ativação da enzima CAMquinase II e na consequente degradação da ciclina do MPF. Assim, o 
oócito completa a segunda meiose, transformando-se em óvulo e liberando o segundo 
corpúsculo polar. Os núcleos dos gametas são denominados pronúcleos. Com a substituição das 
protaminas pelas histonas acumuladas no citoplasma do oócito, o material genético do 
espermatozoide descondensa-se. Os envoltórios nucleares desintegram-se, e os cromossomos 
pareiam-se. Tem-se uma célula diploide, o zigoto. O espermatozoide pode contribuir com o(s) 
centríolo(s) para organizar o fuso mitótico do zigoto. Em humanos, onde o centríolo proximal 
do espermatozoide sofre duplicação no gameta feminino para formar os ásteres. Em insetos e 
em alguns mamíferos, como os roedores, onde há a perda da integridade dos centríolos do 
espermatozoide, o fuso surge a partir do centrossoma materno. 
As outras organelas do espermatozoide, como as mitocôndrias, são degradadas. Ainda 
durante a espermatogênese, nos estágios de espermatócito secundário e de espermátide redonda, 
proteínas da membrana interna da mitocôndria (prohibitin) são marcadas com ubiquitina para 
sofrerem proteólise. Mas, durante a passagem pelo epidídimo, os epitopos com ubiquitina são 
mascarados por ligações cruzadas de pontes dissulfeto. Os epitopos são expostos, após a 
fertilização, pela redução das pontes dissulfeto, induzida pela glutationa do citoplasma do ovo, 
e as mitocôndrias de origem paterna são destruídas até o estágio de embrião com oito células. 
Essa destruição parece ser uma vantagem evolutiva, porque as mitocôndrias paternas e o seu 
DNA podem ser afetados por espécies reativas de oxigênio durante a espermatogênese e a 
fertilização. Além disso, a prohibitin bloqueia a entrada na fase S, e, portanto, a sua liberação 
no citoplasma do ovo prejudicaria o desenvolvimento. A etapa final da fertilização é a ativação 
do metabolismo do zigoto. O aumento intracelular de Ca2+ e do pH (descrito anteriormente) 
ativam a NADquinase e o transporte de K+ e aminoácidos, respectivamente. A síntese de DNA, 
RNA e proteínas, as reações metabólicas e a divisão celular são retomadas. 
 
3.4. Entender as mudanças que ocorrem no corpo feminino com o início da puberdade 
(telarca, pubarca, menarca) e durante a gravidez 
 
Quando vai chegando a adolescência o corpo feminino começa a se transformar, as 
principais mudanças são: 
 O desenvolvimento das mamas (seios) – Telarca; 
 A cintura fica mais fina; 
 O quadril se desenvolve; 
 Começam aparecer pelos, principalmente embaixo das axilas e na região pubiana – 
Pubarca; 
 Ocorre a primeira menstruação, chamada de “menarca”, costuma acontecer entre os 10 
a 12 anos de idade, lembrando pode ocorrer antes ou depois dessa idade; 
 A vagina fica com a parede mais espessa; 
 O útero aumenta de tamanho; 
 Aumenta a irrigação sanguínea do clitóris; 
 A voz também muda ficando um pouco mais fina; 
 O crescimento em altura acelera. 
Uma das maiores felicidades na vida de uma mulher é a descoberta de que ela será mãe. 
A alegria, no entanto, também é sinônimo de mudanças. Durante os próximos nove meses o 
corpo não será o mesmo e o organismo precisará se adaptar à chegada de uma nova vida. As 
principais mudanças que ocorrem na gravidez são: 
 Aumenta o volume de sangue; 
 A bexiga se comprime, o que explica a vontade da gestante de urinar com mais 
frequência; 
 Desenvolvem manchas pelo corpo, consequência do hormônio melanotrófico que age 
nas células da pigmentação e acelera a síntese de melanina; 
 Para sustentar o peso extra, o eixo de equilíbrio se desloca e as grávidas mudam a 
postura naturalmente; 
 Aumentao volume do útero; 
 A retenção hídrica atrasa a passagem do alimento por esse aparelho, levando à prisão 
de ventre; 
 Há o aparecimento de estrias; 
 Os seios podem aumentar; 
 Os cabelos dificilmente a quedas durante a gestação; 
 Com a retenção de líquido ocorre o inchaço de pés e tornozelos. 
 
3.5. Entender os marcadores laboratoriais para identificar o início da puberdade 
 
Deve mensurar os níveis do hormônio luteinizante (LH), que, se estiverem altos, 
confirmam a ativação do eixo hipotálamo-hipófisegônadas. Em alguns casos (normalmente em 
meninas), esse teste requer a aplicação prévia de uma injeção de GnRH, seguida de três coletas 
de sangue subsequentes, em intervalos de 30 minutos. Os hormônios que também são dosados 
na investigação de uma puberdade são FSH, estradiol e testosterona total. 
 
3.6. Compreender as diferenças entre os riscos de uma gravidez precoce e a gravidez 
planejada 
 
A gravidez precoce pode atingir tanto os adolescentes leigos quanto os mais esclarecidos 
em relação a educação sexual. Ela pode ser entendida como fator de risco ou proteção no 
adolescente Dentre a complexidade de fatores de risco para analisar esta questão, destacam-se 
os aspectos socioeconômicos. Apesar do fenômeno atingir e estar crescente em todas as classes 
sociais, ainda há uma forte relação entre pobreza, baixa escolaridade e a baixa idade para 
gravidez. Além disso, fatores como a diminuição global para a idade média para menarca e da 
primeira relação sexual compõem um cenário de risco que colabora para o aumento dessas 
taxas. A gravidez na adolescência representa risco tanto para a mãe quanto para o bebê, uma 
vez que a adolescente não está completamente preparada fisicamente e psicologicamente para 
uma gestação. Dessa forma, toda gravidez em meninas entre 10 e 18 anos são consideradas de 
risco, nesse sentido os riscos relacionados a uma gravidez precoce incluem: 
 Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; 
 Parto prematuro; 
 Bebê com baixo peso ou subnutrido; 
 Complicações no parto, que pode levar à uma cesária; 
 Infecção urinária ou vaginal; 
 Aborto espontâneo; 
 Alterações no desenvolvimento do bebê; 
 Má formação fetal; 
 Anemia. 
Já uma gravidez planejada tem como vantagem a nutrição garantida, pois para gerar um 
bebê saudável, é preciso estar bem nutrida antes e durante a gestação. Embora ter uma 
alimentação rica em frutas, verduras e legumes já seja um excelente começo, quando se trata 
da gravidez isso pode não ser suficiente para atingir as doses adequadas de certos nutrientes 
fundamentais ao desenvolvimento do pequeno. nesse aspecto é bom ter acompanhamento 
médico para garantia. Além de exames e vacinas em dia, pois ao anunciar para o seu médico 
que você pretende ser mãe, ele com certeza já vai pedir uma série de exames e conferir as 
vacinas adequadas. Ademais, dá tempo de mudar hábitos nocivos, pois cigarro, bebidas 
alcoólicas, sedentarismo e seguir dietas muito restritivas são alguns dos hábitos que fazem mal. 
Essa será uma decisão do casal isso porque o desenvolvimento da criança dependo do bem estar 
(psicológico) da mãe e uma surpresa pode afeta-la emocionalmente. 
 
3.7. Compreender métodos de prevenção contra as ISTs e métodos contraceptivos e como 
ter acesso à informação 
 
 A respeito da prevenção, Esther Vilela fez um alerta: “Toda mulher que usa um 
contraceptivo está se protegendo da gravidez indesejada, mas não contra uma Infecção 
Sexualmente Transmissível, como, por exemplo, a gonorreia, a sífilis, o HIV e a hepatite. Toda 
relação sexual precisa ter uma dupla proteção, contra a gravidez indesejada e a IST”, destacou. 
Nesse sentido é necessário salientar a importância da informação para o uso adequado dos 
métodos, exemplo de alguns métodos contraceptivos: 
 Tabelinha; 
 Temperatura basal; 
 Muco cervical (método Billings); 
 Coito interrompido; 
 Camisinha; 
 Diafragma; 
 Esponjas; 
 Espermicidas; 
 Dispositivo intrauterino (DIU); 
 Contraceptivos orais; 
 Contraceptivos injetáveis; 
 Implantes contraceptivos; 
 Anel vaginal; 
 Adesivos cutâneos; 
 Contracepção de emergência pílula do dia seguinte; 
 Vasectomia; 
 Laqueadura. 
É importante salientar que desses apenas a camisinha é um método “seguro” para evitar 
ISTs. 
 
3.8. Compreender os fatores biopsicossociais que influenciam na gravidez precoce e suas 
consequências na vida da adolescente 
 
 A adolescência é um período decisivo do ciclo vital, no qual a pessoa busca alcançar 
autonomia psicológica frente à família, ao estudo e aos amigos. As caraterísticas dessa nova 
organização psíquica, leva a um processo de descoberta do eu. Nesse sentido, a adolescência é 
uma fase que gera vários conflitos psicossociais e mudanças corporais, o que torna o 
adolescente mais propício a realizar atitudes que possam intervir no seu processo de 
amadurecimento social. 
 Posto isso, ressalta-se que uma característica peculiar da adolescência é a impulsividade 
que é vista como sendo normal e saudável, porém aumenta os riscos a que estão expostos, 
inclusive de gravidez. Diante de tal quadro, é notório que os diversos fatores biopsicossociais 
que circundam a realidade de jovens no mundo todo, como a desestrutura familiar, educação 
deficitária e a instrução escassa, são os principais fatores que contribuem para acarretar uma 
gravidez precoce, pois tornam os jovens, os quais já se encontrados em um período conturbado, 
ainda mais vulneráveis. 
Outras características que também aumentam o risco são a necessidade de 
autoafirmarem a identidade sexual, interesse em coisas proibidas e conflito com padrões 
tradicionais, desejo de se sentirem adultos, fácil influência dos grupos de amigos, 
relacionamento sexual romantizado e pouca capacidade de prever consequências. Ademais, o 
"bombardeio" de informações e imagens da mídia induz uma aceleração do ingresso no mundo 
adulto quando o jovem ainda não tem orientação, estrutura emocional e psíquica para isso. 
A gravidez na adolescência pode provocar uma série de problemas que o profissional 
de saúde deve estar atento para atuar, buscando reduzir as consequências psicossociais para os 
jovens e suas famílias. Durante uma gestação a mulher passa por muitas alterações físicas e 
emocionais, ocorrendo uma gravidez precoce, é observado que as alterações normais de toda 
gestação são somadas aos conflitos da idade, portanto é pouco provável que a adolescente 
consiga amadurecimento emocional e psicológico adequado à maternidade. Portanto, 
dependendo do apoio que tiver dos familiares e do isolamento que sofrer do seu grupo a 
adolescente terá maior ou menor grau de tensão e depressão. Além disso, vale destacar que uma 
das principais consequências da gravidez precoce é a evasão escolar. 
 
3.9. Entender os marcadores laboratoriais e testes simples que comprovam a gravidez 
 
 O teste para gravidez pode ser realizado por meio da urina ou do sangue, sendo este 
mais preciso. Ambos os meios utilizam a medição do beta HCG como forma de definir os 
resultados do teste. Esse hormônio é produzido a partir do momento que o óvulo é implantado, 
ou seja, assim que a gestação começa pelas células precursoras da placenta. Ele é um 
componente do HCG (gonadotrofina coriônica humana), hormônio específico da gravidez. Por 
isso esse exame é usado no diagnóstico da gestação. 
No exame de beta HCG de laboratório as taxas desse hormônio no sangue são medidas, 
tornando o teste ainda mais sensível do que o teste de gravidez de farmácia, sendo capaz de 
detectar quantidades bem baixas do beta HCG. 
Além disso, o exame de sangue permite um resultado quantitativo, em que a 
concentração desse hormônio no organismo também é medida, o que pode ajudar a verificar se 
a gestação está indo bem. 
O teste de gravidez de farmácia detecta a presença ou ausência do hormônio beta-HCG 
na urina e precisa ser feito cerca de 2 a 5 dias após o atrasomenstrual. Isso acontece porque a 
concentração do hormônio beta-HCG está muito baixa para ser detectada pela urina poucos dias 
após a fecundação e antes do que seria a menstruação. 
 
3.10. Compreender as principais ISTs 
 
 A saúde sexual e reprodutiva representa uma das principais preocupações da Saúde 
Pública, pois afeta a saúde e o bem-estar dos indivíduos e compromete o nível social e 
econômico das sociedades. Muitos problemas relacionados à saúde sexual e reprodutiva são 
acentuados em grupos socialmente desfavorecidos. São transmitidas durante as relações 
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18266-teste-de-gravidez
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sexuais, quando fazes sexo vaginal, anal ou oral. Algumas, como o herpes genital e o HPV, 
também se transmite por contato pele com pele (sem penetração ou “sexo completo”). Quando 
há sintomas, estes podem aparecer logo após o contato sexual, ou levar semanas a meses a 
surgir. Por vezes os sintomas desaparecem mesmo sem qualquer tratamento, mas a infeção 
permanece no organismo (não há cura). Alguns sinais e sintomas de ISTs: 
 Corrimento anormal da vagina, pénis ou ânus; 
 Ardor ou dor ao urinar; 
 Feridas, bolhas ou outras lesões na área genital e/ou anal; 
 Comichão ou irritação na área genital; 
 Dor na parte inferior do abdómen ou durante a relação sexual. 
Nas mulheres grávidas, algumas ISTs podem passar para o feto e provocar 
malformações graves, aborto, parto prematuro ou doença no recém-nascido. O diagnóstico e 
tratamento no início da infeção são fundamentais, para a cura sem complicações. As infecções 
sexualmente transmissíveis não se curam sem tratamento, por isso, deves procurar a ajuda do/a 
teu/tua médico/a de família, uma consulta de IST ou de um centro de rastreio se pensas que 
estás infetado/a. As análises para o diagnóstico ou rastreio das ISTs são fáceis, seguras e 
confidenciais. 
 
3.11 Entender os diversos aparelhos e hormônios que participam do processo de 
desenvolvimento feminino 
 
 Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno (ou estrogênio) e a 
progesterona, entram em atividade na adolescência e sofrem variações constantes durante o dia 
a dia da mulher. Esses hormônios fazem com que o revestimento do útero engrosse, aumente o 
volume de sangue circulante, e relaxe os músculos do útero o suficiente para abrir espaço para 
o bebê se desenvolver, durante a gravidez. O estrógeno é produzido pelos folículos do ovário, 
ou seja, pelos óvulos em formação. É responsável pelo desenvolvimento das características 
sexuais secundárias femininas, pelo controle do ciclo menstrual e induzir as células de muitos 
locais do organismo, a proliferar. Os estrogênios também são responsáveis pela regulação do 
ciclo hormonal, durante a idade fértil. 
Durante a puberdade, os estrogênios estimulam o desenvolvimento dos seios e 
maturação do aparelho reprodutor, assim como o crescimento, e alteram a distribuição na 
gordura do corpo na mulher, geralmente depositado em torno do quadril, nádegas e coxas. A 
progesterona é produzida pelo corpo lúteo (estrutura que se forma a partir do folículo) e, 
juntamente com o estrógeno, atua nas diversas fases do ciclo menstrual relacionada com a 
preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção 
láctea. Normalmente, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação, e caso exista uma 
gravidez, mantêm-se altos para que as paredes do útero continuem se desenvolvendo. No 
entanto, caso não exista gravidez, os ovários deixam de produzir progesterona, levando à 
destruição do revestimento do útero, eliminado através da menstruação. Dois hormônios 
produzidos pela hipófise também atuam na regulação dos processos reprodutivos: o hormônio 
folículo estimulante, comumente chamado de FSH, e o hormônio luteinizante, ou simplesmente 
LH. 
 
3.12 Compreender os aspectos gerais acerca do DNA (transcrição, tradução e duplicação) 
 
 A Duplicação do DNA ocorre quando uma molécula de DNA origina duas moléculas 
idênticas a ela, este processo somente acontece devido as ações das enzimas primase, 
topoisomerase, helicase e polimerase. Portanto, em um primeiro momento há o desenrolamento 
das duplas fitas por meio da enzima topoisomerase em seguida da separação dos filamentos, 
feitos pela helicase, dessa forma, a enzima primase irá colocar os primers para iniciar a 
duplicação e por fim, o DNA polimerase inicia a inserção das bases nitrogenadas. Esta etapa é 
chamada de semiconservativa pois os filamentos da molécula original se conservam. 
A Transcrição ocorre no núcleo da célula e forma uma molécula de RNA a partir de 
uma de DNA, este processo é realizado pela enzima RNA polimerase, a qual provoca a abertura 
dos filamentos de nucleotídeos que irão ser transcritos e realiza o emparelhamento dos 
ribonucleotídeos. 
Já na Tradução ocorre a síntese de proteínas, as quais são formadas a partir do 
transporte do RNAm até o citoplasma, onde o ribossomo que contém o RNA transportador irá 
realizar a formação da cadeia polipeptídica, ou seja, a sequência de aminoácidos até chegar ao 
códon e assim, liberar a proteína. 
 
3.13 Compreender o que é epidemia 
 
 Pode-se compreender sobre epidemia, doenças infecciosas e contagiosas que são 
transmissíveis, ocorrem em determinadas regiões e podem se espalhar para outras, pode ser de 
nível municipal até nacional, assim, originando um surto epidêmico, porém, sem propagação 
entre países. Isso ocorre devido a mutação do agente transmissor da doença ou pelo surgimento 
de um novo agente, difícil de ser controlado. 
 
3.14 Definir e caracterizar: 
a) Sexualidade: no dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora a sexualidade é 
definida como uma característica morfológica, fisiológica e psicológica que é 
relacionada ao sexo. E para a OMS é uma energia que motiva a procurar amor, contato, 
ternura e intimidade, e assim integra para nos expressarmos e nos influencia a saúde 
mental e física. 
b) Reprodução: é uma função que o seres vivos tem de produzir descendentes, que dão 
continuidade a espécie, pois todo organismo vivo é originado de outro organismo vivo 
pré-existente que contraria a teoria de geração espontânea já descartado pela ciência. 
c) Fertilidade: é a capacidade que os seres vivos tem que se reproduzir, a partir de órgãos 
como o útero, ovários e trompas nas mulheres e no homem por meio da produção de 
espermatozoides em quantidade e qualidade suficientes para a fecundação de um óvulo. 
d) Hereditariedade: é o processo de transmissão de características genéticas entre os 
indivíduos, seja ele físico ou psíquicos pelos ascendentes (pais) para os descendentes 
(filhos) através da reprodução entre os seres vivos. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir do que foi discutido em sala, vale mencionar que compreender todos os pontos 
abordados ao longo deste trabalho, como o ciclo menstrual, desenvolvimento sexual feminino, 
fisiologia da gravidez e como se dá este processo, entender as doenças e suas prevenções, saber 
sobre os riscos da gravidez e o que muda durante essa fase, discutir alguns conceitos, entender 
aspectos relacionados ao DNA humano entre outros, foi crucial para o nosso desenvolvimento 
acadêmico. Além disso, esse debate foi parte de um processo de enriquecimento para formar, 
posteriormente, bons profissionais. 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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