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IBGE 13 - Conhecimentos Gerais

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 1
CONHECIMENTOS GERAIS: 
I - Elementos da política e do cotidiano brasileiros (políticas públi-
cas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais). 
II - Cultura e sociedade brasileira (música, literatura, artes, arquite-
tura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e televisão). 
III - Aspectos relevantes da História do Brasil (descobertas e inova-
ções científicas na atualidade e seus impactos na sociedade con-
temporânea). 
IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos 
globais). 
I - Elementos da política e do cotidiano brasileiros (políti-
cas públicas, acontecimentos relevantes nacionais e 
regionais). 
Política pública 
Os estudos sobre política pública são ainda muito recentes, 
especialmente no Brasil, e existem ainda muitas divergências conceituais e 
é necessário discutir, pensar e repensar sobre o tema.1 
Segundo Secchi (2010, p. 2) “alguns atores e pesquisadores defendem 
a abordagem estatista, enquanto outros defendem abordagens 
multicêntricas no que se refere ao protagonismo no estabelecimento de 
políticas públicas”. 
A discussão sobre o tema certamente ainda vai durar muito tempo e 
receberá atenção de muitos estudiosos. Como sugestão, enquanto não se 
uniformiza os conceitos, apresenta-se para cada abordagem - multicêntrica 
e estatista -, novas denominações, buscando maior esclarecimento sobre a 
política a partir do nome. Para a abordagem estatista sugere-se dois 
nomes: política pública estatal para as políticas cujo ator protagonista seja 
o Estado (mesmo que para os adotam a abordagem estatista neste nome 
contenha um pleonasmo); e política privada de interesse público para as 
políticas cujo ator protagonista não seja o estado, mas tenham o objetivo de 
enfrentar um problema da sociedade. 
Para a abordagem multicêntrica sugere-se os nomes: política pública 
estatal para as políticas que tendo o objetivo de enfrentar um problema da 
sociedade tenha como ator protagonista o Estado; e política pública não 
estatal para aquelas que, com o mesmo objetivo, não tenha como ator 
protagonista o Estado. 
A política pública estatal pode ser conceituada como o conjunto de 
ações desencadeadas pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, 
estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da 
sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com 
organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, 
com a iniciativa privada. 
Cabe ao Estado propor ações preventivas diante de situações de risco 
à sociedade por meio de políticas públicas. O contratualismo gera esta 
expectativa, ainda mais na América Latina, marcada por práticas populistas 
no século XX. No caso das mudanças climáticas, por exemplo, é dever do 
Estado indicar alternativas que diminuam as conseqüências que elas trarão 
à população do Brasil, em especial para a mais pobre, que será mais 
atingida. 
Porém, não resta dúvida que diversas forças sociais integram o Estado. 
Elas representam agentes com posições muitas vezes antagônicas. 
Também é preciso ter claro que as decisões acabam por privilegiar 
determinados setores, nem sempre voltados à maioria da população. 
Analisar ações em escalas diferentes de gestão permite identificar 
oportunidades, prioridades e lacunas. Além disso, ela possibilita ter uma 
visão ampla das ações governamentais em situações distintas da realidade 
brasileira que, além de complexa, apresenta enorme diversidade natural, 
social, política e econômica que gera pressões nos diversos níveis de 
gestão. As forças políticas devem ser identificadas para compreender os 
reais objetivos das medidas aplicadas relacionadas às mudanças climáticas 
no Brasil. 
Uma área das Ciências Sociais que estuda: 
Demandas Comuns em Políticas Públicas 
Demandas novas - Para Maria das Graças Rua, no artigo Análise de 
Políticas Públicas, correspondem àquelas que resultam do surgimento de 
novos atores políticos ou novos problemas. 
Demandas recorrentes- Também segundo Graças Rua são aquelas 
que expressam problemas não resolvidos ou mal resolvidos. 
Demandas reprimidas- Ainda segundo Graças Rua, são aquelas 
constituídas sob um estado de coisas ou por não-decisão. 
Tipos de Políticas Públicas 
a) Industrial; b) Agrícola; c) Monetária; d) Assistência Social; 
Institucional; e) Educacional; f) Saúde; g) Ambiental, Etc. 
Arenas de Políticas Públicas 
Definição: São espaços dedicados a debates, disputas ou mesmo 
contendas políticas. Este espaço pode ser virtual (campanhas políticas) real 
(debates televisionados) ou midiático(onde os políticos/candidatos são 
notícia, compram espaço ou usam os direitos constitucionais para 
defenderem-se de eventuais acusações. 
a)distributivas; b) redistributivas; c) regulatórias; d)constitutivas; 
e)saúde 
Fases ou Ciclo das Políticas Públicas 
a)formação da agenda; b)formulação; c)implementação; 
d)monitoramento; e) avaliação; 
As Políticas Públicas podem ser compreendidas como um sistema 
(conjunto de elementos que se interligam, com vistas ao cumprimento de 
um fim: o bem-comum da população a quem se destinam), ou mesmo como 
um processo, pois tem ritos e passos, encadeados, objetivando uma 
finalidade. Estes normalmente estão associados à passos importantes 
como a sua concepção, a negociação de interlocutores úteis ao 
desenvolvimento (técnicos, patrocinadores, associações da sociedade civil 
e demais parceiros institucionais), a pesquisa de soluções aplicáveis, uma 
agenda de consultas públicas (que é uma fase importante do processo de 
legitimação do programa no espaço público democrático), a eleição de 
opções razoáveis e aptas para o atingimento da finalidade, a orçamentação 
e busca de meios ou parceiros para o suporte dos programas, oportunidade 
em que se fixam os objetivos e as metas de avaliação. Finalmente, a 
implementação direta e/ou associada, durante o prazo estimado e 
combinado com os gestores e financiadores, o monitoramento 
(acompanhamento e reajustamento de linhas - refinamento) e a sua 
avaliação final, com dados objetivamente mensuráveis (Faria, J H). 
Atores em Políticas Públicas 
Os atores políticos são as partes envolvidas nos conflitos. Porém nem 
sempre as Políticas Públicas emergem de conflitos. Elas são, no fundo, um 
processo, com múltiplos atores sociais, que atuam de modo concertado. 
Daí o termo "concertação" muitas vezes encontrado na literatura sobre o 
tema. 
Esses atores ao atuarem em conjunto após o estabelecimento de um 
projeto a ser desenvolvido onde estão claras as necessidade e obrigações 
das partes chegam a um estágio de harmonia que viabiliza a política 
pública. (Ferreira, 2008) 
Atores Públicos Políticos Eleitos, Burocratas, Tecnocratas , 
deputados e outros 
Atores Privados Empresários, trabalhadores etc. 
John W. Kingdon em seu livro separa os atores políticos em visíveis e 
invisíveis. 
Atualmente, as políticas públicas vem tendo maior visibilidade tanto no 
âmbito acadêmico quanto nos jornais. Isto pois, com a diminuição da inter-
venção estatal, a maior cobrança para que os governos tenham equilíbrio 
em seus orçamentos e a falta políticas capazes de promoverem, ao mesmo 
tempo, desenvolvimento e econômico e inclusão social, levaram a reflexão 
sobre a implementação e o processo decisório de políticas públicas para 
cumprir tais tarefas. Mas, o que são políticas públicas? São políticas soci-
ais? Onde surgiram? Como analisá-las? Para responder a estas questões, 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 2
vamos mapear como a literatura clássica e recente trata a temática “Política 
Pública” e compreender o que significa e quala origem do conceito. 
A política pública como área de conhecimento acadêmico nasce nos 
Estados Unidos por meio da reflexão sobre a ação do governo e não do 
Estado. Devemos aqui diferenciar governo de Estado. Governo é um grupo 
que ganha uma eleição e fica por tempo determinado no poder. Já Estado é 
a estrutura, a instituição a qual o governo representa; é a nação politica-
mente organizada. Assim, tanto ações (o fazer) quanto inações (o não 
fazer) dos governos são passíveis de serem formulados cientificamente e 
de serem analisados por pesquisadores independentes. 
Os primeiros a realizarem estudos na área buscaram conciliar o conhe-
cimento acadêmico com a prática (Harold Laswell); expuseram como pro-
blema a formulação de políticas públicas informações incompletas e o 
autointeresse daqueles que fazem a política (Herbert Simon); inseriram na 
análise as eleições, os partidos políticos e os grupos de interesse (Charles 
Lindbolm); e definiram políticas públicas como um sistema, como uma 
relação entre a formulação da política, seus resultados e o ambiente em 
que ela foi implantada (David Easton): 
 
Deste modo, vemos que este campo de estudo é multidisciplinar, po-
dendo ser objeto de várias áreas e analisado por diversos olhares, entre os 
quais a sociologia, a política e a economia. 
E afinal, o que são políticas públicas? Resumidamente, é o “campo do 
conhecimento que busca colocar o ‘governo em ação’ e/ou analisar essa 
ação e propor mudanças no rumo ou curso dessas ações” (p. 69). Logo, “a 
formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que governos 
democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em pro-
gramas e ações, que produzirão resultados ou mudanças no mundo real” 
(p. 69). Ou seja, é o estudo do processo (do por que e do como) e não das 
consequências. 
Souza nos apresenta 9 modelos de análise de políticas públicas. São 
eles: 
Modelo de Lowi – “a política pública faz a política”. Lowi nos a-
presenta 4 formatos de política pública: Distributivas (que não conside-
ram limitações de recursos e acabam privilegiando grupos específicos); 
Regulatórias (que envolvem políticos e grupos de interesse); Redistri-
butivas (que são as políticas sociais universais); e Constitutivas (que li-
dam com procedimentos); 
Incrementalismo – Lindblom acredita que as políticas públicas 
não nascem do zero, mas de decisões marginais. Com isto, há uma 
manutenção de estruturas antigas e as decisões futuras são constran-
gidas e limitadas pelas decisões passadas; 
Ciclo da Política Pública – o ciclo passa por vários estágios e 
constitui um processo dinâmico e de aprendizado. O foco é no primeiro 
estágio a definição da agenda, que pode ocorrer através do reconhe-
cimento do problema; da construção política da necessidade de se re-
solver o problema; e pelos participantes (políticos, mídia, grupos de in-
teresse). Desta forma, o ciclo é: 
 
 
Modelo Garbage Can (lata de lixo) – neste modelo temos vários 
problemas e poucas soluções, assim são as soluções que procuram os 
problemas e acabam sendo um método de tentativa e erro; 
Coalizões de Defesa – a política pública é vista aqui como um 
conjunto de subsistemas que se articulam com acontecimentos exter-
nos. Cada subsistema é composto por um número de coalizões de de-
fesa que se diferenciam por seus valores, crenças e ideias; 
Arenas Sociais – temos neste modelo a política pública como 
uma iniciativa de Empreendedores Políticos, que são pessoas que 
mostram o problema e buscam soluções por meio de 3 mecanismos: 
Divulgação de indicadores; Repetição continuada do problema; Feed-
back que mostre falhas ou resultados ruins. Estes empreendedores po-
líticos divulgam o problema e tentam obter apoio a sua causa pelas re-
des sociais, mas não só as da internet; 
Modelo “Equilíbrio Interrompido” – os formuladores deste mo-
delo acreditam que as políticas públicas surgem em momentos onde a 
estabilidade deu lugar a instabilidade, ou seja, momentos de crise, ge-
rando mudança na política anterior. Para tanto, a mídia tem um papel 
fundamental na construção da imagem sobre a decisão ou política pú-
blica (policy image); 
“Gerencialismo Político” e Ajuste Fiscal – tais modelos estão 
voltados a busca de eficiência, que deve ser o objetivo principal de 
qualquer política pública. Além da eficiência, a credibilidade também é 
importante, sendo possível com o estabelecimento de regras claras; 
Neoinstitucionalismo – enfatiza a importância das instituições e 
regras, as quais moldam o comportamento doas atores. A luta pelo po-
der e recursos é medida pelas instituições que acaba privilegiando 
grupos. 
Vale ressaltar que não devemos escolher primeiro a teoria e depois 
tentar encaixar o problema nela. A teoria deve ser apenas uma lente para 
nos auxiliar a compreender melhor a realidade, devendo ser escolhida de 
acordo com o problema que queremos analisar. Por exemplo: no caso do 
problema dos buracos no asfalto de Marília, teorias que não levem em 
consideração a eficiência do serviço e o clamor popular, devido a quantida-
de extremamente alta de buracos, não produzirão boas análises. 
Nesta perspectiva, os elementos principais das Políticas Públicas são: 
A distinção entre o que o Governo pretende fazer e o que de fato 
faz; 
O envolvimento de diversos atores (formais e informais); 
A abrangência – não se limita a leis e regras; 
Ceiça
Realce
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 3
A ação intencional e de longo prazo; 
Os processos: Decisão – Proposição – Implementação – Execu-
ção – Avaliação; 
É diferente de política social, que estuda as consequências, os 
problemas sociais – a política social é um tipo de política pública e não 
contrário. 
Portanto, este campo do conhecimento busca integrar 4 elementos: a 
política pública (policy); a política (politics); a sociedade política (polity); e as 
instituições que as regem) e tem como foco analítico a identificação do 
problema que a política visa corrigir; a chegada do problema ao sistema 
político (politics) e à sociedade política; o processo percorrido; e as institui-
ções e regras que modelarão a decisão e a implementação da política 
pública. Camilla Geraldello 
Brasil cai três posições em ranking global de corrupção 
Entre 177 países avaliados, o país passou da 69.ª para a 72.ª coloca-
ção no ranking sobre a percepção mundial sobre a corrupção 
Jamil Chade e correspondente, d 
Genebra - A percepção mundial sobre a corrupção no Brasil piorou em 
2013 de acordo com a classificação da entidade Transparência Internacio-
nal. Entre 177 países avaliados, o País caiu três posições, da 69.ª para a 
72.ª colocação no ranking que mede justamente as economias mais limpas 
do mundo. 
O ranking, que será publicado hoje, é o principal termômetro usado por 
instituições internacionais como uma base para medir a corrupção nos 
países, além de avaliar possibilidades de investimento e a credibilidade do 
sistema político. 
Quanto mais alto na classificação, mais "limpo" seria o país. O índice 
de percepção da corrupção é realizado a partir de oito pesquisas separa-
das, conduzidas com empresários, investidores e especialistas. 
Neste ano, o ranking trouxe o Brasil com 42 pontos. No ano passado, o 
saldo da avaliação era um pouco melhor - o País somava 43 pontos. De 
acordo com a metodologia da entidade, países com uma pontuação abaixo 
de 50 teriam uma situação de corrupção considerada "grave". 
Quanto mais alta a pontuação, mais "limpo" o país. Para Alejandro Sa-
las, representante da Transparência Internacional, o resultado da pesquisa 
"não é nada bom para o Brasil". 
"O País se apresenta como uma das principais economias do mundo e 
quer ocupar uma posição geopolítica importante. Não é uma boa notícia 
que fique na parte inferior do ranking", afirmou. As informações sãodo 
jornal O Estado de S. Paulo. 
Numa sessão longa, tumultuada e com desfecho confuso, o Su-
premo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira que réus 
condenados no julgamento do mensalão devem começar a cumprir as 
penas imediatamente. 
No entanto, não está claro qual o alcance exato da decisão e como ela 
afetará réus que ainda terão analisados os recursos chamados de embar-
gos infringentes. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, disse que escla-
receria a posição da corte na quinta-feira. 
Após a sessão, o STF anunciou em sua conta no Twitter que o cum-
primento imediato das penas se aplica a todas as condenações, exceto as 
objetos dos embargos infringentes. 
Nesse caso, mesmo réus que ainda aguardam o julgamento de embar-
gos infringentes – como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José 
Genoino – já passariam a cumprir pena. 
Isso porque eles foram condenados por mais de um crime, e nem todas 
as condenações serão objeto desses recursos. Os embargos infringentes 
só são cabíveis em condenações ocorridas com pelo menos quatro votos 
contrários de ministros do STF. 
Recursos esgotados 
Outros 12 dos 25 réus condenados não podem apresentar mais recur-
sos e não têm mais nenhuma instância para recorrer. 
Cumprirá pena em regime fechado Vinícius Samarane, ex-vice-
presidente do Banco Rural. 
Cumprirão pena em regime semiaberto (em que se deve passar a noite 
na prisão) os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), Pedro Corrêa (PP-
PE), Romeu Queiroz (PTB-MG), Bispo Rodrigues (PR-RJ), os deputados 
federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT); o ex-
tesoureiro do PL Jacinto Lamas e o advogado Rogério Tolentino. 
Dois réus com uma única condenação cujos recursos ainda serão ana-
lisados não começarão a cumprir penas: o empresário Breno Fischberg e o 
ex-assessor do PP Claudio Genu. 
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) teve nesta quarta um recurso 
aceito e também não começará a cumprir a pena imediatamente. 
Após o Supremo Tribunal Federal expedir 12 mandados de prisão 
relativos ao processo do mensalão, apenas um dos condenados, o ex-
diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, não se 
apresentou à Polícia Federal. Segundo seu advogado, ele estaria 
foragido na Itália. 
Pizzolato foi o primeiro a ter a prisão decretada pelo STF e foi conde-
nado a 12 anos e sete meses de reclusão em regime fechado, além de 
multa de R$ 1,3 milhão, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e 
lavagem de dinheiro. 
O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Sávio Lobato, confirmou, no 
final da manhã de sábado, que havia recebido informações de familiares de 
Pizzolato que ele teria deixado o país rumo à Itália. Ele tem dupla-
nacionalidade. 
"Por não vislumbrar a mínima chance de ter julgamento afastado de 
motivações político-eleitorais, (...) decidi consciente e voluntariamente fazer 
valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na 
Itália, em um tribunal que não se submete às imposições da mídia empre-
sarial", diz Pizzolato na carta. 
Mais cedo, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Delúbio 
Soares, se entregou na sede da PF em Brasília. Ele foi condenado a oito 
anos e 11 meses de prisão em regime semi-aberto pelos crimes de corrup-
ção ativa e formação de quadrilha. 
Na noite de sexta-feira, outros dez condenados, entre eles José Dirceu, 
José Genoíno e Marcos Valério, se apresentaram à PF. 
Também já se entregaram os sócios de Valério, Cristiano de Mello Paz 
e Ramon Hollerbach, e sua ex-funcionária Simone Vasconcelos; a dona do 
banco Rural, Kátia Rabello, e o ex-diretor do banco, José Roberto Salgado; 
o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-deputado Romeu 
Queiroz (PTB-MG). 
A expedição dos mandados ocorreu após a publicação, no fim da tarde 
de quinta-feira, do resultado do julgamento realizado na véspera, que 
determinou a prisão de parte dos condenados no processo do mensalão. 
O texto da publicação afirma que, "por unanimidade", os ministros de-
cidiram pela "executoriedade imediata" das penas "que não foram objeto de 
embargos infringentes". Além disso, "por maioria", eles decidiram que não 
podem ser executadas "as condenações que já foram impugnadas por meio 
de embargos infringentes". 
Dirceu 
Na noite de sexta-feira, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, se en-
tregou a agentes da Polícia Federal em São Paulo. 
Dirceu afirmou por meio de nota que foi condenado sem provas. Ele 
disse ainda que, mesmo preso, permanecerá lutando para provar sua 
inocência. 
Assessores de Genoino distribuíram um comunicado em que o ex-
presidente do PT alega inocência e se considera um "preso político". 
Uma nota divulgada por assessores do presidente Nacional do PT, Rui 
Falcão, informou que as prisões ferem o princípio da ampla defesa - pois 
nem todos os recursos à sentença haviam sido esgotados. O partido classi-
fica o julgamento como "injusto" e "político". 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 4
 
José Dirceu e José Genoino divulgaram notas alegando inocência pouco antes de se entregarem 
Mais cedo, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, havia de-
terminado a prisão de 12 réus do processo. 
Dirceu e Genoino devem cumprir pena em regime semiaberto, ou seja, 
poderão trabalhar durante o dia, mas terão de retornar à prisão para dormir. 
Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 
676 mil. A sentença de Genoino foi de seis anos e 11 meses com multa de 
R$ 468 mil. 
No momento da divulgação das ordens, Dirceu estava em sua casa em 
Vinhedo, no interior de São Paulo. Ele se dirigiu de carro com assessores 
para a Superintendência da Polícia Federal na Lapa, onde se entregou. 
Dirceu e Genoino permaneceram na carceragem da PF em São Paulo 
até serem transferidos para Brasília, onde chegaram na tarde deste sábado 
em um jato da PF. A transferência ocorreu pois a competência de lidar com 
os detentos é da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. João 
Fellet - Da BBC Brasil em São Paulo 
 
O Brasil é uma república federal presidencialista, de 
regime democrático-representativo. Em nível federal, o poder executivo é 
exercido pelo Presidente. É uma república porque o Chefe de Estado é 
eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto 
de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição 
Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma 
república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de 
governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É 
uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua 
soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus 
representantes nos órgãos legislativos, como também diretamente, 
mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece 
raramente, o que não caracteriza uma democracia representativa. 
 
640 × 652 - rcjoinville.blogspot.com 
Indicadores 
De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista 
britânica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos 
pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O 
país possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota 
7,5). No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação 
política (nota 5,0) e cultura política (nota 4,3). O desempenho do Brasil em 
participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados 
"regimes híbridos", enquanto o desempenho em cultura política é 
comparável ao de Cuba, considerado um regime autoritário.No entanto, a 
média geral do país (nota 7,1) é inferior somente à do Uruguai (nota 8,1) e 
do Chile (nota 7,6) na América do Sul. Dentre os BRIC, apenas 
a Índia (nota 7,2) possui desempenho melhor. De fato, em relação aos 
BRIC, a revistajá havia elogiado a democracia do país anteriormente, 
afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRIC. 
Diferentemente da China e da Rússia, é uma democracia genuína; 
diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus 
vizinhos". 
O Brasil é percebido como o 75º país menos corrupto do mundo, 
perdendo para Romênia, Grécia, Macedônia e Bulgária por apenas um 
décimo. O país está empatado com os países sul-americanos da Colômbia, 
do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106°), da Bolívia (120°), 
da Guiana (126°), do Equador (146°), do Paraguai (154°) e 
da Venezuela (162°) na região. O Brasil ainda está em situação melhor que 
todos os outros países do BRIC. A China se encontra 80º lugar, a Índia em 
84° e a Rússia em 146°. 
Organização 
O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de 
poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder 
Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um 
mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o 
Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera 
municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito 
federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre 
a Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos 
os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a 
respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da 
Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é 
representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em 
âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas 
Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais. 
Unidades federativas 
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, 
cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de 
quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com 
os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa 
parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4 
anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são 
eleitos para a Câmara Municipal para igual período. 
Poder Judiciário 
Finalmente, há o Poder Judiciário , cuja instância máxima é o Supremo 
Tribunal Federal , responsável por interpretar a Constituição Federal e 
composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do 
Senado, dentre indIvÍduos de renomado saber jurídico. A composição dos 
ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato 
presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um 
deles se aposenta ou vem a falecer. 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 5
Economia 
 
386 × 300 - jcnet.com.br 
A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Com 
um PIB nominal de 2,48 trilhões de dólares (4,14 trilhões de reais), foi 
classificada como a sexta maior economia do mundo em 2011, segundo 
o FMI (considerando o PIB de 2,09 trilhões de dólares, para 2010) , ou a 
sétima, de acordo com o Banco Mundial (também considerando um PIB de 
2.09 trilhões de dólares em 2010) e o World Factbook da CIA (estimando o 
PIB de 2011 em 2,28 trilhões de dólares). É a segunda maior do continente 
americano, atrás apenas dos Estados Unidos. 
A economia brasileira tem apresentado um crescimento consistente e, 
segundo o banco de investimento Goldman Sachs, deve tornar-se a quarta 
maior do mundo por volta de 2050. 
O Brasil é uma das chamadas potências emergentes: é o "B" do 
grupo BRICS. É membro de diversas organizações econômicas, como 
o Mercosul, a UNASUL, o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenas 
de parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportações do país referem-
se a produtos manufaturados e semimanufaturados. Os principais parceiros 
comerciais do Brasil em 2008 foram:Mercosul e América Latina (25,9% do 
comércio), União Europeia (23,4%), Ásia (18,9%), Estados Unidos (14,0%) 
e outros (17,8%). 
Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais 
aumentou sua competitividade em 2009, ganhando oito posições entre 
outros países, superando a Rússia pela primeira vez e fechando 
parcialmente a diferença de competitividade com a Índia e 
a China, economias BRIC . Importantes passos dados desde a década de 
1990 para a sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas para 
liberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente os 
fundamentos do país em matéria de competitividade, proporcionando um 
melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado. 
O país dispõe de setor tecnológico sofisticado e desenvolve projetos 
que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior 
empresa fabricante de aviões no mundo). O Brasil também está envolvido 
na pesquisa espacial. Possui um centro de lançamento de satélites e foi o 
único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela 
construção do Estação Espacial Internacional (EEI).[25] É também o 
pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível – o 
etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.Em 2008, a Petrobrás criou a 
subsidiária, a Petrobrás Biocombustível, que tem como objetivo principal a 
produção de biodiesel e etanol, a partir de fontes renováveis, 
como biomassa e produtos agrícolas. 
História 
Quando os exploradores portugueses chegaram no século XV, 
as tribos indígenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhões de pessoas, 
que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da 
colonização portuguesa do Brasil (1500-1822) até o final dos anos 1930, os 
elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produção 
de produtos primários para exportação. Dentro do Império Português, o 
Brasil era uma colônia submetida a uma política imperial mercantil, que 
tinha três principais grandes ciclos de produção econômica - o açúcar, 
o ouro e, a partir do início do século XIX, o café. A economia do Brasil foi 
fortemente dependente do trabalho escravizado Africano até o final do 
século XIX (cerca de 3 milhões de escravos africanos importados no total). 
Desde então, o Brasil viveu um período de crescimento econômico e 
demográfico forte, acompanhado de imigração em massa da 
Europa (principalmente Portugal, Itália, Espanha e Alemanha) até os anos 
1930. Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e 
a Argentina (em ordem decrescente) foram os países que receberam a 
maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatísticas mostram que 4,5 
milhões de pessoas emigraram para o país entre 1882 e 1934. 
Atualmente, com uma população de 190 milhões e recursos 
naturais abundantes, o Brasil é um dos dez maiores mercados do mundo, 
produzindo 35 milhões de toneladas de aço, 26 milhões de toneladas de 
cimento, 3,5 milhões de aparelhos de televisão e 5 milhões de geladeiras. 
Além disso, cerca de 70 milhões de metros cúbicos de petróleo estão 
sendo processados anualmente em combustíveis, lubrificantes, 
gás propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroquímicos. 
Além disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilômetros de estradas 
pavimentadas e mais de 108.000 megawatts de capacidade instalada 
de energia elétrica. 
Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 8.000 em 2008, devido à forte 
e continuada valorização do real, pela primeira vez nesta década. Suas 
contas do setor industrial respondem por três quintos da produção industrial 
da economia latino-americana. O desenvolvimento científico e 
tecnológico do país é um atrativo para o investimento direto estrangeiro, 
que teve uma média de US$ 30 bilhões por ano nos últimos anos, em 
comparação com apenas US$ 2 bilhões/ano na década 
passada,evidenciando um crescimento notável. O setor agrícola, também 
tem sidonotavelmente dinâmico: há duas décadas esse setor tem mantido 
Brasil entre os países com maior produtividade em áreas relacionadas ao 
setor rural. O setor agrícola e o setor de mineração também 
apoiaram superávits comerciais que permitiram ganhos cambiais maciços e 
pagamentos da dívida externa. 
Com um grau de desigualdade ainda grande, a economia brasileira 
tornou-se uma das maiores do mundo. De acordo com a lista de bilionários 
da revista Forbes de 2011, o Brasil é o oitavo país do mundo em número de 
bilionários, à frente inclusive do Japão, com um número bastante superior 
aos dos demais países latino americanos. 
Componentes da economia 
O setor de serviços responde pela maior parte do PIB, com 66,8%, 
seguido pelo setor industrial, com 29,7% (estimativa para 2007), enquanto 
a agricultura representa 3,5% (2008 est). A força de trabalho brasileira é 
estimada em 100,77 milhões, dos quais 10% são ocupados na agricultura, 
19% no setor da indústria e 71% no setor de serviços. 
Agricultura e produção de alimentos 
 
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O desempenho da agricultura brasileira põe o agronegócio em uma 
posição de destaque em termos de saldo comercial do Brasil, apesar das 
barreiras alfandegárias e das políticas de subsídios adotadas por 
alguns países desenvolvidos. Em 2010, segundo a OMC o país foi o 
terceiro maior exportador agrícola do mundo, atrás apenas de Estados 
Unidos e da União Europeia. 
No espaço de cinquenta e cinco anos (de 1950 a 2005), a população 
brasileira passou de aproximadamente 52 milhões para cerca de 185 
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milhões de indivíduos, ou seja, um crescimento demográfico médio de 2% 
ao ano. A fim de atender a essa demanda, uma autêntica revolução 
verde teve lugar, permitindo que o país criasse e expandisse seu complexo 
setor de agronegócio. No entanto, a expansão da fronteira agrícola se deu 
à custa de grandes danos ao meio ambiente, destacando-se 
o desmatamento de grandes áreas da Amazônia, sobretudo nas últimas 
quatro décadas. 
A importância dada ao produtor rural tem lugar na forma do Plano da 
Agricultura e Pecuária e através de outro programa especial voltado para 
a agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento de 
equipamentos e da cultura, incentivando o uso de novas tecnologias e pelo 
zoneamento agrícola. Com relação à agricultura familiar, mais de 800 mil 
habitantes das zonas rurais são auxiliados pelo crédito e por programas de 
pesquisa e extensão rural, notadamente através da Embrapa. A linha 
especial de crédito para mulheres e jovens agricultores visa estimular o 
espírito empreendedor e a inovação. 
Com o Programa de Reforma Agrária, por outro lado, o objetivo do país 
é dar vida e condições adequadas de trabalho para mais de um milhão de 
famílias que vivem em áreas distribuídas pelo governo federal, uma 
iniciativa capaz de gerar dois milhões de empregos. Através de parcerias, 
políticas públicas e parcerias internacionais, o governo está trabalhando 
para garantir infra-estrutura para os assentamentos, a exemplo de escolas 
e estabelecimentos de saúde. A ideia é que o acesso à terra represente 
apenas o primeiro passo para a implementação de um programa de 
reforma da qualidade da terra. 
Mais de 600 000 km² de terras são divididas em cerca de cinco mil 
domínios da propriedade rural, uma área agrícola atualmente com três 
fronteiras: a região Centro-Oeste (cerrado), a região Norte (área de 
transição) e de partes da região Nordeste (semiárido). Na vanguarda das 
culturas de grãos, que produzem mais de 110 milhões de toneladas/ano, é 
a de soja, produzindo 50 milhões de toneladas. 
Na pecuária bovina de sensibilização do setor, o "boi verde", que é 
criado em pastagens, em uma dieta de feno e sais minerais, conquistou 
mercados na Ásia, Europa e nas Américas, particularmente depois do 
período de susto causado pela "doença da vaca louca". O Brasil possui o 
maior rebanho bovino do mundo, com 198 milhões de cabeças, 
responsável pelas exportações superando a marca de US$ 1 bilhão/ano. 
Pioneiro e líder na fabricação de celulose de madeira de fibra-curta, o 
Brasil também tem alcançado resultados positivos no setor de embalagens, 
em que é o quinto maior produtor mundial. No mercado externo, responde 
por 25% das exportações mundiais de açúcar bruto e açúcar refinado, é o 
líder mundial nas exportações de soja e é responsável por 80% do suco de 
laranja do planeta e, desde 2003, teve o maior números de vendas de 
carne de frango, entre os que lidam no setor. 
Indústria 
 
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O Brasil tem o segundo maior parque industrial na América. 
Contabilizando 28,5% do PIB do país, as diversas indústrias brasileiras 
variam 
de automóveis, aço e petroquímicos até computadores, aeronaves e bens 
de consumo duráveis. Com o aumento da estabilidade econômica fornecido 
pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais têm investido 
pesadamente em novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos 
quais foi comprado de empresas estadunidenses. 
O Brasil possui também um diversificado e relativamente 
sofisticado setor de serviços. Durante a década de 1990, o setor 
bancário representou 16% do PIB. Apesar de sofrer uma grande 
reformulação, a indústria de serviços financeiros do Brasil oferece às 
empresas locais uma vasta gama de produtos e está atraindo inúmeros 
novos operadores, incluindo empresas financeiras estadunidenses. A Bolsa 
de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo está passando por um 
processo de consolidação e o setor de resseguros, anteriormente 
monopolista, está sendo aberto a empresas de terceiros. 
Em 31 de Dezembro de 2007, havia cerca de 21.304.000 linhas 
de banda larga no Brasil. Mais de 75% das linhas de banda larga via DSL e 
10% através de modem por cabo. 
As reservas de recursos minerais são extensas. Grandes reservas 
de ferro e manganês são importantes fontes de matérias-primas industriais 
e receitas de exportação. Depósitos 
de níquel, estanho, cromita, urânio, bauxita, berílio, cobre, chumbo,tungstên
io, zinco, ouro, nióbio e outros minerais são explorados. Alta qualidade de 
cozimento de carvão de grau exigido na indústria siderúrgica está em falta. 
O Brasil possui extensas reservas de terras raras, minerais essenciais à 
indústria de alta tecnologia. De acordo com a Associação Mundial do Aço, o 
Brasil é um dos maiores produtores de aço do mundo, tendo estado sempre 
entre os dez primeiros nos últimos anos. 
O Brasil, juntamente com o México, tem estado na vanguarda do 
fenômeno das multinacionais latino-americanas, que, graças à tecnologia 
superior e organização, têm virado sucesso mundial. 
Essas multinacionais têm feito essa transição, investindo maciçamente 
no exterior, na região e fora dela, e assim realizando uma parcela crescente 
de suas receitas a nível internacional. O Brasil também é pioneiro nos 
campos da pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde 73% de 
suas reservas são extraídas. De acordo com estatísticas do governo, o 
Brasil foi o primeiro país capitalista a reunir as dez maiores empresas 
montadoras de automóvel em seu território nacional. 
Maiores companhias 
Em 2012, 33 empresas brasileiras foram incluídas na Forbes Global 
2000 - uma classificação anual das principais 2000 companhias em todo o 
mundo pela revista Forbes. 
Energia 
O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir 
a dependência do petróleo importado. As importações eram responsáveis 
por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas o Brasil se 
tornou autossuficiente em petróleo em 2006. O Brasil é um dos principais 
produtores mundiais de energia hidrelétrica, com capacidade atual de cerca 
de 108.000 megawatts. Hidrelétricas existentes fornecem 80% da 
eletricidade do país. Dois grandes projetoshidrelétricos, a 15.900 
megawatts de Itaipu, no rio Paraná (a maior represa do mundo) e 
da barragem de Tucuruí no Pará, no norte do Brasil, estão em operação. O 
primeiro reator nuclear comercial do Brasil, Angra I, localizado perto do Rio 
de Janeiro, está em operação há mais de 10 anos. Angra II foi concluído 
em 2002 e está em operação também. Angra III tem a sua inauguração 
prevista para 2014. Os três reatores terão uma capacidade combinada de 
9.000 megawatts quando concluídos. O governo também planeja construir 
mais 17 centrais nucleares até ao ano de 2020. 
Situação econômica 
Somente em 1808, mais de trezentos anos depois de ser descoberto 
por Portugal, é que o Brasil obteve uma autorização do governo 
português para estabelecer as primeiras fábricas. 
No século XXI, o Brasil é uma das dez maiores economias do mundo. 
Se, pelo menos até meados do século XX, a pauta de suas exportações era 
basicamente constituída de matérias-primas e alimentos, como o açúcar, 
borracha e ouro, hoje 84% das exportações se constituem de produtos 
manufaturados e semimanufaturados. 
O período de grande transformação econômica e crescimento ocorreu 
entre 1875 e 1975. 
Nos anos 2000, a produção interna aumentou 32,3% . 
O agronegócio (agricultura e pecuária) cresceu 47%, ou 3,6% ao ano, 
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sendo o setor mais dinâmico - mesmo depois de ter resistido às crises 
internacionais, que exigiram uma constante adaptação da economia 
brasileira. 
A posição em termos de transparência do Brasil no ranking 
internacional é a 75ª de acordo com a Transparência Internacional. É igual 
à posição da Colômbia, do Peru e do Suriname. 
Controle e reforma 
Entre as medidas recentemente adotadas a fim de equilibrar a 
economia, o Brasil realizou reformas para a sua segurança social e para os 
sistemas fiscais. Essas mudanças trouxeram consigo um acréscimo 
notável: a Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla as despesas 
públicas dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal. Ao mesmo 
tempo, os investimentos foram feitos no sentido da eficiência da 
administração e políticas foram criadas para incentivar as exportações, a 
indústria e o comércio, criando "janelas de oportunidade" para os 
investidores locais e internacionais e produtores. Com estas mudanças, o 
Brasil reduziu sua vulnerabilidade. Além disso, diminuiu drasticamente as 
importações de petróleo bruto e tem metade da sua dívida doméstica pela 
taxa de câmbio ligada a certificados. O país viu suas exportações 
crescerem, em média, a 20% ao ano. A taxa de câmbio não coloca pressão 
sobre o setor industrial ou sobre a inflação (em 4% ao ano) e acaba com a 
possibilidade de uma crise de liquidez. Como resultado, o país, depois de 
12 anos, conseguiu um saldo positivo nas contas que medem as 
exportações/importações, acrescido de juros, serviços e pagamentos no 
exterior. Assim, respeitados economistas dizem que o país não será 
profundamente afetado pela atual crise econômica mundial. 
Políticas 
O apoio para o setor produtivo foi simplificado em todos os níveis; 
ativos e independentes, o Congresso e o Poder Judiciário procederam à 
avaliação das normas e regulamentos. Entre as principais medidas 
tomadas para estimular a economia estão a redução de até 30% do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o investimento de US$ 8 
bilhões em frotas de transporte rodoviário de cargas, melhorando assim a 
logística de distribuição. Recursos adicionais garantem a propagação de 
telecentros de negócios e informações. 
A implementação de uma política industrial, tecnológica e de comércio 
exterior, por sua vez, resultou em investimentos de US$ 19,5 bilhões em 
setores específicos, como softwares e 
semicondutores, farmacêutica e medicamentos e no setor de bens de 
capital. 
Renda 
O salário mínimo fixado para o ano de 2011 é de R$ 545,00 por 
mês, totalizando R$ 7.085,00 ao ano (incluindo o 13º salário). O PIB per 
capita do país em 2010 foi de R$ 19.016,00.Um estudo da Fundação 
Getúlio Vargas, com base em dados do IBGE, elaborou uma lista das 
profissões mais bem pagas do Brasil em 2007. Os valores podem variar 
muito de acordo com o estado da federação em que o profissional vive. As 
carreiras de Direito, Administração e Medicina ficaram entre as mais bem 
pagas, seguidas por algumas Engenharias. 
Infraestrutura 
Educação 
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito 
Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas 
de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável 
por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e 
fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orça-
mento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para 
a educação. 
Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa de literária da população 
brasileira foi de 90,4%, significando que 13 milhões (9,6% da população) de 
pessoas ainda são analfabetas no país; já o analfabetismo funcional atingiu 
21,6% da população. O analfabetismo é mais elevado no Nordeste, on-
de 19,9% da população é analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual 
de pessoas na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etária de 6 a 14 anos e 
de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 anos, enquanto o tempo médio total de 
estudo entre os que têm mais de 10 anos foi, em média, de 6,9 anos. 
O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, 
que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras 
acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes 
podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós-
graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituição 
de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de 
todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, desde que o 
aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja e-
la física, mental, visual ou auditiva. 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
A produção científica brasileira começou, efetivamente, nas primei-
ras décadas do século XIX, quando a família real e a nobreza portuguesa, 
chefiadas pelo Príncipe-regente Dom João de Bragança (futuro Rei Dom 
João VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invasão do exército 
de Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até então, o Brasil era 
uma colônia portuguesa(ver colônia do Brasil), sem universidades e organi-
zações científicas, em contraste com as ex-colônias americanas do império 
espanhol, que apesar de terem uma grande parte da população analfabeta, 
tinham um número considerável de universidades desde o século XVI. 
A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada 
em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notá-
veis pólos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo 
Cruz, Butantan, Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária e o INPE. 
O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina, 
com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação 
de satélites. Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasilei-
ra assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para a ISS. Este 
acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de 
março de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se trans-
formou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a 
orbitar nosso planeta. 
O urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), de 
Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende a demanda energética 
do país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nucle-
ar do país. O Brasiltambém é um dos três países da América Latina com 
um laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa 
da física, da química, das ciências dos materiais e da biologia. Segundo o 
Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum Eco-
nômico Mundial, o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial 
de tecnologia da informação. 
O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades 
científicas e inventores das mais diversas áreas do conhecimento, como os 
padres Bartolomeu de Gusmão, Roberto Landell de Moura e Francisco 
João de Azevedo, Santos Dumont, Manuel Dias de Abreu, César Lattes, 
Andreas Pavel, Nélio José Nicolai, Adolfo Lutz, Vital Brasil, Carlos Cha-
gas, Oswaldo Cruz, Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e Sil-
va e Euryclides Zerbini. 
TRANSPORTES 
 
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Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sen-
do 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), as estradas são as princi-
pais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. 
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se 
na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos 
no governo Vargas e Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubits-
chek (1956–1961), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro 
incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de 
grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General 
Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utiliza-
dos para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. 
Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de 
automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-
Benz, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país 
da indústria automobilística. 
Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 
721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque. O país 
tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás ape-
nas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localiza-
do na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimenta-
do aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfe-
go comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Pau-
lo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 
34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais. 
O país possui uma extensa rede ferroviária de 28 857 km de extensão, 
a décima maior rede do mundo.Atualmente, o governo brasileiro, diferente-
mente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo 
desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, 
um trem-bala que vai ligar as duas principais metrópoles do país. Há 37 
grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O 
país também possui 50 000 km de hidrovias. 
SAÚDE 
O sistema de saúde pública brasileiro, o Sistema Único de Saú-
de (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do governo, sendo o 
maior sistema do tipo do mundo. Já os sistemas de saúde privada atendem 
um papel complementar. Os serviços de saúde públicos são universais e 
oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a 
construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financia-
das por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em 
despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 
camas hospitalares para cada 1000 habitantes. 
Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema 
universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas 
de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvi-
dos foram as taxas de altos de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 
mortes por 1000 nascimentos). O número de mortes por doenças não 
transmissíveis, como doenças cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 
habitantes) e câncer (72,7 mortes por 100 000 habitantes) também têm um 
impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, os 
fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência 
e suicídio causaram 14,9% de todas as mortes no país. 
ENERGIA 
 
O Brasil é o décimo maior consumidor da energia do planeta e o tercei-
ro maior do hemisfério ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá. A 
matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis, sobretudo 
a energia hidrelétrica e o etanol, além de fontes não-renováveis de energia, 
como o petróleo e o gás natural. 
Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar 
uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-
de-açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste 
momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970, em resposta 
às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. 
Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos 
flex", que funcionam com etano ou gasolina, permitindo que 
o consumidor possa abastecer com a opção mais barata no momento, 
muitas vezes o etanol. 
Os países com grande consumo de combustível como a Índia e 
a China estão seguindo o progresso do Brasil nessa área. Além disso, 
países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para 
ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo 
de Quioto. 
O Brasil possui a segunda maior reserva de petróleo bruto na América 
do Sul e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua pro-
dução nos últimos anos O país é um dos mais importantes do mundo na 
produção de energia hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração 
de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts, a energia hídrica é 
responsável por 66.000 megawatts (74%). A energia nuclear representa 
cerca de 3% da matriz energética do Brasil. O Brasil pode se tornar uma 
potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse 
recurso nos últimos tempos na Bacia de Santos. 
COMUNICAÇÃO 
A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a chegada da família 
real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer ativida-
de de imprensa — fosse a publicação de jornais ou livros. A imprensa 
brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, 
com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-
regente dom João. 
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território 
nacional, começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a 
imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa 
e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do 
mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e 
publicações das editoras Abril e Globo. 
A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 1922, sendo a primei-
ra transmissão um discurso do então presidente Epitácio Pessoa, porém a 
instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a 
criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro". Na década de 
1930 começou a era comercial do rádio, com a permissão de comerciais na 
programação, trazendo a contratação de artistas e desenvolvimento técnico 
para o setor. Com o surgimento das rádio-novelas e da popularização da 
programação, na década de 1940, começou a chamada era de ouro do 
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rádio brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade brasileira semelhante 
ao que a televisão produz hoje.Com a criação da televisão o rádio passa 
por transformações, os programas de humor, os artistas, as novelas e os 
programas de auditório são substituídos por músicas e serviços de utilidade 
pública. Na década de 1960 surgiram as rádios FM's que trazem mais 
músicas para o ouvinte. 
A televisão no Brasil começou, oficialmente, em 18 de setem-
bro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal 
de televisão no país, a TV Tupi. Desde então a televisão cresceu no país, 
criando grandes redes como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a 
televisão representa um fator importante na cultura popular moderna da 
sociedade brasileira. A televisão digital no Brasil teve início às 20h30min 
de 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de São Paulo, pelo 
padrão japonês. 
CULTURA 
O núcleo de cultura é derivado da cultura portuguesa, por causa de 
seus fortes laços com o império colonial português. Entre outras influências 
portuguesas encontram-se o idioma português, o catolicismo roma-
no e estilos arquitetônicos coloniais. A cultura, contudo, foi também forte-
mente influenciada por tradições e culturas africanas, indígenas 
e europeias não-portuguesas. Alguns aspectos da cultura brasileira foram 
influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes 
europeus que chegaram em grande número nas regiões Sul e Sudeste do 
Brasil. Os ameríndios influenciaram a língua e a culinária do país e os 
africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a dança e a religião. 
A arte brasileira tem sido desenvolvida, desde o século XVI, em dife-
rentes estilos que variam do barroco (o estilo dominante no Brasil até o 
início do século XIX) para o romantismo, modernismo, expressionismo, 
cubismo, surrealismo e abstracionismo. 
O cinema brasileiro remonta ao nascimento da mídia no final do século 
XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos 
últimos anos. 
A música brasileira engloba vários estilos regionais influenciados por 
formas africanas, europeias e ameríndias. Ela se desenvolveu em estilos 
diferentes, entre eles, samba, música popular brasileira, música nativis-
ta, música sertane-
ja, choro, axé,brega, forró, frevo, baião, lambada, maracatu, bossa no-
va e rock brasileiro. 
MEIO AMBIENTE 
A grande extensão territorial do Brasil abrange diferen-
tes ecossistemas, como a Floresta Amazônica, reconhecida como tendo a 
maior diversidade biológica do mundo, a Mata Atlântica e o Cerrado, que 
sustentam também grande biodiversidade, sendo o Brasil reconhecido 
como um país megadiverso. No sul, a Floresta de araucárias cresce sob 
condições de clima temperado. 
A rica vida selvagem do Brasil reflete a variedade de habitats naturais. 
Os cientistas estimam que o número total de espécies vegetais e animais 
no Brasil seja de aproximadamente de quatro milhões. Grandes mamífe-
ros incluem pumas, onças,jaguatiricas, raros cachorros-vinagre, raposas, 
queixadas, antas, tamanduás, preguiças, gambás e tatus. Veados são 
abundantes no sul e muitas espécies de platyrrhini são encontradas 
nas florestas tropicais do norte. A preocupação com o meio ambiente tem 
crescido em resposta ao interesse mundial nas questões ambientais. 
O patrimônio natural do Brasil está seriamente ameaçado pe-
la pecuária e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamen-
to, extração de petróleo e gás, a sobre pesca, comércio de espécies selva-
gens, barragens e infraestrutura, contaminação da água, alterações climáti-
cas, fogo e espécies invasoras. Em muitas áreas do país, o ambiente 
natural está ameaçado pelo desenvolvimento. A construção de estradas em 
áreas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-163, abriu áreas anteriormen-
te remotas para a agricultura e para o comércio; barragens inundaram vales 
e habitats selvagens; e minas criaram cicatrizes na terra e poluíram 
a paisagem. 
SOCIEDADE 
As bases da moderna sociedade brasileira remontam à revolução de 
1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo 
de modernização. Durante a República Velha (ou primeira república), o 
Brasil era ainda o país essencialmente agrícola, em que predominava a 
monocultura. O processo de industrialização apenas começava, e o setor 
de serviços era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos 
senhores de terras, estava unida à classe dos grandes comerciantes. Como 
a urbanização era limitada e a industrialização, incipiente, a classe operária 
tinha pouca importância na caracterização da estrutura social. A grande 
massa de trabalhadores pertencia à classe dos trabalhadores rurais. So-
mente nas grandes cidades, as classes médias, que galgavam postos 
importantes na administração estatal, passavam a ter um peso social mais 
significativo. 
No plano político, o controle estatal ficava nas mãos da oligarquia rural 
e comercial, que decidia a sucessão presidencial na base de acordos de 
interesses regionais. A grande maioria do povo tinha uma participação 
insignificante no processo eleitoral e político. A essa estrutura social e 
política correspondia uma estrutura governamental extremamente descen-
tralizada, típica do modelo de domínio oligárquico. 
Durante a década de 1930 esse quadro foi sendo substituído por um 
modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas mãos do presi-
dente da república. Tão logo assumiu o poder, Getúlio Vargas baixou um 
decreto que lhe dava amplos poderes governamentais e até mesmo legisla-
tivos, o que abolia a função do Congresso e das assembleias e câmaras 
municipais. Ao invés do presidente de província, tinha-se a figura do inter-
ventor, diretamente nomeado pelo chefe do governo e sob suas ordens. 
Essa tendência centralizadora adquiriu novo ímpeto com o golpe de 1937. 
A partir daí, a União passou a dispor de muito mais força e autonomia em 
relação aos poderes estaduais e municipais. O governo central ficou com 
competência exclusiva sobre vários itens, como a decretação de impostos 
sobre exportações, renda e consumo de qualquer natureza, nomear e 
demitir interventores e, por meio destes, os prefeitos municipais, arrecadar 
taxas postais e telegráficas etc. Firmou-se assim a tendência oposta à 
estrutura antiga. 
Outra característica do processo foi o aumento progressivo da partici-
pação das massas na atividade política, o que corresponde a uma ideologi-
zação crescente da vida política. No entanto, essa participação era molda-
da por uma atitude populista, que na prática assegurava o controle das 
massas pelas elites dirigentes. Orientadas pelas manobras personalistas 
dos dirigentes políticos, as massas não puderam dispor de autonomia e 
organização suficientes para que sua participação pudesse determinar uma 
reorientação político-administrativa do governo, no sentido do atendimento 
de suas reivindicações. Getúlio Vargas personificou a típica liderança 
populista, seguida em ponto menor por João Goulart e Jânio Quadros. 
Sociedade moderna. O processo de modernização iniciou-se de forma 
mais significativa a partir da década de 1950. Os antecedentes centraliza-
dores e populistas condicionaram uma modernização pouco espontânea, 
marcadamente tutelada pelo estado. No espaço de três décadas, a fisio-
nomia social brasileira mudou radicalmente. Em 1950, cerca de 55% da 
população brasileira vivia no campo, e apenas três cidades tinham mais de 
500.000 habitantes; na década de 1990, a situação se alterara radicalmen-
te: 75,5% da população vivia em cidades. A industrialização e o fortaleci-
mento do setor terciário haviam induzido uma crescente marcha migratória 
em dois sentidos: do campo para a cidade e do norte para o sul. Em termos 
de distribuição por setores, verifica-se uma forte queda relativa na força de 
trabalho empregada no setor primário. 
O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubits-
chek (1956-1960) foram períodos de fixação da mentalidade desenvolvi-
mentista, de feição nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto,foram também períodos de intensificação dos investimentos estrangeiros e 
de participação do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964, 
estabeleceu-se uma quebra na tradição populista, embora o governo militar 
tenha continuado e até intensificado as funções centralizadoras já observa-
das, tanto na formação de capital quanto na intermediação financeira, no 
comércio exterior e na regulamentação do funcionamento da iniciativa 
privada. As reformas institucionais no campo tributário, monetário, cambial 
e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos milita-
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 10 
res, ensejaram o ambiente propício ao crescimento e à configuração mo-
derna da economia. Mas não se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida 
política representativa, baseada em instituições estáveis e consensuais. 
Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma 
economia complexa e uma sociedade à mercê de um estado atrasado e 
autoritário. 
Ao aproximar-se o final do século XX a sociedade brasileira apresenta-
va um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes 
tensões. O longo ciclo inflacionário, agravado pela recessão e pela inefici-
ência e corrupção do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades soci-
ais, o que provocou um substancial aumento do número de miseráveis e 
gerou uma escalada sem precedentes da violência urbana e do crime 
organizado. O desânimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos 
planos de combate à inflação e de retomada do crescimento econômico 
criavam um clima de desesperança. O quadro se complicava com a carên-
cia quase absoluta nos setores públicos de educação e saúde, a deteriora-
ção do equipamento urbano e da malha rodoviária e a situação quase 
falimentar do estado. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações 
Ltda. 
Ecologia 
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a 
segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século XX como 
um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se 
evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, 
como crescimento populacional, poluição ambiental, fome e todos os 
problemas sociológicos e políticos atuais, são em grande parte ecológicos. 
A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no século XIX 
pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar a "relação dos animais 
com seu meio ambiente orgânico e inorgânico". A expressão meio ambiente 
inclui tanto outros organismos quanto o meio físico circundante. Envolve 
relações entre indivíduos de uma mesma população e entre indivíduos de 
diferentes populações. Essas interações entre os indivíduos, as populações 
e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecológicos, ou 
ecossistemas. A ecologia também já foi definida como "o estudo das inter-
relações dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia 
da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas". 
Histórico. A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra 
seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente 
em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as 
relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para 
a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos 
fisiologistas sobre plantas e animais. 
O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu 
impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus 
chamou atenção para o conflito entre as populações em expansão e a 
capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. 
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas 
para o estudo das populações, o que levou a experiências sobre a 
interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies 
e o controle populacional. O estudo da influência do comportamento sobre 
as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da 
territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e 
agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, 
enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social 
no controle das populações. 
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na 
Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de 
dois diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em 
estudar a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades 
vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas 
comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se 
desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram 
ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo 
biótico. 
Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e 
populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. 
Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de 
níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é 
transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) 
aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton, 
ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem 
com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois 
biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a 
reserva energética de lagos, desenvolveram a ideia da produção primária, 
isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese. 
A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o 
desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-
dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do 
ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos 
americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo 
dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington. 
O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado 
pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, 
computação e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas 
rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias específicas 
através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um 
novo estágio no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas, 
que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas. 
Conceito unificador. Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma 
base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se concentrar no 
conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos 
integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área 
específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os 
vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos 
de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas 
inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um lado, e 
entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro. 
Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia 
e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos e relações 
energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma 
comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por 
menores que sejam esses conjuntos específicos de condições físicas que 
cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares costumam ser 
complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras, 
formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas, 
herbívoros e carnívoros. 
Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la 
passam de um estado menos complexo para um mais complexo.Essa 
mudança direcional é chamada sucessão. Sempre que um ecossistema é 
utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade é adiada. 
A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela 
ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de 
energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade 
de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma 
população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números 
precisam estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em 
consequência de doença, fome, competição, baixa reprodução e outras 
reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e flutuações no meio 
ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve 
se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está 
relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o 
ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a 
dinâmica, o comportamento e a evolução das populações. 
Áreas de estudo. A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve 
biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, 
meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química, 
matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira 
entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência 
sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria ecologia. Na 
compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre 
organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica 
populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e 
genética, e ecologia animal de ecologia vegetal. 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 11 
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das 
plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das 
plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente 
descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente 
ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve 
o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e das 
inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais 
dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal 
não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável 
de ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da 
ecologia, como manejo da vida selvagem. 
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das 
inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (auto-
ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia). 
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e 
indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um 
organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas 
pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são 
tomadas de empréstimo da química, da física e da fisiologia. A auto-
ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a 
constância da interação entre um organismo e seu ambiente, e a 
adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do local 
onde vivem. 
A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é 
facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas 
recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia 
desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início 
a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela 
sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas 
energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem 
ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a 
antropologia cultural. 
A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de 
ambiente, como terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém 
subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange 
aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos 
solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade. 
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e 
sujeitos a flutuações ambientais muito mais amplas do que os 
ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições 
da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura. 
Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas 
aquáticos, dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema 
como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a 
ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos 
d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que 
se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar 
aberto e estuários é objeto da ecologia marinha. 
Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas 
especializadas. O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais 
denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento 
populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa 
são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia 
das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética. As reações 
comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais que 
afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia 
comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente 
físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica. 
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos 
ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e 
análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de dados e 
resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido 
desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de 
princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e 
problemas de poluição ambiental. 
Movimento ecológico. A intervenção do homem no meio ambiente ao 
longo da história, principalmente após a revolução industrial, foi sempre no 
sentido de agredir e destruir o equilíbrio ecológico, não raro com 
consequências desastrosas. A ação das queimadas, por exemplo, provoca 
o desequilíbrio da fauna e da flora e modifica o clima. Várias espécies de 
animais foram extintas ou se encontram em risco de extinção em 
decorrência das atividades do homem. 
Já no século XIX se podia detectar a existência de graves problemas 
ambientais, como mostram os relatos sobre poluição e insalubridade nas 
fábricas e bairros operários. Encontram-se raciocínios claros da vertente 
que mais tarde se definiria como ecologia social na obra de economistas 
como Thomas Malthus, Karl Marx e John Stuart Mill, e de geógrafos como 
Friedrich Ratzel e George P. Marsh. Mesmo entre os socialistas, porém, 
predominava a crença nas possibilidades do industrialismo e a ausência de 
preocupação com os limites naturais. Também contribuiu o fato de a 
economia industrial não ter ainda revelado as contradições ecológicas 
inerentes a seu funcionamento, evidenciadas no século XX. 
De fato, a maioria das teorias econômicas recentes traduz essa atitude 
e raciocina como se a economia estivesse acima da natureza. A economia, 
no entanto, pode até mesmo ser considerada apenas um capítulo da 
ecologia, uma vez que se refere somente à ação material e à demanda de 
uma espécie, o homem, enquanto a ecologia examina a ação de todas as 
espécies, seus relacionamentos e interdependências. 
A radicalização do impacto destrutivo do homem sobre a natureza, 
provocada pelo desenvolvimento do industrialismo, inspirou, especialmente

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