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2020 - AULA 01 - HIGIENE INDUSTRIAL

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SCS Qd 08, Ed Venâncio 2.000 – B-50 – Salas 87/95 – Brasília –DF 
Fone (61) 3201-0161 - Fax (61) 3037-8444 
email: celso@bsbmed.com.br 
 
 
HIGIENE DO TRABALHO 
 
RISCO QUÍMICO 
 
PALESTRANTE 
Curriculum Vitae 
CELSO BERILO CIDADE CAVALCANTI 
 Engenheiro Químico/Faenquil – 1991; 
 Mestre em Ciências de Materiais/ITA – 1994; 
 Engenheiro de segurança do Trabalho/UnB – 1998; 
 Higienista Ocupacional Certificado/ABHO – 2007; 
 Experiência em Industria Química, Metalúrgica, Limpeza, 
Bebidas, explosivos, Hospitalar, consultoria e SESMT; 
 Coordenador do Curso de Pós-Graduação de Engenharia de 
Segurança do Trabalho/UNIP – DF e CREA/AP; 
 Professor Universitário (FTB), UnB e do SENAI/Gama (TST); 
 Professor Pós-Graduação Universidade de Brasília (UnB) e 
Federal do Pará (UFPA), IPOG e CENBRAP; 
 Perícias TRT, Consultorias, Palestras e Cursos; 
ÍNDICE 
 
HIGIENE DO TRABALHO 
 Agentes de Risco Químico; 
 Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos; 
 APRHO – Análise preliminar dos riscos; 
 Definição de Higiene Ocupacional; 
 Determinação do MRE – Exposição de Maior Risco; 
 Formação dos GHE’s – Grupo Homogêneo de Exposição; 
 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E EXTRANGEIRA 
 Enquadramento dos agentes de risco em função da base legal e base técnica; 
 Entendimento do Limite de Tolerância e Nível de Ação e aplicação a NR 15 e pela ACGIH; 
 
AVALIAÇÃO AMBIENTAL 
 Avaliação Qualitativa – como avaliar; 
 Avaliação Quantitativa – como avaliar e interpretar; 
 Como identificar e Selecionar o EPI – Equipamento de Proteção Individual; 
 
LABORATORIAL 
 Amostradores e suas aplicações: como utilizar e qual amostrador utilizar para qual análise; 
 Como Interpretar as metodologias de análises; 
 Entendimento do efeito aditivo; 
 Extração; 
 Limites de Quantificação; 
 Metodologia; 
 Práticas básicas analíticas laboratoriais; 
 Principais interferentes; 
 
ÍNDICE 
 
HIGIENE DO TRABALHO 
Agentes de Risco Químico; 
Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos; 
APRHO – Análise preliminar dos riscos; 
Definição de Higiene Ocupacional; 
Determinação do MRE – Exposição de Maior Risco; 
Formação do GHE – Grupo Homogêneo de Exposição; 
 
 
Higiene Ocupacional 
 
A higiene ocupacional, também conhecida como higiene do 
trabalho ou higiene industrial é uma ciência responsável pela 
avaliação, análise e posterior controle dos riscos para a saúde do 
trabalhador no ambiente laboral. 
• Riscos do processo de trabalho (NR-05) – Q / F / B / E / A; 
Na CIPA, também já se usou Riscos Ocupacionais (tabela de 
cores) 
• Riscos Ambientais (NR-09) – Q / F / B; 
DEFINIÇÃO 
Substância química ou Produto Químico 
 
Substância química é qualquer material com uma composição 
bem definida que não se consegue separar por qualquer método 
mecânico ou físico e que mantém as mesmas características 
físicas e químicas em qualquer amostra obtida. 
Conceituação, classificação e 
reconhecimento dos riscos; 
Agentes Químicos 
NR – 09 – Item 9.1.5.2 
 
Consideram-se agentes químicos, as substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, 
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, 
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter 
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por 
ingestão. 
Conceituação, classificação e 
reconhecimento dos riscos; 
ESTADO FÍSICO – SÓLIDOS 
PÓ OU POEIRA - partícula sólida finamente dividida gerada 
mecanicamente. Ex. pó de talco, calcário, cimento (moagem ou 
cominuição), sulfato de alumínio (tratamento de água), corante 
(preparação de tintas), serragem (lixamento), ração entre outros 
(ensacamento); 
 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – SÓLIDOS 
FUMOS - partícula sólida finamente divididas. Ex: fumos metálicos 
(soldagens e fundição), asfalto (quente) e poeira inorgânica (lixamento); 
 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – SÓLIDOS 
FUMAÇA - partícula sólida finamente dividida gerada por reação 
química. Ex: fumaça proveniente do escapamento dos automóveis e 
fabricação de negro de fumo (combustão incompleta); 
 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – SÓLIDOS 
ORGANISMOS VIVOS - bactérias, vírus, fungos, mofos e bolores 
(microrganismos patogênicos) Ex: esgoto em tratamento, contato com 
animais, varrição de ruas e contato com fluídos corpóreos (ambiente 
hospitalar); 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – LÍQUIDO 
NÉVOA - Partícula líquida finamente dividida. Ex: querosene, óleo BPF 
(maçarico da caldeira) spray na limpeza de veículos com óleo diesel e 
solupan (soda cáustica); 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – SÓLIDOS 
NEBLINA - Partícula líquida finamente dividida gerada por 
condensação. Ex: vapor de água condensando - neblina; 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – VAPOR / GASOSO 
VAPORES - Líquido de um produto com baixo ponto de ebulição, que 
devido a temperatura evaporou, ou seja, passou do estado líquido para 
o gasoso. Ex: vapores de gasolina (reabastecimento de veículos) 
preparação de tintas e limpeza de peças (uso do thinner – tolueno); 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
ESTADO FÍSICO – VAPOR / GASOSO 
GASES – Produto que na condição normal de temperatura e pressão 
(CNTP – 298K e 1ATM) está na forma gasosa. Ex: Gás Oxigênio, 
Acetileno (equipamento de soldagem), enchimento de cilindros de 
extintor de incêndio (gás carbônico). 
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGIA 
DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
Produtos Alérgicos - causam severas reações com alguns indivíduos 
sensíveis. Ex: pó de talco, serragem, ração entre outros; 
Irritantes Químicos - causam danos à membrana mucosa sensitiva ou 
no tecido pulmonar. Ex: gás amônia, vapores de ácido clorídrico; 
Produtos Fibrosos - causam desenvolvimento de cicatriz no tecido do 
pulmão. Ex: poeira de sílica ou amianto; 
Produtos Cancerígenos - causam desenvolvimento de ulcerações no 
pulmão. Ex: cromatos e partículas radioativas; 
Envenenamento Sintético - provocam danos orgânicos críticos. Ex: 
chumbo, cádmio, arsênio; 
Produtos de Febre - provocam danos químicos críticos. Ex: vapores 
de zinco e cobre; 
EFEITOS DOS 
PRODUTOS QUÍMICOS 
Gases Inertes - não reagem com o nosso organismo, mas deslocam o 
oxigênio. Ex: gás argônio, hélio ou nitrogênio; 
Gases Ácidos - em contato com a água de nosso corpo produzem 
ácidos. Ex: gás sulfídrico, dióxido de enxofre e cloreto de hidrogênio; 
Gases Alcalinos - em contato com a água de nosso corpo produzem 
álcalis ou bases. Ex: gás amônia, fosfina; 
Compostos Orgânicos - geralmente vapores de solventes orgânicos 
que causam depressão do sistema imunológico. Ex: querosene, 
gasolina; 
Compostos Organometálicos - geralmente vapores de 
organometálicos que causam depressão do sistema imunológico. Ex: 
chumbo tetraetila; 
 
EFEITOS DOS 
PRODUTOS QUÍMICOS 
 
CONTAMINANTE QUÍMICO 
 
Se considera contaminante químico, os elementos ou compostos 
químicos cujo estado físico e características físico-químicas permitam 
penetrar no organismo dos indivíduos, de forma a originar um efeito 
adverso a saúde. 
 
A contaminação dos ambientes naturais, do solo, das águas superficiais 
e subterrâneas, do ar e dos alimentos por substâncias químicas 
representam diferentes riscos à saúde pública. A avaliação da 
exposição humana a contaminantes químicos presentes no 
ambiente é uma das competências da Vigilância em Saúde de 
Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq), que 
busca articular ações de saúde integradas como prevenção, promoção, 
vigilância e assistência à saúde. 
INFORMAÇÕES SOBRE 
O CONTAMINANTE QUÍMICO 
 
Utilizaremos nesse módulo cinco sistemas de busca porinformações 
para os contaminantes químicos, a saber: 
 
 FISPQ; 
 SDS ou MSDS; 
 GHS; 
 C.A.S.; 
 Número ONU; 
INFORMAÇÕES SOBRE 
O CONTAMINANTE QUÍMICO 
 
Inicialmente, deve-se buscar a composição química do contaminante 
químico que se deseja conhecer. Os produtos comerciais em geral são 
misturas, mas mesmo uma substância “pura” contém impurezas em 
concentrações diversas. 
 
Muitas informações são encontradas na FISPQ – Ficha de Informação 
de Segurança de Produtos Químicos 
 
A FISPQ e os rótulos devem ser consultados a fim de se obter a 
composição e algumas informações básicas do produto comercial. 
Atualmente, a FISPQ do produto, quando não disponibilizada pelo 
fornecedor, pode ser obtida através da internet, no site do fabricante ou 
do fornecedor. 
FISPQ 
 
1. Identificação do produto e da empresa; 
2. Identificação dos perigos; 
3. Composição e informação dos 
ingredientes; 
4. Medidas de primeiros socorros; 
5. Medidas de combate a incêndio; 
6. Medidas de controle para derramamento 
ou vazamento; 
7. Manuseio e armazenamento; 
8. Controle da exposição e EPIs; 
9. Propriedades físico-químicas; 
10. Estabilidade e reatividade 
11. Informações toxicológicas; 
12. Informações ecológicas; 
13. Considerações sobre tratamento e 
disposição 
14. Informações sobre transporte; 
15. Regulamentações; 
16. Outras informações 
 As FISPQ foram instituídas no país 
por normas da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) NBR 14.725-
4 Produtos Químicos – Informações 
sobre Segurança, Saúde e Meio 
Ambiente: Parte 4. 
O fornecedor do Produto Químico é 
obrigado a emitir a FISPQ, mas nem 
sempre as informações fornecidas 
estão completas ou atualizadas, 
especialmente quanto à composição. 
Outro problema grave oriundo da 
própria norma é que não há 
padronização relativa às definições e 
aos critérios de como se deve 
considerar os perigos de uma 
determinada substância. 
As empresas fornecedoras de produtos 
químicos devem disponibilizá-las aos 
seus clientes e os itens abaixo devem 
nela constar com a seguinte 
numeração: 
FISPQ 
FISPQ 
FISPQ 
Apresentamos para consulta as seguintes FISPQ: 
 
Líquido – Ácido Sulfúrico; 
Líquido (defensivo) – Roundup; 
Solvente Orgânico – 2-Propanona (acetona); 
Solvente Orgânico – Gasolina; 
Sólido – Sílica Amorfa; 
Sólido – Sulfato de Calcio (sem sílica); 
Sólido – Negro de Fumo; 
Sólido – Chumbo Metálico; 
Gás (asfixiante simples) – Metano; 
Gás (tóxico) – Monóxido de Carbono; 
EXERCÍCIO x FISPQ 
Os participantes do treinamento vão se dividir em grupos pelo número 
de FISPQ apresentadas nesse slide para consulta durante o curso: 
 
Líquido – Ácido Sulfúrico; 
Líquido (defensivo) – Roundup; 
Solvente Orgânico – 2-Propanona (acetona); 
Solvente Orgânico – Gasolina; 
Sólido – Sílica Amorfa; 
Sólido – Sulfato de Calcio (sem sílica); 
Sólido – Negro de Fumo; 
Sólido – Chumbo Metálico; 
Gás (asfixiante simples) – Metano; 
Gás (tóxico) – Monóxido de Carbono; 
SDS ou MSDS 
São as siglas em inglês para Safety Data Sheet (SDS) e Material 
Safety Data Sheet (MSDS). São parecidas com as FISPQ brasileiras, 
mas cada país tem suas próprias normas e, assim, são muito 
heterogêneas, não só em relação aos itens que as compõem, mas 
também quanto às definições dos perigos. 
 
Existem FISPQ, SDS e MSDS tanto para produtos comerciais de 
responsabilidade dos produtores/fornecedores, quanto para 
substâncias puras; e muitas vezes, para essas últimas, existem SDS 
publicadas por instituições públicas, como, por exemplo, a Agência de 
Proteção Ambiental dos EUA (United States Environmental Protection 
Agency – US-EPA). 
SDS ou MSDS 
Várias instituições de Saúde e Segurança do Trabalho possuem bases 
para substâncias químicas de acesso livre, como os links das 
instituições a seguir: 
• Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (INSHT) – 
Espanha 
• Agency for Toxic Substances & Diseases Registry (ATSDR), dos 
Centers of Disease Control and Prevention (CDC) – Estados Unidos; 
 
Líquido – Glutaraldehyde; 
Líquido (defensivo) – Glyphosate; 
Líquido - Toximul; 
GHS 
A sigla GHS significa Globally Harmonized System of Classification and 
Labelling of Chemicals ou, em português, Sistema Globalmente 
Harmonizado para Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos. 
Como cada país, agência reguladora, instituição ou órgão de diferentes 
naturezas possuíam sistemas e regulamentações distintas para 
classificação e rotulagem de substâncias químicas, a interpretação de 
informações por parte dos interessados se tornava muito complexa, 
bem como dificultava o cumprimento de todos os sistemas por parte 
das empresas. 
 
Assim, a OIT, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (Organization for Economic Cooperation and Development 
– OECD) e o Comitê de Especialistas em Transporte de Cargas 
Perigosas das Nações Unidas (United Nations Committee of Experts 
on the Transport of Dangerous Goods – UNCETDG) criaram em 
conjunto um sistema geral: o GHS. 
GHS 
O GHS não é uma norma, mas um sistema composto por requisitos 
técnicos de classificação e comunicação de perigos com informações 
explicativas de como aplicar o sistema. A ABNT publicou uma norma 
em 2009 que, em muitos aspectos, segue o sistema globalmente 
harmonizado. 
 
Esta norma, a 14.725, é dividida em 4 partes: 
1 – Terminologia; 
2 – Sistema de Classificação de Perigo; 
3 – Rotulagem; e 
4 – FISPQ. 
GHS 
Pela alteração introduzida em 2011, a Norma Regulamentadora nº 26 
do Ministério do Trabalho e Emprego (Portaria nº 229, de 24 de maio 
de 2011),39 determina que “produto químico utilizado no local de 
trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a 
saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo 
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de 
Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas”. 
Quanto às informações sobre produtos químicos perigosos, elas 
devem ser apresentadas na ficha com dados de segurança do produto 
químico cujo formato e conteúdo devem também seguir o estabelecido 
pelo GHS. 
C.A.S. 
A sigla CAS significa Chemical Abstracts Service ou, em Português 
Serviço de Informações Químicas que é uma divisão da Chemical 
American Society. 
Aproximadamente 102 milhões de compostos receberam, até agora, 
um número CAS. Aproximadamente 4.000 novos números são 
acrescentados cada dia. O objetivo é facilitar as pesquisas no banco de 
dados, visto que, muitas vezes, os produtos químicos têm mais de um 
nome. 
O registro CAS é separado por traços em três partes: a primeira parte 
tem até 6 algarismos, a segunda, até dois algarismos e a terceira é um 
número de controle de um algarismo. Os números são atribuídos 
cronologicamente e não têm significação particular. 
C.A.S. 
O número CAS auxilia muito na busca de informações, pois se podem 
encontrar informações em qualquer idioma, não importando a 
quantidade de sinônimos que a substância possua ou, ainda, os 
problemas da grafia correta da substância em inglês ou em outro idioma. 
Com o número CAS obtido diretamente das FISPQs, de buscadores da 
internet ou ainda do site Chemfinder, da Cambridgesoft, pode-se 
procurar fichas na própria internet. 
A informação da composição detalhada de um produto, com os nomes 
químicos e o número CAS de cada ingrediente, é de fornecimento 
obrigatório no Brasil através da FISPQ. Se a composição detalhada não 
foi fornecida na ficha, deve ser exigido do fabricante. 
C.A.S. 
Número CAS Substância Observação 
74-82-8 Metano Asfixiante Simples 
1333-86-4 Negro de Fumo LT = 3,5mg/m3 - Anexo 11 
71-43-2 Benzeno Presente na gasolina 
7664-93-9 Ácido Sulfúrico 1mg/m3 – ACGIH 
67-64-1 Acetona 780ppm - Anexo 11 
1071-83-6 Glifosato 1mg/m3 - OSHA 
630-08-0 Monóxido de Carbono 39ppm – Anexo 11 
112926-00-8Sílica Amorfa 4mg/m3 – Anexo 12 
7778-18-9 Sulfato de Cálcio 10mg/m3 (I) - PNOC 
7439-92-1 Chumbo 0,1mg/m3 - Anexo 11 
Classes de Risco 
ONU 
São Nove Classes de Risco 
 
 Classe 01 - Explosivos 
 Classe 02 – Gases 
 Classe 03 – Líquidos Inflamáveis 
 Classe 04 – Sólidos Inflamáveis 
 Classe 05 – Substâncias Oxidantes 
 Classe 06 – Substâncias Tóxicas e Infectantes 
 Classe 07 – Substâncias Radioativas 
 Classe 08 – Corrosivas 
 Classe 09 – Substâncias perigosas diversas 
AULA 02 
Classe 01 
Explosivos 
 
 
 
 
São considerados as seguintes definições: 
 Substância explosiva: é a substância sólida ou líquida ou 
sua mistura que, por si mesma, através de reação química, 
seja capaz de produzir gás a temperatura, pressão e 
velocidade tais que possam causar danos a sua volta. Ela é 
excessivamente sensível ou tão reativa que sejam sujeita a 
reação espontânea, exceto, a critério das autoridades 
competentes, sob licença e condições especiais por elas 
estabelecidas; 
 Substância pirotécnica: é uma substância, ou mistura de 
substâncias concebidas para produzir um efeito de calor, luz, 
som, gás, fumaça, ou combinação destes, como resultado de 
reações químicas exotérmicas auto-sustentável e não-
detonantes; 
AULA 02 
Classe 01 
Explosivos 
A classe 01 está dividida em 6 sub-classes: 
 Sub-classe 1.1 – Substâncias ou artigos com risco de explosão 
em massa. Ex: pólvora negra, comprimida ou em pastilhas; 
 Sub-classe 1.2 – Substâncias e artigos com risco de projeção, 
mas sem risco de projeção em massa. Ex: Ogivas de foguetes 
com carga de ruptura; 
 Sub-classe 1.3 – Substâncias e artigos com risco de fogo e com 
pequeno risco de explosão, de projeção, ou ambos, mas sem 
risco de explosão em massa. Ex: nitrocelulose com no mínimo 
de 25% de álcool; 
 Sub-classe 1.4 – Substâncias e artigos que não apresentam 
risco significativo. Ex munição lacrimogênea, carga ejetora ou 
carga propelente; 
 Sub-classe 1.5 – Substâncias muito sensíveis, com um risco de 
explosão em massa, mas que são tão insensíveis que a 
probabilidade de iniciação ou de transição da queima para a 
detonação, em condições normais de transporte é muito 
pequena. EX: explosivos de demolição; 
 Sub-classe 1.6 – Artigos extremamente insensíveis, sem risco 
de explosão em massa. Ex: artigo detonante extremamente 
insensível; AULA 02 
AULA 02 
AULA 02 
Classe 02 
Gases 
 
 
 
 
A classe 02 compreende: 
 Gás Comprimido, é um gás que, exceto se em 
solução, quando acondicionado para transporte, a 
temperatura ambiente é completamente gasoso. 
 Gás Liqüefeito, gás parcialmente líquido, quando 
embalado para transporte a temperatura ambiente; 
 Gás em solução, gás comprimido, apresentando 
para transporte dissolvido num solvente; 
AULA 02 
 
 
 
 
Classe 02 
Gases 
A classe 02 está dividida em 3 sub-classes: 
Sub-classe 2.1 – Gases inflamáveis: gases a temperatura 
ambiente e 101,3kPa: 
 são inflamáveis, ou; e 
 apresentam uma faixa de inflamabilidade com o ar de mínimo 
de 12%. 
Sub-classe 2.2 – Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases 
que transportados a uma pressão não inferior a 280kPa a 
20oC ou como líquido refrigerado e que: 
 são asfixiantes simples; 
 são oxidantes; e 
 não se enquadram em outras classes. 
Sub-classe 2.3 – Gases tóxicos: são que: 
 são sabidamente tóxicos ou corrosivos as pessoas; e 
 supõem-se serem tóxicos. 
AULA 02 
AULA 02 
Classe 03 
Líquidos Inflamáveis 
 
 
 
 
É considerada a seguinte definição: 
 Líquido Inflamável: é uma mistura de líquidos, ou 
líquidos contendo sólidos em solução ou 
suspensão que produzem vapores inflamáveis a 
temperatura de 60oC (ponto de fulgor) ONU. 
A classe 03 compreende: 
 Líquido inflamável, Ex: gasolina, éter, álcool etílico, 
tolueno, n-hexano. 
A classe 03 não está dividida 
AULA 02 
 
 
 
 
 
Definições 
PONTO DE FULGOR: 
 É a temperatura na qual os vapores liberados 
pelos produtos químicos formam mistura 
inflamável; 
 
PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO 
 É a temperatura na qual os vapores liberados 
pelos produtos químicos entram em combustão, 
mesmo sem fonte de ignição. 
 
LÍQUIDO COMBUSTÍVEL 
 é uma mistura de líquidos, ou líquidos contendo 
sólidos em solução ou suspensão que produzem 
vapores inflamáveis a temperatura de 60oC (ponto 
de fulgor) NR-20; 
AULA 02 
Definições 
DENSIDADE DO VAPOR: 
 É a relação de volume por massa (g/L) e 
representa muitas vezes a mobilidade dos 
gases e vapores. A densidade do ar é 1 e 
todos os outras são em relação ao ar. 
Valores acima de 1, o produto é mais denso 
e ele desce. 
 Valores abaixo de 1, o produto é menos 
denso e ele sobre; 
AULA 02 
Definições 
DENSIDADE DO VAPOR: 
AULA 02 
Definições 
LIMITE DE INFLAMABILIDADE: 
 É a relação entre gás ou vapor inflamável 
de uma mistura com o ar que entrará em 
combustão na presença de uma fonte de 
ignição. 
 Limite inferior de inflamabilidade (mistura 
pobre de combustível). 
 Limite superior de inflambilidade (mistura 
rica de combustível). 
AULA 02 
Definições 
LIMITE DE INFLAMABILIDADE: 
AULA 02 
Definições 
LIMITE DE INFLAMABILIDADE: 
AULA 02 
Definições 
AULA 02 
AULA 02 
Classe 04 
Sólidos Inflamáveis 
 
 
 
 
A classe 04 compreende: 
 Sólidos inflamáveis – substâncias sujeitas 
a combustão espontânea em contato com o 
ar, sem a presença de uma fonte de ignição 
– substâncias que em contato com a água 
emitem gases inflamáveis. 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
Classe 04 
Sólidos Inflamáveis 
A classe 04 está dividida em 3 sub-classes: 
 Sub-classe 4.1 – Sólidos inflamáveis, são facilmente 
combustíveis, ou que por atrito podem causar fogo ou 
contribuir para ele. Ex: carvão, coque; 
 Sub-classe 4.2 – Substâncias sujeitas a combustão 
espontânea, sujeitas a aquecimento espontâneo nas 
condições normais de transporte ou que se aquecem 
em contato com o ar, sendo, então passiveis de se 
inflamarem Ex: fósforo branco, sulfeto de sódio; 
 Sub-classe 4.3 – Substâncias que em contato com a 
água emitem gases substâncias que por reação com 
água podem tornar-se espontaneamente inflamáveis 
ou liberar gases inflamáveis em quantidade perigosa. 
Ex: CaC2.Carbeto de Cálcio (carbureto); 
AULA 02 
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - carvao_ativado.xls
Classe 05 
Substâncias Oxidantes 
 
 
 
 
A classe 05 está dividida em 2 sub-classes: 
 Sub-classe 5.1 – Substâncias Oxidantes: 
substâncias que embora não sejam 
necessariamente combustíveis podem em geral 
por liberação de oxigênio, causar a combustão de 
outros materiais ou contribuir para isso. Ex: óxido 
nitroso; 
 Sub-classe 5.2 – Peróxidos orgânicos: 
substâncias orgânicas que contém a estrutura 
bivalente -O-O- e podem ser consideradas 
derivadas do petróleo. Ex: peróxido de benzoila; 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classe 06 
Substâncias Tóxicas 
e Infectantes 
 
 
 
 
A classe 06 está dividida em 2 sub-classes: 
 Sub-classe 6.1 - Substâncias Tóxicas 
(venenosas) são capazes de provocar a 
morte, lesões graves, ou danos à saúde 
humana, se ingeridas, inaladas ou se 
entrarem em contato com a pele ou 
alimentos. 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classe 06 
Substâncias Tóxicas 
e Infectantes 
 
 Os produtos da classe 6.1, inclusive pesticidas, 
podem ser classificados em três grupos de 
embalagens 
Grupo I – substâncias e preparações que apresentem 
um risco muito elevado de envenenamento; 
Grupo II – substâncias e preparações que apresentem 
um sério risco de envenenamento; 
Grupo III – substâncias e preparações que 
apresentem um risco de envenenamento 
relativamente baixo; 
 Sub-classe 6.2 – Substâncias Infectantes: são 
aquelas que contém microorganismos patogênicos 
ou não que podem causar sérios riscos ao homem; 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classe 07 
Materiais RadioativosA classe 07 não está dividida em sub-classes 
 Os produtos da classe 7 podem ser classificados 
em três grupos de radioativos: 
 Radioativo I – substâncias sólidas ou líquidas 
emitem radioatividade em baixas emissões; 
 Radioativo II – substâncias sólidas ou líquidas 
emitem radioatividade em média emissões; 
 Radioativo III – substâncias sólidas ou líquidas 
emitem radioatividade em elevadas emissões; 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - americio.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - americio.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - americio.xls
 
AULA 02 
Classe 08 
Corrosivos 
 
 
 
 
A classe 08 não está dividida em sub-classes: 
 Os produtos da classe 8, os corrosivos são 
substâncias que por ação química causam severos 
danos quando em contato com os tecidos vivos ou 
em caso de vazamento, danificam ou destroem 
outras cargas ou o veículo. Ex.: ácidos sulfúricos, 
nítricos, clorídricos, peracético. Bases fortes, tais 
como, soda caústica, potássa caústica. 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - acido_peracetico.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - hidroxido_sodio.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - hidroxido_sodio.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - hidroxido_sodio.xls
 
AULA 02 
Classe 09 
Substâncias Perigosas 
Diversas 
 
 
 
 
A classe 09 não está dividida em sub-
classes: 
 Os produtos da classe 9 não são 
enquadrados nas outras classes de risco. 
Ex: óleo BPF (OC-2A) óleo da caldeira. 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - OLEO_BPF.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - OLEO_BPF.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - OLEO_BPF.xls
../../../sesmt-coca/ficha_emergencia/Ficha de emergência - OLEO_BPF.xls
AULA 02 
National Fire 
Protection Agency 
NFPA - 704 – representação gráfica para os trabalhadores do 
riscos a saúde, de incêndio (inflamabilidade), reatividade e 
informações especiais do Produto Químico perigoso. 
 
AULA 03 
Risco à Saúde 
Risco de Inflamabilidade 
(Incêndio) 
Reatividade 
Informações especiais 
Risco à Saúde 
AULA 03 
RESUMO DOS RISCOS 
RISCO À SAÚDE (AZUL) 
4 MORTAL Pode ser fatal para pequena exposição. Necessário uso de equipamento especial. 
3 PERIGOSO Corrosivo ou tóxico. Evite contato com a pele ou inalação 
2 ATENÇÃO Pode ser danoso se inalado ou absorvido 
1 CUIDADO Pode ser irritante 
0 Não há risco 
Risco de Inflamabilidade 
Incêndio 
AULA 03 
RISCO DE INFLAMABILIDADE (VERMELHO) 
4 PERIGOSO Gás inflamável ou líquido extremamente inflamável com PF abaixo de 22,8ºC. 
3 ATENÇãO Líquido inflamável com PF entre 22,8º e 37,8ºC. 
2 CUIDADO Líquido inflamável/combustível com PF entre 37,8º e 93,4ºC. 
1 Líiquido combustível com PF acima de 93,4ºC. Combustível se aquecido. 
0 Não combustível ou inflamável. 
Risco de Reatividade 
RISCO DE REATIVIDADE (AMARELO) 
4 PERIGOSO Material explosivo a temperatura ambiente 
3 PERIGOSO Pode ser explosivo ao choque, calor, sob confinamento ou misturado à água 
2 ATENÇãO Instável ou pode reagir violentamente se misturado à água 
1 CUIDADO Pode reagir se aquecido ou misturado à água, mas não violentamente 
0 ESTÁVEL Não reage quando misturado à água 
AULA 03 
Informações Especiais 
AULA 03 
INFORMAÇÕES ESPECIAS (BRANCO) 
ACID Ácido 
A Não Use Água. Reage violentamente 
OXI Agente Oxidante 
RED Agente Redutor 
Material Radioativo 
AULA 03 
AULA 03 
3 
0 
2 
3 
1 
0 
QUEM SOU EU? 
NOME QUÍMICO S I R N. ONU N. CAS 
ÁCIDO CLORÍDRICO 3 0 0 1789 7647-01-0 
ÁCIDO NÍTRICO 3 0 0 2031 7697-37-2 
ÁCIDO PERACÉTICO 3 2 4 2131 79-21-0 
ÁCIDO SULFÚRICO 3 0 0 1830 7664-93-9 
ÁLCOOL ETÍLICO (ETANOL) 0 3 0 1170 64-17-5 
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO 1 3 0 1219 67-63-0 
CARVÃO ATIVADO 0 2 0 1361 7444-44-0 
GÁS ACETILENO 0 4 3 1001 74-86-2 
GÁS AMÔNIA 3 1 0 1005 7664-41-7 
GÁS ARGÔNIO 0 0 0 1006 7440-37-1 
GÁS CARBÔNICO 3 0 0 1013 124-38-9 
GÁS CLORO 4 0 0 1017 7782-50-5 
GÁS LIQÜEFEITO DO PETRÓLEO 1 4 0 1075 74-98-6 
GÁS NITROGÊNIO 3 0 0 1077 7727-37-9 
GÁS OXIGÊNIO 3 0 0 1072 7782-44-7 
GÁS OZÔNIO 4 0 2 8032 10028-15-6 
GASOLINA 1 3 0 1203 N. Id. 
AULA 03 
EXERCÍCIO 
Em Grupo 
Você foi chamado para atualizar um PPRA de uma empresa e foi 
apresentado um produto químico (sua FISPQ) que é manipulado em 
grande quantidade e há suspeita de provocar problemas nos 
trabalhadores. 
Pede-se: 
a) Indique o nome da substância e o nome químico comum? 
b) Informe o número CAS / Número ONU ? 
c) Informe o NFPA 704 / Classe de Risco / Número de Risco ? 
d) Informe o Limite de Tolerância ? Indique a fonte (NR15 / ACGIH / 
Outro)? 
e) Indique três propriedades físico químicas, que você considere 
importante? 
f) Indique três informações importantes sobre o seu produto 
químico, com foco na segurança do trabalho ? 
 
Registre em uma folha os nomes do grupo 
com as respostas e entregue para o professor ! 
 
Avaliação Qualitativa 
O estudo qualitativo é o estudo prévio das condições de trabalho, 
visando coletar o maior número possível de informações e dados 
necessários, das condições relacionadas aos trabalhadores e 
ambientas, a fim de fixarem-se 
as diretrizes do levantamento quantitativo. 
No item 9.1.5 do PPRA (NR09) encontramos o seguinte: 
“Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes 
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho 
que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e 
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do 
trabalhador.” 
RECONHECIMENTO 
DOS RISCOS 
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os 
seguintes itens, quando aplicáveis: 
a) a sua identificação; 
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; 
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de 
propagação dos agentes no ambiente de trabalho; 
d) a identificação das funções e determinação do número de 
trabalhadores expostos; 
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; 
RECONHECIMENTO 
DOS RISCOS 
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os 
seguintes itens, quando aplicáveis: 
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível 
comprometimento da saúde decorrente do trabalho; 
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, 
disponíveis na literatura técnica; 
h) a descrição das medidas de controle já existentes. 
 
RECONHECIMENTO 
DOS RISCOS 
RECONHECIMENTO 
DOS RISCOS 
FUNCIONÁRIOS EXPOSTOS: 00 
CARGO: Ajudante (0) 
FUNÇÃO: Pintor Industrial 
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL, CONFORME CBO 2002: 
AJUDANTE (7233-15): Analisam e preparam as superfícies a serem pintadas e calculam quantidade de materiais para pintura. Identificam, preparam e 
aplicam tintas em superfícies, dão polimento e retocam superfícies pintadas. Secam superfícies e reparam equipamentos de pintura. 
DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO: Trabalho externo. Exposto a intempéries. Há um galpão com teto metálico com pé direito elevado, 
mas não cobre totalmente o depósito. 
IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS 
RISCOS AGENTES EXPOSIÇÃO 
FONTES 
/LOCALIZAÇÃO 
TRAJETOS E MEIOS DE 
PROPAGAÇÃO 
POSSÍVEIS DANOS A 
SAÚDE 
Químico 
Benzeno (02.01.121) 
Tolueno (02.01.796) 
Xileno (02.01.838) 
 
Eventual 
 
Primmer / Peças metálicas 
 
Ar (vapor) 
 
Leucopenia 
Físicos Ruído (01.01.002) Eventual Ar comprimido / Pistola Ar PAIR 
Biológico Não Observado 
Ergonômico Não Observado 
Acidentes Não Observado 
 
O reconhecimento qualitativoinclui estudos minuciosos da planta 
atualizada do local, do fluxograma dos processos, dos agentes 
presentes, do número de trabalhadores, dos horários de trabalho, das 
atividades realizadas, das movimentações de trabalhadores e materiais, 
das matérias-primas, dos equipamentos e processos, dos ritmos de 
produção, das condições ambientais, da identificação dos riscos e 
ponto de origem da dispersão. Todo esse levantamento, é necessário 
para estabelecer a forma correta de proceder ao levantamento 
quantitativo. Uma das técnicas é o GHE. 
RECONHECIMENTO 
DOS RISCOS 
 Estratégia de 
Avaliação Ambiental !!! 
 
Do objetivo da avaliação – é importante a definição do que vai ser 
avaliado, se é a exposição do trabalhador, a operação, uma função 
específica ou a verificação da eficiência de algum sistema de proteção 
coletiva (exaustão, ventilação), pois são básicos para a definição dos 
métodos de amostragem, que podem ser individuais ou fixos 
(coletivos). 
 
Dos métodos de amostragem (medição ou coleta) – baseados em 
normas nacionais (NBR, NR, NHO) e internacionais (OSHA, NIOSH, 
ACGIH), de modo a se compararem resultados obtidos com resultados 
de estudos científicos, que indicam valores máximos aceitáveis para 
determinada exposição ocupacional. 
 Estratégia de 
Avaliação Ambiental !!! 
Do tempo de amostragem – deve cobrir um ciclo de trabalho 
(características e variações sobre duração e condições de exposição, 
tarefas desempenhadas, tempo de permanência no local contaminado, 
pausas e movimentos efetuados), isto é necessário para que a 
amostragem seja representativa da exposição (baseado em normas ou 
estudos qualitativos da exposição). Pode englobar amostragens 
instantâneas, de minutos, de horas, de turnos e, até mesmo, de vários 
turnos em dias alternados. 
 
Dos períodos para realização das coletas/medições – a 
amostragem deve ser realizada em condições normais de trabalho, em 
períodos de efetiva realização das atividades a serem avaliadas, 
considerando suas especificidades. 
 Estratégia de 
Avaliação Ambiental !!! 
 
Do número mínimo de amostragens – a quantidade de amostragens 
deve permitir um estudo que possibilite a representatividade da 
exposição, pois podem estar presentes flutuações na concentração ou 
intensidade dos agentes, devido a modificações ambientais, e ainda, 
flutuações no ritmo do processo industrial e atividades. 
 
Dos grupos homogêneos de exposição – quando possível, para 
grupos de trabalhadores que exerçam atividades a condições 
semelhantes de exposição, pode-se realizar uma avaliação 
característica para esse grupo 
 
 
 
 Como fazer o 
Levantamento Ambiental !!! 
 
Usamos o GES – Grupo de Exposição Similar 
“Grupo de trabalhadores que experimentam situações de 
exposição semelhantes de forma que o resultado 
fornecido pela avaliação da exposição de qualquer 
trabalhador desse grupo seja representativo da 
exposição dos demais trabalhadores.“ (NHO 08 – Item 
5.5) 
 
 
 
 Como fazer o 
Levantamento Ambiental !!! 
 
Usamos o GHE – Grupo Homogêneo de Exposição 
“O grupo homogêneo de exposição corresponde a um 
grupo de trabalhadores que ficam expostos de modo 
semelhante, de forma que o resultado da avaliação da 
exposição de qualquer trabalhador, ou do grupo, seja 
representativo da exposição do restante dos trabalhadores 
do mesmo grupo.“ (22.17.1.1) 
 Montando o GHE !!! 
 
Siga o seguinte procedimento: 
Etapa 1: Determinar o número de empregados para 
amostra utilizando a tabela 3.1; 
 Montando o GHE !!! 
 
 
Etapa 2: Numere os trabalhadores iniciando de 01 até a 
“quantidade de amostras necessárias” da tabela 3.1; 
 
Etapa 3: Vá para a tabela 3.2 e escolha arbitrariamente 
(=de forma randômica) uma posição inicial na tabela. Inicia 
de cima para baixo, ignorando os números maiores que 
“N” até conseguir a quantidade necessária de números; 
 
 
 Montando o GHE !!! 
 
GHE 
Grupo Homogêneo de Exposição 
 
1. Avalie os trabalhadores por agentes de risco: Ex.: somente ruído; 
ruído + poeira; Ruído + poeira + IBUTG; etc; 
2. Avalie o trabalho prescrito x trabalho real; 
3. Avalie a exposição dos trabalhadores: Permanente x Intermitente x 
eventual; 
4. Planeje o levantamento ambiental pelo tempo de amostragem. 
Lembre-se...a ACGIH recomenda 75% do tempo laboral; 
5. Observe o quadro I da NR – 22 que define o número de 
trabalhadores a serem amostrados em função do número de 
trabalhadores do GHE; 
 
 
DEFINIÇÃO !!! 
 
EVENTUAL: é a atividade que ocorre de forma ocasional. Não é prescrita na atividade do trabalhador 
e dissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Ex.: o auxiliar administrativo que leva 
um visitante dentro da área fabril e nessa área é considerada ambiente insalubre. 
 
INTERMITENTE: é aquela que há interrupções ou sofre intermitências durante a jornada de trabalho. 
Há deslocamento dentro de outras áreas, departamentos ou máquinas. É aquela prescrita na 
atividade do trabalhador, mas ele pode controlar a exposição ao(s) agente(s) de risco(s). Ex.: o 
supervisor, encarregado, mestre de obras que entra no ambiente laboral com o agente de risco, mas 
não precisar ficar diretamente exposto a ele. Esse trabalhador também não pode se recusar a exercer 
essa atividade sob pena de ser desligado da empresa. 
 
PERMANENTE: é a atividade que ocorre de forma permanente e exercido de forma não ocasional 
nem intermitente. É aquela prescrita na atividade do trabalhador e indissociável da produção do 
bem ou da prestação do serviço. Ex.: o serralheiro durante o pacto laboral tem de exercer sua 
atividade exposto aos riscos e não pode se recusar de exercer essa atividade sob pena de ser 
desligado da empresa. 
 
SAZONAL: é a atividade que ocorre de forma permanente e exercida de forma não ocasional nem 
intermitente em um período do ano. É aquela prescrita na atividade do trabalhador e indissociável da 
produção do bem ou da prestação do serviço. Ex.: o jardineiro aplica o defensivo agrícola somente 
no período da chuva. 
 
Nota#1: Permanente = Habitual 
 
Onde: 
N = número de trabalhadores do Grupo Homogêneo de Exposição 
n = número de trabalhadores a serem amostrados; 
 * se N menor ou igual a 7, n = N 
 
N* n 
8 7 
9 8 
10 9 
11-12 10 
13-14 11 
15-17 12 
18-20 13 
N* n 
21-24 14 
25-29 15 
30-37 16 
38-49 17 
50 18 
ACIMA DE 
50 
22 
 MRE 
(Major Risk Exposure) 
Exposição de Maior Risco 
 
Ocorre quando o trabalhador está exposto acima do nível 
de ação (item 9.3.6 da NR-09), forma física dos 
contaminantes (=sólido, líquido e gasoso), efeitos tóxicos 
dos contaminantes (irritante, asfixiante, anestésico, 
narcótico, veneno, carcinógeno, causador de fibrose 
pulmonar e teratogênico), efeitos agudos (curto prazo) e 
crônico (longo prazo) e queixas dos trabalhadores; 
 
 MRE 
Onde encontrar: 
 Forma física dos contaminantes (=sólido, líquido e 
gasoso); 
 Efeitos tóxicos dos contaminantes (irritante, asfixiante, 
anestésico, narcótico, veneno, carcinógeno, causador 
de fibrose pulmonar e teratogênico) 
 Efeitos agudos (curto prazo) e crônico (longo prazo); 
 Nível de Ação / Limite de Tolerância; 
 Queixas dos trabalhadores; 
 
 Exercício !!!! 
 
Você foi chamado para realizar uma amostragem em um 
posto de gasolina. Há 25 trabalhadores, sendo 5 frentistas 
com turno 12hx36h e um chefe de pista acompanhando 
cada turno. Há também um gerente. Os frentistas realizam 
o abastecimento, mas os chefes de pista também recebem 
o combustível e fazem o controle de qualidade do 
recebimento. Monte o G.H.E. e informe quem tem a 
exposição de maior risco? 
 
 Exercício !!!! 
1. 25 trabalhadores 15 Amostras 
2. Numeramos todos os trabalhadores de 
01 até 25 usando a ordem alfabética; 
3. Usamos a tabela 3.2 e selecionamos 
15 númerosdo forma aleatória; 
Pergunta: quem está na maior 
exposição? Os chefes de pista !!! 
Então 10% das amostras, 
obrigatoriamente têm de ser os chefes de 
pista... 
 
 Exercício !!!! 
1. Porque 10% das amostras, obrigatoriamente têm de 
ser os chefes de pista... 
Resposta: 
O nível de confiança da tabela do GHE é de 90% e para 
melhorar a avaliação desse subgrupo mais exposto, 
recomenda-se reservar 10% do número “n” quantidade de 
amostras necessárias.... 
 Exercício # 2 !!!! 
 
Você foi chamado para realizar uma amostragem em uma 
pedreira com 40 trabalhadores, sendo 20 operadores de 
moagem com turno 8h/dia e 20 trabalhadores 
administrativo sem exposição a poeira contendo sílica livre 
cristalina. Monte o G.H.E. e informe quem tem a exposição 
de maior risco? 
 
 Exercício # 3 !!!! 
 
Você foi chamado para realizar uma amostragem em uma 
indústria de beneficiamento de grãos (feijão) com mais de 
150 trabalhadores. Monte o G.H.E. e informe quem têm a 
exposição de maior risco? 
 
Área Quant. Cargo CBO 
Administrativa 100 Assistente Administrativo 4131-10 
Administrativa - Limpeza 02 Auxiliar de Limpeza 5142-25 
Cozinha 02 Copeira 5134-25 
Cozinha 01 Cozinheira Geral 5132-05 
Manutenção - Abastecimento Diesel 01 Supervisor de Transporte 5104-05 
Manutenção - Borracharia 01 Borracheiro 9921-15 
Manutenção – Mecânica/Caminhão 01 Auxiliar de Mecânico 9144-05 
Manutenção – Mecânica/Caminhão 01 Mecânico 9144-25 
Máquinas e Equipamentos 03 Operadora Empilhadeira 7822-10 
Produção – Beneficiamento Grãos 35 Operador de Máquina 7842-05 
Produção – Carregamento 10 Armazenista 4141-10 
Produção – Conferencia 01 Armazenista 4142-10 
Produção – Emp. Paletização Manual 25 Armazenista 7842-05 
Transporte 16 Motorista de Caminhão 7825-10 
APR 
DEFINIÇÃO 
É TODA PROVIDÊNCIA 
TOMADA PARA EVITAR 
ACIDENTES ANTES DE SE 
INICIAR UM TRABALHO. 
APR 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS 
APR 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS 
COMO FAZER 
UMA APR ? 
 
É FACIL, BASTA 
QUERER... 
HÁ DUAS APR: 
FORMAL 
INFORMAL 
INFORMAL EX: APR 
•ATRAVESSAR UMA RUA 
•SAIR DE FÉRIAS NO 
SEU CARRO COM A 
FAMÍLIA 
•POR A MÃO NO 
INTERIOR DE UM SACO 
 
 
FORMAL EXEMPLO APR 
ITEM RISCO CAUSA EFEITO CAT.RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS RESPONSÁVEL OBSERVAÇÕES
APR- ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
RISCOS 
 É TODA SITUAÇÃO COM POTENCIAL 
 DE PROVOCAR DANOS 
 
CAUSA 
AQUILO OU AQUELE QUE FAZ COM QUE 
ALGUMA COISA EXISTA: 
 NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA 
EFEITO 
 RESULTADO DE UM ATO QUALQUER, 
 
 
CONSEQUÊNCIA! 
(I) – Desprezível: a falha não irá resultar numa 
degradação maior do sistema, nem irá produzir danos 
funcionais ou lesões, ou contribuir com um risco ao 
sistema. Os riscos ambientais são observados e expõe os 
colaboradores eventualmente. A intensidade ou 
concentração dos riscos está abaixo dos 50%, 
recomendando manter as condições existentes. Não são 
observados nexos causais entre a atividade e doenças 
laborais; 
(II) – Marginal (ou limítrofe): a falha irá degradar o 
sistema numa certa extensão, porém sem evolver danos 
maiores ou lesões, podendo ser compensada ou 
controlada adequadamente. Os riscos ambientais são 
observados e expõe os colaboradores intermitentemente. A 
intensidade ou concentração dos riscos está entre 50% e 
80% recomendando adoção de medidas preventivas. São 
encontrados produtos químicos classe A3 – carcinogênico 
animal confirmado com relevância desconhecida para 
seres humanos (Ex.: contato com Piridina e vapores de 
gasolina) e A4 – Não-Classificável como carcinogênico 
humano (Ex.: vapores de tolueno). Observa-se, 
eventualmente, algumas doenças laborais relacionadas à 
atividade praticada; 
(III) – Crítica: a falha irá degradar o sistema causando 
lesões, danos substanciais, ou irá resultar num risco 
inaceitável, necessitando ações corretivas imediatas. A 
intensidade ou concentração dos riscos está entre 80% e 
100% da dose, caracterizando uma região de incerteza, 
recomendando adoção de medidas preventivas e 
corretivas. São encontrados produtos químicos A2 – 
carcinogênico humano suspeito (Ex.: vapores de ácido 
sulfúrico ou poeira de madeira mogno ou nogueira). 
Identifica-se trabalhadores afastados com até 15 dias com 
doenças laborais relacionadas à atividade praticada; 
(IV) – Catastrófica: a falha irá degradar o sistema 
causando lesões, danos substanciais, ou irá resultar 
num risco inaceitável, necessitando ações corretivas 
imediatas. A intensidade ou concentração dos riscos 
está acima de 100% da dose, recomendando adoção 
imediata de medidas preventivas e corretivas. São 
encontrados produtos químicos A1 – carcinogênico 
humano confirmado (Ex.: Vapores de Benzeno ou 
poeira de madeira carvalho). Há vários trabalhadores 
afastados por mais de 15 dias com doenças laborais 
relacionadas à atividade praticada ou óbito; 
ENTÃO TEMOS: 
RISCO CAUSA 
EFEITO CAT. DO RISCO 
RESPONSÁVEL 
MEDIDAS DE 
PREVENÇÃO 
RISCO CAUSA EFEITO CAT. MEDIDAS. 
APR 
O QUE ESTÁ FALTANDO ? 
A DEFINIÇÃO DO TRABALHO A SER 
EXECUTADO... 
RESP. 
VANTAGENS DA APR : 
PLANEJAMENTO SEGURO DA 
TAREFA 
O RESPALDO JURÍDICO 
SUPERVISOR 
Outra técnica da Análise Potencial de Modos e Efeitos das Falhas, também conhecido 
com FMEA (Failure Modes and Effects Analysis) 
 
 
APR 
Técnica do FMEA 
 ANÁLISE POTENCIAL DE MODOS E EFEITOS DAS FALHAS - POTENTIAL FAILURE MODES AND EFFECTS ANALYSIS (FMEA) 
 
 
 POTENCIAL ATUAL 
 
 menu 
 
 Processo Modo Potencial da Falha Efeito Potencial da Falha Causas Potenciais da Falha 
S
E
V
 
O
C
O
 
D
E
T
 
IRP 
S
E
V
 
O
C
O
 
D
E
T
 
IRP 
Controles Atuais 
(MITIGAÇÃO) 
Ações Recomendadas 
Abastecer o sistema de 
frio com amônia 
Inalação do gás amônia; 
Contato mucosa / 
cutâneo com amônia 
líquida; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); Queimadura 
(Op casa de máquina) 
Mangueira rachada; 
Mangueira inadequada a 
pressão de trabalho; 
Desconeção do engate; 
9 3 9 243 9 3 9 243 Não há; 
1. Preencher a PTE 
quando realizar o 
abastecimento; 2. Instalar 
corrente nos engates da 
mangueira; 3. Criar 
procedimento escrito 
(POP); 
Abertura da válvula de 
segurança abaixo da 
PMTA 
Inalação do gás amônia; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); 
Congelamento da válvula; 
Falha na calibragem da 
válvula; fadiga na mola da 
válvula; 
8 3 1 24 8 3 1 24 
Calibração anual das 
válvulas de segurança; 
 
Operação normal do 
sistema de frio industrial 
Inalação do gás amônia; 
Contato mucosa / 
cutâneo com amônia 
líquida; 
Intoxicação 
(carregador); 
Queimadura 
(carregador) 
Colisão do sistema de frio 
por equipamento móvel 
(câmara-fria) 
10 1 1 10 10 1 1 10 Não há; 
1. Sinalizar os 
evaporadores nas câmaras 
frias; 
Operação normal do 
sistema de frio industrial 
Inalação do gás amônia; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); 
Excesso de vibração no 
sistema fadigando o metal 
(saída dos compressores) 
8 3 1 8 3 1 Não há; 
1. Inspeção específica 
durante o teste 
hidrostáticco 
Operação normal do 
sistema de frio industrial 
Inalação do gás amônia; 
Contato mucosa / 
cutâneo com amônia 
líquida; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); Queimadura 
(Op casa de máquina) 
Fadiga do vaso próximo ao 
pontos de solda 
8 3 1 24 8 3 1 24 
1. Inspeção da espessura 
da paredo do vaso e nos 
pontos críticos; 
 
Manobrar o sistema de 
frio para hibernar 
Inalação do gás amônia; 
Contato mucosa / 
cutâneo com amônia 
líquida; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); Queimadura 
(Op casa de máquina) 
Retenção de amônia líquida 
entre válvulas de fechamento 
9 9 9 729 9 9 9 729 Não há; 
1. Ausencia de 
procedimento escrito; 2. 
Ausencia de TAG's Não 
Abra - Não Feche; 3. 
Audencia de setasde fluxo 
ou sentido 
Recolhimento de 
amônia para extração 
de óleo ou hibernar 
Inalação do gás amônia; 
Contato mucosa / 
cutâneo com amônia 
líquida; Projeção de 
parte metálica; 
Intoxicação (Op casa de 
máquina); Queimadura 
(Op casa de máquina); 
Impacto contra; 
Calço Hidráulico no 
compressor com rompimento 
da carcaça 
9 9 9 729 9 9 9 729 Não há; 
1. Ausencia de 
procedimento escrito; 2. 
Ausencia de TAG's Não 
Abra - Não Feche; 3. 
Audencia de setas de fluxo 
ou sentido 
Campo 01 – Processo 
Nesta parte do Documento escreva o elemento ou etapa do processo 
de forma clara e concisa. Use a nomenclatura usada internamento na 
empresa, mesmo que não seja a tecnicamente a mais correta. 
Havendo um macro fluxograma de processo na diretoria / gerencia / 
chefia, utilize-o como referência. 
Inicie com o verbo da ação no infinitivo, como por exemplo: Produzir 
água; Dirijir empilhadeira; 
 
Campo 02 – Modo Potencial de Falha 
Nesta parte do Documento escreva os eventos que levam a um 
potencial de Risco ou Perigo ou falha, como por exemplo: 
 Morte / Aleijamento / Fratura / Entorse / luxação / Hemorragia 
Grave / Contato com produto químico » Intoxicação 
Descreva a maneira pela qual o componente falha, em termos físicos e 
objetivos e o esforço deve-se concentrar na forma como o processo 
falha e não se falhará ou não. 
APR 
Técnica do FMEA 
Campo 03 – Efeito Potencia da Falha 
Nesta parte do Documento escreva como o efeito potencial de falha 
afeta o modo potencial de falha, como por exemplo: 
 
Morte / Aleijamento » Atropelamento 
Fratura / Entorse / luxação » Queda em nível 
Morte / Queimadura » Eletrocussão 
Hemorragia Grave » Amputação 
Contato com produto químico » Intoxicação 
 
O efeito potencial da falha é a resposta do modo potencial de falha 
(campo 3) ou a conseqüência da ocorrência da falha. Por exemplo, em 
caso de atropelamento, o que pode ocorrer: Morte / Aleijamento. 
 
 
APR 
Técnica do FMEA 
Campo 04 – Causa Potencia da Falha 
Nesta parte do Documento escreva os eventos que geram (provocam, 
induzem) o aparecimento do tipo ou modo da falha (campo 3). 
Descreva de maneira simples e concisa o fator, evite informações 
genéricas, busque a causa fundamental. Lembre-se que as causas das 
falhas devem ser descrita de tal maneira que possam ser propostas 
ações que façam parte do FMEA. Algumas causas típicas de modo de 
falha, como por exemplo: 
 
 Atropelamento » Morte/Aleijamento » Cruzamento 
Empilhadeira/pedestre 
 Queda em nível » Fratura / Entorse / luxação » Ausência de 
Guarda-Corpo 
 Eletrocussão » Morte / Queimadura » Falta de Aterramento 
 Intoxicação » Contato com produto químico » Ausência de EPI 
 Queimadura. » Contato com calor / frio » Tubulação sem 
proteção 
APR 
Técnica do FMEA 
Campo 05 – Potencial (Avaliação sem Controle) - IRP 
É o índice que hierarquiza as falhas com maior probabilidade de risco 
ou perigo. O índice de risco ou perigo é uma combinação da SEV x 
OCO x DET. Este indicador sinaliza as falhas com maiores impactos no 
processo e devem receber tratamento por um PAC. 
 
 
APR 
Técnica do FMEA 
Índice SEV SEVERIDADE DA FALHA 
1 Apenas perceptível Não há falha ou degradação do sistema. 
2 a 3 
Pouco importante ou 
desprezível 
A falha não irá resultar numa degradação maior do sistema, nem irá produzir danos funcionais ou lesões, ou 
contribuir com um risco ao sistema. Os riscos ambientais são observados e expõe os colaboradores 
eventualmente. A intensidade ou concentração dos riscos está abaixo dos 50%, recomendando manter as 
condições existentes. Não são observados nexos causais entre a atividade e doenças laborais. 
4 a 6 
Moderadamente grave 
ou Marginal 
A falha irá degradar o sistema numa certa extensão, porém sem evolver danos maiores ou lesões, podendo ser 
compensada ou controlada adequadamente. Os riscos ambientais são observados e expõe os colaboradores 
intermitentemente. A intensidade ou concentração dos riscos está entre 50% e 80% recomendando adoção de 
medidas preventivas. São encontrados produtos químicos classe A3 – carcinogênico animal confirmado com 
relevância desconhecida para seres humanos (Ex.: contato com Piridina e vapores de gasolina) e A4 – Não-
Classificável como carcinogênico humano (Ex.: vapores de tolueno). Observa-se, eventualmente, algumas 
doenças laborais relacionadas à atividade praticada; 
7 a 8 Grave ou Crítica 
A falha irá degradar o sistema causando lesões, danos substanciais, ou irá resultar num risco inaceitável, 
necessitando ações corretivas imediatas. A intensidade ou concentração dos riscos está entre 80% e 120% da 
dose, caracterizando uma região de incerteza, recomendando adoção de medidas preventivas e corretivas. São 
encontrados produtos químicos A2 – carcinogênico humano suspeito (Ex.: vapores de ácido sulfúrico ou poeira 
de madeira mogno ou nogueira). Identifica-se trabalhadores afastados com até 15 dias com doenças laborais 
relacionadas à atividade praticada. 
9 a 10 
Extremamente grave 
ou Catastrófica 
A falha irá degradar o sistema causando lesões, danos substanciais, ou irá resultar num risco inaceitável, 
necessitando ações corretivas imediatas. A intensidade ou concentração dos riscos está acima de 120% da dose, 
recomendando adoção imediata de medidas preventivas e corretivas. São encontrados produtos químicos A1 – 
carcinogênico humano confirmado (Ex.: Vapores de Benzeno ou poeira de madeira carvalho). Há vários 
trabalhadores afastados por mais de 15 dias com doenças laborais relacionadas à atividade praticada ou óbito. 
APR 
Técnica do FMEA 
Índice OCO Ocorrência do Modo de Falha 
1 Muito remota Excepcional ( tempo > 360 dias) 
2 Muito pequena Muito Poucas Vezes (tempo < 360 dias) 
3 Pequena Poucas Vezes (tempo < 180 dias) 
4 a 6 Moderada Ocasional, Algumas Vezes (tempo < 30 dias) 
7 a 8 Alta Freqüente (tempo < 15 dias) 
9 a 10 Muito Alta Inevitável, certamente ocorrerá a falha (diário) 
Índice DET Detecção modo de falha - efeito 
1 Muito Alta 
O binômio Modo de Falha – Efeito permite facilmente a detecção 
do evento, antes que ele aconteça. Ex.: tela protetor que empeça 
o contato com partes quentes. 
2 a 3 Alta Há pelo menos um incidente / acidente por ano. 
4 a 6 Moderada Há pelo menos um incidente / acidente mensal. 
7 a 8 Pequena 
Nível de controle muito baixo. Há pelo menos um incidente / 
acidente por semana. 
9 
Muito 
pequena 
Não há nenhum tipo de controle ou inspeção. Há pelo menos um 
incidente / acidente diário. 
10 Muito remota A falha não pode ser detectada. 
 
 
APR 
Técnica do FMEA 
Índice 
Índice 
Perigo e 
Risco 
Comentário 
0 a 135 Baixo Manter a situação ou condições atuais. 
135 a 
501 
Médio 
Programar medidas de controle e 
treinamentos dos envolvidos. 
> 501 Alto 
Necessárias medidas de ordem 
coletivas urgentes, ações corretivas e 
iniciar processo de inspeção pelo 
SESMT com treinamento dos 
envolvidos. 
Este indicador sinaliza as falhas com maiores 
impactos no processo e devem receber 
tratamento por um PAC. 
 
 
 
APR 
Técnica do FMEA 
Campo 06 – Potencial (Avaliação com Controle) - IRP 
Caso os controle atuais consigam atenuar e/ou eliminar os índices 
OCO e/ou DET, o IRP irá reduzir automaticamente. Todas as barreiras 
e/ou controles de processo são importantes para o processo. Evite 
usar os EPI como controle e/ou barreira. 
 
Campo 07 – Controles e Barreiras Existentes 
Nesta parte do Documento escreva as medidas de controle 
implementadas durante a elaboração do projeto ou no 
acompanhamento do processo que objetivem: prevenir a ocorrência 
do risco e impedir o perigo. 
As medidas de controle de ordem coletiva são as mais eficientes e 
podem influenciar no índice de probabilidade(OCO). As medidas de 
controle de individual não são tão efetivas, pois há o fator humano que 
nem sempre utiliza o protetor auricular, óculos de segurança, calçado 
de segurança, luva ou retira os adereços. Portanto, os EPI não podem 
ser empregados como forma de redução do índice de probabilidade 
(OCO) ou Potencial de Detecçao (DET). 
 
 Um contaminante ou produto químico pode entrar em 
contato com o nosso organismo por quatro vias: 
1. Via Aérea - Inalação de gases, fumos metálicos, 
vapores, poeiras e névoas; 
2. Via Digestiva - Ingestão de poeiras e fumos metálicos; 
3. Via Cutânea - absorção pela pele de névoas, vapores e 
poeira; 
4. Via Ocular – absorção pelos olhos de névoas e 
vapores; 
 
 
VIAS DE ENTRADAS DOS 
PRODUTOS QUÍMICOS 
 A forma mais grave de absorção de um produto 
químico, é pelas Vias Aéreas, pois a área de um 
pulmão adulto varia de 70 a 100 metros quadrados. 
Durante a respiração existe uma grande área de 
contato, e consequente penetração dos produtos 
químicos nas formas de vapores, gases, poeiras 
orgânica ou inorgânica com o nosso organismo. 
Absorção dos Produtos Químicos 
VIAS DE ENTRADAS DOS 
PRODUTOS QUÍMICOS 
O volume de ar inalado durante a 
respiração por uma pessoa em repouso 
fica entre 4 a 6 litros por minuto. Durante a 
inspiração, há uma grande penetração do 
produto químico no nosso organismo, devido a 
elevada área e volume de ar inalado / exalado, 
especialmente em carga ou atividade 
extenuante. 
Um trabalhador em atividade extenuante 
(trabalho com pá) pode inalar até 30 litros de 
ar por minuto. 
VOLUME DE AR x RESPIRAÇÃO 
Órgãos Respiratórios 
Cavidade nasal 
Faringe 
Laringe 
 
Alvéolos 
Nariz 
Boca 
Traquéia 
Árvore brônquica 
Pulmões 
Aprox. 300 milhões de alvéolos 
Superfície disponível para troca gasosa 70-100 m2 
 
Brônquio 
Pulmão de 
um Adulto 
Características Fisiológicas 
Alvéolos 
Pulmonares 
Sacos 
Alveolares 
Veia 
Pleura 
Pulmona
r 
Artéria 
Pulmonar 
Capilar 
Pulmonar 
Composição do Ar Inalado / Exalado 
Oxigênio 
Nitrogênio 
Dióxido carbono 
Gases nobres 
Inalação Exalação 
21% 
78 % 
0,04% 
0,96% 
17% 
78 % 
4,04% 
0,96% 
DIVISÃO DO TRATO 
RESPIRATÓRIO 
Região 
Estrutura 
Anatômica 
Localização Doenças Relacionadas 
Vias 
aéreas 
superiores 
Nariz, boca, 
nasofarige, 
orofaringe, 
laringofaringe e 
laringe 
Extratorácica 
Irritação do septo nasal, 
faringe, laringe. Rinite e 
sinusites alérgicas. Câncer 
de faringe e laringe. 
Região 
Traqueo- 
bronquial 
Traquéia, 
brônquios e 
bronquíolos 
Torácica 
(pulmonar) 
 
Bronco constrição, 
bronquite crônica e câncer 
bronquial 
Região de 
troca de 
gases 
Bronquíolos 
respiratórios, 
dutos e sacos 
alveolares e 
alvéolos 
Alveolar 
Pneumoconioses, efisema, 
alveolite e câncer pulmonar 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Pneumoconioses: doenças pulmonares provocadas pela 
inalação prolongada de poeiras. Pontos comuns na 
patogênese: 
a) A fibrose (tecido do pulmão fica “duro” e inelástico) é 
devida a reação inflamatória provocada pelas partículas; 
b) Lesões importantes ocorrem somente após exposição 
maciça ao longo de muitos anos; 
c) O afastamento do indivíduo do agente causador é forma 
eficaz de tratamento e pode prevenir as formas 
avançadas, fibróticas e incapacitantes; 
d) O tabagismo contribui freqüentemente para a disfunção 
pulmonar progressiva; e 
e) A análise radiológica e espirometria tem grande 
importância na investigação. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Pneumoconioses 
Fibrogênicas x Não-Fibrogênicas: 
 
Fibrogênicas: como o termo diz são as reações 
pulmonares à inalação de material particulado que leva à 
fibrose intersticial do parênquima pulmonar. Ex.: silicose, 
asbestose. 
 
Não-fibrogênicas: caracterizam-se por lesão de tipo 
macular com deposição intersticial peribronquiolar de 
partículas, fagocitadas ou não, com ausência ou discreta 
proliferação fibroblástica e de fibrose. Ex.: siderose (Fe), 
baritose (Ba) e estanose (Sn). 
 
Por Que aprender isso ? 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Bissinose: Consiste na deposição de poeira vegetal de 
algodão, cisal, papel, papelão nos pulmões e linfonodos. 
As partículas se depositam preferencialmente no trato 
respiratório superior, devido ao tamanho elevado da 
partícula. Macroscopicamente: Pequenas manchas 
enegrecidas sob a pleura ou na superfície do corte. Não 
há fibrose ou outras lesões importantes (ocorre em todo 
indivíduo adulto ou idoso morador nas grandes cidades). 
Em fabricas de cordas ou papeis a inalação ao longo dos 
anos pode levar a pneumoconiose importante. Os quadros 
variam de acordo com as extensões das áreas atingidas. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Bissinose: 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Antracose: Consiste na deposição de carvão, fuligem e 
produtos similares nos pulmões e linfonodos. As partículas 
se depositam preferencialmente em torno de brônquios e 
bronquíolos ao longo dos linfáticos septais, especialmente 
os da pleura. Macroscopicamente: Pequenas manchas 
enegrecidas sob a pleura ou na superfície do corte. Não 
há fibrose ou outras lesões importantes (ocorre em todo 
indivíduo adulto ou idoso morador nas grandes cidades). 
Em mineradores a inalação de antracito (tipo de carvão) 
ao longo dos anos pode levar a pneumoconiose 
importante. Os quadros variam de acordo com as 
extensões das áreas de fibrose. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Antracose: 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Silicose: Resulta da exposição a poeira sílica. A sílica ou 
óxido de silício é o grande componente da areia e presente 
em quase todos os minerais. Macroscopicamente: 
Caracteriza-se por múltiplos pequenos nódulos fibrosos 
isolados e distribuídos bilateralmente, que podem 
coalescer e formar grandes massas de tecido fibroso. Com 
a destruição de macrófagos carregados de sílica ocorre a 
liberação de alguma substância que estimula a atividade 
fibroblástica. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Silicose: 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Asbestose: Resulta da inalação de fibras de asbesto 
(amianto). Sua patogênese é conhecida apenas 
parcialmente. Parece que a liberação lenta de ácido 
silícico ou uma reação imunológica com a partícula inalada 
servindo de antígeno pode ser o mecanismo 
desencadeante. A lesão inicial é do tipo pneumonia 
intersticial usual ou descamativa que evolui para fibrose 
pulmonar difusa. Macroscopicamente: O diagnóstico exige 
a combinação de fibrose e corpos de asbesto (fibras 
marrons com extremidades arredondadas compostas 
pelas fibras de amianto revestida por uma capa proteica de 
ferritina). Complicações Enfisema cicatricial, 
bronquiectasia, espessamento e derrame pleural, aumento 
do risco de aparecimento de neoplasias. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Asbestose: 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Siderose: também conhecida como pulmão de prata ou 
febre do soldador, que é processo infecciosos existente 
no pulmão do trabalhador, devido a exposição 
prolongada a fumos metálicos com deposição de 
metais utilizados nas soldas com eletrodos de prata, 
ferro fundido, cromo, níquel, manganês, entre outros 
nos sacos alveolares. 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Siderose: 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
TRATO RESPIRATÓRIO 
Outras Pnemoconioses 
 
PNEUMOCONIOSE 
AGENTE(S) 
ETIOLÓGICO(S) 
PROCESSO 
ANATOMO-PATOLÓGICO 
Silicatose Silicatos variados Fibrose difusa ou mista 
Pneumoconiose por 
poeira mista 
Teor > 7,5% de Sílica 
Fibrose nodular estrelada e/ou fibrose 
difusa 
Estanose Óxido de estanho Deposição macular sem fibrose 
Baritose Sulfato de Bário (barita) Deposição macular sem fibrose 
Berilose Berílio 
Granulomatosetipo sarcóide; Fibrose 
dorante evolução crônica 
DANOS À SAÚDE 
 
A exposição do trabalhador a uma determinada substância 
pode ocasionar tanto efeitos locais, como sistêmicos. 
 
Efeitos agudos ou por exposição de curto prazo 
(Acute effects or effects of short-term exposure) 
 
Efeitos agudos são aqueles que se desenvolvem 
rapidamente devido a exposições de menos de 24 horas 
de duração, em geral com elevadas doses/concentrações 
do agente químico. Para fins de estudos laboratoriais com 
inalação, esse tempo é definido como de até 4 horas. 
DANOS À SAÚDE 
 
A exposição do trabalhador a uma determinada 
substância pode ocasionar tanto efeitos locais, como 
sistêmicos. 
 
Efeitos agudos ou por exposição de curto prazo 
(Acute effects or effects of short-term exposure) 
Esses efeitos podem ser locais, ou seja, nos locais de 
contato da substância, como pele ou olhos, por exemplo, 
ou sistêmicos, ou seja, com efeitos em órgãos internos 
em função da absorção da substância. 
Uma exposição de curto prazo a concentrações mais altas 
de um agente tóxico pode ser causadora de efeitos 
agudos com ou sem sequelas. 
DANOS À SAÚDE 
 
EFEITOS SISTÊMICOS 
 
 Efeitos sistêmicos ocorrem quando a substância é 
absorvida pelo organismo e seus efeitos são observados 
em um ou vários órgãos ou sistemas, podendo deixar 
danos permanentes ou não. 
DL50 e CL50 (LD50 and LC50) Para uma comparação da 
toxicidade aguda entre as diferentes substâncias 
químicas, é utilizado o parâmetro Dose Letal 50 (DL50 – 
Dose Letal para 50% da população exposta), quando a 
substância é administrada por via oral ou injetada, e a 
Concentração Letal 50 (CL50 – Concentração Letal para 
50% da população exposta) para gases ou vapores que 
são inalados. 
DANOS À SAÚDE 
 
EFEITOS SISTÊMICOS 
Os dois parâmetros são obtidos experimentalmente em 
animais de laboratório, em geral em ratos, 
camundongos, cobaias, coelhos, entre outros. 
• Dose letal 50 (DL50): É a dose média que levou à 
morte metade (50%) da população de animais de 
laboratório submetida à administração daquela dose. A 
administração pode ser por diferentes vias: oral, 
intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutânea, 
dérmica). 
Os resultados são apresentados em miligramas ou 
gramas por kilograma de peso (mg/kg, ou mg kg-1, ou 
g/kg, ou g kg-1) e variam de acordo com a espécie, a 
idade, o sexo do animal e a via de introdução. • 
DANOS À SAÚDE 
 
EFEITOS SISTÊMICOS 
Concentração letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito do 
DL50, mas é definido para a concentração média da 
substância no ar ambiente inalada por animais de 
laboratório, variando de acordo com a espécie animal e o 
tempo de exposição. É semelhante à exposição 
ocupacional no que diz respeito à via de introdução no 
organismo, pois se refere à contaminação do ar inalado. 
Os resultados são apresentados em miligramas por litro 
de ar (mg/L ou mg L-1) ou ainda em partes por milhão 
(ppm) para contaminantes na forma de vapor de gás e 
miligramas por metro cúbico (mg/m3 ou mg m-3) para 
material particulado (sólido ou líquido). 
DANOS À SAÚDE 
 
IPVS ou IDLH 
IPVS significa Imediatamente Perigoso para Vida ou 
Saúde, tradução de IDLH (Immediately Dangerous to Life 
or Health). É o parâmetro para toxicidade aguda mais 
importante em saúde ocupacional. Em meados da 
década de 1970, a Occupational Safety and Health 
Administration (OSHA) e o NIOSH dos Estados Unidos 
estabeleceram o valor IPVS ou IDLH para muitas 
substâncias. 
 
 A concentração da substância no ar ambiente a partir da 
qual há risco evidente de morte, ou de causar efeito(s) 
permanente(s) à saúde, ou de impedir um trabalhador de 
abandonar uma área contaminada. 
DANOS À SAÚDE 
 
Efeitos crônicos ou por exposição de longo prazo 
(Chronic effects or effects of long-term exposure) 
 
Os efeitos crônicos são geralmente persistentes e 
causados por exposições repetidas a baixas doses ou 
concentrações por longos períodos, de meses a anos. 
Esses efeitos tóxicos podem ocorrer em órgãos e 
sistemas que são alvos daquela substância em 
particular, como fígado, rins, sistema nervoso, pulmão 
etc., razão pela qual as substâncias são classificadas 
como hepatotóxicos, nefrotóxicos, neurotóxicos etc 
DANOS À SAÚDE 
 
 Classificação de carcinogenicidade 
 
As informações de carcinogenicidade da substância 
normalmente são fornecidas segundo um código de 
classificação dado por instituições como a Agência 
Internacional de Pesquisa em Câncer (International 
Agency for Research on Cancer – IARC) e a American 
Conference of Governmental Industrial Hygienists 
(ACGIH), que periodicamente atualizam suas listas. 
DANOS À SAÚDE 
 
 Classificação de carcinogenicidade 
 
A IARC é uma instituição da OMS que desenvolveu um 
critério de estudo e uma classificação baseada nele, o 
qual organiza as substâncias (e ainda exposições, 
hábitos e ocupações) estudadas em 5 grupos: 
 
1 – Com certeza carcinogênico para seres humanos; 
2A – Provavelmente carcinogênico para seres humanos; 
2B – Possivelmente carcinogênico para seres humanos; 
3 – Não classificável como carcinogênico para seres 
humanos; 
4 – Provavelmente não carcinogênico para seres 
humanos 
DANOS À SAÚDE 
 
 Classificação de carcinogenicidade 
 
A ACGIH, entidade não governamental de higienistas 
ocupacionais (associação de classe), classifica as 
substâncias em 5 grupos: 
 
A1 – Carcinogênico para humanos; 
A2 – Carcinogênico para animais; 
A3 – Carcinogênico para animais em condições 
especiais; 
A4 – Não classificável como carcinogênico para humanos 
A5 – Não suspeito de carcinogênico para humanos 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
 SISTEMA HEMATOPOETICO 
Leucopenia: redução dos glóbulos brancos do sangue 
devido a exposição prolongada a solventes orgânicos 
aromáticos (contém anel benzênico) com dificuldade de 
combate a infecções e doenças. 
Plaquetopenia: redução das plaquetas do sangue devido 
a exposição prolongada a solventes orgânicos 
aromáticos (contém anel benzênico) com dificuldade de 
contenção de hemorragias e sangramentos. 
Leucemia: redução ou ausência da capacidade de 
produzir glóbulos brancos do sangue, devido a longa 
exposição a solventes orgânicos aromáticos (cancer do 
sangue). 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS DO 
 SISTEMA HEMATOPOETICO 
Leucopenia: 
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
DA PELE 
Dermatose: é uma doença da pele provocada por 
produtos químicos ou físicos com radiação. Quando o 
agente causador é decorrente do trabalho, a doença se 
chama dermatose ocupacional. 
 
As dermatoses ocupacionais englobam as doenças de 
pele, cabelos ou unhas decorrentes, agravadas, 
relacionadas ou mantidas pelo exercício de alguma 
ocupação. Também estão envolvidas as dermatoses 
preexistentes que pioram dependendo da atividade do 
paciente, tais como psoríase e líquen plano. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatose_ocupacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatose_ocupacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatose_ocupacional
http://medifoco.com.br/pele-funcoes-e-lesoes-elementares/
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
DA PELE 
São classificadas de acordo com os agentes causadores 
em: 
 
– Causas indiretas ou fatores predisponentes: dependem 
da idade, sexo, raça, clima, condições de trabalho, 
antecedentes pessoais e doenças concomitantes. 
 
– Causas diretas: causadas por agentes biológicos, físicos, 
químicos, existentes no meio ambiente e que atuariam 
diretamente sobre o tegumento, causando ou agravando a 
dermatose preexistente. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
DA PELE 
Sinais e Sintomas: 
As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais 
mais comuns, principalmente com lesões eczematosas 
agudas e subagudas, predominando eritema, edema e 
vesículas, podendo formar bolhas. 
Cronicamente pode ocorrer espessamento da epiderme,com descamação e fissuras e podem persistir por meses 
ou anos. O prurido (coceira) é o sintoma mais relatado em 
todos os estágios. 
 
A dermatite ocupacional pode ser do tipo irritativa, 
alérgica de contato, contato fototóxica ou fotoalérgica. 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
DA PELE 
Dermatose Ocupacional: 
 
EXERCÍCIO 
Em Grupo 
Você foi chamado para atualizar um PPRA de uma 
empresa e foi apresentado um produto químico (sua 
FISPQ) que é manipulado em grande quantidade e há 
suspeita de provocar problemas nos trabalhadores. 
Pede-se: 
a) Indique o nome da(s) patologia(s) que o produto 
químico gera ? 
b) Informe o órgão alvo ou sistema atingido ? Ex.: ruído 
produz PAIR; 
c) É classificado como carcinogênico; e 
d) Informe se o seu produto pode produzir outras 
patologias quando associado a outros agentes de risco ? 
A substância química bromo acelera o processo da PAIR, 
quando se labora em ambiente ruidoso. 
 
 
 
 
AULA 03

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