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Tipos de plásticos e suas aplicações - aprofundamento sobre os ftalatos e bisfenóis

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO – Campus Cuiabá Bela Vista
Karina Miho Sasaki
TIPOS DE PLÁSTICO E SUAS APLICAÇÕES
Aprofundamento sobre os ftalatos e bisfenóis
Cuiabá
2017
INTRODUÇÃO
	Os plásticos sintéticos, materiais formados por polímeros (do grego: poli-muitos, meros-partes, unidades), são macromoléculas muito resistentes à degradação natural, quando descartados no meio ambiente, isto é, em aterros ou lixões municipais, daí seu acúmulo crescente (KIRBAS, 1999 e TORIKAI, 1999). Os tipos mais utilizados na vida diária, desde 1940, têm sido polietileno, polipropileno, poliestireno, poli(tereftalato de etileno) e poli(cloreto de vinila) que, apesar do avanço no processamento e fabricação, geram dois grandes problemas: o uso de fonte não-renovável para obtenção de sua matéria-prima e a grande quantidade de resíduos gerada para descarte (AMASS, 1998). Além disso, é sabido que muitos plásticos exigem mais de 100 anos para se decompor totalmente, tendo em vista que sua alta massa molar média e hidrofobicidade dificultam a ação dos microrganismos e de suas enzimas na degradação do polímero (LEE, 1998 e ROSA, 2004).
DESENVOLVIMENTO
Conceitos:
	Termoplástico: materiais de plástico sintético que podem ser aquecidos sem que as suas propriedades químicas mudem. Isso é vantajoso para a reciclagem, pois o material pode ser moldado em outros formatos.
	Termorrígido: plásticos que não se fundem mesmo em elevadas temperaturas, pelo contrário, se decompõe, inviabilizando a reciclagem.
	Oxibiodegradável: são utilizados aditivos pró-degradantes que possuem a pripriedade de fragmentar o plástico, facilitando a decomposição. O problema é que inviabiliza a reciclagem e ainda gera microplástico como resíduo.
	TIPOS DE POLÍMEROS
1.1 Poli(tereftalato de etileno):
	O PET, é formado pela reação entre o ácido tereftálco e o etileno glicol. Normalmente compõe frascos e garrafas para uso alimentício, hospitalar, cosméticos e fibras têxteis, por ser transparente, impermeável, resistente e leve. É um termoplástico. A desvantagem é que o material é feito a partir do petróleo – uma fonte não renovável.
1.2 Polietileno de alta densidade (PEAD):
	É muito utilizado por ser resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química, utilizado principalmente em sacolas de supermercados, embalagens de detergente e óleos automotivos, utilidades domésticas, etc. Pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais, este, chamado de plástico verde.
1.3 Policloreto de polivinila (PVC):
	Encontrados em tubulações de água e esgoto, mangueiras, brinquedos, entre outros. Muito utilizado por ser rígido, impermeável, resistente a temperatura e inquebrável. É formado por 57% de cloro e 43% de eteno.
1.4 Polietileno de baixa densidade (PEBD):
	Se mostra presente em filmes para embalar alimentos, bolsa de soro medicinal, sacos de lixo, entre outros. É flexível, transparente, impermeável e leve. É um termoplástico, também pode ser um plástico verde ou derivado de petróleo.
1.5 Polipropileno (PP):
	Tem a característica de conservar o aroma, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura. Encontra-se na composição de embalagens industriais, fios e cabos, autopeças, seringas descartáveis, etc. Possui uma variação chamada BOPP, plástico metalizado, usual em embalagens de salgadinhos e biscoitos, o qual é de difícil reciclagem.
1.6 Poliestireno (PS):
	Utilizado em potes para sorvetes e iogurtes, parte interna da porta da geladeira, pratos e copos descartáveis, é uma resina termoplástica. As principais características são a leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo custo, flexibilidade e a moldabilidade sob a ação do calor.
1.7 Outros:
1.7.1 Poli(ácido lático):
O ácido lático do plástico PLA é obtido a partir da fermentação do amido de beterraba ou mandioca (por exemplo), por este motivo é compostável, biodegradável, biocompatível e bioabsorvível. Pode ser utilizado em copos, recipientes, garrafas, canetas, filamentos de impressora 3D e outros.
1.7.2 Poliuretano (PU):
	Flexibilidade, leveza, resistência a brasão e possibilidade de design. Aplicação de espumas macias e rígidas, solados de calçados, etc. Não é reciclável.
1.7.3 Acetato-vinilo de etileno (EVA):
	Capacidade de ser flexível e resistente ao mesmo tempo. Comumente usado em chinelos, equipamentos de academia, materiais de artesanatos, entre outros. Também não é reciclável.
1.7.4 Baquelite:
	Formada pela junção do fenol com o formaldeído, que dá origem ao polímero chamado polifenol. Resina sintética resistente ao calor, infusível, pode ser moldada na fase inicial da manufatura e tem baixo custo. Atualmente é pouco usada, produtos antigos de baquelite são itens de decoração.
	BISFENÓIS
	São disruptores endócrinos que acabam migrando da embalagem para os alimentos e pele por meio do contato e vão parar na corrente sanguínea humana, proporcionando problemas sérios de saúde. Quando descartados, os bisfenóis contaminam água, solos e atmosfera, prejudicando a reprodução de alguns animais.
	Após alguns estudos, o BPA passou a ser proibido em mamadeiras e limitado a determinados níveis em outros tipos de materiais.
2.1 Substitutos:
	As empresas desenvolveram substitutos semelhantes, o BPS e o BPF, também chamados de Bisfenol-S e Bisfenol-F, respectivamente. Os três são muito semelhantes quimicamente com capacidade de produzirem efeitos similares para o uso na indústria.
2.2 Contaminação:
	De acordo com o estudo publicado pela Environmental Health Perspective, os bisfenóis também acabam contaminando produtos cotidianos como pastas de dente, maquiagens, carnes, rações para gatos e cachorros e estão presentes até na poeira doméstica. Estes são acumulativos no organismo humano, exames mostram a presença de bisfenóis inclusive na urina humana.
	Se descartados de maneira incorreta, os materiais contendo essas substâncias vão parar nos oceanos e acabam ficando presos no gelo polar e rochas, passando a integrar o ambiente e o organismo dos animais, causando sérios prejuízos ambientais.
2.3 Efeitos:
	O BPF pode proporcionar efeitos negativos na tireoide, aumento do tamanho do útero e do peso de testículos e glândulas, entre outros efeitos fisiológicos/bioquímicos indesejados.
	O BPS apresenta comprovadamente potencial de causar câncer, efeitos negativos nos testículos de mamíferos, na reprodução de fêmeas mamíferas e dos peixes. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o bisfenol-S se torna mais perigoso à saúde quando usado como alternativa à tinta de impressão.
	O BPA, o mais estudado, pode causa aborto, anomalias e tumores do trato reprodutivo, câncer de mama e de próstata, deficit de atenção, de memória visual e motora, diabetes, diminuição da qualidade e quantidade de esperma, endometriose, fibromas uterinos, gestação ectópica, hiperatividade, infertilidade, obesidade, doenças cardíacas e outros. 
2.4 Exposição:
	Depois da polêmica envolvendo o BPA e a sua proibição, as pessoas passaram a se sentir mais seguras com os produtos contendo os rótulos “BPA free”. Entretanto, com o desenvolvimento dos substitutos BPF e BPS que são, assim como o BPA, disruptores endócrinos e capazes de causarem danos semelhantes, não há segurança verificável, pois estes ainda não são regulamentados e as pessoas podem estar expostas a esses materiais indiscriminadamente.
	Estima-se que os prejuízos financeiros causados pelos danos dos bisfenóis geram um custo de 157 a 210 bilhões de euros por ano à União Europeia (dados de 2015).
2.5 Prevenção:
	A melhor maneira de se prevenir é evitar ao máximo consumir produtos industrializados que venham em embalagens de plástico e enlatados. Dar preferência a embalagens e recipientes de vidro, cerâmica ou aço inoxidável. Jamais aquecer ou resfriar recipientes de plástico e descartar aqueles rachados ou quebrados, pois alterações na temperatura e na forma física podem liber o bisfenol.
2.6 Descarte:
	É um grandeproblema, pois podem contaminar os lençóis freáticos, solos e a atmosfera, podendo vir parar em alimentos, recursos hídricos e prejudicar pessoas e animais. O papel higiênico reciclado contendo bisfenol é uma exposição mais grave, pois entra em contato direto com mucosas mais sensíveis indo parar diretamente na corrente sanguínea.
	Sendo assim , a melhor opção é a redução de uso desse tipo de produto: unir materiais que contenham bisfenóis, embalá-los firmemente em sacolas plásticas não-biodegradáveis (para que não vazem) e destiná-los a aterros seguros, pois lá eles não correrão risco de vazarem para lençóis freáticos ou solos.
	FTALATO
	São um conjunto de substâncias capazes de tornar plásticos rígidos em plásticos maleáveis, dão aquele aspecto líquido ou de cremosidade. 
	Nas embalagens dos produtos, raramente há a descrição literal “ftalato”. Os nomes mais comuns listados são phthalates, dibutylphthalate (DBP), dimethylphthalate (DMP), diethylphthalate (DEP). Podem até aparecer os nomes em português também: butila, benzila, dibutila, diciclohexila, dietila, diisodecila, di-2-etilexila e dioctila. 
	O ser humano pode ser exposto aos ftalatos por via oral, via aérea e dérmica. Podemos ingerir por conta da presença dessas substâncias em embalagens para alimentos e copos plásticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os ftalatos são moléculas parecidas com as de gordura, e podem facilmente ligar-se a elas nos alimentos. Para as crianças, o risco de ingestão de ftalatos está associado a presença das substâncias em brinquedos infantis. Também podemos ingeri-los por meio da água. Os tubos de PVC dos encanamentos são fontes de exposição aos ftalatos. 
	Os plásticos que podem conter e liberar ftalatos são os de número 1, 3 e 6. Os mais seguros para se utilizar porque apresentam características menos tóxicas, são os de número 2, 4 e 5.
3.1 Posição nacional e internacional:
	Os ftalatos estão classificados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) como possivelmente carcinogênicos para humanos.
	Na Europa, o uso dos é proibido em cosméticos, além de serem considerados como tóxicos para o sistema reprodutivo. No Brasil, desde 2009, são limitadas as concentrações de ftalatos e seus derivados (não mais que 1%), em copos e garrafas plásticas descartáveis, seguindo resolução da ANVISA. Ainda estão em andamento dois projetos de lei que tratam da proibição do uso de ftalatos em aparatos médicos e em produtos infantis.
3.2 Alternativas:
	A descrição nos produtos sem ftalatos normalmente aparece da seguinte forma: sem PVC, sem DEHP ou free HDPE. Algumas substâncias podem ser utilizadas em substituição aos ftalatos, como os adipatos, sebacatos, citratos, tremeliatos, poliésteres e fosfatos. Porém ainda é preciso de mais estudos sobre a toxidade desses substitutos.
CONCLUSÃO
	Conclui-se que os ftalatos e os bisfenóis estão presentes nos produtos que consumimos, sendo que em concentrações elevadas pode ser prejudicial à nossa saúde e ao meio ambiente. Dessa forma, a fiscalização por parte dos órgãos responsáveis, como a ANVISA, deve ser aumentada para que haja maior controle da situação e também se faz necessário mais investimentos em pesquisas, fornecendo medidas de orientação aos produtores, ou até mesmo um substituto sustentável.
REFERÊNCIAS
Franchetti, Sandra Mara Martins; Marconato, José Carlos. Polímeros biodegradáveis - uma solução parcial para diminuir a quantidade dos resíduos plásticos. Química Nova. Sociedade Brasileira de Química, v. 29, n. 4, p. 811-816, 2006. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/27598>. Acesso em: 14 de setembro de 2017.
eCycle, Conheça os tipos de plástico. Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/706-conheca-os-tipos-de-plastico.html>. Acesso em: 14 de setembro de 2017.
eCycle, BPS e BPF: alternativas ao BPA são tão ou mais perigosas. Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/5754-bps-e-bpf-alternativas-ao-bpa-sao-tao-ou-mais-perigosas-entenda.html>. Acesso em: 14 de setembro de 2017.
eCycle, Ftalatos: saiba o que são, onde estão, quais os riscos e como se prevenir. Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/67/2183-ftalato-ftalatos-plastico-maleavel-rigido-brinquedos-copos-pvc-esmalte-brilho-fixacao-cometicos-quimicos-hidratante-spray-problemas-fertilidade-masculina-reproducao-feminina-cancer-figado-rins-.html> . Acesso em: 14 de setembro de 2017.

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