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Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO VIII 
TRABALHOS EM ALTURA 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-2 
 
ÍNDICE 
 
1. Objectivos específicos......................................................................................................................................... 3 
2. Introdução ........................................................................................................................................................... 3 
3. Utilização de protecções colectivas .................................................................................................................. 3 
3.1. Guarda-corpos ............................................................................................................................................. 6 
3.1.1. Montagem dos montantes ................................................................................................................... 8 
3.1.2. Medidas de protecção periférica com guarda-corpos ....................................................................... 9 
3.2. Redes de segurança ................................................................................................................................... 13 
3.2.1. Introdução ........................................................................................................................................... 13 
3.2.2. Redes horizontais (Tipo S) .................................................................................................................. 15 
3.2.3. Redes verticais tipo forca (Tipo V) ..................................................................................................... 16 
3.2.4. Redes horizontal fixada a consola (Tipo T) ....................................................................................... 19 
3.2.5. Redes verticais (Tipo U) ...................................................................................................................... 21 
3.2.6. Outros tipos de redes ......................................................................................................................... 22 
3.2.7. Requisitos na aquisição e utilização de redes ................................................................................... 22 
3.3. Equipamentos a utilizar em trabalhos na cobertura ............................................................................... 24 
3.3.1. Redes.................................................................................................................................................... 24 
3.3.2. Plataformas de trabalho ..................................................................................................................... 26 
3.3.3. Linha de vida ....................................................................................................................................... 26 
3.3.4. Guarda-corpos e rodapé ..................................................................................................................... 27 
3.4. Plataformas de Trabalho acopladas a painéis de cofragem ................................................................... 27 
4. Equipamentos de protecção individual ........................................................................................................... 28 
5. Estruturas de apoio aos trabalhos em altura .................................................................................................. 28 
5.1. Andaimes .................................................................................................................................................... 28 
5.1.1. Principais causas de acidentes com andaimes .................................................................................. 30 
5.1.2. Disposições gerais ............................................................................................................................... 31 
5.1.3. Andaimes metálicos e mistos ............................................................................................................ 38 
5.1.4. Andaimes móveis ............................................................................................................................... 39 
5.1.5. Trabalhos na proximidade de condutores eléctricos nus em tensão............................................... 43 
5.2. Plataformas de trabalho ............................................................................................................................45 
5.2.1. Plataformas fixas .................................................................................................................................45 
5.2.2. Plataformas móveis elevatórias .........................................................................................................45 
5.2.3. Plataformas suspensas ...................................................................................................................... 49 
5.3. Escadas ....................................................................................................................................................... 51 
5.3.1. Escadas construídas em obra ............................................................................................................. 52 
5.3.2. Escadas portáteis ................................................................................................................................54 
5.4. Pranchadas ................................................................................................................................................ 58 
4.5. Passadiços ................................................................................................................................................. 59 
Regulamentação aplicável .................................................................................................................................. 59 
Bibliografia ........................................................................................................................................................... 60 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-3 
 
1. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Identificar as medidas de protecção colectiva em trabalhos em altura. 
 Identificar os riscos e propor medidas preventivas nos trabalhos em altura. 
 Identificar os EPI para os trabalhos em altura. 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
No sector da construção civil e obras públicas, as quedas em altura são o tipo de acidente em que se 
verifica o maior número de casos mortais. Esta situação deve-se ao facto de grande parte dos 
intervenientes no processo construtivo ignorarem ou menosprezarem as regras de segurança a 
implementar para evitar riscos de queda em altura. 
 
3. UTILIZAÇÃO DE PROTECÇÕES COLECTIVAS 
 
As quedas em altura são a causa de mais de metade das mortes que ocorrem na construção civil em 
Portugal. 
 
As principais causas das quedas são a falta ou ineficiência das protecções colectivas em aberturas de 
paredes e pisos, nos acessos e andaimes assim como no perímetro de rampas e desníveis tais como bordos 
de taludes e placas, escadas, etc. As razões mais apontadas são: 
 
 
Falta de protecção - Devido à inexistência de equipamento de protecção no estaleiro. 
Protecção parcial 
- Devido à quantidade insuficiente, não foi possível proteger todos os 
locais com risco de queda; 
- Os trabalhadores retiraram uma parte da protecção que não foi reposta. 
Ineficácia da 
protecção 
- Devida à escolha incorrecta do equipamento ou tipo de protecções; 
- Devida à má montagem das protecções; 
- Devida ao mau estado das protecções. 
Principais causas das quedas em altura 
 
Em muitos casos, as protecções são retiradaspelo pessoal para permitir ou facilitar a execução de 
determinadas tarefas e, por desleixe e ignorância, não as voltam a repor, deixando uma área desprotegida 
e de grande risco. Estes comportamentos devem ser “combatidos” com formação e sensibilização e o 
encarregado deve estar constantemente atento à falta destas protecções, mandando corrigir, de imediato, 
qualquer falha que detecte dada a provável gravidade das consequências que resultam da falta destas 
protecções. 
 
A escolha de equipamentos e métodos de trabalhos é, em muitos casos, delegada nos subempreiteiros que 
utilizam em obra os seus próprios equipamentos (escadas, andaimes e até protecções colectivas) e que por 
vezes são incompatíveis com as operações a desenvolver ou com os equipamentos de outros 
subempreiteiros que efectuam operações adjacentes. É muito importante para a prevenção de acidentes 
que os equipamentos sejam compatíveis e seleccionados de acordo com as necessidades das operações 
que se vão desenvolver. Todos os subcontratados devem ser informados previamente, tendo em conta o 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-4 
planeamento da obra, dos tipos e quantidades dos equipamentos de protecção colectiva, andaimes, 
escadas, plataformas de trabalho, etc. que vão necessitar. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-5 
 
Noutros casos, as protecções existiam mas, quando foram solicitadas, a sua eficácia não correspondeu ao 
que era esperado. Isto deve-se a deficiências de montagem ou mau estado dos equipamentos de 
protecção. 
 
As razões da má montagem são usualmente, montantes mal apertados (no caso de montantes com fixação 
por garra) ou bainhas demasiado largas (no caso de montantes introduzidas em bainhas) ou insuficiente 
cobertura em esquinas, ângulos, redondos, etc. ou outros pontos difíceis de cobrir devido às dimensões e 
geometria dos elementos horizontais. Para garantir a sua eficácia, estas protecções têm de cobrir a 
totalidade da área a proteger, sem deixar espaços por onde seja possível passar um corpo. Estes 
equipamentos só devem ser montados sob orientação de uma chefia que conheça bem os requisitos de 
montagem destes equipamentos. 
 
Os equipamentos devem ser mantidos em boas condições e deve existir sempre stock de protecções 
disponível para substituir, de imediato, os que se danifiquem ou deteriorem. 
 
O sistema de protecção colectiva a empregar deve ser escolhido antes do início da obra. A protecção 
colectiva eleita deve reunir um conjunto de características tais como: 
 
 Deve ser forte e segura; 
 Deve evitar a queda do trabalhador, em vez de limitar a mesma; 
 A protecção não deve causar sensação de vertigem ao trabalhador; 
 Deve ser contínua, protegendo os ângulos das fachadas e não deixando espaços por cobrir; 
 Deve proteger o trabalhador em qualquer fase do trabalho; 
 A protecção não deve prejudicar o trabalho, como por exemplo a elevação de uma carga com 
recurso a grua; 
 Deve ser fácil de adaptar aos diferentes tipos de estruturas existentes, podendo assim ser utilizada 
em diferentes obras; 
 A sua correcta instalação deve ser verificada por pessoa competente; 
 Deve ser fácil de transportar entre obras. 
 
Os dispositivos destinados a impedir as quedas devem ser instalados nos locais onde este risco esteja 
presente, nomeadamente: 
 
 Os planos de trabalho devem ter os bordos que dão para o vazio protegidas por dispositivos 
capazes de impedir a queda de pessoas e materiais; 
 Nos planos de trabalho, todas as aberturas devem estar protegidas; 
 Todos os vãos, aberturas em fachadas e caixas de elevador devem estar protegidos; 
 As caixas de escadas devem possuir protecções que impeçam a queda de pessoas; 
 Os andaimes, plataformas de trabalho e locais de recepção de materiais devem dispor de 
protecções. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-6 
 
3.1. Guarda-corpos 
 
Guarda-corpos são protecções colectivas utilizadas em estaleiro de obra com o objectivo de impedir a 
queda em altura de pessoas e de materiais. Estes equipamentos são utilizados na periferia das lajes, 
coberturas, plataformas de trabalho, andaimes, aberturas em lajes, escadas e outros acessos. São 
constituídos por diversos elementos montados no local que, no seu conjunto, devem garantir a 
estabilidade e resistência necessária e ter dimensões que assegurem o seu objectivo (impedir a queda de 
pessoas). 
 
Segundo o artigo 40º do Decreto 41 821, de 11 de Agosto de 1958, “os guarda-corpos, com secção transversal 
de 0,30 m2, pelos menos, serão postos à altura mínima de 1 m acima do pavimento, não podendo, o vão abaixo 
deles ultrapassar a medida de o,85 m. A altura do guarda-cabeças nunca será inferior a 0,14 m.” 
 
Esta imposição legal, embora em vigor, encontra-se desadequada como medida preventiva eficaz pois, a 
abertura de 85 cm permite facilmente a passagem de um corpo adulto de boa constituição, em caso, por 
exemplo, de queda põe escorregamento. 
 
Assim, é prática aconselhada a colocação de uma barreira intermédia a uma altura de 45 a 50 cm. Esta 
barreira intermédia é normalmente exigida pelas entidades oficiais (ACT – Autoridade para as Condições do 
Trabalho). 
 
Os guarda-corpos são compostos por elementos horizontais (guardas), verticais (montantes) e suportes de 
fixação ao elemento construtivo. A constituição destes elementos deve ser executada de modo a que 
resistam ao peso de um trabalhador e não serem confundidas com barras ou bandas de sinalização. 
 
Os elementos horizontais devem ser colocados a 0,50 e 1,0 m acima do plano de trabalho, solidamente 
fixados aos montantes, em encaixes apropriados ao tipo, geometria e secção do montante. Podem ser 
constituídos por diferentes tipos de materiais, nomeadamente por tubos, barras ou perfis metálicos ou por 
pranchas de madeira. As pranchas de madeira devem estar em bom estado, desempenadas e isentas de 
nós e pregos. 
 
Quanto à largura dos vãos dos elementos horizontais, é aconselhado: 
 
 Perfis metálicos com secção 26  34 cm – Vão máximo de 2,20 m; 
 Pranchas de madeira com secções de 34  140 mm ou 40  100 mm – Vão máximo de 1,50 m. 
 
Outro elemento integrante no guarda-corpos é o rodapé ou guarda-cabeças, constituído por um elemento 
horizontal geralmente uma tábua de madeira com 0,15 m de altura solidamente colocada nos montantes, 
com a função de prevenir a queda de materiais ou ferramentas a partir do plano de trabalho. 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-7 
Colocação correcta dos guarda-corpos 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-8 
 
3.1.1. Montagem dos montantes 
 
Os montantes podem ser fixados de várias formas: 
 
 A mais comum é com suporte tipo “pinça ou garra” que fixa o montante por aperto ao bordo da laje. A 
“garra”, normalmente, permite uma abertura máxima de 0,60 m. 
 
 Para lajes com maior espessura, é necessário usar montantes de outro tipo que são introduzidos em 
bainhas colocadas na laje durante a betonagem. Para que este tipo de guarda-corpos não perca a sua 
eficácia preventiva, é necessário que o montante entre bem justo na bainha e esta tem de estar isenta 
de sujidades, de forma que o montante entre, no mínimo, 10 cm. A bainha não deve ser colocada a 
menos de 30 cm do bordo da placa. Depois de instalados os montantes não devem oscilar. O 
espaçamento entre montantes é, usualmente, de 2 metros. 
 
 
Montante de guarda-corpos fixado em bainha 
 
Montante de guarda-corpos com fixação por “garra” 
 
 
 
Exemplos de utilização de guarda-corpos 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-9 
 
3.1.2. Medidas de protecção periférica com guarda-corpos 
 
 Todos os vãos e aberturas na fachada devem estar limitados porguarda-corpos e rodapés. A utilização 
de tábuas em diagonal e de escoras na horizontal não é recomendável, dada a sua deficiente 
protecção. 
 
 
 
 
 
Utilização de guarda-corpos em vãos para o exterior. 
 
 As aberturas em pavimentos ou plataformas de trabalho devem dispor de guarda-corpos e rodapé, 
salvo se estiverem instalados outros dispositivos de protecção com eficácia e resistência pelo menos 
equivalentes às daqueles equipamentos, ou se estiverem obturadas com uma tampa de protecção 
temporária ou um estrado provisório convenientemente fixado. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-10 
 
 
 
 
Protecções possíveis na abertura de pavimentos 
 
 
Exemplo de protecção com plataforma de madeira e com rede 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-11 
Uma solução interessante e eficaz é a colocação de abobadilhas nas lajes, com as aberturas à vista, 
para posteriormente serem quebradas, a fim de dar passagem às tubagens; temos, deste modo, mais 
um exemplo de “segurança integrada”. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-12 
 
 
Abobadilhas utilizadas para colmatar uma abertura no pavimento 
 
 A zona da caixa de elevador de um edifício em construção é extremamente perigosa, enquanto não 
são colocadas as portas, pois apresenta aberturas mal iluminadas. Infelizmente, tem-se verificado um 
elevado número de mortes devido a quedas na caixa de elevador. A colocação de guarda-corpos é a 
solução indispensável. Recomenda-se a sua pintura para mais facilmente serem localizados quando 
indevidamente retirados. 
 
 
Utilização de guarda-corpos como protecção numa caixa de elevador. 
 
 A caixa de escadas é geralmente uma zona pouco iluminada, com aberturas extremamente perigosas 
(as chamadas bombas de escada). Deve-se, pois, dispor de iluminação eficaz e de guarda-corpos com 
rodapé. 
 
 
Utilização de guarda-corpos como protecção numa caixa de escadas. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-13 
 
As verificações apresentadas no âmbito da utilização de guarda-corpos são de carácter geral, pelo que 
cada caso concreto obrigará à análise dos condicionalismos existentes no local: 
 
Lista de verificação 
 
Verificações NA C NC 
Acções 
correctivas 
Localização de guarda-corpos: Vãos de sacada; Escadas 
Localização de guarda-corpos: Plataformas de trabalho; 
Passadiços 
 
 
Localização de guarda-corpos: Andaimes; Bailéus 
Localização de guarda-corpos: Bordos não protegidos; 
Coberturas 
 
 
Localização de guarda-corpos: Aberturas não protegidas; 
Caixas de elevador 
 
 
Montagem é segura: 
- montantes fixos; 
- guardas a 0,45 m e 1,00 m; 
- guarda-cabeças com 0,15 m. 
 
 
Estado de conservação dos materiais. 
Condições de armazenamento dos materiais. 
 
NA – Não aplicável; C – Conforme; NC - Não Conforme 
 
 
3.2. Redes de segurança 
3.2.1. Introdução 
 
A utilização de redes de segurança insere-se nas medidas de protecção colectiva, para trabalhos de 
construção, sendo usadas para impedir ou limitar a queda em altura, quer de pessoas, quer de materiais. As 
redes de segurança são, portanto, um instrumento fundamental no combate aos acidentes provocados 
por quedas em altura. 
 
As redes de segurança utilizadas na construção civil são, em geral, constituídas por cordas de fibras 
sintéticas de poliamida, polietileno ou polipropileno, ligadas por nós, formando um conjunto elástico de 
malhas quadradas, suportadas por corda perimetral, capazes de absorver uma certa quantidade de 
energia. A absorção de energia nas redes, com origem na queda de pessoas ou materiais, é feita por 
alongamento das fibras da trança e pelo aperto dos nós. 
 
Embora a princípio se possa pensar que todas as redes de segurança disponíveis no mercado são iguais e 
que todas são válidas para todas as situações, a realidade é mais complexa; as redes e as cordas associadas 
são produtos fabricados com características específicas para atender as diferentes necessidades que a 
norma europeia EN 1263-1 estabelece. Assim, trata-se de produtos que se devem fabricar cumprindo os 
requisitos da referida norma e a melhor forma de os controlar é solicitando os respectivos certificados e 
comprovar a sua correcta etiquetagem. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-14 
 
Classificação das redes 
 
A norma EN 1263-1 divide os sistemas de redes de segurança segundo a sua utilização em: 
 
 
Sistema V 
Rede de segurança com corda de rebordo fixada a 
suporte do tipo forca 
 
Sistema S 
Rede de segurança com corda de rebordo, para 
cobrir espaços horizontais ou planos inclinados. 
 
 
Sistema T 
Rede de segurança fixada a consolas para utilização 
horizontal 
 
Sistema U 
Rede de segurança fixada à estrutura de suporte 
para utilização vertical 
 
Etiquetagem 
 
As redes de segurança devem ser fornecidas com uma etiqueta com a seguinte informação: 
 
 Designação do fabricante; 
 Sistema de rede de segurança; 
 Classe da rede; 
 Energia mínima de rotura; 
 Tamanho e forma da malha; 
 Dimensões da rede; 
 Classe de resistência; 
 Ano e mês de fabrico. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-15 
 
A marcação deve ser permanente. 
 
 
 
 
Exemplo de etiqueta e de selo que deve acompanhar a rede 
 
Regras gerais de montagem das redes 
 
 A montagem das redes deve ser realizada conforme o indicado no Manual de Instruções fornecido 
pelo fabricante; 
 A montagem das redes é uma operação perigosa; deve ser realizada por pessoas devidamente 
formadas que conheçam bem os sistemas de ancoragem; devem adoptar precauções especiais, 
com a utilização obrigatória de arneses anti-queda; 
 Após a sua montagem deve-se comprovar que as redes, as cordas perimetrais, etc. não têm 
roturas, ou desfiados; 
 Devem ser colocadas em todo o perímetro do piso, incluindo as esquinas; 
 Deve ser dada especial atenção às uniões entre redes, visto que são pontos perigosos onde a 
eficácia de retenção pode ficar seriamente comprometida se as uniões não forem realizadas 
adequadamente; 
 As redes de segurança devem ser instaladas os mais próximo possível por debaixo do nível do 
plano de trabalho; 
 O desnível máximo permitido para a queda de pessoas é de 6 metros pois, para alturas superiores, 
a eficácia da protecção não é garantida. 
 
3.2.2. Redes horizontais (Tipo S) 
 
São utilizadas para proteger trabalhos que decorram em coberturas de naves industriais ou comerciais ou 
outras operações em que seja necessário proteger uma área extensa, usualmente no interior das 
edificações. Têm vulgarmente 8 m de largura (mínimo de 5 metros de lado e 35 m2 de superfície) e são 
fixadas aos pilares (ou outros elementos estruturais) pela corda perimetral, fixada a suportes próprios, 
espaçados entre si de 1 m. A ligação entre a corda perimetral e o suporte é efectuada por mosquetões. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-16 
 
 
 
Elementos que constituem a rede do tipo S 
 
 
Rede horizontal 
 
A rede horizontal deve ser colocada o mais próximo possível do plano de trabalho a proteger e o mais 
horizontal possível, sendo, no entanto, permitido um máximo de 6,0 m de altura de queda com o plano de 
trabalho a proteger. 
 
É necessário ajustar a rede aos perímetros, evitando-se espaços abertos. Para tal, recomenda-se que a 
ancoragem seja realizada a cada 1 metro para evitar esses espaços (embora a norma permita que seja de 
2,5 m). 
 
Afastamento dos pontos de ancoragem da rede 
 
3.2.3. Redes verticais tipo forca (Tipo V) 
 
Pensado fundamentalmente para ser utilizado na fase de estrutura, o sistema V não evita a queda mas 
atenua claramente os seusefeitos e é hoje um elemento imprescindível na implantação de protecções 
colectivas nas obras de edificação. É o tipo de rede mais adequado para proteger os trabalhos na laje de 
cobertura. 
 
Este sistema, ao não impedir a queda, deve ser acompanhado de dispositivos de protecção colectiva que o 
evitem: guarda-corpos e linhas de vida. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-17 
 
 
Rede tipo forca 
 
O sistema para ser completamente eficaz deve atender a três condições: 
 
1 | A queda deve ser amparada pela rede. Para tal a sua montagem deve obedecer às seguintes regras: 
 A rede deve ser colocada de modo que o seu bordo superior exceda, no mínimo em 1,0 m, a 
altura do plano de trabalho e o bordo inferior deve dispor de espaço livre que permita o 
alongamento da rede devido ao impacto; 
 A rede tem de ficar saliente em torno da área que pretende proteger, com uma largura que é 
função da velocidade inicial e da altura da queda, tal como mostra o gráfico seguinte. 
 
 
Parábola representativa da trajectória de queda de um corpo 
 
2 | A queda sobre a rede não pode provocar danos físicos. Para tal, é essencial controlar os seguintes 
factores: 
 Que o conjunto da rede e dos suportes que a sustentam consigam suportar e absorver a 
energia do impacto; 
 Que os materiais que vão caindo sobre a rede vão sendo retirados; 
 Que a rede (por baixo) não esteja demasiado próxima de obstáculos, de forma a não permitir o 
embate do corpo em qualquer objecto quando sofrer a deformação devida ao impacto do 
corpo. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-18 
 
A figura seguinte ilustra os vários elementos que constituem o sistema V. 
 
 
 
Elementos que constituem o Sistema V 
 
Montagem da rede tipo V 
 
 A montagem deve ser realizada por pessoal experiente, garantindo que não são deixados 
desprotegidos bordos da laje durante o processo de montagem; 
 A distância entre os suportes (forcas) não deve exceder os 5,0 m; 
 Manter sempre a regra de colocar o bordo superior da rede a exceder, no mínimo 1,0 m, o plano de 
trabalho. No bordo inferior deve ser deixada uma bolsa de 30 cm; 
 A união das redes com recurso s corda de união não deve deixar espaços maiores que 10 cm; 
 A distância entre as ancoras para fixação da rede no bordo da laje não deve exceder os 50 cm, 
devendo ser maior que 10 cm a distância destes aos bordos da laje. 
 
 
Disposição das âncoras de fixação da rede e do suporte 
Rede de 
segurança 
Corda de 
amarração 
Corda 
perimetral 
Forca 
Âncora para 
suporte da forca 
Âncora para a 
rede 
Amarração da 
corda à âncora 
 5,0 m 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-19 
 
3.2.4. Redes horizontal fixada a consola (Tipo T) 
 
Também designadas de redes de bandeja, são as de utilização mais comum e flexível, montadas em 
suportes metálicos instalados no bordo da laje com recurso a um suporte de garra com uma abertura 
máxima de 80 cm. São utilizadas em operações de cofragem, betonagem e descofragem e na montagem 
de estruturas metálicas e de cobertura. As redes são montadas nos bordos das lajes e a articulação do 
suporte permite adoptar três posições de montagem: 
 
 
Pormenor das diversas posições do suporte 
 
 Posição A, com uma ligeira inclinação relativamente à posição vertical. Tem por objectivo principal 
limitar a queda de materiais, cujo risco é superior nas operações de cofragem/descofragem; 
 Posição B, com uma inclinação de 40º a 45º relativamente à horizontal. Nesta posição, a rede 
sobressai 2,5 m da estrutura. Tem por objectivo principal limitar a queda de pessoas, cujo risco é 
superior nas operações de cofragem/descofragem; 
 Posição C, com uma pequena inclinação de 10º a 15º relativamente à horizontal. Nesta posição, a 
rede sobressai 3 m da estrutura. Tem por objectivo principal limitar as consequências da queda de 
pessoas; tendo em consideração a parábola de queda anteriormente apresentada, nesta posição a 
rede protege 2 pisos (altura de queda de 6 metros). 
 
 
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VIII-20 
Rede horizontal fixa a a consola (tipo T) 
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VIII-21 
 
Para assegurar a eficácia deste tipo de rede é importante que a rede seja montada, de acordo com as 
instruções do fabricante, em todo o perímetro da 1ª laje da construção, quando se iniciarem os trabalhos ao 
nível da 2º laje. A rede na primeira laje protege os trabalhos na 2ª e 3ª lajes, sendo aconselhável que a rede 
seja montada na 3ª laje quando se iniciarem os trabalhos na 4ª laje e assim sucessivamente. 
 
3.2.5. Redes verticais (Tipo U) 
 
São redes de características idênticas às redes horizontais (tipo S) mas, montadas em posição vertical. São 
indicadas para proteger aberturas em paredes, especialmente em planos inclinados, onde os outros tipos 
de rede são menos eficazes. Para assegurar a sua eficácia, devem ficar bem esticadas e cobrindo 
totalmente a abertura. Tal como nas redes horizontais, são fixadas aos pilares (ou outros elementos 
estruturais) pela corda perimetral, fixada a suportes próprios, espaçados entre si de 1,0 m. A ligação entre a 
corda perimetral e o suporte é efectuada por mosquetões. 
 
 
 
Redes vertical a proteger escadas e aberturas em paredes 
 
 
Utilização simultânea de redes verticais tipo forca (tipo V) e de redes verticais do tipo U 
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VIII-22 
 
3.2.6. Outros tipos de redes 
 
Existem outros tipos de redes cuja utilização é menos usual, devido talvez à menor flexibilidade da sua 
utilização ou por a protecção que proporcionam poder ser assegurada por outro tipo de equipamentos 
(guarda-corpos, por exemplo). 
 
É o caso das redes tipo ténis que são montadas na vertical, no piso que se pretende proteger, em 
montantes semelhantes aos dos guarda-corpos e impedem a queda em altura. 
 
As redes devem ter malha quadrada de 0,10 m de lado e 1 m a 1,2 m de largura. Para garantir uma 
resistência igual aos guarda-corpos rígidos deve ser colocada uma corda no seu contorno. 
 
Os montantes devem estar espaçados de 1,0 m para alturas de rede de 1,0 m e de 2,0 m para alturas de 
rede de 1,2 m. Devem em qualquer dos casos ter três elementos de fixação da rede em altura, geralmente 
de varão de aço de 6 mm. 
 
 
Rede tipo ténis 
 
3.2.7. Requisitos na aquisição e utilização de redes 
 
As redes devem estar devidamente certificadas de acordo com os requisitos das normas: 
 
 EN 1263 – 1, Safety nets. Part 1: Safety requirements, test methods 
 EN 1263 – 2 Safety nets. Part 2: Safety requirements for the positioning limits 
 
Devido ao ambiente e condições em que são utilizadas (agressões ambientais e projecções de materiais) 
devem ser constantemente vigiadas, devendo haver um responsável designado para essa tarefa. As 
agressões ambientais são devidas a temperatura (calor e frio) e principalmente aos raios ultravioleta que 
degradam as fibras provocando a perda das suas características mecânicas (perda de cerca de 50 % da 
resistência de rotura à tracção no primeiro ano de uso, das fibras de poliamida). O envelhecimento devido 
aos raios UV é, normalmente, acompanhado de perda da cor. 
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VIII-23 
 
Acções a desenvolver 
 
De modo a que as redes conservem as suas características, é essencial que sejam 
observadas as seguintes medidas: 
 
 Evitar todas as agressões físicas (cortes e rasgões das malhas); 
 Proteger as redes de projecções de matérias incandescentes (trabalhos de 
soldadura, decapagem, cigarros, etc.); 
 Limpar periodicamente a rede para retirar materiais retidos na malha; 
 Armazenar as redes e demaiselementos em locais secos e protegidos da luz, em 
embalagens opacas e resistentes; 
 Utilização apenas no período de vida útil. 
 
Uma rede só deve ser utilizada como protecção contra queda em altura se observar os 
seguintes requisitos: 
 
 Não apresentar sinais de deterioração; 
 Não apresentar ruptura de malhas; 
 Não apresentar ruptura de cordão; 
 Apresentar marcação com: 
 Nome do fabricante; 
 Ano e mês de fabrico; 
 Classe de resistência; 
 Dimensões da rede. 
 Apresentar um manual de instruções que forneça a seguinte informação: 
 Montagem, uso e desmontagem; 
 Armazenamento, cuidados e inspecção; 
 Datas de avaliação das cordas de teste; 
 Período de validade; 
 Alguns avisos de perigo (ex temperaturas extremas, influências químicas) 
 Forças de ancoragem necessárias; 
 Peso máximo de queda; 
 Dimensão mínima de recolha dos corpos em queda; 
 Segurança da ligação da rede; 
 Distância mínima abaixo da rede; 
 Armazenamento; 
 Inspecção; 
 Substituição. 
 
 
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VIII-24 
 
 
Ainda, como medidas gerais, recomenda-se o seguinte: 
 
 Os trabalhadores que as colocam devem usar arnês anti-queda; 
 Colocá-las o mais próximo possível do plano de trabalho (a altura de queda livre 
de pessoas deve ser a menor possível, não deve ultrapassar os 6 m); 
 Fechar todos os “buracos” atando os módulos entre si; 
 Devem prever-se zonas de ancoragem de forma que resistam aos esforços 
transmitidos em consequência de uma queda. Se a ancoragem se faz em partes 
da construção recentemente betonadas, verificar se o betão atingiu a resistência 
suficiente; 
 Todas as peças metálicas de amarração e ancoragem que estejam em contacto 
com as redes devem ser sujeitos a tratamentos anti-oxidantes. 
 Deslocá-las acompanhando os trabalhos (antecipando-os). 
 
As verificações apresentadas no âmbito da utilização de redes de segurança são de carácter geral, pelo que 
cada caso concreto obrigará à análise dos condicionalismos existentes no local: 
 
Lista de verificação 
 
Verificações NA C NC 
Acções 
correctivas 
Montagem da rede conforme Manual de Instruções 
Está disponível Manual de Instruções em português? 
Rede tem marcação CE? 
Rede está protegida contra a projecção de matérias 
incandescentes? 
 
Rede sem materiais retidos. 
Rede não apresenta sinais de deterioração. 
Peças de amarração e ancoragem com tratamento anti-
oxidante. 
 
Condições de armazenamento Local seco e protegido UV. 
 
NA – Não aplicável; C – Conforme; NC - Não Conforme 
 
 
3.3. Equipamentos a utilizar em trabalhos na cobertura 
 
Apesar dos avanços tecnológicos verificados nos materiais de cobertura, torna-se necessário utilizar 
sempre dispositivos de protecção adequados, dos quais se destacam as redes, as plataformas de trabalho 
e os guarda-corpos e rodapés. 
 
3.3.1. Redes 
 
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VIII-25 
Tal como já referido na secção anterior relativa às redes de segurança, as redes horizontais do Tipo S são 
normalmente utilizadas para limitar possíveis quedas nos trabalhos em coberturas de grandes dimensões 
(instalações industriais, grandes superfícies, etc.). 
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VIII-26 
 
Colocam-se horizontalmente, de modo a abranger toda a superfície da cobertura a instalar, permanecendo 
operacionais nessa posição durante a execução dos respectivos trabalhos. Devem ser colocadas com a 
ajuda de um elevador ou por trabalhadores devidamente protegidos com um arnês de segurança. 
 
3.3.2. Plataformas de trabalho 
 
Nunca se deve andar directamente sobre as coberturas, mas utilizar escadas de telhador, tábuas de rojo ou 
passadeiras previstas para esse efeito; evita-se, deste modo, a rotura de materiais como fibrocimento, 
vidro e matérias plásticas. 
 
 
 
3.3.3. Linha de vida 
 
Nos trabalhos em coberturas, a utilização de uma linha de vida é uma solução contra quedas em altura. 
Esta pode ser constituída por um cabo de aço, fixo nas extremidades, onde se prende o mosquetão do 
cabo de amarração pertencente ao arnês de segurança utilizado pelo trabalhador. 
 
 
Linhas de vida instaladas na parte superior das vigas pertencentes à estrutura da cobertura. 
 
Como alternativa ao aço, as linhas de vida também podem ser materializadas por uma ou mais fitas de fibra 
(nylon). 
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VIII-27 
 
 
 
Exemplo de uma linha de vida de nylon. 
 
3.3.4. Guarda-corpos e rodapé 
 
A utilização de guarda-corpos e rodapé na periferia das coberturas é outra das formas de prevenir as 
quedas em altura. 
 
3.4. Plataformas de Trabalho acopladas a painéis de cofragem 
 
Os painéis de cofragem de elementos verticais com plataformas acopladas são um bom exemplo de 
segurança integrada. As plataformas de trabalho devem dispor de um sistema de protecção colectiva 
contra quedas em altura e o pavimento deve ser horizontal, antiderrapante e resistente às cargas a que 
está sujeito. O acesso à plataforma de trabalho deve ser garantido por meio de escadas ou rampas. 
 
 
Painéis de cofragem com plataformas de trabalho acopladas 
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VIII-28 
 
4. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL 
 
Nos trabalhos em altura, quando não é possível o emprego de protecções colectivas, devem-se utilizar 
equipamentos de protecção individual. 
 
Os trabalhadores sujeitos ao risco de queda livre devem usar um arnês de segurança com cabo de 
amarração e dispositivos de fixação, de modo a limitar uma possível queda. 
 
Nas situações em que os trabalhadores possam ficar suspensos, o arnês de segurança, ligado a um cabo de 
amarração e dispositivo anti-queda, será a solução mais indicada. 
 
Paralelamente, recomenda-se o uso do capacete com fixação ao pescoço (francalete), assim como o 
equipamento de protecção adequado ao tipo de trabalho a executar. 
 
 
Exemplos de capacetes com francalete. 
 
5. ESTRUTURAS DE APOIO AOS TRABALHOS EM ALTURA 
 
Na execução das diferentes obras, os trabalhos em altura poderão ser apoiados pela existência de 
andaimes, plataformas, escadas, pranchadas, passadiços, etc. 
 
5.1. Andaimes 
 
As estruturas de andaime devem merecer por parte dos responsáveis das empreitadas uma maior atenção, 
uma vez que estão ligados à redução/ eliminação do risco mais preocupante existente num edifício em 
construção: a Queda em Altura. 
 
Os andaimes, pela utilidade e complexidade que têm, pelas dimensões que por vezes atingem e pela 
quantidade de tarefas, materiais e trabalhadores que suportam, carecem de especial atenção desde o 
momento da sua montagem, passando pela sua utilização até mesmo à sua desmobilização. 
 
Os andaimes são construções provisórias auxiliares, munidas de plataformas horizontais elevadas, 
suportadas por estruturas de secção reduzida e que se destinam a apoiar a execução de trabalhos de 
construção, manutenção, reparação ou demolição de estruturas. 
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VIII-29 
 
 
Exemplo de utilização de andaimes. 
 
 
Elementos constituintes de andaime metálico de pés 
 
Estas construções provisórias, utilizadas desde há muitos anos têm tido ultimamente uma grande evolução 
técnica passando-se dos tradicionais andaimes de madeira para os andaimes metálicos devido aos 
melhores rendimentos e níveis de segurança. 
 
Estes últimos são constituídos por tubos metálicos de diferentes secções transversais e acessórios de 
junção adequados, ou ainda por elementos pré-fabricados que formam estruturas de tipo pórtico com 
possibilidade de regulação múltipla. 
 
Só se devem utilizar peças de andaimes adequadas e de boa qualidade, pelo que o sistemade andaime 
deve ter marcação CE e possuir Declaração de Conformidade. 
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VIII-30 
 
A Norma EN 12810-1:2003, “Façade scaffolds made of prefabricated components. Part 1: Products 
specifications”, refere quais os principais aspectos a ter em consideração aquando da montagem, 
utilização e desmontagem desses mesmos andaimes e também as regras relativas ao cálculo da sua 
resistência e estabilidade. 
 
A classificação do andaime define os requisitos de construção do mesmo e, portanto, as respectivas 
capacidades de utilização: 
 
 Classe 1: Andaimes destinados a operações de manutenção utilizando ferramentas e equipamentos 
leves (por ex., acções de inspecção). 
 Classe 2 e 3: Os andaimes agrupados nestas classes destinam-se a trabalhos que não envolvam 
outros materiais para além dos estritamente necessários, de imediato, à realização da tarefa a 
executar (por ex., pintura ou limpeza de pedra. 
 Classe 4 e 5: Incluem-se nestas classes os andaimes destinados a operações como as de fixação de 
componentes (por ex., operações de revestimento). 
 Classe 6: Andaimes destinados à execução de grandes obras ou de grandes trabalhos de 
construção (por ex., trabalhos de alvenaria pesada ou armazenamento de materiais). 
 
5.1.1. Principais causas de acidentes com andaimes 
 
As principais causas de acidentes de trabalho em andaimes são os que a seguir se descrevem: 
 Desmoronamento: 
 Número insuficiente de travessas e de diagonais de contraventamento; 
 Ausência, insuficiência ou ineficácia das amarrações à construção; 
 Abatimento das bases de apoio; 
 Sobrecargas excessivas; 
 Materiais em mau estado; 
 Choque provocado por veículos. 
 Rotura da plataforma: 
 Sobrecarga exagerada; 
 Insuficiência da sua resistência ou dos seus suportes; 
 Ausência de travessa de apoio intermédia; 
 Materiais em mau estado. 
 Perda de equilíbrio dos trabalhadores: 
 Não utilização de um equipamento individual de protecção contra quedas, 
durante a montagem e desmontagem; 
 Ausência ou má utilização dos meios de acesso; 
 Ausência ou ineficácia dos guarda-corpos; 
 Plataforma de largura insuficiente ou espaço livre excessivo entre a plataforma e 
a construção. 
 
 
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VIII-31 
 
 Queda de materiais: 
 Queda de um elemento estrutural do andaime durante a montagem ou des-
montagem; 
 Desmoronamento do andaime; 
 Rotura de uma plataforma; 
 Ausência de rodapé. 
 Contacto com linhas aéreas (dos corpos ou por intermédio de um objecto): 
 Desrespeito pelas distâncias mínimas de segurança; 
 Ausência de protecções. 
 
5.1.2. Disposições gerais 
 
É obrigatório o emprego de andaimes nas obras de construção civil em que os operários tenham de 
trabalhar a mais de 4 metros do solo. Os andaimes devem ser metálicos ou mistos. 
 
Em conformidade com o art.º 4º do Decreto-Lei nº 50/2005 de 25 de Fevereiro, a montagem, desmontagem 
ou reconversão do andaime só pode ser efectuada sob a direcção de uma pessoa competente com 
formação específica adequada sobre os riscos dessas operações, nomeadamente sobre: 
 
1 | A interpretação do plano de montagem, desmontagem e reconversão do andaime; 
2 | A segurança durante a montagem, desmontagem ou reconversão do andaime; 
3 | As medidas de prevenção dos riscos de queda de pessoas ou objectos; 
4 | As medidas que garantem a segurança do andaime em caso de alteração das condições 
meteorológicas; 
5 | As condições de carga admissível; 
6 | Qualquer outro risco que a montagem, desmontagem ou reconversão possa comportar. 
 
Sinalização e protecção do andaime 
 
 A zona de implantação dos andaimes deve ser protegida com meios de balizagem ou com uma 
vedação e sinalizada com o aviso de perigo queda de objectos, tendo em vista isolar o local dos 
trabalhos. 
 
 Sempre que os andaimes sejam montados em locais de passagem de peões, devem ser criados 
corredores de passagem devidamente iluminados e sinalizados. 
 
 Os andaimes montados junto da passagem de veículos ou em locais de manobras de máquinas, que 
possam a vir a pôr em causa a estabilidade e integridade do andaime, devem ser sinalizados tanto 
durante o dia como de noite; para além desta sinalização, não dispensável, podem ser ainda colocados 
obstáculos de pedra, betão ou mesmo uma estrutura metálica. 
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VIII-32 
 
 
Andaime (ocupação do passeio e via) 
 
Montagem do andaime 
 
 Se a complexidade do andaime o exigir, deve ser elaborado um plano que defina os procedimentos 
gerais da sua montagem, utilização e desmontagem, completado, se necessário, com instruções 
precisas sobre pormenores específicos do andaime. 
 
 A pessoa competente que dirija a montagem, desmontagem ou reconversão do andaime e os 
trabalhadores que executem as respectivas operações devem dispor do plano previsto, bem como das 
instruções que eventualmente o acompanhem. 
 
 Os elementos de apoio do andaime devem ser colocados de modo a evitar os riscos resultantes de 
deslizamento, através da fixação à superfície de apoio de um dispositivo antiderrapante ou outro meio 
eficaz que garanta a estabilidade do mesmo. 
 
 
 
 
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VIII-33 
Apoio do andaime 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-34 
 
 Na elevação das peças constituintes dos andaimes deverão ser usados meios mecânicos, tais como, 
gruas e aparelhos de guindar. 
 
 Na montagem dos andaimes não se deve iniciar o tramo superior sem estarem terminados os níveis 
inferiores com todos os elementos de estabilidade. 
 
 Os elementos de união (abraçadeira, junta de empalme e cavilha de encaixe) devem encontrar-se 
devidamente apertados/justapostos, promovendo a melhor fixação entre as restantes peças do 
andaime. 
 
 Todos os elementos constituintes de um andaime que denotem alguma deficiência devem ser 
substituídos de imediato. 
 
 Os andaimes de construção devem ser fixados à edificação, ou a outra estrutura fixa existente, tendo 
em vista a necessidade de contraventamento da estrutura. 
 
 Nos andaimes devem instalar-se redes de protecção, para evitar que a projecção de detritos ou queda 
de materiais possa atingir outros trabalhadores ou pessoas que passem nas imediações. 
 
Plataformas de trabalho 
 
 As dimensões, forma e disposição das plataformas do andaime devem ser adequadas ao trabalho a 
executar e às cargas a suportar, bem como permitir que os trabalhadores circulem e trabalhem em 
segurança. 
 
 As plataformas do andaime devem ser presas aos respectivos apoios de modo que não se desloquem 
em condições normais de utilização. 
 
 Entre os elementos das plataformas e os dispositivos de protecção colectiva contra quedas em altura 
não pode existir qualquer zona desprotegida susceptível de causar perigo. 
 
 
 
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VIII-35 
Plataforma de um andaime. 
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VIII-36 
 
 No caso de utilização de tábuas de pé, estas serão no mínimo 4 nos andaimes de construção e 2 nos 
andaimes de conservação, devendo ter um trespasse de 35 cm para cada lado dos seus apoios 
extremos (travessas de apoio do andaime). 
 
 A espessura das tábuas de pé constituintes das plataformas de trabalho deve ser no mínimo de 4 cm. 
 
 A distância que separa a plataforma de trabalho no andaime do paramento vertical da edificação não 
deverá ser superior a 20 centímetros. 
 
 
 
 As partes do andaime que não estejam prontas a ser utilizadas, nomeadamente durante a montagem, 
desmontagem ou reconversão do andaime, devem ser assinaladas, nostermos da legislação aplicável, 
e convenientemente delimitadas, de modo a impedir o acesso à zona de perigo. 
 
 O acesso entre plataformas de trabalho, nos andaimes, deve ser feito por escadas montadas em 
estruturas independentes, que permitam uma transposição fácil dos vãos a vencer. 
 
 
 
 
Acesso entre pisos por escadas com alçapão. 
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VIII-37 
 
 Devem instalar-se guarda-corpos (compostos por duas barras, uma 0,45 metros e a outra 1 metro 
acima da plataforma) para impedir a queda de pessoas, e guarda-cabeças ou rodapés (uma tábua com 
0,15 metros de altura) para evitar a queda de materiais e ferramentas. 
 
 
Guarda-corpo em andaime 
 
 
Exemplo de guarda corpos e rodapé num andaime. 
 
Utilização 
 
 Nas plataformas de trabalho, só é permitido o armazenamento do material de utilização imediata para 
evitar sobrecargas e roturas da plataforma. 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-38 
 
 Não é permitida a utilização dos andaimes durante os temporais que comprometam a sua estabilidade 
ou a segurança dos operários. 
 
5.1.3. Andaimes metálicos e mistos 
 
Actualmente, verifica-se o uso de andaimes metálicos, constituídos por elementos pré-fabricados (com 
plataformas pré-fabricadas de alumínio ou aço galvanizado), ou mistos, construídos com tubos metálicos e 
acessórios de junção (com plataformas ou tábuas de pé feitas de madeira). 
 
No que toca aos elementos que os constituem e à sua instalação, estes tipos de andaimes devem satisfazer 
condições de segurança não inferiores às disposições gerais. 
 
 
Andaime metálico. 
 
 
Andaime misto 
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VIII-39 
 
5.1.4. Andaimes móveis 
 
Pelo facto de serem de fácil montagem, facilita-se bastante quando se trabalha com andaimes móveis. 
 
 
Andaimes móveis. 
 
Sinalização e protecção do andaime 
 
 A zona onde está estacionado o andaime deve ser protegida com meios de balizagem ou sinalizada 
com o aviso de perigo queda de objectos, tendo em vista isolar o local dos trabalhos. 
 
 Em locais de passagem, sempre que haja o risco de queda de materiais, deve ser colocada uma Rede se 
Segurança. 
 
Montagem/desmontagem do andaime 
 
 Durante os trabalhos de montagem e desmontagem de andaimes, os montadores e demais 
trabalhadores devem usar os necessários equipamentos de protecção individual, nomeadamente para 
trabalhos em altura. 
 
 As rodas montadas nos andaimes de pés móveis deverão obrigatoriamente estar equipadas com um 
sistema de travão que impeça o deslocamento do andaime. 
 
 Para aumentar a segurança e facilitar o deslocamento do andaime, o diâmetro das rodas não deve ser 
inferior a 150 mm, para andaimes de altura até 6 m, e 200 mm para alturas superiores. 
 
 Na base, ao nível das rodas, devem ser montadas barras estabilizadoras em diagonal, para tornar o 
conjunto indeformável e mais estável. 
 
 As plataformas de trabalho deverão ter a largura máxima que a estrutura do andaime permitir, nunca 
inferior a 60 cm, para torná-las mais seguras e operacionais. 
 
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VIII-40 
 
 
 Os andaimes apoiados sobre rodas devem respeitar sempre a condição de estabilidade e segurança h/l 
≤ 3,5, em que as dimensões h e l são, respectivamente, a altura da plataforma de trabalho ao solo e a 
menor dimensão da base de sustentação (l > 1 m). 
 
 Podem no entanto utilizar-se andaimes mais altos, desde que sejam colocados estabilizadores na base 
do andaime, sendo então o valor de l a menor dimensão da distância entre as sapatas dos 
estabilizadores medida em planta. A utilização de escoras ligadas por elementos rígidos à base do 
andaime permite aumentar a altura da estrutura. 
 
 
Estabilização do andaime móvel 
 
 Se o andaime for amarrado a uma superfície fixa ao longo da altura, aquela relação pode ir até h/l ≤ 7. 
 
 As plataformas de trabalho montadas sobre os andaimes móveis devem estar protegidas, em todo o 
perímetro, com guarda-corpos simples, colocado a cerca de 1 metro de altura, guarda intermédia e 
rodapé, com cerca de 15 cm. 
 
 Nos andaimes de pés móveis pré-fabricados, não é permitida a substituição da plataforma de trabalho 
própria por outra de tipo diferente nem por pranchas. 
 
 O acesso às plataformas deve ser realizado pelo interior do andaime através de uma abertura e 
escadas. 
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VIII-41 
 
 
 
Utilização 
 
 Os andaimes apoiados móveis, sempre que não se encontrem em movimentação devem ser travados, 
através da acção de estabilizadores ajustáveis e/ou o accionamento do travão nas rodas giratórias. 
 
 
 
 Os materiais necessários à execução dos trabalhos devem ser distribuídos sobre a plataformas, 
evitando sobrecargas que originem desequilíbrios e/ou deslocamentos acidentais da estrutura do 
andaime. 
 
 Não deve ser permitida a execução de emulsões/massas directamente sobre as plataformas de 
trabalho, evitando-se superfícies escorregadias, que possam originar quedas. 
 
 No final de cada jornada de trabalho todos os materiais devem ser retirados, efectuando-se a limpeza 
necessária das plataformas de trabalho. 
 
 Não deve ser permitida a utilização de andaimes sobre cavaletes nas plataformas de trabalho de 
andaimes móveis. 
 
 É proibido transportar pessoas e/ou materiais sobre os andaimes durante o deslocamento da estrutura. 
 
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VIII-42 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-43 
 
 Deve ser proibido arremessar materiais a partir das plataformas de trabalho. As cargas e materiais 
devem ser içados e descidos com o auxílio de roldanas devidamente fixadas a uma estrutura rígida. 
 
5.1.5. Trabalhos na proximidade de condutores eléctricos nus em tensão 
 
 Sempre que exista necessidade da montagem de andaimes junto de condutores ou peças nuas em 
tensão devem ser respeitadas as distâncias de aproximação, que para o caso de trabalhadores comuns 
(não electricistas) são: 
 
TENSÃO DISTÂNCIA 
Até 60 kV 3 m 
U >60 kV 5 m 
Distâncias de aproximação 
 
 Quando esta distância não possa ser cumprida os condutores ou peças nuas em tensão devem ser 
convenientemente afastados ou protegidos com protectores ou anteparos, operações a realizar por 
pessoal especializado. 
 
 Sempre que se efectuem trabalhos com andaimes na proximidade de condutores ou peças nuas em 
tensão, estas devem ser sinalizadas de forma a torná-las mais visíveis para evitar a aproximação dos 
trabalhadores ou de objectos que estes possam manusear. 
 
 Nas instalações em serviço é obrigatória a utilização de andaimes isolantes. 
 
Acções a desenvolver 
 
Como medidas de prevenção e com o intuito de eliminar os acidentes de trabalho, asso-
ciados aos andaimes, devem ser respeitados os procedimentos de segurança nas fases 
de preparação da montagem, recepção de materiais, montagem, antes da utilização e 
montagem que a seguir se apresentam: 
 
 Preparação da montagem: 
 Verificar o terreno no sentido de assegurar a capacidade de carga; 
 Proceder a fundações ou compactação de acordo com as cargas previsíveis e a 
natureza do terreno; 
 Se necessário, desviar águas pluviais; 
 Proteger a base dos prumos e a zona envolvente. 
 Recepção de materiais: 
 Preparar zona de recepção do andaime; 
 Organizar a descarga e armazenamento provisórios; 
 Verificar o estado das pranchas metálicas ou de madeira. 
 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-44 
 
 
 Montagem: 
 Elaborar plano de montagem; 
 Manter a verticalidade do andaime; Montar o andaime de acordo com o projecto; 
 Utilizar protecção colectiva e individual; 
 Ligar a massa metálica à terra. 
 Verificações antes da utilização: 
 Se possui bases estáveis; 
 Se dá acesso ao local onde se vai desenvolver o trabalho; 
 Se o andaime serve para a tarefa a executar; 
 Se os montantes estão devidamente aprumados e contraventados; 
 Se a escada de acesso cumpre as condições necessárias para ser utilizada; 
 Se estão os três níveis de guarda-corpos; 
 Se as pranchas oferecem suficiente segurança. 
 Utilização: 
 Não saltar entre plataformas; 
 Não subir nem manter-se de pé sobre as diagonais longitudinais ou sobre o 
guarda corpos; 
 Não trabalhar em cima do andaime durante uma tempestade ou debaixo de 
 ventos fortes; 
 Não instalar escadas nem dispositivos improvisados em cima do andaime; 
 Não sobrecarregar os quadros nem as plataformas do andaime; 
 Manter a distância conveniente a eventuais condutores eléctricos; 
 Não alterar a estrutura do andaime. 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-45 
 
5.2. Plataformas de trabalho 
 
As plataformas de trabalho são locais onde existe o risco de queda em altura. 
 
5.2.1. Plataformas fixas 
 
Algumas das regras que se aplicam na utilização dos andaimes são comuns às plataformas de trabalho. 
 
Assim, torna-se necessário incluir guarda-corpos e rodapés e as tábuas de pé deverão estar em bom estado 
de conservação e bem acasaladas. 
 
 
Plataforma de trabalho fixa na construção de um viaduto. 
 
Actualmente, é frequente a fixação, em painéis de cofragem, de plataformas pré-fabricadas que já 
incorporaram suportes apropriados, como já foi ilustrado anteriormente. 
 
5.2.2. Plataformas móveis elevatórias 
 
Antes de escolher uma plataforma móvel elevatória, devem colocar-se as seguintes questões: 
 
 Qual a altura de elevação necessária? 
 Qual a diferença de altura entre o local de execução do trabalho e a superfície de sustentação do 
aparelho? 
 Quais são as características da superfície de sustentação (natureza, estado, inclinação e prumo, 
obstáculos, 
 resistência, etc.)? 
 Quantos trabalhadores são necessários a bordo? 
 Qual o peso e a dimensão das peças e equipamento que serão elevados ou colocados a bordo? 
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VIII-46 
 Há instalações eléctricas - linhas eléctricas, estações de transformação ou distribuição, emissores 
de rádio ou de televisão ou outro equipamento eléctrico – na plataforma ou no âmbito de 
movimentação da mesma quando em funcionamento? 
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VIII-47 
 
É primordial respeitar as condições de utilização definidas pelo fabricante e as exigências essenciais de 
saúde e segurança no trabalho que constituem um imperativo para garantir a segurança dos equipamentos 
de trabalho, em particular: 
 
 Os limites definidos para garantir a estabilidade do equipamento de trabalho; 
 A velocidade máxima do vento. 
 
As plataformas elevatórias são normalmente constituídas por: 
 
1. Um Bastidor móvel, que é a base da plataforma elevatória móvel de pessoas. Pode ser accionado por 
arraste ou autopropulsão. O bastidor móvel tem um comando auxiliar, que pode ou não estar equipado 
com estabilizadores; 
2. Uma Estrutura Extensível, unida ao bastidor, que permite a elevação da plataforma de trabalho até à 
posição desejada. A dita estrutura extensível pode ser do tipo tesoura ou de braço telescópico simples ou 
articulado; 
3. Uma plataforma de trabalho (cesto), composta por uma base cercada por um guarda-corpos. Para o 
correcto funcionamento da plataforma elevatória é necessário que o operador tenha noção dos alcançes e 
alturas do equipamento que está a operar. Estas informações estão descritas no manual de funcionamento 
da máquina. 
 
 
Plataforma elevatória 
 
Sempre que a plataforma móvel elevatória seja utilizada num posto fixo, deve ser escorada e devem 
utilizar-se placas de apoio intermédias para os estabilizadores (em função da solidez do solo). 
 
É importante reconhecer o percurso antes de qualquer deslocação de equipamento, em especial para 
avaliar a inclinação e as superfícies irregulares: a inclinação deve ser compatível com o desenho da 
plataforma. 
 
O trabalhador que opere uma plataforma móvel elevatória telescópica deve estar sempre fixado a uma 
linha de segurança (EPI), de maneira a evitar a queda. 
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VIII-48 
 
 
Plataformas elevatórias 
 
Utilização das plataformas 
 
Após a avaliação dos riscos, também há que: 
 
 Montar e utilizar a plataforma móvel elevatória em segurança, de acordo com as instruções do 
fabricante, 
 E certificar-se de que não existe o risco de comprimir ou cisalhar estruturas na zona de alcance da 
plataforma; 
 Escorar a plataforma móvel elevatória, caso seja utilizada num posto fixo; 
 Nesses casos (e se a resistência do solo assim o exigir), usar placas de apoio intermédias para os 
estabilizadores; 
 Efectuar um reconhecimento do percurso antes de deslocar a plataforma móvel elevatória (para 
detectar obstáculos, irregularidades, etc.); 
 Em caso de tráfego rodoviário, garantir a segurança do espaço por baixo da plataforma de 
trabalho, inclusive por meio de sinais apropriados, se houver risco de colisão com veículos; 
 Respeitar rigorosamente as recomendações do manual de instruções quanto à estabilidade da 
plataforma móvel elevatória e à velocidade máxima do vento; 
 Respeitar a distância de segurança dos cabos de electricidade aéreos e outras instalações 
eléctricas, para evitar o risco de electrocussão; 
 Organizar o trabalho de modo a que, em caso de acidente ou emergência, um segundo trabalhador 
possa sempre utilizar os comandos de emergência. 
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VIII-49 
 
5.2.3. Plataformas suspensas 
 
Do ponto de vista técnico as plataformas suspensas são construções auxiliares suspensas por cabos que se 
deslocam verticalmente nas fachadas mediante um mecanismo de elevação e descida accionado 
manualmente. 
 
 
Plataforma móvel (bailéu). 
 
Utilizam-se para a realização de numerosos trabalhos em altura: acabamento de fachadas de edifícios, 
rebocos, pinturas, etc., assim como para reparações diversas em trabalhos de reabilitação de edifícios. 
 
Se, após uma avaliação dos riscos, a única possibilidade for recorrer a uma plataforma suspensa, há que ter 
em mente que estes equipamentos, pelo facto de estarem suspensos, podem revelar-se perigosos. Assim, 
há que escolher uma plataforma suspensa que esteja acompanhada de uma declaração de conformidade 
(ou um certificado, se for alugada). Além disso, se o acesso dos trabalhadores pela base da estrutura o 
permitir, deve ser dada preferência a plataformas que se desloquem ao longo de cabos. 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-50 
 
Os elementos principais que constituem estes tipo de andaime são: 
 
 Plataforma - Estrutura formada por uma base de chapa galvanizada anti-deslizante sobre a qual se 
situam a carga e as pessoas 
 Pescante - Elemento situado no telhado do edifício, onde engancha o cabo que suporta a plataforma. 
 Aparelho de elevação - aparelho ancorado à plataforma leva o mecanismo que o fixa e desloca através 
do cabo. Leva outro mecanismo acoplado, que actua sobre o segundo cabo que faz as funções de cabo 
de segurança. 
 Cabo - Elemento auxiliar que ancora no pescante, serve para deslocar a plataforma em sentido vertical. 
Existe um segundo cabo que faz as funções de cabo de segurança. 
 
Verificações antes de utilizar um andaime Suspenso motorizado 
 
Antes de utilizar uma plataforma suspensa motorizada, certifique-se de que existe: Um dispositivo anti-queda automático (ligado ao cabo-guia independentemente do elemento 
suspenso); 
 Um dispositivo de travagem na descida (caso a plataforma suspensa fique presa); 
 Um dispositivo limitador da tensão do cabo (se a plataforma estiver engatada à estrutura durante a 
elevação); 
 Limitadores de fim do curso (em cima ou em baixo); 
 Um dispositivo que permite a deslocação vertical da plataforma suspensa e que pára o movimento 
automaticamente se a diferença de nível for excessiva. 
 
Verificar que: 
 
 A instalação eléctrica está correcta e foram tomadas medidas contra o risco de electrocussão; 
 Os dispositivos de controlo estão correctamente instalados. 
 
Certifique-se igualmente de que cada guincho pode ser controlado: 
 
 Simultaneamente; 
 Por comandos que param imediatamente o movimento, se não estiver ninguém a controlá-los; 
 Por comandos que podem ser bloqueados na posição de travado e que dispõem de um sistema de 
travagem de emergência. 
 
Utilização 
 
 Apenas deve ser usado por trabalhadores devidamente formados; 
 Na fase da montagem, garantir a estabilidade das plataformas suspensas e o cumprimento das 
instruções de utilização; 
 Devem ser instaladas guardas à volta das plataformas ou cestos, para evitar quedas; 
 Devem ser usados dois cabos para cada ponto de amarração: um cabo portante e um cabo-guia; 
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VIII-51 
 
 A elevação deve ser sincronizada, mantendo a plataforma de trabalho na horizontal e os cabos na 
vertical; 
 Deve existir um sistema que pare automaticamente a elevação em caso de inclinação; 
 Deve ser usado um equipamento de protecção individual (EPI) contra as quedas de altura; 
 As funções e o estado das plataformas suspensas devem ser inspeccionados antes do início dos 
trabalhos. 
 
5.3. Escadas 
 
A escada é um equipamento de trabalho muito utilizado no trabalho em altura. Todavia: 
 
 Durante a utilização, a largura da área de trabalho fica bastante limitada; 
 O tempo utilizado na deslocação e montagem das escadas é frequentemente subestimado durante 
a fase de planeamento do trabalho; 
 A posição de trabalho numa escada é frequentemente desconfortável (aspectos ergonómicos 
incluídos: necessidade de o trabalhador se alongar lateralmente, trabalhar acima da altura dos 
ombros e permanecer demasiado tempo em degraus estreitos), o que pode provocar 
incapacidades músculo-esqueléticas. 
 
Por todos estes motivos, na fase de planeamento do trabalho e avaliação dos riscos, deve-se ponderar se 
não será mais seguro e mais eficaz usar um outro tipo de equipamento de trabalho, por exemplo um 
andaime móvel, um andaime fixo ou um elevador. 
 
As escadas são utilizadas: 
 
 Como meio de acesso que permite a passagem por pontos com diferenças de altura; 
 Como locais de trabalho para os trabalhos de curta duração. 
 
A utilização de escadas, após a avaliação dos riscos, deve estar limitada às situações em que não se justifica 
usar os sistemas que oferecem maior segurança, pelos seguintes motivos: 
 
 O risco é mínimo; 
 O período de utilização é reduzido; 
 A entidade patronal não pode alterar as condições técnicas do local. 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
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VIII-52 
 
1. Pega; 
2. Articulação; 
3. Plataforma; 
4. Sistema de segurança anti-abertura; 
5. Degrau; 
6. Degrau (escada de mão); 
7. Degrau; 
8. Montante. 
Para saber se é possível utilizar uma escada, há que colocar primeiro as seguintes perguntas: 
 
 Existe um método ou equipamento de trabalho mais seguro? 
 As escadas estão em perfeitas condições? 
 As escadas estão apoiadas numa superfície sólida ou em materiais frágeis ou instáveis? 
 As escadas serão amarradas para evitar que deslizem lateralmente ou para o exterior? 
 As escadas sobem a uma altura suficiente acima do piso? Caso contrário, estão disponíveis outros 
dispositivos? 
 As escadas serão posicionadas de modo a que os trabalhadores não precisem de se alongar 
demasiado? 
 
Os tipos de escada mais frequentemente usados são os escadotes e as escadas extensíveis. 
 
O tipo de escada deve ser escolhido após uma avaliação dos riscos, tendo em conta factores como, por 
exemplo: 
 
 A altura e as circunstâncias em que o trabalho será realizado; 
 A carga de utilização prevista; 
 As restrições ergonómicas durante a utilização; 
 A presença de cabos eléctricos ou instalações susceptíveis de apresentar riscos de electrocussão 
devido a contacto ou indução de um campo electromagnético (cargas estáticas). 
 É igualmente necessário ter em conta as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de escada. 
 
5.3.1. Escadas construídas em obra 
 
Um tipo de escadas muito utilizado nos estaleiros são as de madeira, de configuração clássica, que devem 
respeitar os seguintes valores limite: 
 
 Largura mínima da escada: 1,00 m, com excepção de escadas de uso esporádico e restringido a 
trabalhadores especificamente autorizados, caso em que a largura poderá reduzir-se a 0,55 m; 
 Largura mínima dos cobertores dos degraus: 0,15 m; 
 Desnível máximo entre degraus sucessivos, correspondente à altura do espelho: 0,25 m; 
 Desnível máximo a vencer por um tramo de escada, entre dois patamares: 3,70 m; 
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VIII-53 
 Comprimento mínimo dos patamares intermédios: metade da largura da escada, com o limite 
inferior de 1,00 m; 
 Altura mínima livre do espaço de passagem sobre a escada: 2,20 m. 
 
As escadas inclinadas devem ser dotadas, do(s) lado(s) do vazio, de guarda-corpos ou outros dispositivos 
de protecção, de eficácia pelo menos equivalente. 
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VIII-54 
 
 
Escadas fixas de madeira. 
 
5.3.2. Escadas portáteis 
 
As escadas portáteis, ou de mão, são um tipo de escada que provoca um elevado índice de acidentes de 
trabalho. Facilita-se muito na sua utilização e o improviso, muitas vezes, é fatal. Para este tipo de 
equipamento existem regras que importa observar com rigor. 
 
As escadas portáteis devem cumprir uma série de requisitos legais, começando por cumprir e possuir 
etiquetagem Marcação CE. 
 
 
Escada portátil (de mão). 
 
Devem ter uso restrito para acessos de carácter ocasional e apoio a serviços de pequena envergadura e 
duração. 
 
É recomendável o uso de escadas com comprimento até 7,00 m, largura útil entre os montantes não 
inferior a 0,30 m, e degraus com espaçamento não superior a 0,30 m. 
 
Localização da escada 
 
 A escada deve ser colocada de forma a que a base fique apoiada em pontos solidamente fixos, que 
a impeçam de deslizar; 
 
 Em nenhuma circunstância a escada pode ficar assente sobre materiais soltos, caixotes ou outros 
objectos que possam vir a provocar a sua instabilidade ou oscilação. 
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VIII-55 
 
 Sempre que não seja possível colocar a base dos montantes sobre um plano horizontal fixo, devem 
usar-se estabilizadores ou pés reguláveis. – Nos casos em que se verifique o risco de afundamento 
dos pés, devem ser usadas bases de madeira com dimensões de pelo menos 20 x 20 cm. – O apoio 
superior da escada deve ficar estável, devendo, para tal, verificar-se as seguintes situações: 
 
 Os dois montantes da escada ficam assentes em pontos de solidez não duvidosa; 
 A utilização dum dispositivo de adaptação ao apoio (berço), em "V", "U", etc. 
 O último degrau fica encostado no apoio. 
 
Posicionamento da escada 
 
 Verificar se não há risco da escada tocar ou aproximar-se perigosamente de condutores ou outras 
peças nuas em tensão (tomar em atenção que a distância de segurança aos condutores ou peças 
nuas em tensão aumenta com o nível da tensão). 
 
 Para uma convenienteutilização, as escadas devem ser colocadas de forma a garantir a sua 
estabilidade, formando um ângulo com a horizontal próximo dos 75º, com os montantes apoiados 
num suporte suficientemente resistente, de dimensões adequadas e imóveis, de modo a que os 
degraus se mantenham na posição horizontal. 
 
 
Ângulo de posição das escadas 
 
 No caso de colocar uma escada apoiada numa fachada ou estrutura, para subida a um terraço ou 
plataforma, aquela deve ficar com cerca de 1 metro acima da referida estrutura. 
 
 
Posicionamento da escada 
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VIII-56 
 
Fixação da escada 
 
 O deslizamento do apoio inferior das escadas deve ser impedido durante a sua utilização, quer pela 
fixação da parte superior ou inferior dos montantes, pela utilização de um dispositivo anti-
derrapante ou ainda por qualquer outro meio de eficácia equivalente. 
 
 Nota: Para trabalhos de curta duração e sem exigência de grandes esforços do utilizador, aceita-se 
que um trabalhador colocado na base da escada possa servir como agente de imobilização, 
impedindo os movimentos laterais desta e travando a base dos montantes com os pés. 
 
 
 
 
Sistemas de fixação por garras 
 
Utilização da escada 
 
 Na subida olhar sempre para cima, para evitar bater com a cabeça em obstáculos que se encontrem 
no seu caminho. 
 
 As mãos devem estar livres; só assim é garantida a regra dos 3 pontos de apoio: 1 mão + 2 pés, ou 2 
mãos + 1 pé. 
 
 Os materiais e ferramentas devem ser transportados numa bolsa ou utilizando uma corda de 
serviço; em nenhuma circunstância devem ser transportados nas mãos. 
 
 Durante a utilização da escada não deve permanecer mais do que um trabalhador sobre a mesma, 
excepto em circunstâncias de salvamento, em que pode subir outro, para o resgatar. 
 
 A subida, a descida e a execução de trabalhos sobre escadas devem efectuar-se de frente para as 
mesmas e, quando os trabalhos a mais de 3,50 m de altura exijam movimentos ou esforços que 
façam perigar o trabalhador, este deve usar um arnês com um cabo de amarração a um ponto de 
ancoragem, a menos que sejam adoptadas medidas de protecção alternativas adequadas. 
 
 As ferramentas ou equipamentos que estão a ser usadas não devem colocar-se nos degraus; para 
tal, utilizar preferencialmente, cordeletas de ligação das ferramentas ao arnês e, alternativamente, 
sacos, bolsas ou abraçadeiras com anéis. 
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VIII-57 
 
Outras precauções 
 
 Nos trabalhos com escadas duplas, de abrir, o tensor entre os dois ramos deve estar 
completamente estendido a fim de evitar qualquer afastamento acidental e consequente 
instabilidade da escada. 
 
 
Escada dupla (escadote). 
 
 
 
 O escadote deve ser instalado em segurança e não se deve subir para o último degrau, excepto se 
existir uma passagem de segurança ou um dispositivo de fixação; 
 
 Nos locais com tráfego, garantir a segurança do escadote por meio de barreiras; 
 
 Não devem ser permitidas em estaleiro escadas de mão emendadas, danificadas ou que 
apresentem sinais de deterioração. 
 
 
 
 As escadas de enganchar com distintos segmentos e as escadas telescópicas devem ser utilizadas 
de forma a garantir a imobilização do conjunto dos segmentos. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-58 
 
 
 
 A menos que sejam tomadas medidas de protecção e vigilância adequadas, não devem ser 
utilizadas escadas portáteis: 
 
 Nas proximidades de portas e quaisquer áreas de circulação de pessoas ou veículos; 
 Onde houver riscos de queda de materiais, ferramentas ou quaisquer outros objectos; 
 Nas proximidades de aberturas em pavimentos e vãos em paredes; 
 Junto de linhas e equipamentos eléctricos desprotegidos. 
 
 As escadas portáteis não devem ser utilizadas por mais que um trabalhador em simultâneo, nunca 
se devendo mover uma escada com um trabalhador sobre a mesma. 
 
5.4. Pranchadas 
 
As pranchadas devem ser construídas desligadas dos andaimes, deverão possuir travessas destinadas a 
ligar as vigas ou pranchões de madeira, de modo a impedir o escorregamento, e terão de satisfazer as 
seguintes condições: 
 
 Altura máxima - 9 m; 
 Inclinação máxima - 30 cm por metro; 
 Largura mínima - 60 cm. 
 
 
Pranchada. 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-59 
 
4.5. Passadiços 
 
Os passadiços aplicados em vãos até 2,50 m devem ser fixados eficazmente nas extremidades e, a partir de 
2 m, deverão ter guarda-corpos e/ou corrimão. 
 
As tábuas de pé para vãos até 3 m deverão ser ligadas entre si por travessas pregadas na parte inferior. 
 
 
Passadiço. 
 
 
 
REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL 
 
 Decreto 41 821, de 11 de Agosto de 1958 - Aprova o regulamento de segurança no 
trabalho da construção civil. 
 Decreto-Lei nº 50/2005, de 25 de Fevereiro - Prescrições mínimas de segurança e 
saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho. 
 Decreto-Lei nº 105/91, de 8 de Março - Estabelece o regime de colocação no 
mercado e utilização de máquinas e material de estaleiro. 
 EN 1263 – 1, Safety nets. Part 1: Safety requirements, test methods. 
 EN 1263 – 2 Safety nets. Part 2: Safety requirements for the positioning limits. 
 EN 12810-1 - Façade scaffolds made of prefabricated components. Part 1: Products 
specifications”. 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Construção Civil 
 
Susana Carvalho Marques 
VIII-60 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas 
do Norte, Manual do Formando – Segurança, Higiene e Segurança do Trabalho da 
Construção Civil. 2005; 
 Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas 
do Sul (CENFIC), Análise de Riscos na Construção Civil – Guia de Aprendizagem do 
Formando. Prior Velho – Março de 2008; 
 Abel Pinto, Manual de Segurança, Construção, Conservação e Restauro de 
Edifícios. Edições Sílabo. Lisboa – 2005; 
 Ventura Rodríguez, Manual Práctico de Seguridad y Salud en la Construcción. 
Comunidad de Madrid Outubro de 2009; 
 José Ignacio Miangolarra, Seguridad Práctica en la Construcción.Osalan. Instituto 
Vasco de Seguridad y Salud Laborales. 2009; 
 Comissão Europeia, Direcção-Geral do Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de 
Oportunidades, “Guia de boas práticas não vinculativo para aplicação da Directiva 
2001/45/CE (Trabalho em altura)”. Setembro – 2006.

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