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AVALIAÇÃO-DE-AGENTES

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1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2 AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÌMICOS ............................................................. 4 
3 CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DOS AGENTES QUÍMICOS ............................. 6 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS REFERENTE AOS RISCOS À 
SAÚDE............... ............................................................................................................... 10 
5 NORMAS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL NO MANUSEIO DE AGENTES 
QUÍMICOS ......................................................................................................................... 16 
6 CONHECER OS PRODUTOS QUÍMICOS ....................................................... 21 
6.1 Rótulos e instruções ................................................................................... 22 
7 RELAÇÃO DAS FRASES R E S ....................................................................... 24 
7.1 Frases R para substâncias perigosas ......................................................... 25 
7.2 Combinação de frases R ............................................................................ 27 
7.3 Combinação de frases SF .......................................................................... 31 
8 HIGIENE OCUPACIONAL: ALGUNS ANTECEDENTES HISTÓRICOS ........... 33 
9 FISPQs .............................................................................................................. 35 
10 GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO ..................................................... 40 
11 PICTOGRAMAS PARA ROTULAGEM .......................................................... 40 
11.1 Por que o GHS foi criado? ....................................................................... 43 
11.2 Benefícios do GHS .................................................................................. 43 
12 AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO CALOR ........................... 45 
13 MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ..................................................... 46 
13.1 Tipos de trocas térmicas .......................................................................... 46 
14 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO ....................................... 47 
 
2 
 
15 CONCEITUAÇÃO E ANTECEDENTES TÉCNICO-LEGAIS .......................... 48 
15.1 Consequências de uma Iluminação Inadequada ..................................... 48 
15.2 Riscos Associados................................................................................... 48 
15.3 Avaliação em Áreas Externas .................................................................. 49 
15.4 Instrumental Necessário .......................................................................... 49 
15.5 Aspectos de Controle .............................................................................. 49 
16 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO E ATENUAÇÃO 
DE PROTETORES AURICULARES .................................................................................. 50 
16.1 Conceituação e Antecedentes Técnico-Legais ........................................ 51 
17 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A VIBRAÇÕES ................... 51 
17.1 Técnicas de avaliação de agentes ambientais ........................................ 53 
18 AVALIAÇÃO AMBIENTAL .............................................................................. 54 
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................... 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da 
sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se 
levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para 
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a 
pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é 
a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao pro-
tocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa dis-
ciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações 
propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para 
isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e 
prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
4 
 
2 AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÌMICOS 
 
gestaosst.com 
 
Os agentes/produtos químicos são substâncias em forma sólida, líquida ou gás muito 
utilizadas nas indústrias que cada vez mais vêm sendo usadas em laboratórios, principal-
mente de análises toxicológicas. Sabe- -se que os agentes químicos podem apresentar 
riscos a quem é exposto a eles, principalmente devido à facilidade que alguns têm de invadir 
o organismo por via respiratória, pela pele ou por ingestão. Esses produtos são classifica-
dos de acordo com suas propriedades químicas e com os danos que podem causar ao 
organismo e ao meio ambiente. Felizmente, há medidas de segurança coletivas e individu-
ais que podem ser aplicadas para o manuseio seguro desses agentes (RODRIGUES, 
2019). 
Um ambiente de trabalho seguro e saudável é fundamental para o sucesso e o cres-
cimento de uma empresa. A avaliação de agentes químicos é uma das técnicas usadas de 
forma a mantê-lo dessa maneira. A partir dela, os técnicos responsáveis recebem informa-
ções que resultam em tomadas de decisões mais acertadas frente a possíveis riscos. 
Exposição de avaliação bastante simplificada, qualitativa a agentes químicos feitos 
por uma variedade de classificações, respectivamente, com base em informações, como 
substâncias, seu impacto na saúde e usados no local de trabalho. Em outras palavras, a 
avaliação de risco é um processo usado para determinar o risco de doença ou acidentes 
associados a cada fator de risco identificado. Se o fator de risco não for identificado corre-
 
5 
 
tamente ou se o consenso sobre o que é perigoso não é claramente identificado, a avalia-
ção de risco não é bem-sucedida. A exposição ao dia de trabalho pode ocorrer por inalação, 
comer ou contatar pele e olhos (LUPI, 2011). 
Nem todos os agentes químicos são igualmente eficazes em matar microrganismos 
de importância médica, incluindo bactérias vegetativas, vírus lipofílicos e hidrofílicos, fun-
gos, Mycobacterium tuberculosis e esporos bacterianos. 
De acordo com o número de microrganismos que podem ser destruídos por meios 
químicos, o processo é chamado de: 
Esterilização química – É um processo de longa duração (de 8 a 18 horas) no qual 
se consegue a destruição de todas as formas de vida através do uso de agentes químicos 
designados como esterilizantes. 
• Desinfecção de alto nível – É um processo de curta duração (30 minutos), no qual 
acontece a destruição de todas as formas de vida, exceto esporos, utilizando 
agente químico esterilizante. 
• Desinfecção de nível intermediário – É o processo no qual se consegue a des-
truição da maioria dos microrganismos, inclusive o bacilo da tuberculose, mas 
não todos os vírus, nem esporos. O agente é designado desinfetante hospitalar 
tuberculecida. 
• Desinfecção de nível baixo – É o processo de destruição de poucos microrganis-
mos. 
Muitos são os obstáculos ao se iniciar a implementação de medidas para controle 
dos agentes químicos no ambiente de trabalho. Por essa razão, muitas vezes este processo 
é ignorado. Dentre os principais obstáculos identificados, pode-se citar: 
 
 Conscientização inadequada de empregadores e empregados; 
 Ausência de procedimentos documentados e sistematicamente organizados; 
 A rotulagem química está incompletaou inexistente; 
 Falta de informação adequada sobre a qualidade, quantidade e toxicidade dos 
produtos utilizados; 
 Falta de treinamento adequado; 
 Escassez de recursos humanos e financeiros; 
 Dificuldade de acesso à informação. 
 
 
6 
 
Para começar a implementar medidas de controle de agentes químicos no ambiente 
de trabalho, é necessário: 
 Conhecer as propriedades físico-químicas de todos os agentes químicos arma-
zenados e utilizados na empresa; 
 Conhecer quantidades comumente utilizadas; 
 Calcular a quantidade real utilizada no processo produtivo; 
 Avaliar o valor perdido e/ou desperdiçado; 
 Identificar situações em que o uso desta substância tenha potencial para causar 
danos à saúde do trabalhador; 
 Determinar se existe alternativa para substituir produtos classificados como 
muito perigosos por produtos menos perigosos; 
 Identificar formas de utilização de produtos químicos de forma mais eficiente e 
segura; 
 Acompanhar a implementação das ações de melhoria contínua das condições 
de SST da empresa; e 
 Quantificação dos resultados alcançados. 
3 CLASSIFICAÇÕES DE RISCO DOS AGENTES QUÍMICOS 
 
Fonte: chemicalrisk.com 
Segundo a Norma Regulamentadora nº. 9 (NR 9) do Ministério do Trabalho, atuali-
zada em 2017, são considerados agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos 
 
7 
 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas seguintes formas (BRASIL, 
2017): 
 poeiras (partículas sólidas em suspensão no ar produzidas por ruptura mecânica 
de sólidos); 
 fumos (partículas provenientes da volatilização de metais fundidos); 
 névoas (gotículas resultantes da dispersão de líquidos); 
 neblinas (gotículas resultantes da condensação de vapores); 
 gases ou vapores (forma gasosa das substâncias químicas que normalmente se 
encontram no estado sólido ou líquido). 
Também são considerados agentes químicos as substâncias, compostos ou produ-
tos que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou possam ser ab-
sorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Os agentes químicos podem ser 
encontrados na tabela periódica, totalizando 118 elementos (por exemplo, hélio, mercúrio, 
césio, rádio, urânio, etc.) que, combinados, podem gerar mais de 125 milhões de agentes 
químicos (CARVALHO, 2013; HIRATA, M.; MANCINI FILHO; HIRATA, R., 2014). 
Nas atividades laboratoriais pode-se considerar que qualquer produto químico pode 
ser potencialmente perigoso quando manipulado de forma incorreta ou sem a ade-
são de medidas de biossegurança, principalmente em relação aos equipamentos 
de proteção individual (EPIs) e aos equipamentos de proteção coletiva (EPC) (HI-
RATA, M.; MANCINI FILHO; HIRATA, R., 2014 apud RODRIGUES, 2019). 
Para que os agentes químicos possam ser manipulados com segurança à saúde e 
ao meio ambiente, há nove símbolos principais — em losango com bordas vermelhas e 
desenho em preto e descrições referentes à classificação de perigo/risco desses agentes. 
Esses símbolos e descrições devem ser inseridos, com fácil visualização, no rótulo de todos 
os produtos químicos. Eles podem ser utilizados também para identificação de resíduos 
químicos. O Regulamento (CE) nº. 1272, de 16 de dezembro de 2008 (CRE, classificação, 
rotulagem e embalagem) aperfeiçoa o GHS (Sistema Mundial Harmonizado de Classifica-
ção e Rotulagem de Produtos Químicos) quanto à classificação dos agentes químicos, que 
pode ser observada, em linhas gerais, a seguir (AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGU-
RANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, 2008). 
 Oxidante: material que libera oxigênio rapidamente para sustentar a combustão dos 
materiais orgânicos, por exemplo, peróxido de hidrogênio. O símbolo é um círculo 
com uma chama de fogo. 
 
8 
 
 Inflamável: inclui um líquido, uma mistura de líquidos ou uma mistura de líquido e 
sólido que produz vapores inflamáveis. A maioria são de origem orgânica, como os 
hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos e cetonas. É importante se ter conhecimento so-
bre o ponto de ebulição e fulgor da substância em manipulação e o tipo de extintor a 
ser utilizado em casos de incêndio com esse material. Ele é representado como uma 
chama de fogo. 
 Corrosivo: capacidade do agente químico de destruir tecidos. Também provoca efei-
tos adversos a instalações metálicas e equipamentos. Os principais agentes corro-
sivos são os ácidos e as bases, como ácido sulfúrico e hidróxido de sódio. Repre-
sentado por tubo de ensaio contendo produto químico e causando danos em super-
fície e mão de um indivíduo. 
 Gás comprimido: corresponde a gases armazenados em recipientes de paredes me-
tálicas muito espessas, como os cilindros de oxigênio amplamente utilizados em hos-
pitais. Representado como um cilindro, semelhante a uma garrafa. 
 Tóxico: substâncias que têm potencial para causar efeitos nocivos e causar danos 
aos seres vivos, podendo resultar em morte. Pode levar a mudanças físicas e psico-
lógicas, incluindo dependência. Por exemplo: cianeto, sulfureto, nitrato, etc. Repre-
sentado por um crânio. 
Risco para a saúde: compostos que podem ser alergênicos (que provocam alergia), 
asfixiantes (que reduzem significativamente os níveis de oxigênio no organismo), carcino-
gênicos (provocam o desenvolvimento de neoplasias), mutagênicos (induzem a mutações 
genéticas no organismo), teratogênicos (provocam malformação congênita) ou nocivos (po-
dem causar afecções agudas ou crônicas e até mesmo a morte) (RODRIGUES, 2019). 
Representado por um indivíduo com danos no tórax. 
 Irritante: produtos que produzem inflamação no organismo, como ácido sulfúrico, 
soda cáustica, etc. Representado por um ponto de exclamação. 
 Explosivo: agentes sensíveis ao choque, impacto ou calor que podem liberar instan-
taneamente energia sob a forma de calor ou explosão. Rapidamente se transformam 
em gases, como ácido perclórico e éter etílico. Representado por faíscas. 
 Destruição ambiental: produtos que penetram e contaminam o meio ambiente e po-
dem causar danos aos seres vivos. Representado por árvore sem folhas/frutos e 
peixe morto fora da água. 
 
9 
 
Símbolos da classificação dos produtos químicos na seguinte ordem: oxidante, infla-
mável, corrosivo, gás comprimido, tóxico, risco para a saúde, irritante, explosivo, destruição 
ambiental. 
 
Fonte: RODRIGUES, 2019. 
A Norma NBR 10004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004), classifica 
ainda os agentes químicos em classes: 
 Classe I — perigosos; 
 Classe II — não perigosos (Classe II A — não inertes; Classe II B — inertes). Em 
relação à saúde, os riscos podem ser considerados como (CARVALHO, 2013; HIRATA, M.; 
MANCINI FILHO; HIRATA, R., 2014): 
0 — material normal; 
1 — risco leve; 
2 — perigoso; 
3 — muito perigoso; 
4 —letal. 
 
10 
 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS REFERENTE AOS RISCOS À SAÚDE 
 
Fonte: getwet.com 
Ambientes de trabalho em que há manipulação de produtos químicos e em que as 
condições ambientais não são controladas tende a provocar desconforto para o trabalhador 
e até mesmo causar futuros danos à saúde dos profissionais que trabalham nesses ambi-
entes. Os produtos químicos contaminantes utilizados em laboratórios não são visíveis, 
mas podem ser percebidos pelos odores e por alguns sintomas que os profissionais ve-
nham a manifestar, sendo os mais comuns: indisposição, cansaço, fadiga, irritação nos 
olhos, tosse, espirro, dor de cabeça, etc. Os danos decorrentes da exposição podem ser 
variados e se agravam pela deficiência de oxigênio no ambiente, tempo de exposição, to-
xicidade do produto e suscetibilidade de cada indivíduo. Muitas das partículas em suspen-
são no ar invadem o organismo por meio da respiração (principal via). O perigo represen-
tado por elas depende de sua composição química e de onde se depositam no sistema 
respiratório (RODRIGUES, 2019). 
Em geral, os agentes químicos podem penetrarno organismo por inalação, ingestão 
(via gastrointestinal é a menos comum) ou contato com a pele (a pele é uma barreira 
de proteção do organismo, mais alguns compostos conseguem atravessá-la). Seus 
efeitos incluem, principalmente, doenças respiratórias (mais prevalentes), alergias, 
dermatites e neoplasias, como rinites, sinusites, bronquites, asmas, doença pulmo-
nar obstrutiva crônica, bronquite crônica, enfisema pulmonar, asfixia, intoxicação, 
etc. Gestantes e lactentes não devem se expor a produtos químicos de risco má-
ximo e devem se expor o mínimo possível a compostos de risco médio e mínimo. 
Essas precauções se justificam porque ainda não se sabe exatamente todas as al-
terações que podem ocorrer no feto devido à exposição ocupacional, muitas são 
associadas a mutações genéticas (CARVALHO, 2013; HIRATA, M.; MANCINI FI-
LHO; HIRATA, R., 2014 apud RODRIGUES, 2019). 
 
11 
 
Médicos não recomendam nem pintar o cabelo, pelo menos no primeiro trimestre de 
gestação. As leis trabalhistas garantem o afastamento da gestante e lactante de atividades 
insalubres. Ao manusear produtos químicos, é muito importante que, primeiramente, o pro-
fissional leia as instruções do rótulo do produto, no recipiente ou na embalagem, obser-
vando a classificação quanto ao risco à saúde que ele oferece e as medidas de segurança 
para manipulá-lo. Veja, no Quadro 1, essa classificação e, nos Quadros 2 e 3, os códigos 
dos graus de risco para a saúde e das medidas de segurança (RODRIGUES, 2019). 
 
 
 
 
12 
 
 
 
. 
 
13 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2019 
 
Código dos graus de risco para a saúde 
 
 
14 
 
 
Código das medidas de segurança 
 
 
15 
 
 
 
Fonte: RODRIGUES, 2019 
 
 
 
 
 
16 
 
Exemplo 
 
5 NORMAS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL NO MANUSEIO DE AGENTES QUÍMICOS 
 
Fonte: volkdobrasil.com 
Para que os profissionais tenham qualidade no ambiente de trabalho, é necessário 
que exista, principalmente por parte do empregador, a garantia de implementação de me-
didas que atendam às necessidades técnicas de conforto, ou seja, um ambiente seguro, 
agradável e estimulante para assegurar o bem- -estar físico, mental e social de todos os 
profissionais. A manipulação de produtos químicos exige adicional salarial de insalubridade 
para o empregado, variando em nível de acordo com o grau de exposição e o tipo de pro-
duto. Isso é regulamentado pela Norma Regulamentadora nº. 15 (NR 15, Atividades e Ope-
rações Insalubres) do Ministério do Trabalho (BRASIL, 2018). 
 
17 
 
Ao manusear produtos químicos (especialmente aqueles classificados com risco 
alto), é muito importante seguir as normas de segurança e proteção, a fim de evitar 
ou minimizar os dados causados por acidentes de trabalho com esse tipo de pro-
duto. A principal norma, segundo a Norma Regulamentadora nº. 6 (NR 6) do Minis-
tério do Trabalho, é o uso de equipamento de proteção individual (EPI) adequado, 
de acordo com o produto a ser manipulado. O EPI sempre deve ser utilizado, por 
mais rápida ou simples que seja a operação (BRASIL, 2018b). A empresa é obri-
gada a fornecer os EPIs, treinar seus funcionários quanto ao uso e exigir o uso. Os 
EPIs precisam ser certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e apresentar 
um número de CA (certificado de aprovação). Os mais utilizados para manipular 
produtos químicos estão listados a seguir (CARVALHO, 2013; HIRATA, M.; MAN-
CINI FILHO; HIRATA, R., 2014 apud RODRIGUES, 2019). 
 Jaleco (também chamado de avental ou guarda-pó): serve para identificar o profis-
sional e proteger suas roupas. Deve, preferencialmente, ser de mangas longas, ter 
comprimento abaixo dos joelhos e ser utilizado fechado (abotoado). Caso haja der-
rame de material, o contato do produto com a pele será evitado ou, pelo menos, 
minimizado com o uso de jaleco. É importante que o jaleco seja de cor branca para 
facilitar a visualização de contato com produto químico. O tecido deve ser de material 
que queime mais devagar, como tecidos de algodão grosso. 
 Luvas: As luvas de látex só podem ser usadas para manusear soluções químicas 
diluídas (exceto solventes orgânicos). Luvas de cloreto de vinil (PVC) e nitrila de 
látex devem ser usadas para processos à base de ácido, cáustico e solvente. 
 Luvas térmicas de nylon devem ser utilizadas para o manuseio de materiais com 
temperaturas ultrabaixas, como o nitrogênio líquido (−195°C). Luvas de borracha são 
utilizadas para a realização de serviços gerais de limpeza e descontaminação com 
produtos químicos. 
 Óculos e máscara de proteção: devem ser utilizados para proteger a face contra 
possíveis respingos e diminuir a irritação dos olhos na manipulação dos agentes 
químicos. Os respiradores também protegem ou minimizam a inalação de gases, 
poeira, névoas e substâncias voláteis, podendo ser tecidos, sintéticos e filtros. 
 Calçados: devem ser fechados, impermeáveis e antiderrapantes. 
 Calças: devem ser compridas e de material resistente, preferencialmente. Veja, a 
seguir, outras medidas seguras para a manipulação de produtos químicos (CARVA-
LHO, 2013; HIRATA, M.; MANCINI FILHO; HIRATA, R., 2014). 
 
 
18 
 
 Ter conhecimento prévio sobre o produto e as medidas de segurança ao manipulá-
lo. É importante ler o rótulo e demais informações (bula) do produto a ser manipu-
lado. 
 Seguir rigorosamente as instruções dos rótulos e a ficha de informações de segu-
rança de produto químico (FISPQS). As FISPQS devem conter os itens listados a 
seguir. 
 Identificação do produto e fornecedor ou fabricante: nome do produto, fórmula quí-
mica; fornecedor ou nome da empresa fornecedora, endereço e número de telefone. 
 Composição do produto: deve incluir todos os compostos químicos que fazem parte 
do produto em questão. 
 Identificação de danos à saúde e ao meio ambiente: deve conter símbolos e descri-
ções dos riscos que esse produto pode causar ao indivíduo e ao ambiente, como 
risco de explosão, irritante, oxidante, etc.; grau de risco. 
 Medidas de primeiros socorros: o que deve ser feito em caso de acidentes e sinto-
mas que os profissionais podem apresentar ao estarem expostos ao produto. Uma 
das atitudes mais realizadas é a lavagem da região afetada com água abundante. „ 
Medidas de combate a incêndio: caso haja princípio de incêndio, deve estar descrito 
qual tipo de extintor pode ser utilizado para o produto em questão. „ Medidas em 
caso de derrame acidental ou vazamento: como deve ser realizada a limpeza ou a 
purificação do ar. 
 Manuseio e armazenamento: como deve ser manuseado e onde é indicado para 
armazenamento, por exemplo, produto não pode sofrer choque, deve ser refrigerado, 
etc. 
 Medidas de controle de exposição e proteção individual: devem estar descritos os 
EPIs e EPCs que devem ser utilizados para a manipulação do produto. „ 
 Propriedades físico-químicas: aspecto, cor, odor, pH, ponto de fusão, ponto de ebu-
lição, ponto de fulgor, taxa de evaporação, inflamabilidade, pressão, densidade, vis-
cosidade, temperatura, etc. Pode variar de acordo com o produto, não precisando, 
necessariamente, ter todas essas informações. 
 Estabilidade e reatividade: é necessário descrever o tempo que o produto perma-
nece estável a uma determinada temperatura e os produtos para os quais ele exibe 
um determinado tipo de reação. Condições que devem ser evitadas também podem 
ser descritas. „ Informações toxicológicas: quanto a irritação da pele, sensibilidade 
 
19 
 
respiratória, perigo por aspiração, toxicidade em órgãos, mutagenicidade, carcino-
genicidade, etc. 
 Informações relativas ao meio ambiente: ecotoxidade, persistência e degradabili-
dade, potencial bioacumulativo, mobilidade do solo, demais efeitos adversos. 
 Considerações sobre Manuseio/Descarte: O que fazer com o produto restante e a 
embalagem. Por exemplo, não descartar em esgotos domésticos e terceirizar o ser-
viço de tratamento desse produto. Classificaçãode risco de agentes químicos 15 
 Informações sobre transporte: que tipo de transporte pode ser feito e sob quais con-
dições. Exemplo: transporte terrestre em temperatura ambiente. 
 Informações sobre regulamentação do produto: informações sobre riscos e segu-
rança conforme escritas no rótulo: 
 nome do produto; 
 características do produto; 
 composição; 
 nome do fabricante; 
 nome do distribuidor; 
 CNPJ; 
 endereço; 
 telefone; 
 origem (nacional ou importado); 
 nº do lote; 
 data de fabricação; 
 data ou prazo de validade; 
 peso líquido (massa) ou conteúdo (volume); 
 precauções de manuseio (carga, descarga, estiva); 
 precauções e cuidados especiais, esclarecimentos sobre risco à saúde e se-
gurança; 
 nome do responsável técnico; 
 rótulo de risco; 
 outras informações, caso seja necessária alguma informação adicional. 
 
Veja, a seguir, recomendações para a manipulação de produtos. 
 
 
20 
 
 Respeitar o volume dos recipientes (não encher demais). 
 Evitar o contato de recipientes de composições diferentes e impedir o arresto 
do produto. 
 Manter o ambiente sempre ventilado durante as manipulações. 
 Fazer uso de capela de fluxo laminar para a manipulação do produto conforme ori-
entações do fabricante. 
 Jamais utilizar a boca para sopros ou desentupimentos de embalagens e nem para 
transferência de produto de um recipiente para outro. 
 Não utilizar o olfato para identificar produtos químicos. 
 Não deixar os frascos de produtos voláteis abertos. 
Não modificar a dosagem ou substituir reagentes por conta própria e observar a or-
dem da mistura, principalmente quando se trata de ácidos e bases. Esse cuidado deve ser 
tomado inclusive no momento de lavagem do material utilizado, para que não haja mistura 
de produtos incompatíveis. 
 Não comer, beber, fumar, conversar, distrair-se durante a manipulação dos agentes 
químicos. 
 Quando há a necessidade de fracionamento do produto químico, esse deve ser 
muito bem identificado. 
 Pode ser usado creme de proteção da pele. 
 
•Devem ser realizados exames periódicos de acordo com a exposição ocupacional 
para avaliar o estado de saúde dos trabalhadores. 
• Conheça os equipamentos de proteção coletiva para uso adequado no ambiente 
de trabalho, como extintores, saídas, etc.; 
• Os produtos químicos devem ser armazenados de acordo com as instruções do 
fabricante e não em prateleiras altas, não acima do nível dos olhos. “Mantenha as 
bancadas limpas e livres de materiais não funcionais. 
• Certifique-se de que os recipientes estejam bem fechados. “Realize todas as ope-
rações com cuidado e atenção (RODRIGUES, 2019). 
 
21 
 
6 CONHECER OS PRODUTOS QUÍMICOS 
 
Fonte: sqquimica.com 
Este é o primeiro passo para criar um processo sistemático para implementar medi-
das de controle químico em computadores desktop. Para identificar todas as situações pe-
rigosas da empresa, ela deve ser analisada de armazenar produtos, usando-o no processo, 
até o processamento de material. 
Uma maneira prática de identificar tais situações é seguir o "fluxo" de produtos quí-
micos na empresa: aquisição, recepção / entrega, armazenamento, manuseio, manuseio e 
processamento. Para fazer isso, planeje as visitas de exploração de diferentes campos da 
sociedade, por diferentes dias e horários durante a semana e em diferentes semanas (RI-
BEIRO, 2011) 
Durante tais passeios, devem-se analisar as atividades dos trabalhadores e as con-
dições de utilização dos produtos químicos, procurando observar, por exemplo: 
 Pode ser usado creme de proteção da pele. 
 Devem ser realizados exames periódicos de acordo com a exposição ocupa-
cional para avaliar o estado de saúde dos trabalhadores. 
 Conheça os equipamentos de proteção coletiva para uso adequado no ambi-
ente de trabalho, como extintores, saídas, etc.; 
 Os produtos químicos devem ser armazenados de acordo com as instruções 
do fabricante e não em prateleiras altas, não acima do nível dos olhos. “Man-
tenha as bancadas limpas e livres de materiais não funcionais. 
 
22 
 
 Certifique-se de que os recipientes estejam bem fechados. “Realize todas as 
operações com cuidado e atenção. 
 Se houver um recipiente fechado ou aberto. Existem emissões fugitivas de-
vido a vedação inadequada ou falta de exaustão? É possível melhorar a es-
tanqueidade de um recipiente mal vedado? 
 Se a embalagem estiver danificada, não rotule ou reutilize. 
 Se houver situações em que os trabalhadores “criem” seus próprios EPIs, 
como toalhas de rosto. O EPI fornecido é realmente adequado para o traba-
lho? Os trabalhadores foram adequadamente treinados para usar e manter 
seus EPIs? 
 Se as condições de ventilação (natural e artificial) e temperatura são adequa-
das. 
 Se as condições higiénicas e organizativas nos serviços, onde existe um ele-
vado índice de faltas médicas, são adequadas. Funcionários reclamando 
constantemente de doenças? As substâncias utilizadas são prejudiciais ao 
meio ambiente e aos trabalhadores? É possível substituir a substância em 
questão? 
 Se houver registro de onde ocorreram incidentes no passado. Qual é a qua-
lidade dessas gravações? Quais são as causas e soluções aplicadas? 
6.1 Rótulos e instruções 
Atualmente, vem crescendo a preocupação do consumidor com os alimentos em 
relação aos reflexos sobre a saúde e o meio ambiente. Cada vez mais produtos que 
exploram atributos ligados a estas preocupações vêm ganhando espaço no mer-
cado e a preferência dos consumidores (GONÇALVES; PASSOS; apud BIE-
DRZYCKI, 2008). 
Os rótulos e instruções de uso deverão estar assim apresentados e conter as se-
guintes informações: 
• em língua portuguesa; 
• nomes e endereços do fabricante e do fornecer; 
• nome, sigla do Conselho Profissional e número de registro do Responsável Técnico 
pelo produto fabricado ou distribuído no Brasil; 
• prazo de validade do produto; 
• número de registro do produto na SVS/MS, que é composto de 11 dígitos. 
 
23 
 
O agente químico ideal deve: 
• Ampla ação em baixas concentrações; 
• Substâncias estáveis; 
• Ser solúvel; 
• Atingir apenas os microrganismos; 
• Homogeneidade: cada porção da substância deve conter a mesma quantidade do 
princípio ativo; 
• Atingir bons níveis de penetração; 
Não ser corrosivo ou corante; 
• Não possuir odor desagradável; 
• Ser obtido com facilidade e baixo custo; 
• Exibir amplo espectro de ação; 
• Agir rapidamente sobre todos os microrganismos; 
• Ser indiferente a agentes químicos e físicos; 
Ser atóxico e inodoro; 
• Apresentar compatibilidade com as superfícies; 
• Ter efeito residual; 
• Ser fácil de usar e econômico. 
Eficiência 
Para conseguir o melhor desempenho de uma gente químico, é necessário respeitar: 
• Concentração de uso; 
• Tempo de ação; 
• Validade do produto 
Cuidados 
• Em função da toxicidade dos agentes químicos, que é tanto maior quanto mais 
eficiente ele for, sua manipulação deve ser feita utilizando EPI (equipamento de proteção 
individual) adequado. 
• Seu armazenamento deve ser feito em local arejado, fresco e ao abrigo de luz. 
Uma maneira prática de identificar tais situações é seguir o "fluxo" de produtos quí-
micos na empresa: aquisição, recepção / entrega, armazenamento, manuseio, manuseio e 
processamento. Para fazer isso, planeje as visitas de exploração de diferentes campos da 
sociedade, por diferentes dias e horários durante a semana e em diferentes semanas. 
Estes também devem ser mencionados em tampas de segurança química (FISPQ). 
De acordo com os princípios desse método de controle, as expressões comuns têm sido 
 
24 
 
usadas para separar produtos químicos em categorias de A para E. Substâncias capazes 
de causar os maiores danos causados pela saúde (ou seja, aumentar ou mais saúde em 
toxicidade perigosa) é categorizada no tipo E. Substâncias capazes de danos menores àsaúde são alocadas na lista A, incluindo não substâncias não é uma classificação por frase 
r. Há também um grupo, incluindo produtos que podem causar danos quando expostos a 
pele ou olhos. 
Etiquetas adequadas para produtos devem conter nomes comerciais, nomes cientí-
ficos, frases científicas e hieróglifos usados para identificar substâncias nocivas prejudici-
ais. Se esses dados não estiverem disponíveis no rótulo, devem ser claramente descritos 
no FISPQ ou fornecidos diretamente pelo fabricante do produto. 
7 RELAÇÃO DAS FRASES R E S 
 
Fonte: cienciasresumos.com 
 
 
 
25 
 
7.1 Frases R para substâncias perigosas 
R1 Explosivo no estado seco. 
R2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição. 
R3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição. 
R4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis. 
R5 Perigo de explosão sob a ação do calor. 
R6 Perigo de explosão com ou sem contato com o ar. 
R7 Pode provocar incêndio. 
R8 Favorece a inflamação de matérias combustíveis. 
R9 Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis. 
R10 Inflamável. 
R 11 Facilmente inflamável. 
R 12 Extremamente inflamável. 
R 14 Reage violentamente em contato com a água. 
R 15 Em contato com a água liberta gases extremamente inflamáveis. 
R 16 Explosivo quando misturado com substâncias comburentes. 
R 17 Espontaneamente inflamável ao ar. 
R 18 Pode formar mistura vapor/ar explosiva/inflamável durante a utilização. 
R 19 Pode formar peróxidos explosivos. 
R 20 Nocivo por inalação 
R 21 Nocivo em contato com a pele. 
R 22 Nocivo por ingestão. 
R 23 Tóxico por inalação. 
R 24 Tóxico em contato com a pele. 
R 25 Tóxico por ingestão. 
R 26 Muito tóxico por inalação. 
R 27 Muito tóxico em contato com a pele. 
R 28 Muito tóxico por ingestão. 
R 29 Em contato com a água libera gases tóxicos. 
R 30 Pode tornar-se facilmente inflamável durante o uso. 
R 31 Em contato com ácidos liberta gases tóxicos. 
R 32 Em contato com ácidos liberta gases muito tóxicos. 
 
26 
 
R 33 Perigo de efeitos cumulativos. 
R 34 Provoca queimaduras. 
R 35 Provoca queimaduras graves. 
R 36 Irritante para os olhos. 
R 37 Irritante para as vias respiratórias. 
R 38 Irritante para a pele. 
R 39 Perigo de efeitos irreversíveis muito graves. 
R 40 Possibilidade de efeitos cancerígenos. 
R 41 Risco de graves lesões oculares. 
R 42 Pode causar sensibilização por inalação. 
R 43 Pode causar sensibilização em contato com a pele. 
R 44 Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado. 
R 45 Pode causar câncer. 
R 46 Pode causar alterações genéticas hereditárias. 
R 48 Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada. 
R 49 Pode causar câncer por inalação. 
R 50 Muito tóxico para organismos aquáticos. 
R 51 Tóxico para organismos aquáticos. 
R 52 Nocivo para os organismos aquáticos. 
R 53 Pode causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente aquático. 
R 54 Tóxico para a flora 
R 55 Tóxico para a fauna. 
R 56 Tóxico para os organismos do solo. 
R 57 Tóxico para as abelhas. 
R 58 Pode causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente. 
R 59 Perigo para a camada de ozônio. 
R 60 Pode comprometer a fertilidade. 
R 61 Risco durante a gravidez com efeitos adversos ao feto. 
R 62 Possíveis riscos de comprometer a fertilidade. 
R 63 Possíveis riscos durante a gravidez de efeitos indesejáveis ao feto. 
R 64 Pode causar danos nas crianças alimentadas com leite materno. 
R 65 Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido. 
R 66 Pode provocar secura na pele ou fissuras, por exposição repetida. 
 
27 
 
R 67 Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores. 
R 68 Possibilidade de efeitos irreversíveis 
7.2 Combinação de frases R 
R14/15 Reage violentamente com a água libertando gases extremamente inflamáveis. 
R15/29 Em contato com a água libera gases tóxicos e extremamente inflamáveis. 
R20/21 Nocivo por inalação e em contato com a pele. 
R20/22 Nocivo por inalação e ingestão. 
R20/21/22 Nocivo por inalação, em contato com a pele e por ingestão. 
R21/22 Nocivo em contato com a pele e por ingestão. 
R23/24 Tóxico por inalação e em contato com a pele. 
R23/25 Tóxico por inalação e ingestão. 
R23/24/25 Tóxico por inalação, em contato com a pele e por ingestão. 
R24/25 Tóxico em contato com a pele e por ingestão. 
R26/27 Muito tóxico por inalação e em contato com a pele. 
R26/28 Muito tóxico por inalação e ingestão. 
R26/27/28 Muito tóxico por inalação, em contato com a pele e por ingestão. 
R27/28 Muito tóxico em contato com a pele e por ingestão. 
R36/37 Irritante para os olhos e vias respiratórias. 
R36/38 Irritante para os olhos e pele. 
R36/37/38 Irritante para os olhos, vias respiratórias e pele. 
R37/38 Irritante para as vias respiratórias e pele 
R39/23 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação. 
R39/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contato com a pele. 
R39/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão. 
R39/23/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e em contato 
com a pele. 
R39/23/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e ingestão. 
R39/24/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contato com a pele e 
por ingestão. 
R39/23/24/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação, em con-
tato com a pele e por ingestão. 
 
28 
 
R39/26 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação. 
R39/27 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contato com a pele. 
R39/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão. 
R39/26/27 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e em 
contato com a pele. 
R39/26/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e inges-
tão. 
R39/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contato com a 
pele e por ingestão. 
R39/26/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação, em 
contato com a pele e por ingestão. 
R42/43 Pode causar sensibilização por inalação e em contato com a pele. 
R48/20 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
por inalação. 
R48/21 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada em con-
tato com a pele. 
R48/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada por in-
gestão. 
R48/20/21 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada por 
inalação e em contato com a pele. 
R48/20/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada por 
inalação e ingestão. 
R48/21/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada em 
contato com a pele e por ingestão. 
R48/20/21/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição prolongada 
por inalação, em contato com a pele e por ingestão. 
R48/23 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
por inalação. 
R48/24 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
em contato com a pele. 
R48/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
por ingestão. 
 
29 
 
R48/23/24 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
por inalação e em contato com a pele. 
R48/23/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
por inalação e ingestão. 
R48/24/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada 
em contato com a pele e por ingestão. 
R48/23/24/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolon-
gada por inalação, em contato com a pele e por ingestão. 
R50/53 Muito tóxico para organismos aquáticos, podendo causar efeitosadversos a longo 
prazo no ambiente aquático. 
R51/53 Tóxico para organismos aquáticos, podendo causar efeitos adversos a longo 
prazo no ambiente aquático. 
R52/53 Nocivo para organismos aquáticos, podendo causar efeitos adversos a longo 
prazo no ambiente aquático. 
R68/20 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação. 
R68/21 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis em contato com a pele. 
R68/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por ingestão. 
R68/20/21 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação e em contato com a 
pele. 
R68/20/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação e ingestão. 
R68/21/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis em contato com a pele e por in-
gestão. 
R68/20/21/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação, em contato com 
a pele e por ingestão. 
 
FRASES S PARA SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS 
 
S1 Guardar fechado à chave. 
S2 Manter fora do alcance das crianças. 
S3 Guardar em lugar fresco. 
S4 Manter fora de qualquer zona de habitação. 
S5 Manter sob... (líquido apropriado a ser especificado pelo fabricante). 
S6 Manter sob... (gás inerte a ser especificado pelo fabricante). 
 
30 
 
S7 Manter o recipiente bem fechado. 
S8 Manter o recipiente ao abrigo da umidade. 
S9 Manter o recipiente num local bem ventilado. 
S12 Não fechar o recipiente hermeticamente 
S13 Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo 
S14 Manter afastado de... (materiais incompatíveis indicados pelo fabricante). 
S15 Manter afastado do calor. 
S16 Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignição — não fumar. 
S17 Manter afastado de matérias combustíveis. 
S18 Manipular e abrir o recipiente com prudência. 
S20 Não comer nem beber durante a utilização. 
S21 Não fumar durante a utilização. 
S22 Não respirar as poeiras. 
S23 Não respirar os gases/vapores/fumos/aerossóis (termo (s) apropriado(s) a serem in-
dicados pelo fabricante). 
S24 Evitar o contato com a pele. 
S25. Evitar o contato com os olhos. 
S26. Em caso de contato com os olhos, lavar imediata e abundantemente com água e 
consultar um especialista. 
S27. Retirar imediatamente todo o vestuário contaminado. 
S28. Após contato com a pele, lavar imediata e abundantemente com... (produto apropri-
ado a ser especificado pelo fabricante). 
S29 Não descartar o resíduo no esgoto. 
S30 Nunca adicionar água a este produto. 
S33 Evitar acumulação de cargas eletrostáticas. 
S35 Não se desfazer deste produto e do seu recipiente sem tomar as precauções de 
segurança devidas. 
S36 Usar vestuário de proteção adequado. 
S37 Usar luvas adequadas. 
S38 Em caso de ventilação insuficiente, usar equipamento de proteção respiratória. 
S39 Usar um equipamento de proteção para olhos/face. 
S40 Para limpeza do chão e objetos contaminados por este produto utilizar... (produto 
apropriado a ser especificado pelo fabricante). 
 
31 
 
S41 Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos. 
S42 Durante as fumigações/pulverizações usar equipamento adequado (indicado pelo 
fabricante). 
S43 Em caso de incêndio utilizar... (meios de extinção indicados pelo fabricante. Se a 
água aumentar os riscos, acrescentar “Nunca utilizar água”). 
S45 Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente o médico (se possível 
mostrar-lhe o rótulo). 
S46 Em caso de ingestão consultar imediatamente o médico e mostrar-lhe a embalagem 
e o rótulo. 
S47. Conservar a uma temperatura que não exceda ... ºC (indicado pelo fabricante). 
S48. Manter úmido com... (material adequado indicado pelo fabricante). 
S49 Conservar unicamente no recipiente de origem. 
S50 Não misturar com... (indicado pelo fabricante). 
S51 Utilizar somente em locais bem ventilados. 
S52 Não utilizar em grandes superfícies nos locais habitados. 
S53 Evitar a exposição – obter instruções específicas antes da utilização. 
S56 Eliminar este produto e o seu recipiente, enviando-os para local autorizado para a 
recolha de resíduos perigosos ou especiais. 
S57 Utilizar um recipiente adequado para evitar a contaminação do ambiente. 
S59 Solicitar ao produtor/fornecedor informações relativas à sua recuperação/reciclagem. 
S60 Este produto e seu recipiente devem ser eliminados como resíduos perigosos. 
S61 Evitar a libertação para o ambiente. Obter instruções específicas/fichas de segu-
rança. 
S62 Em caso de ingestão, não provocar o vômito. Consultar imediatamente um médico 
e mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo. 
S63 Em caso de inalação acidental, remover a vítima da zona contaminada e mantê-la 
em repouso. 
S64 Em caso de ingestão, lavar repetidamente a boca com água (apenas se a vítima 
estiver consciente). 
7.3 Combinação de frases SF 
 
 
32 
 
S1/2 Guardar fechado à chave e fora do alcance das crianças. 
S3/7 Conservar em recipiente bem fechado em lugar fresco. 
S3/9/14 Conservar em lugar fresco e bem ventilado ao abrigo de... (materiais incompatí-
veis indicados pelo fabricante). 
S3/9/14/49 Conservar unicamente no recipiente de origem em lugar fresco e bem venti-
lado ao abrigo de... (materiais incompatíveis indicados pelo fabricante). 
 
S3/9/49 Conservar unicamente no recipiente de origem em lugar fresco e bem ventilado. 
S3/14 Conservar em lugar fresco ao abrigo de... (materiais incompatíveis indicados pelo 
fabricante). 
S7/8 Conservar o recipiente bem fechado e ao abrigo da umidade. 
S7/9 Manter o recipiente bem fechado em local bem ventilado. 
S7/47 Manter o recipiente bem fechado e conservar a uma temperatura que não exceda... 
ºC (indicado pelo fabricante). 
S20/21 Não comer, beber ou fumar durante a utilização. 
S24/25 Evitar o contato com a pele e os olhos. 
S29/35 Não descartar os resíduos no esgoto; não eliminar o produto e o seu recipiente 
sem tomar as precauções de segurança devidas. 
S29/56. Não descartar os resíduos no esgoto, eliminar este produto e o seu recipiente, 
enviando-os para local autorizado para a recolha de resíduos perigosos ou especiais. 
S36/37. Usar vestuário de proteção e luvas adequadas. 
S36/37/39. Usar vestuário de proteção, luvas e equipamento de proteção, adequados 
para olhos/face. 
S36/39. Usar vestuário de proteção e equipamento de proteção adequados para 
olhos/face. 
S37/39. Usar luvas e equipamento de proteção adequados para olhos/face. 
S47/49. Conservar unicamente no recipiente de origem à temperatura que não exceda 
...ºC (indicado pelo fabricante). 
 
 
 
 
 
 
33 
 
8 HIGIENE OCUPACIONAL: ALGUNS ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
 
 
 Fonte: senado.leg.br 
A existência de riscos para a saúde resultantes do trabalho foi reconhecida desde a 
antiguidade. Já no século IV a.C., Hipócrates estudou o saturnismo. No século I d.C.Plínio, 
o Velho, impressionou-se muito com o mau estado de saúde de mineiros expostos ao 
chumbo, ao mercúrio e a certas poeiras minerais. Ele preparou algumas normas preventi-
vas e recomendou, para estes trabalhadores, o uso de uma máscara feita de bexiga de 
animais. 
No século II d.C., Galeno descreveu a patologia do saturnismo e também reconhe-
ceu o perigo da exposição às neblinas ácidas (no caso, para os mineiros de cobre). Entre-
tanto, na antiguidade, não se dava muita importância aos riscos ocupacionais, pois o traba-
lho era em grande parte realizado por escravos. No século XVI, Paracelso observou que 
existia uma relação direta entre trabalho e saúde, e foi talvez o primeiro a lançar as bases 
do que hoje conhecemos como os “limites de exposição ocupacional”, quando afirmou: 
“cada substancia é um veneno; é uma questão de dose”. 
Em 1556, Agrícola publicou o tratado De Re Metallica, no qual descreveu os proble-
mas de saúde entre os trabalhadores de minas de metal e recomendou medidas 
preventivas para melhorar a situação, tais como ventilação nas minas. Mais tarde, 
em 1699-1700, Ramazzini revisou de forma sistemática mais de 50 doenças profis-
sionais e publicou seu livro De Morbis ArtificumDiatriba, onde reforçou a importân-
 
34 
 
cia da relação entre trabalho e saúde. Recomendou a seus colegas que incorporas-
sem na anamnese médica a seguinte pergunta: “Qual é sua ocupação? ” Desafor-
tunadamente, mesmo hoje em dia, nem todos os médicos a incluem, o que contribui 
para o sub-diagnóstico e a subnotificação das doenças ocupacionais e, por conse-
guinte, a sub-estimação de sua magnitude (RAMAZZINI; apud GOELZER, 2018) 
No século XIX, em vista de mudanças políticas e sociais, começou a haver uma 
maior preocupação com a saúde dos trabalhadores. Isto teve como resultado a aparição de 
várias publicações sobre este tema, tais como as obras de Percival Pott (o primeiro a des-
crever um câncer ocupacional) e de Charles Turner Thackrah (que estudou vários tipos de 
doenças ocupacionais). 
 Entretanto, as observações médicas sobre os problemas de saúde associados com 
o trabalho raramente levavam a ações preventivas, situação que infelizmente ainda se pro-
duz em muitas partes do mundo. Em vez de buscar soluções através de medidas preventi-
vas para evitar a exposição aos agentes e fatores de risco, as ações focalizavam quase 
que exclusivamente os aspectos médicos curativos e os aspectos sociais, tais como o au-
xílio às famílias em caso de doença ou morte do trabalhador, os cuidados médicos, a com-
pensação e a reabilitação. As poucas medidas corretivas e de controle implementadas ti-
nham sempre como ponto de partida a constatação de “trabalhadores enfermos” e não de 
“ambientes de trabalho insalubres”. 
 No início do século XX, particularmente na Inglaterra e nos Estados Unidos, e sob 
a liderança de pioneiros (como Alice Hamilton), o desenvolvimento de atividades realmente 
preventivas foi iniciado ou impulsionado. Começou-se a estudar o ambiente e as práticas 
de trabalho com o intuito de modificá-los de maneira a evitar ou minimizar os riscos para a 
saúde, assim protegendo a saúde dos trabalhadores. O conceito fundamental da higiene 
ocupacional foi se formando. 
O higienista ocupacional atua como um “generalista” cujo “paciente” é o local (ambi-
ente) de trabalho. Para “diagnosticar” o estado de saúde deste ambiente de trabalho, foram 
desenvolvidos ferramentas e instrumentos, tais como o uso de valores limites para a expo-
sição e equipamentos para quantificar a exposição. Para “tratar e curar”, ou seja, tornar o 
ambiente de trabalho salubre, que é mais importante, foram desenvolvidas medidas técni-
cas e estratégias sistemáticas para prevenir e controlar os riscos. 
A implementação de medidas de controle em situações de risco já existentes pode 
ser difícil de realizar, além de ser muito cara. Os benefícios da prevenção antecipada de 
riscos ocupacionais, já na etapa de projeto e planificação de qualquer local ou processo de 
trabalho, máquinas e ferramentas, foram gradualmente percebidos. Isto não só previne de 
 
35 
 
maneira mais eficaz a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, como dispensa a 
realização de correções posteriores. Assim, a palavra antecipação foi adicionada às áreas 
de ação da higiene ocupacional, a saber, reconhecimento, avaliação e controle. 
9 FISPQS 
 
 
 
Fonte: intertox.com.br 
FISPQ (Ficha de Informações de Segurança Química). Ele fornece informações so-
bre todos os aspectos de produtos químicos para segurança, proteção, saúde e meio am-
biente. A MSDS é um meio pelo qual um fornecedor comunica informações básicas sobre 
os perigos de uma substância ou mistura ao seu usuário, incluindo informações sobre trans-
porte, manuseio, armazenamento e ações de emergência, permitindo que ele tome as me-
didas necessárias. MSDS também pode ser usado para transferir esses Informações para 
trabalhadores, empregadores, profissionais de saúde e segurança, socorristas, agências 
governamentais e membros da comunidade, agências, serviços e outras partes relaciona-
das a produtos químicos (PINHEIRO, 2016). 
De acordo com esta descrição da FISPQ, pode-se perceber como é necessário pro-
mover a implementação da gestão segura de produtos químicos. 
 
 
 
36 
 
 
1 – Identificação do produto e da empresa 
Esta seção informa o nome comercial do produto conforme utilizado no rótulo de 
produto químico, o nome da empresa fabricante com telefone e endereço. 
2 – Identificação de perigos 
Esta seção apresenta de forma clara e breve os perigos mais importantes e efeitos 
do produto (efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos físicos e quí-
micos) e, quando apropriado, perigos específicos. 
3 – Composição e informações sobre os ingredientes 
Esta seção informa se o produto químico é uma substância ou uma mistura. 
 No caso de ser uma substância, o nome químico ou comum será informado; 
 No caso de ser uma mistura, a natureza química do produto será informada. 
4 – Medidas de primeiros-socorros 
Nesta seção será informada as medidas de primeiros-socorros a serem tomadas 
de forma detalhada, e também indicação de quais as ações devem ser evitadas. 
5 – Medidas de combate a incêndio 
Esta seção informa quais são os meios de extinção apropriados e os que não são 
recomendados. 
6 – Medidas de controle para derramamento ou vazamento 
Essa sessão contém as seguintes informações: 
 As instruções específicas de precauções pessoais; 
 Procedimentos a serem adotados em relação à proteção ao meio ambiente; 
 Procedimentos de emergência e acionamento de alarmes; 
 Métodos de limpeza, coleta, neutralização e descontaminação do ambiente ou meio 
ambiente. 
7 – Manuseio e armazenamento 
Esta seção informa os procedimentos de segurança no manuseio e armazena-
mento. Deve contemplar as ações de segurança, prevendo também ações em caso de 
contato acidental com o produto. 
8 – Controle de exposição e proteção individual 
São indicados parâmetros de controle para sustâncias e ingredientes, limites de 
tolerância, e/ou indicadores biológicos ou outros limites. 
9 – Propriedades físicas e químicas 
 
37 
 
Essa sessão inclui informação detalhada sobre o produto químico, incluindo sua 
aparência e cor. 
10 – Estabilidade e reatividade 
Esta seção indica: 
a) estabilidade química: Indica se a substância ou mistura é estável ou instável em 
condições normais de temperatura e pressão; 
b) reatividade: Descreve os perigos de reatividade da substância ou mistura nesta 
seção; 
c) possibilidade de reações perigosas: Estabelece se a substância ou mistura re-
age ou polimeriza, liberando excesso de pressão ou calor, ou gerando outras condições 
perigosas; 
d) condições a serem evitadas: Lista as condições a serem evitadas, tais como: 
temperatura, pressão, choque/impacto/atrito, luz, descarga estática, vibrações, envelhe-
cimento, umidade e outras condições que podem resultar em uma situação de perigo; 
e) materiais incompatíveis: Lista as classes de substâncias ou as substâncias es-
pecíficas com as quais a substância ou mistura pode reagir para uma situação de perigo 
(por exemplo, explosão, liberação de materiais tóxicos ou inflamáveis, liberação de calor 
excessivo); 
f) produtos perigosos da decomposição: lista os produtos perigosos da decompo-
sição conhecidos, resultantes do manuseio, armazenagem e aquecimento. 
11 – Informações toxicológicas 
Essa seção é utilizada principalmente por médicos, toxicologistas e profissionais 
da área de segurança do trabalho. É fornecida uma descrição concisa, completa, e com-
preensível dos vários efeitos toxicológicos no corpo humano, bem como os dados dispo-
níveis para identificar esses efeitos. 
12 – Informações ecológicas 
Esta seção fornece informações para avaliar o impacto ambiental da substânciaou mistura quando liberada ao meio ambiente. Essas informações visam auxiliar em ca-
sos de vazamentos/derramamentos, bem como nas práticas de tratamento de resíduos. 
13 – Considerações sobre tratamento e disposição 
Esta seção informa sobre os métodos recomendados para tratamento e disposição 
segura dos produtos, sendo que esses devem ser ambientalmente aprovados. 
14 – Informações sobre transporte 
 
38 
 
Contem informações sobre códigos e classificações de acordo com regulamenta-
ções nacionais e internacionais para transporte dos produtos. 
15 – Regulamentações 
Contém informações sobre as regulamentações especificamente aplicáveis ao 
produto químico. 
16 – Outras informações 
Esta seção fornece qualquer outra informação que possa ser importante do ponto 
de vista da segurança, saúde e meio ambiente, mas não especificamente pertinente às 
seções anteriores. Por exemplo, necessidades especiais de treinamento, o uso recomen-
dado e possíveis restrições ao produto químico podem ser indicados. 
 
Fonte: PINHEIRO, 2016 
A FISPQ é regulamentada e exigida no Brasil com base nos seguintes requisitos 
legais: A Organização Mundial da Saúde afirma que a gestão segura de produtos químicos 
ou segurança química é atingida quando qualquer atividade que envolva produtos químicos 
(extração, produção, armazenagem, transporte, manuseio e descarte), for desenvolvida de 
forma a garantir a segurança da saúde humana e do meio ambiente. 
Para conduzir uma boa gestão dos riscos químicos, particularmente nos ambientes 
de trabalho, é imprescindível conhecer informações detalhadas sobre os produtos químicos 
utilizados, sejam eles substâncias ou misturas. Neste contexto, um documento ganha es-
pecial destaque: a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos). 
Este documento fornece informações sobre vários aspectos do produto químicos quanto à 
proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ é um meio de o fornecedor 
transferir informações essenciais sobre os perigos de uma substância ou uma mistura (in-
cluindo informações sobre transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência) 
ao seu usuário, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias. A FISPQ também pode 
ser usada para transferir essas informações para trabalhadores, empregadores, profissio-
nais da saúde (PINHEIRO, 2016). 
Decreto n° 2.657, de 3 de julho de 1998, ratificou a Convenção n° 170, da OIT (Or-
ganização Internacional do Trabalho), relativa à segurança na utilização de produtos quí-
micos no trabalho, conforme previsto em seu artigo 8, sob o título ‘Ficha com dados de 
segurança, que em seu item 1 prevê que “os empregadores que utilizam produtos químicos 
perigosos. 
 
39 
 
Portaria nº 229, de 24 de maio de 2011, do Ministério do Trabalho e Emprego, alterou 
a Norma Regulamentadora n° 26 e que aborda sobre sinalização de segurança no ambiente 
de trabalho. O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional 
deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para 
todo produto químico classificado como perigoso. 
Norma Brasileira NBR 14725 – Parte 4, de 19 de novembro de 2014, da ABNT (As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas), única ‘norma técnica oficial vigente’ no país que 
descreve aspectos relativos a FISPQ, Escopo que apresenta informações para a elabora-
ção da Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico. Este documento de segu-
rança, como fica explícito nesta legislação, é direcionado aos trabalhadores e é pré-requi-
sito para todo o ambiente de trabalho com a presença de produtos químicos. No entanto, 
mesmo que de forma indireta, a Lei de Crimes Ambientais, descreve penalidades em caso 
de gerenciamento inadequado de produtos ou substâncias perigosas. 
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, que diz que 
produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, arma-
zenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à 
saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em 
leis ou nos seus regulamentos implica em ‘pena com reclusão de um a quatro anos e multa’. 
Decreto n° 2.657, de 3 de julho de 1998, ratificou a Convenção n° 170, da OIT (Or-
ganização Internacional do Trabalho), relativa à segurança na utilização de produtos quí-
micos no trabalho, conforme previsto em seu artigo 8, sob o título Ficha com dados de 
segurança, que em seu item 1 prevê que “os empregadores que utilizam produtos químicos 
perigosos deverão receber fichas com dados de segurança que contenham informações 
essenciais detalhadas sobre sua identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua peri-
culosidade, medidas de precaução e procedimentos de emergência”. 
Todo trabalhador com possibilidade de contato com produto químico perigoso tem 
direito de acesso a FISPQ qualquer impureza resultante do processo utilizado, mas exclu-
indo qualquer solvente que possa ser separado sem afetar a estabilidade da substância ou 
alterar sua composição. 
 
 
 
40 
 
10 GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO 
 
 
 
Fonte: analyticsbrasil.com 
O Grupo Homogêneo de Exposição é obtido na elaboração do PPRA na etapa de 
caracterização básica da unidade. Serve para facilitar o mapeamento riscos da empresa. 
É utilizado para mapear os riscos dos ambientes físicos de empresa onde os traba-
lhadores exercem atividades em ambientes de risco semelhante. 
11 PICTOGRAMAS PARA ROTULAGEM 
 
Fonte: iq.usp 
 
41 
 
O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos (GHS) é uma abordagem que traz orientações para a comunicação de 
perigos dos produtos químicos, entre outras. Em linhas gerais, o GHS conceitua os 
perigos físicos, à saúde e ao meio ambiente, e estabelece critérios uniformes para 
a classificação e a comunicação da informação sobre os mesmos por meio de pa-
lavras de advertência, frases de perigo, frases de precaução e pictogramas padro-
nizados, a serem utilizados mundialmente nos rótulos e nas fichas de informação 
de segurança de produtos químicos FISPQs. (UNECE 2011. Apud RIBEIRO et al 
2017) 
A finalidade do presente documento é servir de Manual para a introdução ao conhe-
cimento dos elementos básicos do Sistema Globalmente Harmonizado de classificação e 
rotulagem de produtos químicos (GHS) das Nações Unidas, destinado a atores envolvidos 
na temática e aos não-especialistas na matéria. O uso de produtos químicos para aumentar 
e melhorar a vida é uma prática generalizada em todo o mundo. Porém junto aos benefícios 
destes produtos, também existe a possibilidade de efeitos adversos para as pessoas ou 
para o meio ambiente. Como resultado, um número de países e organizações desenvolve-
ram leis ou regulações ao longo dos anos que exigem a preparação e transmissão de in-
formação sobre os perigos químicos, visando a quem utiliza tais produtos químicos, através 
dos rótulos ou das Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). 
Dado o grande número de produtos químicos disponíveis, a regulação individual de todos 
não é possível, seja qual for a entidade. 
O GHS é uma iniciativa internacional das Nações Unidas que aborda a classificação 
dos produtos químicos por tipos de risco e propõe elementos de comunicação de perigos 
harmonizados internacionalmente, com rótulos e Fichas de Informação de Segurança de 
Produtos Químicos. Seu objetivo é garantir que a informação existente sobre os perigos 
físicos e a toxicidade dos produtos químicos esteja disponível com o fim de melhorar a 
proteção da saúde humana e do meio ambiente durante o manuseio, transporte e utilização 
destes produtos químicos. 
O GHS também proporciona uma base para a harmonização de normas e regula-
mentos sobre os produtos químicosem nível nacional, regional e mundial um fator impor-
tante para facilitar o comércio. 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 O objetivo da rotulagem das embalagens e recipientes de produtos químicos é per-
mitir aos usuários conhecerem a identidade das substâncias químicas que manipulam, os 
perigos presentes e as medidas preventivas a se tomar. 
 
43 
 
11.1 Por que o GHS foi criado? 
 A elaboração e o uso de produtos químicos são fundamentais para todas as eco-
nomias no nível Mundial e têm um fator de importância no MERCOSUL. Os produtos quí-
micos incidem direta ou indiretamente em nossa vida e são essenciais para nossa alimen-
tação, nossa saúde e nosso estilo de vida. O uso generalizado de produtos químicos criou 
a necessidade da elaboração de regulamentos específicos por setor que podem diferir con-
forme os setores, tais como o transporte, a produção, os lugares de trabalho, a agricultura, 
o comércio e os produtos de consumo. O fato de dispor facilmente de informação sobre as 
propriedades perigosas dos produtos químicos e sobre as medidas de controle recomen-
dadas permite administrar com segurança a produção, o transporte, o uso e a eliminação 
dos produtos químicos. A gestão segura dos produtos químicos acarreta na proteção da 
saúde humana e do meio ambiente. 
11.2 Benefícios do GHS 
 
 
 
Fonte: impressoras-etiquetas.com 
 O objetivo fundamental da comunicação de perigos é garantir que os emprega-
dores, os trabalhadores e a população disponham de informação adequada, prática, fiável 
e compreensível sobre os perigos que apresentam os produtos químicos, a fim de poderem 
tomar medidas preventivas e protetoras eficazes para sua saúde e segurança. Portanto, a 
comunicação eficaz dos perigos beneficia governos, empresas, trabalhadores e membros 
da população. 
 
44 
 
 O GHS obtém seu máximo valor se aceito dentro dos principais sistemas regu-
ladores para a comunicação dos perigos dos produtos químicos. Se o GHS for aplicado em 
escala mundial, será possível comunicar informação coerente nos rótulos e nas FISPQ. 
 
Está previsto que a aplicação do GHS permitirá: 
 
 Melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente ao facilitar um 
sistema inteligível no plano internacional; 
 Proporcionar um marco reconhecido para elaborar regulamentos destinados 
aos países que carecem de sistemas normativos; 
 Proporcionar um conjunto de critérios de classificação visando a sua utiliza-
ção no marco da legislação e para os usuários finais; 
 Facilitar o comércio internacional dos produtos químicos cujos perigos te-
nham sido identificados em nível internacional, e 
 Reduzir a necessidade de efetuar ensaios e avaliações decorrentes da exis-
tência de múltiplos sistemas de classificação. 
 
As vantagens tangíveis para os governos são as seguintes: 
 
 Reduzir-se-á o número de acidentes e incidentes ocasionados pelos produtos 
químicos; 
 Reduzir-se-ão os custos do atendimento à saúde; 
 Melhorar-se-á a proteção dos trabalhadores e da população em geral diante 
dos perigos gerados pelos produtos químicos; 
 Reduzir-se-ão os custos e será facilitada a coordenação para a legislação, 
bem como sua aplicação e supervisão; 
 Melhorar-se-á a coordenação e cooperação interministerial e Inter organis-
mos; 
 Evitar-se-á a duplicação de esforços na criação de sistemas nacionais; 
 Reduzir-se-ão os custos para o seu cumprimento, e 
 Melhorar-se-á a comunicação dos problemas sobre os produtos químicos, 
em escala nacional e internacional. 
 
As vantagens para as empresas são, entre outras, as seguintes: 
 
 O ambiente de trabalho e o transporte de produtos químicos serão mais se-
guros, e as relações com os funcionários melhorarão; 
 
45 
 
 Aumentará a eficiência e serão reduzidos os custos como consequência do 
cumprimento dos regulamentos em matéria de comunicação de perigos; 
 A aplicação dos sistemas de Peritos permitirá maximizar os recursos dos pe-
ritos e minimizar o trabalho e os custos; 
 Facilitar-se-ão os sistemas de transmissão eletrônica com alcance internaci-
onal; 
 Estender-se-á o uso dos programas de formação em saúde e segurança; 
 
As vantagens para os trabalhadores e para o público incluem, entre outras: 
 
 Melhoria da segurança para os trabalhadores, consumidores e outros interessados 
através da comunicação coerente e simplificada sobre os perigos dos produtos químicos e 
práticas seguras a ser observadas para o uso e o manuseio dos produtos, aumento da 
consciência sobre os perigos, resultando no uso seguro de produtos químicos no local de 
trabalho e no lar. 
12 AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO CALOR 
 
 
Fonte: clinimedjoinville 
A exposição ao calor ocorre em muitos tipos de indústria. Prevalecem aquelas que 
implicam alta carga radiante sobre o trabalhador, e essa é a parcela frequentemente 
dominante na sobrecarga térmica que vem a se instalar; todavia, muitas atividades 
com carga radiante moderada, porém acompanhadas de altas taxas metabólicas 
(trabalhos extenuantes ao ar livre), também podem oferecer sobrecargas inadequa-
das. Deve-se lembrar ainda que pode haver situações críticas em ambientes em 
que predomina o calor úmido, praticamente sem fontes radiantes importantes, como 
 
46 
 
nas lavanderias e tinturarias. Em suma, deve-se tomar cuidado em não tipificar ca-
tegoricamente as situações ocupacionais quanto ao calor; o melhor é analisar crite-
riosamente cada uma delas. O higienista experiente poderá, com o tempo, adquirir 
uma razoável sensibilidade quanto a esses riscos potenciais nas situações de tra-
balho. (MACIEL; 2007) 
13 MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS 
 
A sobrecarga térmica no corpo humano é o resultado de duas partes do transporta-
dor de calor: uma carga externa (ambiental) e uma carga interna (metabólica). A carga 
externa é resultado da troca de calor com o ambiente e a carga metabólica é resultado da 
atividade física realizada. 
13.1 Tipos de trocas térmicas 
CONDUÇÃO: Troca de calor entre dois corpos em contato, com temperaturas diferentes, 
ou ocorrendo dentro de um corpo cujas extremidades estão em temperaturas diferentes. 
Para os trabalhadores, essas mudanças são mínimas, geralmente devido ao contato do 
corpo com ferramentas e superfícies. 
CONVECÇÃO: A troca de calor geralmente é realizada entre um corpo e um líquido, o 
último dos quais se move devido à diferença de densidade causada pelo aumento da tem-
peratura. Portanto, paralelamente à troca de calor, há o movimento do fluido, que é cha-
mado de convecção natural. Se o fluido se move devido a um impulso externo, diz-se que 
tem convecção forçada. Para os trabalhadores, essa troca ocorre com o ar circundante. 
 
 
 
47 
 
RADIAÇÃO: Todos os objetos aquecidos emitem radiação infravermelha, conhecida como 
"radiação térmica". À medida que emitem, também recebem, com o que é conhecido como 
troca líquida de radiação. Os raios infravermelhos, que são radiações eletromagnéticas não 
ionizantes, não precisam de um meio físico para se propagar. O ar é praticamente transpa-
rente à radiação infravermelha. A troca de radiação entre o trabalhador e seu ambiente, na 
presença de fontes severas de radiação, dominará o equilíbrio térmico e poderá correspon-
der a 60% ou mais da troca total. 
EVAPORAÇÃO: A evaporação é a mudança de fase de líquido para vapor ao receber calor. 
É a troca de calor gerada pela evaporação do suor através da pele. O suor absorve o calor 
da pele, evapora e alivia o trabalhador. Pode participar de grandes trocas de calor (entalpia 
da água vaporizada é 590 cal/grama). O mecanismo de evaporação pode ser o único meio 
de perda de calor para o ambiente na indústria. No entanto, a quantidade de água já pre-
sente no ar é um fator limitante na evaporação do suor; ou seja, quando a umidade relativa 
do ambiente é de 100%, o suor não pode evaporar e a situação pode se tornar crítica. 
14 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕESDE ILUMINAÇÃO 
 
Fonte: ledplanet.com.br 
Com relação à iluminação, o ambiente de trabalho deve ser bem iluminado de forma 
a proporcionar boa visão e conforto, para que os profissionais possam executar suas 
atividades de forma adequada, assim como a temperatura ambiente deve ser agra-
dável, proporcionando satisfação e boa saúde no trabalho (VEIGA, 2007 apud CU-
NHA, 2010). 
 
48 
 
A avaliação da luz tem como objetivo quantificar a iluminância nos postos de traba-
lho, com o objetivo de posterior comparação com os valores mínimos estabelecidos pela 
legislação brasileira, bem como fornecer recomendações gerais, a fim de obter adequação 
das condições de iluminação das condições de trabalho para as atividades nesses locais: 
Existem dois tipos básicos de iluminação: 
 
• Natural - quando se utiliza luz solar direta (entrada) ou indireta. 
• Artificial - quando se utiliza iluminação (geralmente elétrica), são possíveis dois tipos: 
• Geral - para iluminar uma sala ou um ambiente inteiro. 
• Complementar ou Suplemento - para melhorar o brilho de uma determinada área ou ta-
refa. 
 
15 CONCEITUAÇÃO E ANTECEDENTES TÉCNICO-LEGAIS 
15.1 Consequências de uma Iluminação Inadequada 
Do ponto de vista de causar doenças ocupacionais, a iluminação, ou seja, a luz visí-
vel, não é um “agente de ataque” adequado como outros parâmetros propostos na higiene 
ocupacional. Este é geralmente o caso, pois muitas vezes falta iluminação. Quando há ilu-
minação insuficiente, e, na maioria das vezes, iluminação insuficiente refere-se a ilumina-
ção insuficiente, podemos perceber consequências como: • Maior fadiga visual e geral; • 
maior risco de acidentes; • Redução da produtividade/qualidade; • Ambiente psicologica-
mente negativo. No entanto, existem casos especiais em que o confinamento de energia é 
necessário, como o uso de fontes de luz especiais e lasers, e a ACGIH possui limites de 
tolerância para luz visível. 
15.2 Riscos Associados 
Além das consequências diretas mencionadas acima, podemos verificar alguns ris-
cos relacionados ao aspecto da iluminação, como: 
• A probabilidade de acidente é maior quando ocorre uma mudança brusca de luminosi-
dade. 
 
49 
 
15.3 Avaliação em Áreas Externas 
 No caso de áreas externas, que não são contempladas pela NBR 5. 13, podem ser 
utilizados critérios específicos do país (por exemplo, padrões de aterro), mas com escopo 
limitado ou critérios internacionais, como API RP 5 0, do American Petroleum Institute. 
 
 Metodologia 
 
 Para a determinação do valor da iluminância devem ser aplicados os critérios defi-
nidos na NBR 5.413, que em geral são: “O local de trabalho é entendido como Toda a área 
do espaço, para qualquer superfície que se encontre sobre ele, requer condições de ilumi-
nação adequadas para que a tarefa de visão seja executada. As medições devem ser feitas 
por amostragem, visando coletar dados de determinados pontos da tarefa de visão para 
avaliar a eficiência e adequação do sistema de iluminação, nem todos os pontos existentes 
precisam ser levantados, mas todos os tipos de visão de tarefa e áreas são amostra das 
em circulação ou através. É importante ressaltar que as tarefas que estão sub-representa-
das em termos de iluminação são destacadas. 
15.4 3.2 Instrumental Necessário 
O instrumento usado para avaliar a iluminância deve ser um luminômetro (comu-
mente chamado de "medidor de luz"). Como existem tantos tipos e modelos no mercado, 
pode-se esperar que a qualidade e o ajuste também variem. Abaixo estão listadas as fun-
ções/características mínimas que um instrumento deve ter para permitir uma medição com-
pleta e representativa. 
15.5 Aspectos de Controle 
Projetos de Iluminação para Ambientes de Trabalho: Os fabricantes possuem dire-
trizes de cálculo para projetos de iluminação de fácil compreensão. Deve-se notar apenas 
que não apenas se busca uma boa iluminância média, mas também se respeitam os valores 
recomendados para todos os pontos de operação. Valores bem acima da média devem ser 
obtidos com iluminação suplementar. Fatores de Iluminação Suficientes: Na busca por uma 
 
50 
 
iluminação adequada e eficiente, não podemos apenas focar em mais luminárias ou mais 
aspectos de potência. A adequação resultará de uma combinação dos seguintes fatores: 
 
 
 
 
16 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO E ATENUAÇÃO DE PRO-
TETORES AURICULARES 
 
 
 
51 
 
 
 Fonte: manualdotrabalhoseguro 
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho, 
em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e 
visto que os efeitos à saúde dos indivíduos expostos são consideráveis, é um dos maiores 
focos de atenção dos higienistas e profissionais voltados para a segurança e saúde do 
trabalhador. 
A origem do som ocorre por uma vibração mecânica que se propaga no ar e 
atinge o ouvido. Quando o aparelho auditivo é estimulado por essa vibração é 
chamada vibração sonora. Dessa forma, o som é definido como qualquer vibração, 
ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas que podem ser ouvidas (SALIBA, 
2011, p.13) 
 
16.1 Conceituação e Antecedentes Técnico-Legais 
Grandezas, Unidades e Embasamento teórico Inicial Som. Por definição, o som é uma 
variação da pressão atmosférica capaz de sensibilizar nossos ouvidos. 
 
Projetos acústicos de controle 
 
Essas são atividades especializadas e devem ser buscadas preferencialmente, evi-
tando-se o uso de proteção individual. Os projetos acústicos são, em geral, caros, e a de-
cisão sobre sua implantação pode ser demorada. Até que sejam viabilizados e considera-
dos eficazes, deve ser provida a proteção auricular, a qual também deverá ser permanen-
teSe as demais medidas forem inviáveis ou apenas parcialmente eficazes. Além disso, a 
proteção individual deve ser oferecida para todos os casos em que a exposição de jornada 
ultrapassar o nível de ação. 
17 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A VIBRAÇÕES 
 
 
 
52 
 
 
Fonte: treimam.com.br 
A descrição completa de uma vibração de uma vibração mecânica pressupõe, entre 
outros aspectos, o conhecimento de sua intensidade, da sua frequência, ou gama 
de frequências, da sua direção, do respectivo ponto de aplicação e da sua duração, 
na medida que a duração dos outros fatores, condiciona os efeitos resultantes da 
exposição ocupacional. (MANSFIELD;2004) 
 
A preocupação com a exposição a vibrações não é nova, embora por muitos anos 
os únicos critérios de exposição disponíveis tenham sido os da ISO (essencialmente uma 
preocupação europeia). Mais recentemente, a ACGIH passou a definir critérios de exposi-
ção (TLVs). Na nossa legislação, as vibrações deixaram de ser consideradas qualitativa-
mente em 1983, quando foram referenciados os critérios das normas ISO. 
Um ponto importante na avaliação das vibrações é que se está lidando com uma 
grandeza vetorial, isto é, não é apenas a magnitude que conta, mas também a direção. Isso 
não é comum em termos ocupacionais, em que as grandezas são, em geral, escalares. 
Dessa forma, é importante atentar para o particular eixo de orientação medido, sua magni-
tude, e, ainda, fazer a avaliação no ponto de transmissão (ou o mais próximo possível) da 
vibração ao corpo. 
 Na prática, a exposição às vibrações é estudada de duas formas, isto é, vibrações 
de corpo inteiro e vibrações localizadas (mão/braço). As vibrações de corpo inteiro são 
aquelas em que todo o corpo ou grande parte dele está exposta a movimentos vibratórios, 
e ocorre mais intensamente em veículos e equipamentos móveis, em que há um posto de 
operação (em geral um assento) e a vibração do rolamento do veículo ou equipamento é 
 
53 
 
transmitida ao operador/motorista. Em menor escala, observam-se superfícies, pisos, pla-
taformas industriais etc., que podem transmitir vibração ao homem e que, na maior parte 
dos casos, têm menor importância ocupacional.

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