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Psicomotricidade e Qualidade de Vida de Idosos


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UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
NATHALIA RIBEIRO DO NASCIMENTO REDIN LIMA
A Estratégia da Psicomotricidade como meio de Qualidade de vida na Terceira idade
RIO DE JANEIRO – RJ
2017
UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
NATHALIA RIBEIRO DO NASCIMENTO REDIN LIMA
A Estratégia da Psicomotricidade como meio de Qualidade de vida na Terceira idade
Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Psicomotricidade Clínica e Relacional.
RIO DE JANEIRO – RJ
2017
A Estratégia da Psicomotricidade como meio de Qualidade de vida na Terceira idade
nathalia ribeiro do nascimento redin lima
Resumo
O envelhecimento pode ser definido como o processo dinâmico, progressivo e irreversível, que ocorre durante a vida do ser humano, intimamente ligado a fatores biológicos psíquicos e sociais, consistindo na perda de capacidade funcional com a idade. Sendo a Depressão e o Declínio Cognitivo, concorrentes ou não, das patologias mais frequentes em idosos. A Psicomotricidade atua como um atendimento mais especializado, que visa a saúde funcional e o bem-estar psicológico a fim de garantir a qualidade de vida das pessoas mais velhas.
Objetivos
Avaliar o equilíbrio, a coordenação, o grau de independência e autonomia e qualidade de vida dos idosos submetidos a exercícios Psicomotores.
Palavras – Chave: Pscimotricidade. Terceira idade. Gerontopsicomotricidade. Qualidade de Vida
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população mundial seria um dos grandes desafios enfrentados no século XXI. A tendência mundial a diminuição da mortalidade e da fecundidade, bem como o prolongamento da expectativa de vida das pessoas tem levado ao envelhecimento da população (PASCHOAL, SALLES e FRANCO, 2006). Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, ano) mostraram que, no mundo, uma em cada 11 pessoas teria 65 anos de idade ou mais. Estimou-se que em 2050 esta relação no Rio de janeiro seria de quatro para 11 pessoas com 65 anos de idade.
O Censo Populacional Brasileiro (IBGE, 2010) indicou que os habitantes com 65 anos ou mais já somam cerca de 190 milhões de indivíduos, representando 8,46% da população total. Com isso, revestiu-se de grande interesse para os profissionais da área da saúde estudos que viriam a favorecer o bem estar biopsicossocial das pessoas na terceira idade, e assim, contribuiria para a melhoria da qualidade de vida dessa população.
De acordo com Guedes (2001) o envelhecimento seria um fenômeno Fisiológico do comportamento social ou cronológico, um processo biopsicossocial de regressão, observável em todos os seres vivos expressando-se na perda da capacidade ao longo da vida, devido a influência e diferentes variáveis, como a genética, danos acumulados e estilo de vida, além de alterações psicoemocionais.
A expectativa de vida seria um processo que vem aumentando com o decorrer do tempo, no Brasil vem, acompanhado por modificações no perfil de saúde de sua população e predomínio de doenças crônicas, com limitações funcionais, incapacidades e maiores gastos e desafios para o sistema de saúde. Com esse aumento, a capacidade de desfrutar um estilo de vida ativo e independente na velhice dependeria, em grande parte, da manutenção do nível pessoal de aptidão física das pessoas.
A medida que o ser humano envelhece, quer continuar tendo força, resistência, flexibilidade e mobilidade para permanecer ativo e independente de modo a poder atender as próprias necessidades pessoais e domésticas, fazendo compras ou participando de atividades recreativas e esportivas (RIKLI e JONES, 2008).
Envelhecer sem incapacidade passa a ser um fator indispensável para a manutenção da qualidade de vida (ROSA et al., 2003). Desta forma, uma maneira de se identificar a qualidade de vida de um indivíduo é através do grau de autonomia com o que o mesmo desempenhando suas funções, tornando-o independente dentro do contexto sócio econômico e cultural.
Para o favorecimento de tais fatores a psicomotricidade é sugerida como meio propiciador de qualidade de vida, através de atividades psicomotoras adaptadas à faixa etária, visto que a psicomotricidade é a ciência que tem por objeto o estudo do homem através do seu corpo em movimento nas suas relações com o mundo interno e externo, integrando as funções motrizes e mentais, sob o efeito do desenvolvimento do sistema nervoso (REZENDE et al.,2003).
Para Fonseca (1998), durante o processo de envelhecimento ocorre uma involução psicomotora que e o produto final da evolução no qual acontece a deterioração das propriedades e funções dos fatores psicomotores. A esse conjunto de mudanças que acontece no idoso dar-se o nome de retrogênese. A psicomotricidade para idosos, ou seja, a Gerontopsicomotricidade tem como objetivo maior a manutenção das capacidades funcionais, melhorar e aprimorar o conhecimento de si e a eficácia das ações, sobretudo das atividades de vida diária. Visando, criar consciência de seu poder de sabedoria, valorizando suas capacidades e fornecendo realce às suas forças, incentivando o enfrentamento de certas limitações físicas e psíquicas, e estimulando o autocuidado com o desenvolvimento de hábitos pessoais saudáveis. Essa intervenção certamente levaria o idoso a questionar suas atitudes e, consequentemente, ter mais possibilidades em adaptar-se às mudanças que o envelhecimento acarreta (LEVY, 2000; VASCONCELOS, 2003). Então, o presente estudo objetivou avaliar o equilíbrio, a coordenação, a agilidade e qualidade de vida dos idosos submetidos a exercícios físicos.
2 DESENVLVIMENTO
Envelhecimento
Podemos definir o envelhecimento como um processo que ocorre durante a vida do ser humano que é dinâmico, progressivo e irreversível e está intimamente ligado a fatores externos (Santos, 2003; Fechine & Trompieri, 2012), consistindo na perda de capacidade funcional com a idade, que tem como principais consequências o aumento da prevalência de demências (Ferreira et al, 2012).
Envelhecer sem incapacidade passa a ser um fator indispensável para a manutenção de boa qualidade de vida (ROSA et al., 2003). Desta forma, uma maneira de se identificar a qualidade de vida de um indivíduo é através do grau de autonomia com o que o mesmo desempenha suas funções, tornando-o independente dentro do seu contexto sócio econômico e cultural.
À medida que o ser humano envelhece, quer continuar tendo força, resistência, flexibilidade e mobilidade para permanecer ativo e independente de modo a poder atender as próprias necessidades pessoais e domésticas, como fazer compras ou participar de atividades recreativas e esportivas (RIKLI; JONES, 2008).
Para o favorecimento de tais fatores a psicomotricidade é sugerida como meio propiciador de qualidade de vida, através de atividades psicomotoras adaptadas à faixa etária, visto que a psicomotricidade é a ciência que tem por objeto o estudo do homem através do seu corpo em movimento nas suas relações com os mundos interno e externo, integrando as funções motrizes e mentais, sob o efeito do desenvolvimento do sistema nervoso (REZENDE et al., 2003).
Quando relacionada com pessoas mais velhas, a Psicomotricidade atua na sua vertente de Gerontopsicomotricidade, a qual se preocupa em recuperar e conservar as condutas psicomotoras, melhorar e aprimorar o conhecimento de si e a eficácia nas ações das Atividades da Vida Diárias (AVD’s) (Barros, 2000).
Psicomotricidade
O termo Psicomotricidade existe no Mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial quando o Dr. Julian Ajuruaguerra e a Drª Giselle Soubrian perceberam que após a Guerra muitas crianças apresentavam dificuldades na aprendizagem devido aos traumas sofridos. E, após estudos mais aprofundados e aplicações foi desenvolvido o método de terapia em psicomotricidade, que reconheceu não existir movimento sem cognição, mas que a cognição está diretamente ligada ao movimento (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSIMOTROCIDADE, 2001)
Wallon (1997) um dos principais e mais importantes pioneiros da psicomotricidade,em sua obra “do ato ao pensamento”, enfatiza que a Psicomotricidade diferencia – se da motricidade, uma vez que sua atuação tem por finalidade elevar as sensações, percepções e outros componentes do funcionamento psíquico em níveis de regulação, conscientização, simbolização, verbalização e conceitualização, efetivando – se por mediação do corpo, do gesto, da ação e do questionamento.
A psicomotricidade e a relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção. Assim, pode ser entendida como uma ciência da área da educação que procura educar o movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. Portanto, o intelecto se constrói a partir do exercício físico, que tem uma importância fundamental no desenvolvimento não só do corpo, mas também da mente e da emotividade (SANTOS, 2006).
Le Boulch (1987) define psicomotricidade como uma ciência que estuda a conduta motora como expressão do amadurecimento e desenvolvimento da totalidade psicofísica do homem. Similarmente, a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP, 2010) considera-a como a ciência que tem por objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, fazendo aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Diante desses conceitos, considera-se a Psicomotricidade como a ciencia que percebe o homem como um todo; tornando indissociável a relação mente e corpo, visto que associa a funções neurológicas, psíquicas, cognitivas e afetivas do individuo. Sendo, as fases da maturação humana, muito importantes para o processo de aprendizagem (CRUZ; SHIRAKAWA, 2006).
Gerontopsicomotricidade
A Gerontopsicomotricidade tem como principal objetivo, manter as capacidades psicomotoras e desenvolver formas de adaptação às alterações corporais, psicológicas, emocionais e psicossociais, evidenciadas em algumas pessoas, através da manutenção ou reabilitação dos sete fatores psicomotores (Morais, 2007): Os fatores psicomotores são definidos por Fonseca (2007) como os 7 elementos básicos da Psicomotricidade. São eles: a Tonicidade como uma estrutura básica que prepara e guia a atividade osteomotora, controlando a modelação articular e garantindo o ajustamento plástico e integrativo da amplitude dos movimentos; a Equilibração como função determinante na construção do movimento voluntário, condição indispensável de ajustamento postural e gravitacional, sem o qual nenhum movimento intencional pode ser atingido; a Lateralização como uma progressiva especialização dos dois hemisférios como resultado das funções socio-históricas do trabalho e da linguagem; a Noção do Corpo como representação mental que consiste na integração das partes do corpo que participam no movimento e das relações que elas têm de estabelecer entre si e os outros; a Estruturação Espácio-Temporal que envolve a tomada de consciência da situação do próprio corpo no espaço, e da situação das coisas entre si e a possibilidade, para o sujeito, de se organizar perante o que o cerca; a Praxia Global que envolve os movimentos de todo o corpo e de grandes segmentos corporais e põe em jogo a organização da atividade consciente e a sua programação, regulação e verificação; e a Praxia Fina que envolve os movimentos precisos das mãos e dos dedos evidenciando a velocidade e a precisão dos movimentos finos e a facilidade de reprogramação de ações, à medida que as informações táctilo-perceptivas se ajustam às informações visuais.
Segundo Rodríguez (2003), a Gerontopsicomotricidade apresenta três níveis de intervenção: 1) a Educação Psicomotora destinada a idosos saudáveis com o objetivo de prevenir patologias resultantes no processo de envelhecimento; 2) a Reeducação Psicomotora direcionada a idosos que apresentem ligeiros déficits cognitivos ou déficits na capacidade funcional, tendo como objetivo a manutenção da capacidade funcional, mantendo as habilidades preservadas e estimulando as que estão em fase de deterioração; 3) e a Terapia Psicomotora para idosos que têm um diagnóstico, com o objetivo de superar as dificuldades, de forma a retardar os efeitos da patologia, promovendo a autonomia para a realização plena das AVD’s.
Qualidade de Vida
Segundo Paschoal (2000), o tema da Qualidade de Vida emergiu a partir da Segunda Grande Guerra Mundial quando foi usado o conceito de “boa vida” para referir-se a conquista de bens materiais. Em seguida o conceito foi ampliado e passou a medir o quanto uma sociedade havia se desenvolvendo economicamente. A criação de indicadores econômicos permitia comparar a QV entre diferentes países e culturas. Depois o termo passou a designar, além do crescimento econômico, o desenvolvimento social. O termo Qualidade de Vida (QV) é noção eminentemente humana e que tem sido relacionada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, ambiental e a própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000).
A partir da década de 1960, percebeu-se que embora os indicadores sócio-econômicos fossem importantes (qualidade de vida objetiva), era necessário avaliar a qualidade de vida percebida pelas pessoas, o quanto elas estavam ou não satisfeitas com a qualidade de suas vidas (qualidade de vida subjetiva) (PASCHOAL, 2000; NERI, 2004).
A partir do inicio da década de 1990, parece chegar-se ao consenso entre os investigadores acerca de dois aspectos relevantes no conceito de qualidade de vida: subjetividade e multi - dimensionalidade. Atualmente, a maioria das definições de qualidade de vida enfatiza a sua natureza subjetiva (a percepção individual) (GASPAR, et al. 2005). Ainda na década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou que as medidas de QV revestem-se de particular importância na avaliação de saúde, tanto dentro de uma perspectiva individual como social. A OMS define Qualidade de Vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e percepções” (WHO, 1994, p.32).
Saúde 
A definição de saúde emitida pela OMS, quando da sua fundação (WHO Off Rec 1948), no sentido de bem-estar físico, mental e social, sendo principalmente focada na ausência de doença, era de pouca aplicabilidade nos idosos, nos quais é frequente a presença de doenças crônicas e de alterações da capacidade funcional. De facto, este conceito viria a ser posteriormente acrescentado da noção de autonomia funcional (WHO Tech Rep Ser nº 706, 1984).
Uma noção de saúde mais ampla, poderá englobar a saúde física, a forma física, o bem-estar psicológico, o apoio social, a integração na comunidade, assim como o estado de ânimo e a satisfação com a vida (Bowling, 1997). De um modo geral, estes componentes da saúde são considerados distintos, devendo ser medidos e interpretados separadamente (Cotter et al., 1998).
Equilíbrio
Conforme Mello (1989), o equilíbrio e a capacidade de manter-se sobre uma base reduzida de sustentação do corpo, através de uma combinação adequada de ações musculares e sob a influência de forcas externas (TUBINO, 1979; MEINEL; SCHNABEL, 1984).
O equilíbrio e classificado em duas formas: estático e dinâmico. O equilíbrio estático apresenta maior dificuldade em ser mantido, pois exige concentração e as mesmas características da imobilidade; seu controle e importante para a aprendizagem e aquisição motora, suas formas de ação referem-se a capacidade de sustentar-se em diferentes situações. Enquanto que o equilíbrio dinâmico esta relacionado com as funções tônicas motoras, com os membros e os órgãos, tanto os sensoriais como os motores. Dessa forma, exigindo, ao contrario do estático, uma orientação controlada do corpo em situação de deslocamento no espaço com auxilio da visão (FONSECA, 1995; THOMPSON,2000; OLIVEIRA, 2002).
O corpo Humano, com o envelhecimento, sofre alterações funcionais, diminuindo a vitalidade e resistência, contribuindo para o aparecimento de doenças degenerativas e de condição crônica, como doenças osteoarticulares e cardiovasculares. Muitos sistemas que contribuem para o “equilíbrio interno”, chamado também de homeostase, sofrem com o envelhecimento, porém os sistemas que atuam no equilíbrio humano assumem maior importância na vida do idoso devido à sua correlação com maior morbimortalidade, devido à ocorrência de quedas e consequentes fraturas, que no idoso são de difícil resolução (KINGSLEY, 2001).
3 CONCLUSÃO
O presente estudo revelou que a intervenção psicomotora melhora as habilidades cognitivas, Atenção e Cálculo e Linguagem e manutenção da Evocação. Mostrou ainda que a Psicomotricidade pode ser eficaz na redução da sintomatologia depressiva através de atividades lúdicas de expressão corporal, relaxamento e exploração do meio, que promovam sobretudo a autoestima e o autoconceito, a concentração e a atenção e um estado calmo. 
Mostrou ainda a pertinência da avaliação psicomotora, uma vez que, para além da importância do diagnóstico precoce, pudemos ir ao encontro das necessidades específicas de cada pessoa, obtendo um resultado mais fidedigno. 
Concluímos que a Gerontopsicomotricidade assume um papel muito importante na velhice, pois tem uma visão holística do indivíduo e proporciona uma atividade de carácter lúdico que faz a interação entre motricidade, o psiquismo, as emoções e o meio envolvente, com o objetivo de potenciar o individuo na sua ação com o próprio e com o que o cerca.
REFERÊNCIAS
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