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ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR – GHC 1ª ETAPA – 2019 / 2020 O Concurso Público para Residência Médica nas áreas das especialidades do GHC é regido por Edital publicado em jornais e no site do Grupo Conceição. A Seleção do Concurso será baseada em duas etapas: 1ª Etapa: Prova para Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular (Com Pré-Requisitos em Cirurgia Vascular). 2ª Etapa: Análise e Arguição Curricular. Observações gerais: 1-Certifique-se de ter assinado a lista de presença no momento da saída da sala, acompanhado de documento de identidade com foto; 2 – Esta Prova compõe-se de 30 (trinta) questões em forma de teste; 3 – Após certificar-se que na última página desta prova encontra-se o gabarito de respostas, preencha os dados de identificação na primeira página, bem como no gabarito de respostas, assinando ambos; 4 – A prova terá duração de 3 horas; 5 – Após o início da prova, o candidato deverá permanecer no mínimo 30 (minutos) dentro da sala; 6 - Cada questão proposta apresenta 05 (cinco) alternativas de resposta (A, B, C, D, E), sendo apenas uma delas a correta; 7– Responda a todas as questões. Para o cômputo da nota serão considerados apenas os acertos; 8 – Os espaços em branco contidos nesta prova, poderão ser utilizados para rascunho; 9 – Estando as questões respondidas nesta prova, o candidato deverá transcrever todas as alternativas escolhidas para a grade de respostas que encontra-se na última página, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta, com traço forte, conforme exemplo a seguir: A B C D E 10 – Na grade de respostas, atribuir-se-á pontuação zero a toda questão com mais de uma alternativa assinalada, questões assinaladas a lápis, questões que contenham emenda, omissão ou rasura ainda que legível, mesmo que dentre delas se encontre a correta. Portanto, ao preencher a grade de respostas, faça-o cuidadosamente. Evite erros, pois não será possível a sua substituição; 11- Enquanto o candidato estiver realizando a prova, é terminantemente proibido qualquer forma de comunicação entre os candidatos, bem como a utilização de telefones celulares ou quaisquer outros materiais estranhos à prova. Estes deverão ser guardados em saco plástico fornecido pelos fiscais; 12- Anote seu gabarito na folha que será fornecida pelos fiscais; 13 - Quando terminar, entregue ao fiscal o caderno de questões e a grade devidamente identificados; 14- Aguarde a ordem do fiscal para iniciar a prova. ATENÇÃO: A divulgação desta prova, bem como o gabarito oficial, estarão disponíveis no dia 11/11/2019, no site da COREME do Grupo Hospitalar Conceicao: http://www2.ghc.com.br/GepNet/index.html Candidato:.............................................................Especialidade: Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular Assinatura:............................................................Data:....................................................................... COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 1 01. Quanto às considerações hemodinâmicas e físicas do ultrassom, assinale a alterativa CORRETA: A- O transdutor scanner em fase ou cardíaco fornece campo de imagem estreito em grandes profundidades o que torna fácil a avaliação entre as costelas e a caixa torácica. B - O ultrassom representa a faixa de frequências acima de 20Hz. Os aparelhos de ultrassom diagnóstico utilizam, em geral, uma frequência a qual varia entre 1KHz e 30KHz. C - Frequências mais altas estão associadas a maior detalhamento espacial ou melhor resolução. Frequências maiores têm comprimento de onda maior e vice-versa. D - A resolução lateral refere-se à mais próxima possibilidade de espaço de reflexão perpendicular ao feixe que pode ser distinguido e é determinado pela largura do feixe. E - A atenuação é causada pela reflexão e espalhamento de ondas e é maior em estruturas preenchidas por fluidos e muito baixa em músculo e pele. 02. Sobre os princípios fundamentais do ultrassom, assinale a alternativa INCORRETA: A - A lei de Poiseuille define que, em um modelo tubular cilíndrico, a velocidade linear média do fluxo laminar é diretamente proporcional ao dobro do raio. B - Durante a inspiração, o volume das veias no tórax aumenta e a pressão diminui em resposta à menor pressão intratorácica. C - O número de Reynolds é caracterizado pelo limite de velocidade para o fluxo deixar de ser laminar, sendo que esta transição, em um modelo tubular, ocorre entre 2000 e 4000. D - Uma onda incidente a 90o é a melhor insonação para mostrar as paredes das artérias e veias. E - Reverberação é a reflexão das ondas de ultrassom de um lado para o outro entre duas superfícies fortemente refletoras paralelas ou quase paralelas. 03. Quanto aos padrões de refluxo da veia safena magna, pode-se AFIRMAR que o refluxo proximal é caracterizado por: A - Refluxo na junção safeno-femoral escoado por tributárias da junção, com manutenção da competência valvular na safena magna troncular a partir da válvula pré-terminal. B - Refluxo na junção safeno-femoral e na veia safena magna troncular, sendo escoado por veia tributária superficial ou por veia perfurante na coxa ou perna, com manutenção da competência valvular no restante da veia safena magna. C - Único segmento de veia safena magna com refluxo, no nível da coxa e / ou perna, sem envolver a junção safeno-femoral, causado e escoado por tributária ou perfurante. D - Dois ou mais segmentos da veia safena magna com refluxo na coxa e / ou perna, porém com a junção safeno-femoral competente. E - Dois ou mais segmentos da veia safena magna com refluxo na coxa e / ou perna, com refluxo na junção safeno-femoral. 04. De acordo com o posicionamento do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia publicado em 2015 e 2019 sobre o ultrassom da doença aterosclerótica das artérias carótidas e vertebrais, é CORRETO: A - A espessura médio-intimal é caracterizada, ao modo bidimensional, por uma dupla linha com definição das interfaces lúmen-íntima e média-adventícia e deve ser aferida em todos os pacientes. B - O critério anatômico deve ser usado para caracterizar em especial as estenoses maiores a 50%, entretanto recomenda-se não medir as placas menores que 20%. C - Estenose proximal da artéria carótida comum ou tronco braquicefálico e estenose valvar aórtica causam elevação das velocidades absolutas de fluxo (VPS e VDF), devendo-se utilizar as razões de velocidade e avaliação por critério anatômico para quantificar grau de estenose no sistema carotídeo. D - Para a avaliação da porção extracraniana das artérias vertebrais recomenda-se iniciar o exame pelo segmento V3, que se situa abaixo do processo mastóide do osso temporal E - A visualização da placa é imprescindível para o diagnóstico da estenose uma vez que condições hemodinâmicas diversas podem cursar com velocidades elevadas ou reduzidas. 05. Sobre a ultrassonografia Doppler do segmento ilíaco-cavo, assinale V para Verdadeiro e F para Falso. ( ) O índice de velocidade de fluxo máxima > 0.9 entre as veias femorais comuns (direita e esquerda) sugere compressão extrínseca da veia ilíaca esquerda. ( ) O aumento significativo da velocidade máxima de fluxo na região da compressão da veia ilíaca comum esquerda (relação da velocidade na estenose dividida pela da pós-estenose > 2,5) é critério para estenose significativa. ( ) A síndrome do quebra-nozes é a compressão da veiarenal esquerda entre a aorta abdominal e a artéria mesentérica superior e um dos critérios diagnósticos ecográficos é o índice (relação) entre a velocidade obtida no local de compressão venosa e a velocidade na veia renal esquerda próximo ao hilo > 4. ( ) A veia cava inferior duplicada ocorre em torno de 20% a 30% dos pacientes e usualmente é distal às veias renais. ( ) A ausência de refluxo durante à manobra de Valsalva não constitui critério diagnóstico de ausência varizes pélvicas pela ecografia endovaginal. A alternativa CORRETA, de cima para baixo é: A - V, V, V, F, V B - F, V, F, F, V C - V, V, F, V, V D - F, V, F, F, F E - F, F, F, V, F COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 2 06. Paciente masculino, 63 anos, hipertenso e tabagista, interna na emergência por suspeita de AVC isquêmico. Solicitado EcoDoppler de carótidas e vertebrais, que mostrou as seguintes imagens: Figura 1: Figura 2: Quanto ao exame, assinale a alternativa CORRETA: A - Na figura 1, observa-se inversão sisto-diastólica do fluxo da artéria vertebral, compatível com oclusão da artéria subclávia esquerda, conforme demonstrado na figura 2. B - A onda da figura 1 é da veia vertebral e a figura 2 representa a artéria subclávia com perda da onda 2, sugerindo estenose significativa na sua porção proximal. C - O padrão de onda da figura 1 da artéria vertebral é compatível com inversão sistólica do fluxo, sugerindo estenose significativa na artéria vertebral ou subclávia proximal, compatível com a onda mostrada na figura 2. D - A onda da figura 1 é da veia vertebral e a figura 2 representa o fluxo da artéria subclávia, que é multifásico com velocidades normais, sem evidência de lesão significativa. E - A figura 1 e a figura 2 apresentam tempo de aceleração aumentado das artérias vertebral e subclávia, respectivamente, compatível com estenose em torno de 50% no segmento proximal de ambas as artérias. 07. Paciente do sexo feminino, 52 anos de idade, interna na emergência apresentando embaçamento visual com perda de visão que iniciou no dia. História prévia de dor em região de cintura escapular associada a rigidez matinal de cerca de 40 minutos com evolução de 2 meses. Há 1 mês, apresenta cefaléia hemicraniana à direita, mas sem fotofobia e fonofobia. Há 2 semanas, tem episódios esporádicos de febre, com temperatura máxima de 38,4°C, além de parestesias em região de hemiface. Solicitado pela equipe EcoDoppler de artérias temporais. Quanto à suspeita diagnóstica, assinale a alternativa CORRETA: A - Para a realização do exame, utilizam-se transdutores lineares com frequências de 2 a 5 MHz. B - O valor preditivo negativo da ecografia vascular no diagnóstico da arterite temporal chega a 95.8% para o critério de halo e 100% associado à estenose inflamatória, sendo que não há indicação de realizar biópsia nesses pacientes. C - A identificação de halo hiperecóico periarterial tem sensibilidade de 40% a 95% e especificidade de 68% a 93% na arterite temporal quando comparado com a biópsia. D - O halo característico da arterite é identificado na fase aguda e permanece por mais de 2 semanas, mesmo com uso de corticóide. E - Não é informação indispensável para o laudo descrever perviedade da artéria temporal superficial e espessura do halo. 08. Na avaliação da correção endovascular dos aneurismas de aorta abdominal, qual tipo de vazamento (endoleak) NÃO É possível de ser detectado pelo US Doppler? A - Ia B - Ib C - II D - III E - IV 09. SÃO CRITÉRIOS de estenose da artéria mesentérica superior maior ou igual a 50%, de acordo com a publicação do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 (VPS = Velocidade de Pico Sistólico / VDF = Velocidade Diastólica Final): A - VPS maior ou igual a 240 cm/s / VDF maior ou igual 45 cm/s B - VPS maior ou igual a 274 cm/s / VDF maior ou igual 45 cm/s C - VPS maior ou igual a 274 cm/s / VDF maior ou igual 30 cm/s D - VPS maior ou igual a 295 cm/s / VDF maior ou igual 45 cm/s E - VPS maior ou igual a 295 cm/s / VDF maior ou igual 40 cm/s COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 3 10. Solicitado exame vascular venoso para paciente com edema de membro inferior direito a investigar. Com base nas imagens que seguem, é INCORRETO: A - Paciente apresenta, com certeza, diagnóstico de trombose venosa do membro inferior direito. B - Após 6 a 9 meses, 50% dos pacientes terão suas veias completamente recanalizadas. C - Diâmetro venoso aumentado, fluxo na periferia do trombo, veias colaterais ausentes, trombo hipoecogênico e presença de trombo móvel são todos critérios ecográficos de trombose venosa aguda. D - Embolia pulmonar, insuficiência do ventrículo direito e pressão elevada na artéria pulmonar podem dar caráter pulsátil ao fluxo venoso nas extremidades. E - Diante de exame negativo com indivíduo de alto risco, deve-se repetir a ultrassonografia Doppler em 3 a 7 dias. 11. Qual dos critérios a seguir NÃO representa maturação de fístula arteriovenosa (FAV) braquiocefálica? A - Profundidade da veia cefálica de 3 mm. B - Veia cefálica com 4 mm de diâmetro. C - Volume de fluxo da FAV maior que 700 mL/min. D - Velocidade sistólica aumentada na FAV. E - Velocidade diastólica aumentada na FAV. 12. Analise as afirmativas a seguir a respeito do estudo ecográfico da estenose de artéria renal: I. Uma velocidade de pico sistólica isolada de 270 cm/s é diagnóstico inequívoco de estenose da artéria renal de pelo menos 60%. II. O índice renal-aorta é o melhor critério de estenose a ser considerado quando os picos de velocidade da aorta abdominal são menores do que 50 cm/s. III. Índice renal-aorta maior do que 3,5 sempre determina a presença de estenose da artéria renal hemodinamicamente significativa. Assinale a alternativa CORRETA: A - Somente a afirmativa I B - Somente a afirmativa II C - As afirmativas I e II D - As afirmativas II e III E - Nenhuma das afirmativas 13. Considere a imagem em modo B da ecografia abdominal abaixo. As estruturas apontadas pelas setas VERDE e AZUL são, respectivamente: A - Veia ilíaca direita e artéria ilíaca esquerda. B - Artéria renal direita e aorta abdominal. C - Veia esplênica e artéria mesentérica superior. D - Veia cava inferior e aorta abdominal. E - Veia renal direita e aorta abdominal. COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 4 14. Durante um exame de ultrassonografia vascular, o examinador encontra dificuldade em identificar ecos de interfaces de reflexão mais fracos no corpo do examinado. Indique quais são os PRÓXIMOS PASSOS e suas respectivas consequências: A - Aumentar a potência, o que aumenta a amplitude de pressão, potência e intensidade das ondas produzidas. B - O aumento da potência, sem necessidade de respeitar o princípio ALARA, que não se aplica à ultrassonografia C - Utilizar um transdutor de maior freqüência, uma vez que o interesse do estudo é uma área mais superficial. D - Aumentar a potência, expondo os tecidos a volumes menores de energia acústica,com menores potenciais efeitos biológicos. E - Diminuir o PRF e alterar o coeficiente de atenuação no console do equipamento. 15. Paciente masculino, 69 anos, apresentou acidente vascular cerebral (AVC) hemisférico à direita. A ultrassonografia vascular com Doppler revelou estenose crítica na carótida interna direita. Este paciente sofreu infarto agudo do miocárdio três semanas anteriormente a este AVC e é portador de DPOC com necessidade de utilização de oxigênio domiciliar. A angiotomografia do arco aórtico revela que se trata de arco do tipo 3 com severas calcificações. Ele apresentou boa recuperação após o AVC. Qual é a MELHOR intervenção para este paciente: A - Angioplastia carotídea transfemoral (CAS) com filtro de proteção. B - Endarterectomia carotídea (CEA). C - Angioplastia carotídea com acesso cervical (TCAR), com inversão de fluxo. D – Observação. E - Angioplastia carotídea transfemoral (CAS) sem filtro de proteção. 16. Sobre o estudo CREST (N Engl J Med 363;1) é CORRETO afirmar: A - Estudo randomizado que incluiu apenas pacientes sintomáticos, comparando angioplastia carotídea com stent e proteção cerebral (filtro), com endarterectomia carotídea com “patch” e uso obrigatório de “shunt" temporário. B - A incidência de AVC perioperatório foi de 4,1% no grupo angioplastia e de 2,3% no grupo endarterectomia (p=0,01) C - A incidência de IAM perioperatório foi de 1,1% no grupo endarterectomia e de 2,3% no grupo angioplastia (p=0,03). D - Os achados deste estudo autorizaram a utilização de angioplastia carotídea como primeira linha de tratamento para as estenoses críticas assintomáticas. E - Os resultados deste estudo não acrescentaram conhecimento na linha decisória para o tratamento da estenose carotídea pelos inúmeros vieses em sua concepção e condução. 17. Paciente feminina, 68 anos, com história de hipertensão arterial sistêmica, hiperlipidemia, cardiopatia isquêmica e diabetes melitos, procura atendimento na emergência com perda aguda da visão, monocular. Refere ter perdido completamente a percepção da luz no olho acometido. No exame de fundo de olho, observa-se opacificação do polo posterior da retina com “cherry-red spot” no centro da mácula. Também são observadas placas alaranjadas, com refratividade nas bifurcações dos vasos retinianos. Qual é a origem MAIS PROVÁVEL destas placas? A - Êmbolos de colesterol, provenientes de uma placa ateromatosa ulcerada na carótida. B - Êmbolos sépticos provenientes da válvula mitral. C - Êmbolos de cálcio provenientes da válvula tricúspide. D - Êmbolos de fibrina e plaquetas, provenientes de placa ateromatosa ulcerada da carótida. E - Disseção da artéria carótida interna. 18. Paciente masculino, 47 anos, tabagista, hipertenso, usuário de cocaína inalável. Apresenta-se com dor excruciante, interescapular, de início súbito. Submetido a angiotomografia, identificando-se dissecção da aorta, com ruptura intimal (entrada) distal à artéria subclávia esquerda, identificando-se luz falsa (dissecção) em toda a aorta torácica descendente e abdominal, até a bifurcação ilíaca. Sobre o caso acima, é CORRETO afirmar: A - A classificação anatômica de Stanford identifica a ruptura intimal e a extensão da dissecção, contemplando todas as possíveis origens (entradas). B - A classificação anatômica de DeBakey identifica somente a origem da dissecção (ruptura intimal), não considerando a extensão da dissecção. C - O consumo de cocaína não é fator de risco para dissecção da aorta em pacientes jovens, mas pode aumentar o risco de desfecho desfavorável. D - Classificação Stanford B e DeBakey IIIa. E - Classificação Stanford B e DeBakey IIIb. 19. Das características abaixo quais ESTÃO RELACIONADAS a refratariedade ao tratamento minimamente invasivo do pseudoaneurisma iatrogênico dos acessos periféricos: A – tamanho do pseudoaneurisma e largura do colo. B – comprimento do pseudoaneurisma e pseudoaneurisma multilobulado. C - profundidade e comprimento do pseudoaneurisma. D - largura do colo e pseudoaneurisma multilobulado. E - tamanho e profundidade do pseudoaneurisma. COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 5 20. CLASSIFIQUE (na sequência a, b, c, d) as lesões do setor femoropoplíteo abaixo, no sistema GLASS: A - 3, 1, 4, 2 B - 4, 2, 3, 1 C - 4, 3, 1, 2 D - 3, 1, 2, 4 E - 2, 1, 4, 3 21. Paciente de 68 anos, hipertenso controlado, cardiopata isquêmico assintomático, traz angiotomografia que demonstra aneurisma degenerativo da aorta torácica. Arco tipo 2, origem da artéria subclávia esquerda situada aproximadamente 3 mm do início do aneurisma, que termina 4 cm proximal ao tronco celíaco. O diâmetro da aorta ao nível da artéria subclávia é de 30 mm. O diâmetro máximo do aneurisma é de 6,5 cm. A distância da carótida comum esquerda para o início do aneurisma é de 2,7cm. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao tratamento e complicações possíveis. A - Tratamento endovascular (TEVAR) é o mais indicado, com cirurgia de revascularização prévia da subclávia esquerda, no intuito de preservar fluxo para a artéria vertebral esquerda, reduzindo o risco de dano neurológico. B - Tratamento convencional (aberto) do aneurisma, uma vez que a condição clínica é favorável e a incidência de paraplegia e insuficiência renal desta técnica é inferior ao TEVAR. C - Tratamento endovascular, sem necessidade de revascularização da subclávia esquerda. Pelo risco de hematoma neuroaxial, a drenagem liquórica está contra-indicada. D - Tratamento endovascular com implante de endoprótese distal à origem da subclávia esquerda, preservando circulação colateral e protegendo a perviedade medular. E - Tratamento convencional, pela característica anatômica e curto colo distal. O risco de paraplegia e insuficiência renal é significativo. 22. Sobre as complicações do tratamento endovascular do aneurisma da aorta torácica (TEVAR), é INCORRETO afirmar: A - AVC é um dos maiores riscos após TEVAR, com incidência de 2,3% a 8,2%, usualmente relacionado à embolização. B - Fatores de risco para o AVC relacionado ao TEVAR incluem: hipertensão, doença renal crônica, doença cerebrovascular conhecida, grande área da aorta torácica sendo coberta pela endoprótese, sexo feminino, tempo de cirurgia e oclusão da subclávia esquerda. C - Dissecção retrógrada ocorre em menos do que 2% dos pacientes e está associada a morbi-mortalidade inferior a 5%. D - A insuficiência renal aguda é frequentemente multifatorial e pode estar relacionada a disfunção pré-operatória, exposição ao contraste iodado, envolvimento das artérias renais pelo aneurisma, macro/micro embolização renal, alto grau de resposta inflamatória e cirurgia prolongada. E - A infecção da endoprótese torácica tem incidência de 0,2% a 5%, e o paciente pode se apresentar com febre inexplicada ou sepse. 23. Paciente feminina, 28 anos, ativa, procura a emergência com edema do membro inferior esquerdo desde a raiz da coxa, doloroso, com início há dois dias. Nega patologias crônico-degenerativas, nega tabagismo e é usuária de anticoncepcional oral. EcoDoppler externo de membros inferiores demonstra trombose venosa profunda aguda comprometendo a veias femoralcomum, superficial e profunda, não foram examinadas as veias ilíacas. Escolha a MELHOR ESTRATÉGIA para o tratamento desta paciente: A - Angiotomografia com tempo venoso de abdome/pelve/membros inferiores, angiotomografia encefálica. Caso confirmado trombose estendendo-se para o sistema ilíaco, proceder trombólise por catéter intra-trombo, com punção ecoguiada da veia poplítea esquerda, acompanhamento em CTI e revisão em 12-24h; correção de eventuais estenoses ilíacas com utilização de stent venoso. B - EcoDoppler venoso de cava e ilíacas, EcoDoppler venoso de membros inferiores. Caso confirmada a trombose do setor ilíaco, proceder anticoagulação plena com heparina não-fracionada, elastocompressão e deambulação precoce. C- EcoDoppler venoso de cava e ilíacas, EcoDoppler venoso de membros inferiores. Caso confirmada a trombose do setor ilíaco, proceder implante de filtro de veia cava inferior definitivo, elastocompressão e deambulação precoce. D - Angiotomografia com tempo venoso de abdome/pelve/membros inferiores, angiotomografia encefálica. Caso confirmada a trombose do setor ilíaco, proceder trombólise por catéter intra-trombo, com punção ecoguiada da veia femoral comum esquerda, acompanhamento em CTI e revisão em 12-24h; correção de eventuais estenoses ilíacas com utilização de stent venoso. E - EcoDoppler venoso de cava e ilíacas, EcoDoppler venoso de membros inferiores. Caso confirmada a trombose do setor ilíaco, proceder anticoagulação plena com dabigatrana, elastocompressão e deambulação precoce. a b c d COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 6 24. Em relação às fístulas arteriovenosas (FAVs) para hemodiálise é INCORRETO afirmar: I. A FAV com veia autóloga deve idealmente ser confeccionada 6 meses antes do início da hemodiálise no paciente pré-dialítico. II. FAV com mais de 50% de estenose tanto na artéria quanto na veia, associada a alterações clínicas ou funcionais, deve ser tratada com angioplastia ou revisão cirúrgica. III. Pacientes portadores de FAV que desenvolvem sintomas isquêmicos podem ser observados por pelo menos 6 meses, pois a maioria destes sintomas melhora espontaneamente. IV. Pacientes com edema de extremidade que persiste mais que 2 meses raramente apresentam lesões venosas centrais que justifiquem o quadro clínico e não necessitam de investigação complementar. V) As FAVs com veia e com prótese devem ser a primeira escolha nos pacientes dialíticos; cateteres devem ser a última opção. A - Somente I, II e IV B - Somente III e IV C - Somente V D - Somente III e V E – Nenhuma das alternativas 25. Em relação ao manejo das lesões vasculares traumáticas abaixo é CORRETO afirmar: I. A ligadura de veia ilíaca comum é, em geral bem tolerada, sendo dispensável a realização de fasciotomia trans-operatória. II. Ausência de sangramento em paciente com trauma penetrante de extremidades e hipotenso é patognomônico de lesão arterial. III. Luxações posteriores de joelho, mesmo com redução espontânea, devem ser observadas pelo risco significativo de lesão de artéria e veia poplítea. IV. Lesão parcial de artéria subclávia esquerda em paciente vítima de ferimento por arma branca (faca) é passível de correção endovascular. V. O trauma da artéria vertebral sempre necessita reparo cirúrgico. A - Somente I e V B - Somente I e II C – Somente I e IV D - Somente III e IV E – Todas as alternativas 26. Em relação a embolia da artéria mesentérica superior: I. O êmbolo geralmente fica alojado 3 cm proximal à origem da artéria cólica média. II. Aproximadamente 50% dos pacientes com embolia da artéria mesentérica superior apresenta trombo cardíaco remanescente. III. Nos casos de embolização por endocardite, a incidência de embolia para a artéria mesentérica superior perde apenas para a embolia cerebral. Qual das alternativas é a CORRETA: A - I B - I e II C - II e III D - Nenhuma alternativa E - Todas as alternativas 27. Paciente com 15 anos vítima de colisão carro versus caminhão, com cinto de segurança, chega ao Pronto Socorro hipotenso e agitado. Ao exame físico evidencia-se ferimento corto-contuso aberto no abdome (marca do cinto de segurança). Pulso femoral palpável à esquerda, sem pulso femoral palpável a direita. Em relação ao mecanismo do trauma, é CORRETO afirmar: A - A evolução da lesão vascular arterial nestes casos é benigna, não necessitando investigação complementar. B - A suspeita de lesão traumática de arco aórtico deve ser sempre considerada em traumas com desaceleração importante. C - A ligadura da veia femoral comum é bem tolerada, não necessitando, na maioria dos casos, de fasciotomia. D - A síndrome compartimental pós-revascularização é evento raro em traumas complexos, não necessitando maior vigilância no pós operatório imediato. E - A trombose arterial nunca ocorre neste tipo de ferimento. 28. Sobre as dissecções de aorta, é CORRETO afirmar: A - Segundo os dados do estudo INSTEAD, não houve diferença na sobrevida entre o grupo tratado clinicamente e o grupo tratado com endoprótese, no período dos dois primeiros anos de acompanhamento. B - Os dados do IRAD demonstraram que os pacientes tratados com TEVAR apresentaram melhores taxas de sobrevida tardiamente (após 5 anos). C - Aorta descendente com diâmetro maior que 4 cm no momento da apresentação, ruptura intimal (entrada) maior que 10cm, e falsa luz parcialmente trombosada, com falsa luz proximal pérvia são preditores anatômicos de degeneração aneurismática nos pacientes tratados clinicamente. D - A e B estão corretas. E - A, B e C estão corretas. COREME – Comissão de Residência Médica do Grupo Hospitalar Conceição PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2019/2020 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 7 29. Em relação as fístulas arteriovenosas (FAVs) para hemodiálise é CORRETO afirmar: I. Um número insignificante das FAVs não chegam à maturação para serem utilizadas. II. São causa de falência das FAVs: Falha da dilatação arterial, Falha da dilatação venosa, Hiperplasia neointimal venosa; Presença de veia acessória. III. A maioria das FAVs com falência precoce apresenta estenoses, mas que não são progressivas e não causam alterações no fluxo da FAV. IV. Avaliação deve ser feita em até 6 semanas após a criação da FAV, com avaliação clínica do diâmetro e frêmito complementada com avaliação ultrassonográfica. A - Somente I e II B - Somente I,III e IV C - Somente II e IV D – Somente IV E - Todas as anteriores 30 – O uso do Novo Stent Supera (Abbott®) na doença arterial obstrutiva periférica do segmento fêmoro-poplíteo foi avaliado através de estudos observacionais comparados e demonstrou superioridade em relação ao stent de nitinol convencional na perviedade a curto e médio prazo (até 24 meses). Baseado no Sistema GRADE de Medicina Embasada em Evidências, é CORRETO afirmar: A – A Evidência é GRADE B e a Recomendação é 1 (Forte). B – A Evidência é GRADE B e a Recomendação é 2 (Fraca). C – A Evidência é GRADE C e a Recomendação é 1 (Forte). D – A Evidência é GRADE C e a Recomendação é 2 (Fraca). E – A Evidência é GRADE D e a Recomendação é 1 (Forte).
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