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Fisiologia – Paula Toneli Reabsorção e Secreção Tubular Renal Para muitas substâncias, a reabsorção tem papel bem mais importante do que a secreção na determinação da intensidade final da excreção urinária. No entanto, a secreção é responsável por quantidades significativas de íons potássio, hidrogênio e de outras poucas substâncias que aparecem na urina. reabsorção tubular Uma pequena alteração na filtração glomerular ou na reabsorção tubular é capaz de causar alterações relativamente grande na excreção urinária. Diferentemente da filtração glomerular, que é relativamente não seletiva (praticamente todos os solutos do plasma são filtrados, exceto as proteínas plasmáticas e substâncias ligadas a elas), a reabsorção tubular é muito seletiva. Pelo controle da reabsorção de diferentes substâncias, os rins regulam a excreção de solutos, característica essencial pra o controle preciso da composição dos líquidos corporais. Para que a substância seja reabsorvida, ela deve primeiro ser transportada através das membranas epiteliais tubulares para o liquido intersticial renal, e posteriormente através da membrana dos capilares peritubulares, retornar ao sangue. regulação da reabsorção tubular Existem múltiplos mecanismos de controle nervosos, hormonais e locais que regulam a reabsorção tubular. Característica importante da reabsorção tubular é que a reabsorção de alguns solutos pode ser regulada, independentemente de outros, em especial por meio de mecanismos hormonais de controle. Um dos mecanismos mais básicos para o controle da reabsorção tubular é a capacidade intrínseca dos túbulos de aumentar sua intensidade de reabsorção em resposta à elevação da carga tubular. Esse fenômeno é denominado equilíbrio glomerulotubular – a intensidade total de reabsorção aumenta à medida que a carga filtrada aumenta, muito embora a porcentagem da FG reabsorvida no túbulo proximal permaneça relativamente constante, em torno de 65%. A importância do equilíbrio glomerulotubular é que ele auxilia a evitar a sobrecarga dos segmentos tubulares distais, quando a FG aumenta. Forças hidrostáticas e coloidosmoticas controlam a reabsorção, ao longo dos capilares peritubulares, da mesma forma que essas forças físicas controlam a filtração nos capilares glomerulares. Quando a autorregulação da FG está alterada, aumentos da PA podem produzir aumentos bem maiores da FG. O segundo efeito da PA renal aumentada, que eleva o debito urinário, é que ela diminui a porcentagem das cargas filtradas de sódio e água que é reabsorvida pelos túbulos. O terceiro fator que contribui para os mecanismos de natiurese pressórica e de diurese pressórica é a formação reduzida de angiotensina II. Vários hormônios no corpo proporcionam especificidade da reabsorção de eletrólitos para diferentes eletrólitos e para água. depuração renal As intensidades, com que diferentes substâncias são depuradas do plasma, representam forma útil de quantificar a eficiência com que os rins excretam várias substâncias. Por definição, a depuração renal de uma substância é o volume de plasma que é completamente depurado da substância pelos rins por unidade de tempo. A depuração renal pode ser usada para quantificar as taxas de filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular. A creatinina é subproduto do metabolismo muscular, sendo quase totalmente depurada dos líquidos corporais por filtração glomerular. Se a FG diminuir subitamente para 50%, os rins filtrarão e excretarão transitoriamente apenas metade da creatinina, produzindo acúmulo de creatinina nos líquidos corporais e elevando sua concentração plasmática. Caso a FG caísse a um quarto do valor normal, a creatinina plasmática aumentaria até por cerca de 4 vezes o valor normal.
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